terça-feira, 12 de novembro de 2024

Redução obrigatória na jornada deve produzir efeitos negativos no mercado de trabalho, diz CNI

 


Para Confederação das Indústrias, mudança nas horas trabalhadas não deve ocorrer por imposição legal, e medida afetaria competitividade das empresas

 

 

Silhueta de homem durante apresentação no Painel Farmacêutico da Confederação Nacional da Indústria (CNI) (Crédito: Augusto Coelho / CNI)

 

A Confederação Nacional da Indústria (CNI) criticou a hipótese de uma PEC (Proposta de Emenda à Constituição) que veta a escala 6×1 – seis dias trabalhados e um dia de descanso – para uma jornada de 44 horas semanais. Para a confederação, a redução obrigatório da jornada, estabelecida por lei, deve produzir efeitos negativos no mercado de trabalho e na capacidade das empresas de competir, sobretudo aquelas de micro e pequeno porte.

Em nota divulgada nesta terça-feira, 12, a CNI defende que o tema da carga horária semanal seja tratado apenas em processos de negociação individual e coletiva.

“A justificativa de que uma redução da jornada estimularia a criação de novos empregos não se sustenta, é uma conta que não fecha. O que fomenta a criação de empregos é o crescimento da economia, que deve ser nossa agenda de país”, afirma na nota o presidente do Conselho de Relações do Trabalho da CNI, Alexandre Furlan.

O texto apresenta dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) sobre como, apesar de a jornada legal máxima ser de 44 horas semanais, o brasileiro trabalhava em média 39,2 horas por semana no 2º trimestre de 2024. O tempo médio teria ainda caído de 40,5 horas em 2012, quando houve a primeira mensuração.

“Isso é fruto de um processo contínuo de ajustes realizados via negociação, tanto coletiva como individual”, afirma Furlan.

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