A África do Sul está de
olho no Brasil. Ebrahim Patel, ministro sul-africano do Desenvolvimento
Econômico, diz que o Brasil está em um estágio mais adiantado, por este motivo
empresas brasileiras são bem-vindas a seu país para aproveitarem da grande
capacidade de expansão de negócios regionais, principalmente a partir
das suas principais metrópolis, como Johannesburg (foto), Pretoria, ao norte;
e Capetown e Port Elizabeth, ao sul.
Segundo Patel, a
África do Sul tem estabilidade política, mas isto não garante economia forte;
o desemprego no país bate em 25% da população economicamente ativa e é
uma das maiores preocupações locais.
O ministro afirma que a
criação de empregos está entre os pontos-chave para o desenvolvimento do
país.
"Quando a África do
Sul se juntou aos Brics vimos isso como uma importante oportunidade para o
desenvolvimento de mão de obra. Queremos, acima de tudo, complementar
nossa infraestrutura social, de saúde e educação. E nisso nossos parceiros
internacionais podem nos ajudar bastante."
A África do Sul firma a
base de sua economia sobre produção de minérios como cobre e manganês. A
extração de diamantes, que já foi significativa, vem caindo.
A infraestrutura deficiente
é um dos calcanhares de Aquiles que impedem o crescimento. Para sediar a Copa
do Mundo de futebol em 2010, foram feitas grandes obras. Além de
estádios, linhas de trens como a Gautrain, hotéis e outras construções de
grande porte.
"A Copa talvez tenha
funcionado como um gatilho, mas ainda há muito a ser feito", diz
Siyabonga Gama, diretor geral da Transnet, empresa governamental
responsável pelo transporte de cargas, que emprega mais de 30 mil pessoas e
transporta 201 mil toneladas de mercadorias por ano.
O governo tem grandes
projetos que abrangem toda a África, como construir uma linha de trem que
ligaria o sul ao norte do continente, indo da Cidade do Cabo até o
Cairo, no Egito. E o projeto de uma usina no Congo, que aproveitaria o grande
potencial hidrelétrico do rio de mesmo nome – a energia poderia ser
fornecida para toda a região.
Os sul-africanos hoje consomem energia gerada por usinas atômicas e carvão. Do Brasil, esperam cooperação para beneficiamento de minerais e energia verde.
O ministro aposta
principalmente na tecnologia para a produção de etanol.
"Queremos que as
empresas brasileiras se instalem na África do Sul, não apenas para fornecer
ao nosso mercado, mas visando sua própria expansão mundial. Vamos
crescer juntos", convida Patel, que lembra a localização da África do
Sul como argumento para tornar seu país um bom lugar para empresas
brasileiras montarem suas fábricas.
"Nossa geografia é
privilegiada. Temos fácil acesso às Américas, à Europa, Ásia e Oceania,
estamos em uma ótima esquina do planeta. Além disso, nosso clima é
ameno, temos invernos pouco rigorosos e povo acolhedor, quase tão simpático
quanto os brasileiros."
Fonte: http://www.dcomercio.com.br |
Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
terça-feira, 9 de julho de 2013
Empreendedores brasileiros são bem recebidos na África do Sul
Espionagem põe sob tensão negociações de livre comércio EUA-UE
|
|||||
Venezuela assume presidência temporária do Mercosul; Paraguai volta ao bloco em agosto
|
Micros e pequenos importadores mostram como sobrevivem à alta do dólar
|
13 empresas que também podem sofrer com a crise de Eike
Quem são os parceiros, fornecedores e clientes que também sentiriam os efeitos dos problemas que sufocam o empresário
Márcio Juliboni, de MONTEIRO
São Paulo – Grandes grupos não operam no vácuo. Ao seu redor, forma-se
um verdadeiro ecossistema de fornecedores, clientes, investidores e
outros parceiros de negócio. A EBX, holding de Eike Batista, não é exceção, pois do sucesso de suas empresas depende também os planos de inúmeras companhias.
Por isso, a crise que atinge os negócios de Eike coloca em risco os projetos de parceiros do porte de uma Petrobras
e de uma Anglo American, por exemplo. Veja, a seguir, algumas
companhias que podem ser prejudicadas pelos problemas do empresário:
NKTF
A NKTF, uma das maiores fabricantes mundiais de tubos flexíveis para a
indústria do petróleo, alugou, em 2011, uma área no porto de Açu, em
construção pela LLX, para construir uma fábrica. O início da operação
está previsto para este ano. O principal cliente da NKTF é a Petrobras,
com quem assinou um contrato para fornecer até 694 quilômetros de tubos,
avaliados em 1,86 bilhão de dólares. A LLX espera receber cerca de 8
milhões de reais da NKTF por ano, entre taxas portuárias e o aluguel da
área. O contrato é de 20 anos, renováveis pelo mesmo prazo.
Intermoor
Também em 2011, a LLX alugou uma área de 52.300 metros quadrados para a
americana Intermoor, uma prestadora de serviços para o setor de óleo e
gás, no Porto de Açu. No local, a empresa pretende erguer uma base de
operações para atender clientes como Petrobras, Shell e OGX. As
operações da Intermoor estavam previstas para começar em 2013, e a LLX
projeta uma receita anual de 3,6 milhões de reais com o contrato, entre
tarifas portuárias e o aluguel da área. O contato é de 20 anos,
renováveis pelo mesmo prazo.
Technip
A empresa francesa Technip assinou, em 2011, o maior contrato de
locação no Porto de Açu, em construção pela LLX. Entre tarifas
portuárias e aluguel, LLX estima receber 22 milhões de reais por ano.
Especializada em projeto e construção de instalações de óleo e gás, a
Technip fechou um acordo de 25 anos, renováveis por mais 25.
Wärtsilä
Um dos contratos mais recentes assinados pela LLX foi com a finlandesa
Wärtsilä, que produz motores para navios e termelétricas. Fechado em
março deste ano, o contrato de 30 anos, renováveis, prevê o investimento
de 20 milhões de euros pela empresa para construir uma fábrica no Porto
de Açu.
General Electric
Uma das gigantes do capitalismo global, a General Electric (GE) também
assinou contrato para se instalar no Porto de Açu. Com 30 anos de
validade, renováveis, o acordo prevê a construção de uma fábrica da GE
com foco nas áreas de óleo e gás e geração de energia. Segundo a LLX, o
contrato foi assinado em 2012, mas só começa a vigorar em 2014.
V&M
No fim do ano passado, a francesa V&M, que pertence ao grupo
Vallourec, fechou um acordo de 20 anos, renováveis, para construir uma
fábrica no Porto de Açu, em construção pela LLX. A unidade vai armazenar
e fornecer tubos para o setor de óleo e gás.
Anglo American
A partir de julho de 2014, deve começar a valer um contrato assinado
entre a mineradora Anglo American e a LLX. Com prazo de 25 anos,
renováveis, o acordo prevê o escoamento de até 26,5 milhões de toneladas
por ano de minério, o que geraria uma receita de 190 milhões de dólares
para a empresa de Eike Batista.
Asco
Em fevereiro, a LLX assinou um contrato com a Asco, uma das maiores
empresas do mundo para prestação de serviços de logísticas para o setor
de óleo e gás. O objetivo, segundo a empresa de Eike, é oferecer às
companhias que se instalem no Porto de Açu um parceiro capaz de auxiliar
quem se instalar no polo petrolífero que a LLX pretende montar ao redor
do Açu.
Techint
A multinacional ítalo-argentina também pode ser atrapalhada pela crise
das empresas de Eike Batista. Na prática, a empresa viu seu contrato
para o desenvolvimento da plataforma fixa WHP 1 ser interrompido pela
OSX, o braço de construção naval e prestação de serviços da EBX. A
suspensão ocorreu depois que a petroleira do grupo, a OGX, suspendeu os
pedidos à OSX, alegando que não vai desenvolver alguns campos. A WHP 1
deveria entrar em operação em 2015, sendo capaz de perfurar até 30
poços.
Wisco
A chinesa Wuhan Iron and Steel Corp (Wisco) é sócia de Eike na
mineradora MMX, com uma fatia de 10,5%. Além da forte queda dos papéis
da mineradora, que ameaça pulverizar o investimento dos chineses, a
Wisco também assinou um contrato de 20 anos para comprar 50% da produção
de minério de ferro do Sistema Sudeste, cujo principal projeto, o de
Serra Azul, deve ser adiado de 2014 para 2017, segundo a coluna Radar
Online, de Veja.
SK Networks
A coreana SK Networks também é sócia de Eike na MMX, com uma
participação de 8,8%. Assim como a chinesa Wisco, a SK também assinou um
contrato de 20 anos para comprar 14% da produção de minério de ferro do
Sistema Sudeste. E, por isso, também pode ser prejudicada pelo
adiamento do projeto de Serra Azul.
MRS Logística
A MRS Logística é uma das maiores operadoras de ferrovias do Brasil. No
final de dezembro de 2011, a empresa assinou um contrato com a MMX para
transportar até 36 milhões de toneladas por ano de minério de ferro.
Nas apresentações, a MMX enfatizava a facilidade logística, pois a mina
de Serra Azul fica a apenas 10 quilômetros da linha férrea da MRS, que
se ligaria ao Porto de Açu. O problema é que Serra Azul pode ser adiado.
O contrato com a MRS vence apenas em 2026.
Hyundai Heavy Industries
Em fevereiro de 2010, a Hyundai Heavy Industries, do Grupo Hyundai,
anunciou uma parceria com a OSX, o braço de construção naval e prestação
de serviços para óleo e gás do Grupo EBX. Pelo acordo, os coreanos
compraram 10% da OSX e forneceriam a tecnologia para operar o estaleiro
da OSX em construção no Porto de Açu. O problema é que, com a suspensão
dos pedidos de plataformas da coirmã OGX, Eike estaria estudando fechar o
estaleiro.
3 novidades que vão dar o que falar do "Mais Médicos"
Governo apresentou hoje parceria entre Ministério da Educação e da Saúde para investimentos em saúde no Brasil, sem recuar em "importação" de estrangeiros
Getty Images
São Paulo – O governo anunciou hoje o projeto “Mais Médicos para o Brasil Mais Saúde para Você”, com propostas para a Saúde no Brasil.
Através de uma parceria entre o Ministério da Educação e da Saúde, o
palácio do Planalto anuncia a criação de mais vagas nas faculdades de
medicina, mais instituições de ensino e mais hospitais no país,
especialmente em regiões onde há escassez de médicos por mil
habitantes.
Entre as novidades, os ministros Aloizio Mercadante, da Educação, e
Alexandre Padilha, da Saúde, anunciaram a criação de 12 mil vagas de
residência, cinco novos hospitais universitários até 2018 e um
investimento de R$ 2,7 bilhões para a construção de seis mil novas
unidades de saúde básica.
Nos discursos, os ministros reiteraram que o Brasil precisa de mais
médicos, e precisa de uma distribuição mais “equilibrada” entre
municípios. Segundo Padilha, há no país pelo menos 700 municípios que não têm sequer um médico atuando.
Dentre as propostas do projeto, três se destacam e acabam sendo pontos mais polêmicos. Confira:
Médicos estrangeiros
A proposta de parceria para “importação” de médicos estrangeiros, a
mais polêmica do projeto e amplamente criticada pela comunidade médica
brasileira, permanece. Entretanto, Alexandre Padilha reiterou que as 10
mil vagas criadas em periferias e regiões como Norte e Nordeste do
Brasil serão prioritariamente preenchidas por brasileiros.
Para os médicos dispostos a atuar em áreas mais necessitadas, o
Ministério da Saúde vai oferecer salários de R$ 10 mil mensais, além de
auxílio deslocamento que pode variar de R$ 10 mil a R$ 30 mil.
Segundo o ministro da Saúde, após a chamada por médicos brasileiros,
apenas se não forem preenchidas as dez mil vagas o Ministério vai buscar
profissionais estrangeiros. Esses médicos terão necessariamente de ter
uma habilitação para exercício da medicina em seu país de origem,
conhecimento da língua portuguesa e ser proveniente de um país com mais
médicos por mil habitantes que o Brasil.
“Nós não temos preconceitos. Às vezes se tenta fazer um debate
ideológico para a Saúde e a única ideologia que se tem de ter na
medicina é de salvar vidas”, afirmou Padilha, em resposta às críticas ao
programa.
O governo reiterou que não vai usar o Revalide, exame nacional de
revalidação de diplomas de médicos estrangeiros, para testar os
profissionais de fora do Brasil. De acordo com Padilha, a revalidação do
diploma permitiria que esses médicos atuassem em qualquer lugar do
país. Com o programa, eles terão de permanecer nos locais indicados, as
regiões mais necessitadas de médicos.
No discurso, Alexandre Padilha ainda explicou que haverá um período de
acolhimento desses profissionais – brasileiros ou estrangeiros – por
universidades públicas, que vão acompanhar a atuação dos médicos durante
todo o período em que eles atuarem no programa.
Estudantes formados terão de passar por um ciclo de dois anos no SUS
Outra novidade que vem com o projeto é a criação do que o governo chama
de “segundo ciclo de graduação”. Atualmente, os médicos passam por seis
anos de graduação para então seguirem residência em uma área
específica.
A proposta do “Mais Médicos” é de que, após os seis anos de graduação,
todo estudante formado de medicina ficaria por dois anos atuando na
saúde popular do SUS. Esses graduados receberão bolsas de estudos e esse
período poderá ser aproveitado como o programa de residência médica, de
acordo com Mercadante. Se passar pelo Congresso, a mudança passa a
valer para os estudantes que ingressarem a partir de 2015.
“Buscamos, assim, uma formação mais humanizada e voltada à realidade”, explicou o ministro.
Novos critérios para abertura de cursos
De acordo com Mercadante, ministro da Educação, o governo vai
incentivar com editais a criação de novas instituições de ensino,
especialmente nas regiões que mais precisam de médicos.
Entretanto, novos critérios serão adotados pelo MEC para permitir a
abertura dos cursos. Dentre eles, a exigência de que as faculdades
possuam no mínimo três residências disponíveis nas áreas prioritárias de
medicina, como obstetrícia e pediatria, por exemplo.
81% dos brasileiros tacham partidos como corruptos
Os números do levantamento concluído em março traduzem uma insatisfação que ficou explícita três meses depois, com a série de manifestações que se alastraram pelo país
REUTERS/Gustavo Vara
Genebra - Pesquisa Ibope
divulgada nesta segunda-feira, 8, pela Transparência Internacional,
apura que 81% dos brasileiros consideram os partidos políticos
"corruptos ou muito corruptos", Isso quer dizer que quatro de cada cinco
pessoas põem em xeque a base da representação política no País.
Os números do levantamento concluído em março traduzem uma insatisfação
que ficou explícita três meses depois, com a série de manifestações que
se alastraram pelas cidades brasileiras.
Se comparados à percepção de moradores de outras áreas do globo, fica
claro que os brasileiros estão mesmo descontentes. Na média dos 107
países que participaram da pesquisa organizada pela organização não
governamental, algo em torno de 65% dizem que os partidos são "corruptos
ou muito corruptos".
A mesma pesquisa - feita em 2010 pela Transparência Internacional -
mostra que, no Brasil, a situação se agravou: três anos atrás, o índice
de descontentamento sobre o tema era de 74%.
Os dados nacionais sobre percepção de corrupção
- obtidos após entrevistas com 2.002 pessoas - mostram também que,
depois dos partidos, o Congresso é a segunda instituição mais
desacreditada. Cerca de 72% da população o classificam como "corrupto ou
muito corrupto". Na média mundial - foram 114 mil entrevistas -, o
índice é de 57%.
A pesquisa ainda perguntou se os entrevistados consideravam eficientes
as medidas dos governos contra a corrupção: 56% dos brasileiros disseram
que não; 54% da média mundial também.
"O desprestígio dos partidos e dos políticos é muito grande, disse
Alejandro Salas, um dos autores do informe da Transparência
Internacional. "O resultado é triste. Os partidos políticos são pilares
da democracia", disse.
Na avaliação de Salas, o que tem sido positivo no Brasil é que as
pessoas que saíram às ruas para se manifestar fizeram uma ligação direta
da corrupção na classe política ao fato de não haver serviços públicos
adequados.
"As pessoas fizeram a relação direta entre a corrupção e a qualidade de vida que têm", disse. "Para muitos, o mais dramático é que o Brasil cresceu nos últimos anos. Mas as pessoas perceberam que os benefícios não foram compartilhados e que parte disso ocorreu por conta da corrupção."
Caixa-preta
Segundo o autor do informe, os indicadores mostram que os brasileiros
estão cansados de não saber como o poder é administrado, quem paga por
ele, quem recebe e quem se beneficia. "Os partidos são como caixas
pretas e, para mudar essa percepção, uma reforma importante será dar
mais transparência ao financiamento dos partidos."
Ainda segundo a avaliação de Salas, que é diretor regional da ONG para
as Américas, as manifestações nas ruas no Brasil colocaram "uma pressão
enorme" sobre os políticos.
"Depois das manifestações no Brasil, se os partidos não mudarem, vão
acabar de se afundar", afirmou. O representante da TI alerta também para
a possível aparição e fortalecimento de líderes carismáticos por causa
do descrédito dos partidos políticos. Conclui, porém, que o resultado
das manifestações de junho é positivo. "O que ocorreu dá esperança."
Os dados mostram que, no Brasil, 81% dos entrevistados disseram que
podem fazer a diferença no combate à corrupção. Na médias dos países
envolvidos na pesquisa, o índice é de 65%. Numa escala de 1 a 5, onde
cinco é o grau máximo de corrupção, o setor público brasileiro atingiu
nota 4,6. "A taxa é mais elevada que no resto da América Latina",
afirmou Salas.
Cerca de 70% dos entrevistados no Brasil acreditam que a corrupção no
setor público é "muito séria", contra uma média mundial de apenas 50%.
Em torno de 77% dos brasileiros admitem que ter "contatos" na máquina
publica é "importante" para garantir um atendimento. A percepção em
relação ao setor privado se inverte. No Brasil, apenas 35% das pessoas
acham que as empresas são "corruptas ou muito corruptas". Fora do País, a
média é superior: 45%.
Disposição
Outra constatação da Transparência Internacional é que, no Brasil, a
proporção de pessoas disposta a denunciar a corrupção é mais baixa que a
média mundial: 68% diante de 80%. 44% dos entrevistados disseram que
não denunciam por medo, enquanto outros 42% alertam que suas ações não
teriam qualquer resultado.
"Se o governo estiver sendo sincero de que quer combater a corrupção,
precisa criar mecanismos que permitam a denúncia e que protejam as
pessoas", disse Salas.
Entre os que aceitam fazer a denúncia, a maioria revela que para tal usaria os jornais, e não os órgãos oficiais do governo.
Um a cada quatro entrevistados no Brasil admitiu que pagou propinas nos últimos dez meses para ter acesso a um serviço público.
"O pagamento de propinas continua muito alto. Mas as pessoas acreditam
que têm o poder para parar isso", disse Huguette Labelle, presidente da
Transparência Internacional. Para ela, os políticos devem dar o exemplo,
tornando públicos a sua renda e os ativos de família.
Outras instituições
Depois dos partidos e do Congresso, a polícia aparece na pesquisa como a
instituição mais desacreditada. Cerca de 70% dos brasileiros a
classificam como "corrupta ou muito corrupta". No resto do mundo, o
índice é de 60%.
O Judiciário, entre os brasileiros, tem mais crédito do que entre a
população dos outros países. Aqui 50% apontam a instituição como
"corrupta ou muito corrupta". Fora, o índice é de 56%. As Forças Armadas
aparecem com índice baixo de percepção de corrupção. No Brasil é de 30%
e na média dos outros países da pesquisa da Transparência
Internacional, 34%.
Assinar:
Postagens (Atom)