segunda-feira, 22 de julho de 2013

Dificuldade de volta do Paraguai ao Mercosul é de política interna do país



 
 
A novela sobre o retorno do Paraguai ao Mercosul tinha data para acabar. 
 
Na Cúpula de Montevidéu, realizada na semana passada, Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela decidiram colocar ponto final na suspensão do país no bloco a partir do momento em que o presidente eleito, Horacio Cartes (foto), tomasse posse, em 15 de agosto.

Diferentemente do que havia dito na campanha eleitoral, porém, Cartes recuou e passou a exigir, para o retorno paraguaio, que a presidência do Mercosul não fosse exercida pela Venezuela. Caracas foi incorporada ao grupo após o início da sanção ao Paraguai, em junho de 2012.

O que está por trás do recuo de Cartes? Todos os presidentes do Mercosul elogiaram a transparência do pleito paraguaio, em abril deste ano, e parabenizaram o novo líder pela vitória (mesmo com o parecer contrário de alguns observadores internacionais). Até mesmo o venezuelano Nicolás Maduro, que é considerado persona non grata no Paraguai, declarou que pretende fazer o possível pela reintegração. Nenhuma nova rusga foi criada.

A nova posição de Cartes está relacionada com a política interna paraguaia. O Partido Colorado, que volta ao poder após cinco anos, não quer iniciar seu governo sob as fortes críticas do Partido Liberal. 
 
Apesar de as duas forças serem as maiores do país, elas costumam se aliar, como aconteceu no caso do golpe contra o presidente Fernando Lugo, em junho de 2012. Ao recusar um retorno imediato ao Mercosul, Cartes respalda o posicionamento do atual presidente, Federico Franco, e adota uma posição conciliadora com o adversário-aliado. 

Além disso, o Partido Colorado tem como base eleitoral a parcela mais rica da população do país, contrária ao Mercosul. Defensora do golpe, a elite paraguaia ficou ofendida pela suspensão no bloco, apesar de não ter sentido na pele os efeitos da sanção. Isso porque o Paraguai não teve qualquer prejuízo financeiro no período em que está fora do Mercosul. Pelo contrário: o país aumentou o comércio com países vizinhos nos últimos 12 meses.

Essa é uma das críticas que diplomatas brasileiros têm feito sobre a atuação do Mercosul. Sem sanções financeiras, o Paraguai não tem pressa para voltar às reuniões do bloco. A partir de agosto, pode-se apresentar um cenário esdrúxulo: a suspensão ao Paraguai é encerrada, mas o governo do país segue sem participar das reuniões.

Assim, o comércio paraguaio com Brasil, Argentina, Uruguai e Venezuela deve continuar crescendo, aproveitando-se das tarifas preferenciais, e Cartes aguardaria o fim da presidência venezuelana para retornar ao Mercosul no começo de 2014. A decisão ficaria de bom tamanho para colorados e liberais no Paraguai.

Resta saber se a decisão agradará os outros sócios do bloco, que, publicamente, defendem a reintegração imediata a qualquer custo. A conta poderá ser paga por Equador e Bolívia, interessados em ingressar no Mercosul e que deverão ter seus processos de adesão arrastados pelo Paraguai.  
 
Fonte: Opera Mundi  

Sul fluminense recebe mais de US$ 9 bilhões de investimentos estrangeiros


 
 
 
Sul Fluminense — região integrada por municípios como Resende, Itatiaia, Porto Real e Volta Redonda — prossegue recebendo investimentos externos já totalizam  mais de R$ 9 bilhões para o período de 2010 a 2016.

A informação é da Secretaria estadual de Desenvolvimento Econômico do Rio, acrescentado que neste momento mais de 16 mil empregos diretos estão sendo gerados na região.

Nissan: a empresa japonesa constrói uma fábrica de R$ 2,6 bilhões em Resende para produção de carros. Obras devem terminar em 2014. Hyundai Heavy Industries: o grupo coreano implanta a sua primeira fábrica de máquinas pesadas  fora da Ásia foi inaugurada em abril, após investimentos na primeira etapa, já em operação de mais de R$ 600 milhões.

PSA Peugeot Citroën: as montadoras francesas têm planos de investimento de R$ 3,8 bilhões, para o período de 2010 a 2015, incluindo aumento de produção da unidade de Porto Real (foto).

Man Latin America: a alemã fabricante dos caminhões e ônibus Volkswagen está investindo R$ 1 bilhão em Resende para ampliar produção, até 2016 ou 2017. Fornecedores do grupo já estão migrando produção para Resende e municípios vizinhos.

CSN: a siderúrgica brasileiro, com fornecedores chineses de tecnologia, está investindo R$ 1,2 bilhão num projeto de aços longos em Volta Redonda.

Ibis: Rede hoteleira internacional assinou contrato para construção de um hotel com 140 quartos em Resende, que deve entrar em operação até 2016, com investimento em torno de R$ 50 milhões.

Azul/TRIP: a companhia aérea, diante do ambiente tão promissor, já retomou voos diários, na semana passada, ligando o Aeroporto de Resende ao de Viracopos, em Campinas  

Fonte: ImprensaRJ

Um governo atolado vai desemperrar a economia?


21 de julho de 2013
Autor: Rolf Kuntz

Rolf Kuntz 
 
 
Tiririca estava errado. No Brasil, sempre dá para piorar, como têm provado com notável diligência a impropriamente chamada classe política e o governo da presidente Dilma Rousseff. Qual a distância, hoje, entre otimismo e pessimismo nas previsões econômicas? A economia brasileira crescerá em média 3,2% ao ano entre 2014 e 2018, segundo a nova bola de cristal operada em parceria pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e pela instituição de pesquisas The Gonference Board, o indicador antecedente composto. No discurso oficial, um crescimento inferior a 4% ou 5% ao ano jamais foi admitido, até há pouco tempo, como padrão normal para o Brasil. Poderia ocorrer como consequência de choques externos ou em fases de ajuste muito forte, mas sempre como situação excepcional. Hoje, até uma expansão pouco superior a 3% por vários anos pode parecer improvável, quando se considera a crise de produtividade da economia nacional.

Não há cálculo seguro do potencial de crescimento do país, mas os números estimados vêm caindo nos últimos anos – da faixa de 3,5% a 4% até há pouco tempo para algo entre 2,5% e 3% nas últimas avaliações. O número de 2,5% foi indicado esta semana pela economista Alessandra Ribeiro, da consultoria Tendências, segundo o jornal “Valor”.

Calcular o produto potencial pode ser muito complicado, mas, apesar disso, economistas e formuladores de políticas têm excelentes motivos para levar em conta esse conceito. A existência de limites tem sido mostrada amplamente pela experiência. Pode-se ultrapassá-los de vez em quando, mas insistir na aventura acaba normalmente em desastre. Inflação e desequilíbrio externo são consequências bem conhecidas e muito frequentes na História do Brasil.

Inflação e desajuste crescente no balanço de pagamentos já estão presentes no cenário brasileiro, apesar do crescimento pífio dos últimos dois anos e meio. Ninguém deveria iludir-se com o recuo de alguns índices desde o mês passado. A redução dos preços dos alimentos tem efeito passageiro na formação dos indicadores, assim como a redução das tarifas de transporte coletivo. Grandes fatores inflacionários, como o desarranjo fiscal, a expansão do crédito e os aumentos salariais acima dos ganhos de produtividade, foram apontados, mais uma vez, na ata da última reunião do Comitê de política monetária (Copom), divulgada na quinta-feira. A ata destoou claramente do discurso presidencial do dia anterior.

Os autores do texto, no entanto, apontaram a possibilidade de um arrefecimento da demanda se nada for feito para reverter a tempo a crise de confiança do setor empresarial e das famílias. Por enquanto, “a demanda doméstica tende a se apresentar relativamente robusta, especialmente o consumo das famílias”, segundo a ata. Mas os sinais de alerta já estão acesos. O texto contém o suficiente para indicar o risco de uma estagnação mais ampla, mas seus autores poderiam ter ido mais longe. Se o consumo cair, o investimento continuar insuficiente e a indústria continuar em marcha lenta, como ficarão as já estropiadas finanças públicas?

A peculiaridade brasileira é outra: programas são secundários e o fundamento das alianças é a partilha dos benefícios do poder.
 

Não há resposta para o problema do crescimento, no Brasil, sem a ação do governo, mas o governo está atolado na própria incompetência gerencial, na indigência de ideias de seus formuladores de políticas e num esquema pegajoso e sufocante de alianças políticas.

No Brasil, dizem especialistas, nenhum presidente pode governar sem acordos, às vezes com parceiros da pior espécie. Pode ser. Em muitos países coalizões são indispensáveis à operação do governo. Alianças, no entanto, são em geral precedidas de algum entendimento a respeito de objetivos e métodos. É o caso, em países da Europa, da formação de gabinetes para enfrentar a crise fiscal e financeira.

A peculiaridade brasileira é outra: programas são secundários e o fundamento das alianças é a partilha dos benefícios do poder. Não se divide o governo como responsabilidade, mas como butim. Esse padrão se fortaleceu com a disposição petista de aparelhar e lotear a máquina federal. Nada mais natural, quando um partido chega ao Palácio do Planalto com um projeto de poder e nenhum projeto real de governo.

Sem alianças em torno de um programa, o governo é forçado a negociar com a base a votação de cada projeto, como se nenhuma ideia geral desse um sentido comum às várias propostas. Não se pode sequer confiar na aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias, condicionada pelos companheiros à adoção de um impropriamente chamado orçamento impositivo – na prática, uma simples manobra para tornar obrigatória a liberação de verbas para emendas.

A um governo com essas condições de funcionamento – e comandado por uma presidente cada vez mais isolada – cabe a missão de promover a mudanças necessárias para destravar a economia, aumentar seu potencial de crescimento e impor ao País um ritmo de expansão mais parecido com o dos emergentes mais dinâmicos.

Nenhuma tarefa importante será cumprida se a presidente Dilma Rousseff e sua equipe forem incapazes de começar a arrumação das próprias contas. Para isso será necessário desfazer a confusão de incentivos temporários e permanentes, trocar as ações pontuais pelas chamadas políticas horizontais e cortar o vínculo incestuoso entre o Tesouro e os bancos controlados pela União.

Tudo isso deverá ser apenas o começo de uma lista enorme de mudanças. Elevar a eficiência na elaboração e na condução de projetos de infraestrutura será outro desafio tão duro quanto urgente. Sem isso, até como exportador de matérias-primas o País será cada vez menos competitivo.

Que dirão dessa agenda os marqueteiros eleitorais da presidente?

Sem o governo nenhum problema se resolverá, mas o próprio governo é o primeiro problema.

Fonte: O Estado de S. Paulo, 20/07/2013

Apesar de a dívida pública líquida estar em queda, a bruta voltou a subir, indicando que o País não pode se abster da austeridade fiscal

21 de julho de 2013 | 2h 16


ALEXA SALOMÃO - O Estado de S.Paulo
Há dois anos, a dívida pública era tratada como um problema do passado. Agora, bancos e consultorias têm se dedicado à produção de textos para a sua análise. Não há a menor chance de o Brasil dar o calote neste momento, mas, para muitos economistas, a dívida entrou numa trajetória desconfortável e a sua gestão precisa ser aperfeiçoada o mais rápido possível. 

No Brasil, tornou-se praxe acompanhar o desempenho da dívida líquida (não financeira), que mostra os débitos e os créditos do setor público. A dívida líquida do País caiu cerca de 0,7 ponto porcentual, para 34,8% do PIB, em maio. Em dezembro de 2012, estava em 35,2%. Quando se olha para ela, o Brasil está no melhor dos momentos. 

O mesmo não pode ser dito sobre a dívida bruta do governo geral, que soma o endividamento (em títulos e bancário), interno e externo, dos governos federal, estaduais e municipais. Depois de cair ao longo da década passada, embicou e aumentou 6,2 pontos porcentuais de 2010 para cá. Em maio, subiu 0,2 ponto porcentual e atingiu o patamar de 59,6% do PIB.

As trajetórias opostas das dívidas criam o efeito conhecido como "boca de jacaré" e contrariam a lógica. O esperado é que as dívidas líquida e bruta sigam a mesma trajetória. Para quem acompanha as finanças públicas, a distorção ocorre porque a dívida bruta registra efeitos colaterais de medidas do governo consideradas polêmicas.

Pouco mais de 16 pontos porcentuais da dívida bruta correspondem à aquisição de reservas internacionais. A primeira vista, esse parece um custo razoável, já que mais reservas fortalecem o caixa do governo para enfrentar momentos de crise e de alta do dólar, como o que ocorre agora. "O problema é que boa parte dos dólares não foi adquirida porque o governo queria elevar as reservas, mas para controlar a taxa de câmbio", diz o economista Felipe Salto, da Tendências Consultoria. "O Brasil tinha reservas suficientes e, se não houvesse a obsessão por depreciar o câmbio, a dívida não estaria em alta." 

O questionamento tem uma razão financeira. A compra de dólares para formar reservas resulta numa operação onerosa e só vale a pena se for mesmo por uma causa importante. O processo funciona assim: o Banco Central compra os dólares usando reais. Mais reais no mercado, porém, alimentam a inflação. Para tirar esses reais de circulação, o BC troca a moeda por títulos públicos, com o compromisso de desfazer a troca no futuro. No jargão do mercado, esse processo se chama operação compromissada. Os dólares retirados do mercado são usados para comprar títulos públicos do governo americano, por exemplo, que pagam juros baixos e formam as reservas. Os títulos brasileiros vão pagar juros bem maiores. O diferencial das taxas de juros pesa nas contas públicas. "Temos a acumulação de ativos que rendem pouco (as reservas) e passivos que custam muito caro (operações compromissadas)", diz Salto. 

A dívida bruta também foi impulsionada por outra prática do governo muito criticada: as operações de financiamento do Tesouro a bancos públicos, em especial para o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico Social (BNDES). Hoje, quase 9 pontos porcentuais da dívida bruta são fruto desses repasses. Em 2007, esse item tinha impacto zero sobre a dívida.

Desconfiança.

O atípico comportamento da dívida pública acabou por atrair a desconfiança dos investidores e analistas em relação à gestão das contas públicas e à solvência do Brasil no médio prazo. O comportamento da dívida contribuiu para que a agência de classificação de risco Standard & Poor's (S&P)colocasse em observação, com tendência de baixa, a nota do País, que hoje é grau de investimento (nota que indica que o risco de investir no Brasil é relativamente pequeno). 

"Não esperamos que o Brasil tenha problemas com a dívida no curto espaço de tempo, caso contrário, o País não teria a nota que tem", diz Sebastián Briozzo, diretor e analista da S&P responsável pelos relatórios sobre o Brasil. "Mas a perspectiva negativa da nota do Brasil pode ser interpretada como um sinal amarelo para a dívida pública do País." 

Segundo Briozzo, o primeiro problema é que a dívida ainda é alta, principalmente quando comparada a outros países emergentes. Para se comparar a dívida bruta entre países, o melhor critério é o do Fundo Monetário Internacional (FMI). 

Pelos parâmetros do fundo, em dezembro a dívida bruta do Brasil estava em 68,5% do PIB. Era a terceira maior entre os países emergentes analisados (atrás apenas de Egito, Jordânia e Hungria). Entre os países do Bric, superou a da Índia, de 66,8%, e se tornou a maior do bloco. Para o FMI, a dívida bruta de um país emergente deve ficar na casa dos 40% do PIB.

Custo alto.

A outra questão que chama a atenção é o fato de a dívida ser cara, porque o Brasil tem uma taxa de juro ainda alta. O pagamento de juros da dívida consome cerca de 12% do orçamento anual do governo, quando em outros países essa participação oscila em 7% e nunca passa de 10% do orçamento. "A prudência fiscal ao longo de 15 anos é uma credencial importante para o Brasil e precisa ser preservada", diz Briozzo. 

Ter o grau de investimento rebaixado ou perder o grau de investimento no atual momento da economia internacional só agravaria o cenário no Brasil, ao menos no curto prazo. Grandes fundos de pensão, que só podem colocar dinheiro em países com grau de investimento, teriam de deixar o País. Os investidores, que já estão migrando para os Estados Unidos de olho na sua recuperação, teriam um motivo a mais para buscar outros mercados. E a falta de investimento estrangeiro é maléfica para o Brasil. "O Brasil tem uma poupança interna muito baixa e o seu crescimento depende de capital externo", diz Salto. "Se tiver dificuldade para atrair recursos internacionais, vai crescer menos, o que vai piorar o perfil da dívida."

sábado, 20 de julho de 2013

“Eike sairá da crise pela porta da frente”, diz Esteves


Para dono do BTG, contratado para salvar Eike, otimismo que reinou na OGX foi o começo da ruína do grupo EBX

Ministério Público fará pente-fino em contratos do BNDES com Eike











DE BRASÍLIA
 
O Ministério Público, junto ao TCU (Tribunal de Contas da União), solicitará nos próximos dias a Caixa, BNDES e Banco do Brasil cópias de todos os contratos de financiamento assinados com empresas da EBX, de Eike Batista. 

O objetivo, conforme o procurador Marinus Marsico, é "fazer um pente-fino em todas essas operações" para verificar se houve descumprimento de normas pelas instituições. 

"Vamos apurar se houve descumprimento de normas, erros crassos ou apenas exposição ao risco pelas instituições."

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Brasil terá incubadora de empresas nos Estados Unidos


Até 30 projetos poderão ser aprovados durante o primeiro ano de funcionamento da incubadora

Michael Fein/Bloomberg
Campus da universidade de Harvard
Campus da Universidade de Harvard: para participar do Brazil IdeaLab, os candidatos devem ser brasileiros e estudar ou fazer pesquisas nos Estados Unidos

São Paulo - Uma parceria entre o Centro de Liderança Pública, organização sem fins lucrativos com sede em São Paulo, e a Laspau, entidade ligada à universidade de Harvard para o gerenciamento de bolsas de estudo em instituições de ensino americanas, vai incentivar a criação de startups brasileiras na região de Boston, nos Estados Unidos.

O Brazil IdeaLab, como foi batizado o projeto, será a primeira incubadora de empresas do Brasil no exterior. O processo de seleção começou hoje e vai até o início de novembro.

“Nosso objetivo é reter parte dos talentos que estudam nas universidades americanas e, assim, incentivar o retorno desses profissionais qualificados com projetos ligados ao Brasil”, diz Luiz Felipe d’Avila, presidente do CLP.

Pela parceria, a Laspau fará a intermediação dos estudantes e pesquisadores com as universidades, buscando os centros de ensinos mais adequados aos objetivos de seus projetos, e auxiliará no monitoramento durante o período de desenvolvimento.

Já o CLP ficará responsável pela promoção de encontros entre investidores e as startups e pelos recursos necessários para o funcionamento da incubadora. Além disso, a Laspau e o CLP vão realizar palestras, debates e encontros com outros empreendedores. O investimento inicial previsto para o Brazil IdeaLab é de 1,5 milhão de dólares até o fim de 2015.

A região de Boston conta com mais de 50 universidades e é um dos grandes centros de inovação do mundo. Entre as universidades mais renomadas, estão Harvard e o MIT (Massachusetts Institute of Technology).

“Boston é um dos locais mais propícios para uma incubadora. Existe uma forte interação entre as universidades, empresas e poder público”, afirma Peter DeShazo, diretor executivo da Laspau. A Laspau também é responsável pela administração das bolsas de estudo de doutorado do programa do governo brasileiro Ciências sem Fronteira nos Estados Unidos.

Segundo d’Avila, se o Brazil IdeaLab for bem sucedido, deverá ser ampliado para outras regiões americanas, como o Vale do Silício, na Califórnia. No primeiro ano de funcionamento, a incubadora poderá apoiar entre 15 e 30 startups, dependendo do número de projetos selecionados pelas duas instituições.
Como fazer


Para participar do Brazil IdeaLab, os candidatos devem ser brasileiros e estudar ou fazer pesquisas nos Estados Unidos. Para se habilitar, a startup precisa ter também a meta de promover algum impacto público com seus negócios no Brasil.

Segundo d’Avila, o desenvolvimento de uma nova semente de soja que tenha potencial de ampliar as fronteiras do agronegócio do brasileiro é um exemplo de startup que contemplaria esse propósito.
“A implantação do projeto tem que ser no Brasil e deve trazer benefícios ao país”, diz. O prazo para a inscrição vai até o início de novembro. Os candidatos interessados devem enviar e-mail para laspau-idia@harvard.edu para maiores informações.