segunda-feira, 4 de fevereiro de 2013

Petrobras lucra R$ 21,182 bilhões em 2012, com queda de 36%

Balanço | 04/02/2013 19:42

Geração de caixa e produção física também recuaram em relação a 2011

Divulgação/Petrobras
Plataforma de petróleo da Petrobras
Plataforma da Petrobras: desempenho inferior ao do ano retrasado


São Paulo – A Petrobras encerrou 2012 com queda de 36% em seu lucro líquido consolidado, para 21,182 bilhões de reais. A companhia também apresentou geração de caixa ajustada, medida pelo ebitda, de 53,439 bilhões de reais – uma queda de 14% sobre 2011.

A queda nos resultados ocorreu apesar do aumento de 15% na receita com vendas, que totalizou 281,379 bilhões de reais. O balanço mostrou que a produção física recuou 1%, de 2,622 milhões de barris diários de petróleo, para 2,598 milhões de barris.

Somente no quarto trimestre, o lucro líquido ficou em 7,747 bilhões de reais, 53% maior que os 5,049 bilhões registrados no mesmo período do ano passado. A cifra veio acima do consenso estimado pela agência de notícias Bloomberg, que projetava 5,846 bilhões, após consultar vários analistas.

Já para o lucro líquido do ano, o resultado apresentado pode dividir os analistas, já que as estimativas oscilavam de projeções moderadas, como os 17,7 bilhões de reais do Deutsche Bank, até estimativas mais otimistas, como os 30 bilhões calculados pelo Bank of America.

Falta de imigrantes pode prejudicar economia alemã


O país precisa atrair enfermeiras, eletricistas e técnicos da área de tecnologia da informação para continuar crescendo

Getty Images
entrevista de emprego

Entrevista de emprego: empregadores alemãs são resistentes em contratar estrangeiros
Nova York - A Organização para a Cooperação e o Desenvolvimento Econômico (OCDE) afirmou nesta segunda-feira que o crescimento econômico da Alemanha pode ser prejudicado se o país não conseguir atrair mais imigrantes para preencher postos de trabalho.

Segundo a instituição, embora países como Espanha e Grécia registrem taxas de desemprego de quase 25%, a Alemanha não tem conseguido atrair um número suficiente de trabalhadores qualificados e semiqualificados. A língua alemã é considerada muito difícil e existe a falsa sensação de que os obstáculos administrativos são elevados.

Segundo o relatório divulgado pela OCDE, se a Alemanha não introduzir uma política de imigração bem-sucedida para trabalhadores como enfermeiras, eletricistas e técnicos da área de tecnologia da informação, isso terá "um impacto muito negativo, não somente no crescimento potencial, mas também no crescimento econômico real". Segundo o vice-secretário-geral da OCDE, Yves Leterme, o problema da Alemanha não é uma política de imigração muito severa. Para ele, o país é um dos membros da OCDE com menos burocracia e sem limite numérico para os imigrantes.

O problema é a resistência dos empregadores em contratar estrangeiros e a dificuldade da língua alemã. Segundo a OCDE, cada vez menos pessoas estão aprendendo alemão na União Europeia e menos instituições estão oferecendo cursos sobre a língua. Mas as autoridades alemãs estão trabalhando para contornar essas dificuldades, recrutando estudantes estrangeiros nas universidades locais e tentando preencher milhares de vagas de aprendizes em empresas, escolas técnicas e câmaras de comércio.

Segundo Leterme, o número de imigrantes do sul da Europa na Alemanha está crescendo, "mas esse volume ainda é pequeno quando comparado com os imigrantes da Europa Central". Enquanto o número de imigrantes de países como Portugal, Grécia, Itália e Espanha cresceu 7,6% no ano passado, o volume de imigrantes de países como República Checa, Estônia, Letônia, Lituânia, Hungria, Polônia, Eslovênia e Eslováquia saltou 29%.

"A economia europeia realmente precisa de mais mobilidade profissional. A economia dos EUA, por exemplo, é resistente a crises devido à imigração em uma base muito permanente, o que alimenta o mercado de trabalho e a economia", diz o vice-secretário da OCDE. As informações são da Dow Jones.

México ameça desbancar o Brasil

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ComexLinks | @comexblog
 
Em grave crise de segurança pública, o México há tempos deixou de frequentar o noticiário econômico. Passada a euforia do início da década de 90, no período de Carlos Salinas de Gortari – depois, abatido politicamente por várias denúncias de corrupção -, o país entrou num ciclo de incertezas, amplificadas por mais uma grave crise financeira.
 
O fortalecimento da China atraiu linhas de montagens que o Nafta havia levado para a fronteira mexicana com os Estados Unidos, e o país estacionou, enquanto o Brasil, impulsionado pela estabilização econômica do Real, ganhou grande força.
 
Agora, por uma trapaça das conjunturas históricas dos dois países, as situações se invertem: o México renasce – apesar dos problemas de segurança – e o Brasil rateia no esgotamento dos efeitos positivos das reformas da Era FH e não consegue criar condições para outro salto.
 
O elemento catalizador desta nova fase mexicana tem sido o recém-empossado presidente, o jovem Peña Nieto, de 46 anos, eleito pelo velho PRI, mas com uma agenda animadora de governo, por reformista. E assumiu com grande trunfo: um documento, “Pacto pelo México”, com as reformas, assinado também pelos partidos de oposição. É como se fosse FH em 1995, sem um PT para mover-lhe dura oposição. O entendimento se reflete na composição da equipe de governo, em que há representantes de várias correntes.
 
Estão na mira de Nieto mudanças para dar flexibilidade à economia: o fim de monopólios, como o das telecomunicações e energia, revitalização da Pemex (a petroleira estatal), inspirada no que foi feito com a Petrobras (pré-PT); reforma tributária, na Educação, etc.
Ajuda o plano de governo de Peña Nieto o fato de a economia do México já se encontrar em boa fase. Somada ao mau momento da economia brasileira, esta circunstância chama ainda mais a atenção dos investidores para o país.
 
Os números mexicanos são de causar inveja a brasileiros: a economia cresceu algo na faixa dos 4% no ano passado – o dobro da média verificada na última década -, com uma inflação também no nível dos 4%. Para comparar: o Brasil sai de 2012 com um “pibinho” no nível de 1% de expansão, uma inflação já próxima dos 6% e lépida.
 
Mesmo com juros de 4,5% (7,25% no Brasil), o mercado financeiro do México, segundo o “Financial Times”, atraiu, nos primeiros nove meses de 2012, US$ 57 bilhões, mais que cinco vezes o fluxo para o Brasil. (O Brasil, registre-se, procurou afastar este dinheiro, devido ao câmbio, mas não deixa de ser um dado para análise).
 
O jornal inglês chama o México de um “Tigre Asteca” que sai “da sombra do Brasil”. A considerar que o governo brasileiro tem assustado os investidores com ações intervencionistas e se aliado no continente a bolivarianos chavistas, enquanto o México se junta, além dos EUA, ao Chile, à Colômbia e ao Peru, para abrir-se ainda mais ao exterior, a diferença entre os dois países tende a ficar mais nítida. Em prejuízo do Brasil.
 
O Globo

Crédito dispara e expõe China a risco de bolha

Fontes paralelas aos empréstimos bancários oficias proliferam no país; endividamento pode provocar a próxima crise do subprime

04 de fevereiro de 2013 | 2h 06
 
CLÁUDIA TREVISAN, CORRESPONDENTE /PEQUIM - O Estado de S.Paulo

A China conseguiu evitar um pouso forçado de sua economia no ano passado, mas agravou o risco de enfrentar no futuro uma crise financeira com ingredientes semelhantes à da que abalou o mundo em 2008, incluindo pitadas de "subprime" e "esquemas Ponzi".

A reação do Produto Interno Bruto (PIB) foi obtida graças a uma nova onda de expansão do crédito, alimentada principalmente por fontes paralelas aos empréstimos bancários formais, empacotadas em inovações financeiras sobre as quais há pouca - ou nenhuma - regulação e supervisão. A estimativa do mercado é que os ativos movimentados por esse sistema "informal" atingiram 30 trilhões de yuans (US$ 4,8 trilhões) no fim de 2012, o que representa cerca de 60% do PIB.

Além disso, a velocidade em que o endividamento total cresceu desde 2008 supera a registrada nos Estados Unidos antes da quebra do banco Lehman Brothers, em setembro daquele ano, e no Japão dos anos 80, período que antecedeu o estouro da bolha especulativa que envolveu o país, afirmam Edward Chancellor e Mike Monnelly, do banco de investimentos norte-americano GMO. "A economia chinesa se tornou viciada em crédito e requer volumes cada vez maiores de dívida para gerar a mesma unidade de crescimento", escrevem ambos em uma das mais pessimistas análises sobre a situação atual da segunda maior economia do mundo.

Só em 2012, o volume de novos financiamentos foi de 15,76 trilhões de yuans (US$ 2,53 trilhões), cifra equivalente a 33% do PIB do país no ano anterior e ao tamanho total da economia brasileira. A injeção de crédito já havia sido o principal artifício da China para evitar o impacto do tsunami financeiro que varreu o planeta a partir do fim de 2008: em 2009, o endividamento do país aumentou em valor igual a 45% do PIB.

A agência de classificação de risco Fitch estima que o volume total de crédito saltou de 124% do PIB em 2008 para 190% do PIB no ano passado, uma alta de 66 pontos porcentuais em quatro anos.

"O pouso forçado parece ter sido evitado, mas a expansão monetária de 2012 elevou a quantidade de crédito na economia chinesa a novos patamares e intensificou a preocupação da Fitch em relação a um problema de dívida na China", diz a instituição em nota divulgada há duas semanas.

Acompanhados tradicionalmente como um termômetro da economia local, os empréstimos bancários perderam terreno como fontes de financiamento para outros veículos, muitos dos quais vistos com desconfiança pelos analistas. Em 2012, as linhas concedidas pelos bancos corresponderam a 52% do total de crédito, depois dos 64% registrados no ano anterior e dos 92% de 2002.

O restante do endividamento foi contraído junto a fontes paralelas, que o Banco do Povo da China começou a monitorar no primeiro semestre de 2011, quando cunhou a expressão "Financiamento Social Total" (TSF, na sigla em inglês).

Além dos empréstimos bancários em yuans, a definição inclui categorias como investimentos oferecidos por empresas de trust, emissão de bônus corporativos e inovações chamadas de "produtos de gestão de riqueza" (WMPs na sigla em inglês para Wealth Management Products), que são fundos criados com recursos de várias pessoas e aplicados de maneira diversificada.

Em tese, o surgimento de novas opções de investimentos contribui para a desejada reforma do sistema financeiro e a consequente liberalização dos juros - a rentabilidade dos produtos "paralelos" é superior à taxa incidente sobre os depósitos, fixada pelo governo em 3%.

O problema é a velocidade de expansão desses créditos e a ausência de uma moldura regulatória, observa Bo Zhuang, da consultoria britânica Trusted Sources. "A China começa a trilhar o caminho de uma crise nos moldes do subprime", opina, em referência aos créditos podres que desencadearam o drama de 2008.

Terremoto. Bo Zhuang acredita que o problema poderá ser empurrado por dois anos, mas deverá provocar um terremoto quando finalmente transbordar. Segundo ele, a expansão paralela do crédito é resultado de políticas contraditórias do governo de Pequim: as autoridades querem estimular o crescimento e, ao mesmo tempo, conter a expansão dos empréstimos bancários e a inflação e realizar reformas. Em uma situação de grande liquidez, o resultado é o florescimento de fontes paralelas de crédito.

Enquanto diminuiu a participação das linhas tradicionais no total de endividamento, o porcentual dos bônus corporativos passou de 10,6% para 14,3% entre 2011 e 2012. A parcela dos trustes foi de 1,6% para 8,2%.

"Eu sou otimista em relação ao curto prazo, mas muito pessimista no longo prazo", ressalta Bo. Para os analistas do GMO, o governo parece estar prestes a perder o controle sobre o sistema de crédito, o que pode atingir o próprio modelo que gerou o espetacular crescimento das últimas três décadas.

"O 'Capitalismo Vermelho', que é a habilidade das autoridades chinesas de direcionarem a enorme poupança do país para seus próprios fins, enfrenta uma ameaça existencial", escreveram Chancellor e Monnelly.

domingo, 3 de fevereiro de 2013

Judiciário concede liminares para desobrigar o contribuinte de declarar o valor da importação nas operações interestaduais com importados


O Senado Federal editou a Resolução nº 13, de 2012, unificando a alíquota do ICMS nas operações interestaduais com: (i) bens e mercadorias importados do exterior em 4%, (ii) com bens e mercadorias importados do exterior que, após seu desembaraço aduaneiro tenham sido submetidos a qualquer processo de transformação, beneficiamento, montagem, acondicionamento, reacondicionamento, renovação ou recondicionamento, que resultem em mercadorias ou bens com conteúdo de importação superior a 40%.

Em vista do disposto na Resolução do Senado, o Confaz celebrou o Ajuste Sinief de 19/11/2012, que entrará em vigor em 01/05/2013, estabelecendo na sua cláusula sétima que o contribuinte industrializador deverá: (i) informar na Nota Fiscal o valor da parcela importada do exterior, e o conteúdo da importação expresso percentualmente; e (ii) nas hipóteses que a mercadoria importada não sofreu processo de industrialização, o contribuinte deverá informar na Nota Fiscal  o valor da importação.

Estas determinações do Ajuste Sinief causaram alvoroço entre os contribuintes, que impetraram mandados de segurança objetivando afastar a determinação de informar o valor da importação. De acordo com os contribuintes estas obrigações colocam as empresas em situação delicada, pois os seus clientes terão ciência, por meio das notas fiscais, do valor que o importador pagou pelo bem importado e, portanto, da sua margem de lucro.

Em vista disso, foram impetrados diversos mandados de segurança para afastar a aplicação destas determinações. Os juízes deferiram diversas liminares liberando os contribuintes da obrigação.

Os contribuintes têm alegado que esta imposição:

a) viola o princípio da livre inciativa e concorrência, previsto no art. 170, IV da CF/88;
b) contraria o artigo 198 do CTN que estabelece que é proibida a divulgação, por parte da Fazenda Pública de informação sobre a situação econômica ou financeira do contribuinte e sobre a natureza e o estado de seus negócios ou atividades;
c) o CONFAZ não é ente competente para estabelecer este tipo de obrigação, considerando que a Resolução do Senado nº 13/2012 não estabeleceu qualquer obrigação de explicitação dos custos da importação em nota fiscal;
e) o art. 195, XI da Lei nº 9.279/96, dispõe que comete crime de concorrência desleal quem divulga ou utiliza-se, sem autorização, de conhecimentos, informações ou dados confidenciais, utilizáveis na indústria, comércio ou prestação de serviços.
 
 Amal Nasrallah

sábado, 2 de fevereiro de 2013

Investimento estrangeiro na Bolsa brasileira é positivo em R$ 4,49 bi, em janeiro

I


 
 
O investidor estrangeiro volta a arriscar na Bolsa brasileira, após meses enxutos de apostas. No ano passado, em sete dos 12 meses o saldo ficou negativo. No entanto, no primeiro mês deste ano, até o dia 30, o resultado de investimentos estrangeiros na Bolsa ficou positivo em R$ 4,493 bilhões, bem abaixo dos R$ 7,168 bilhões observados em janeiro de 2012. O valor não chega perto, mas mesmo assim, pode ser considerado como satisfatório, uma vez que a Bolsa brasileira foi muito penalizada no final de 2012, principalmente por causa da intervenção do governo em determinados setores, como o de energia elétrica e o de bancos. Para Mitsuko Kaduoka, economista-chefe da BI&P - Indusval & Partners Corretora, essa entrada de investidor estrangeiro em janeiro é pontual. "A volta efetiva do estrangeiro vai depender da sinalização que o governo for fazendo e se isso vai passar tranquilidade", pontua. De acordo com a economista, outras questões ainda podem penalizar a volta concreta. "O governo está se preparando para intervir no setor de mineração. Se isso acontecer, vai penalizar bastante as empresas relacionadas, pois é um segmento que o governo tem muito onde mexer. Não é apenas a questão da divisão dos royalties, mas principalmente na mudança na forma de como calcular essa divisão", complementa. Por outro lado, ela não acredita numa intervenção radical no setor de aviação, uma vez que possui poucas empresas e as companhias estão muito endividadas. Já a pessoa física, que é o investidor doméstico, ficou com participação de apenas 16,9% em janeiro, contra 39,7% do estrangeiro. De acordo com Mitsuko, as pessoas físicas ora ganhavam um pouco de dinheiro ora perdiam. "Com essa queda gradual na taxa de juros é possível que o investidor pessoa física volte, pois não existe mais esse temor de entrar na bolsa", conta a economista. Mesmo com a volta do investidor estrangeiro neste mês, todo o que dinheiro que entrou não foi especificamente para as operações à vista, pois o Ibovespa registrou queda de 1,95% no período. De acordo com Hamilton Moreira, estrategista do BB Investimentos, este movimento mostra que está havendo operação casada, ou seja, o investidor compra o papel à vista e vende no futuro. "Isso acontece porque a taxa de financiamento está muito boa e baixa. No ano passado, houve a fuga porque a bolsa apresentou muita volatilidade e passou a se recuperar somente em dezembro. Se a bolsa vai subindo um pouco, as pessoas entram aos poucos e voltam a ganhar dinheiro", destaca o estrategista. Na opinião de Mitsuko, como a Bolsa estava muito atrasada, os papéis acabaram ficando baratos, o que fez com que o investidor estrangeiro ficasse atraído. No entanto, com o receio de notícias negativas externas e internas, ele acaba optando por operações futuras.   Fonte: Brasil Economico  
 


 
 
 









 
 




 
 


  

Crédito Vapt Vupt

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Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal

Deu no GLOBO: “O governo vai usar os bancos públicos para estimular investimentos e aumentar o Produto Interno Bruto (PIB, conjunto de bens e serviços produzidos). A ordem é acelerar o financiamento de grandes projetos de infraestrutura. Ontem, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, se reuniu com o presidente do BNDES, Luciano Coutinho; da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda; e do Banco do Brasil (BB), Aldemir Bendine, para pedir agilidade na aprovação de financiamentos, acelerando, por exemplo, a análise de risco”.

No afã de ver o PIB crescer no curto prazo, eis que o governo “pede” aos bancos públicos, responsáveis pela metade do crédito no país, para “acelerar” a análise de risco. Traduzindo: isso quer dizer afrouxar os critérios de risco. O importante é dar o financiamento, mesmo que aumentando os riscos. Se a coisa ficar feia, se a inadimplência aumentar muito, isso será mais à frente. Pode ser que a presidente Dilma já tenha até sido reeleita. Quem liga para os pepinos lá no futuro “distante”, após as eleições?

Na mesma matéria, consta que “Fontes da área econômica avaliam que o ciclo econômico baseado na expansão do consumo está esgotado e que apenas o retorno dos investimentos é capaz de reativar a economia”. Se for verdade, é boa notícia, ainda que bem tardia. Resta avisar aos membros da equipe que suas medidas contribuem para afastar investimentos. E também resta explicar o motivo pelo qual a Caixa resolveu aceitar até prata agora na penhora de bens para novos financiamentos, como relatou a rádio CBN. Em breve, o banco estatal aceitará latão para expandir o crédito popular!

O que fica disso tudo é o alerta de que governos cuidando do crédito são como raposas vigiando o galinheiro. Muitos ainda acusam o mercado pela bolha de crédito americana. Ignoram que as impressões digitais do governo estavam em todas as cenas do crime. No Brasil, estamos vendo dia a dia como o próprio governo faz de tudo para criar uma bolha creditícia. Quando ela estourar, não venham jogar a culpa no mercado!