segunda-feira, 23 de setembro de 2013

Especialistas em clima fazem novo diagnóstico alarmante


Anos após relatório sobre mudanças climáticas, especialistas em clima da ONU apresentarão na sexta novo e alarmante balanço sobre a situação global

David Mcnew/AFP
Estação de geração de energia na Califórnia
Estação de geração de energia na Califórnia: relatório estuda quatro cenários possíveis para as mudanças climáticas até 2100

Paris - Temperaturas e nível do mar em alta, geleiras derretidas: seis anos depois de seu último relatório sobre as mudanças climáticas, especialistas em clima da ONU apresentarão na sexta-feira um novo e alarmante balanço sobre a situação global, antes do acordo climático aguardado para 2015.

O Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC, na sigla em inglês) apresentará em quatro etapas (entre o fim deste mês e outubro de 2014) aquele que já é considerado o diagnóstico mais completo feito até agora sobre o problema.

O relatório estuda quatro cenários possíveis para as mudanças climáticas até 2100, assim como seus impactos para o planeta e as formas de enfrentá-los.

O primeiro volume, que será publicado em 27 de setembro, em Estocolmo, após quatro dias de deliberações na capital sueca, confirmará a responsabilidade do ser humano no aquecimento do planeta, a intensificação de certos fenômenos climáticos e a revisão para cima do nível do mar, segundo uma versão provisória do resumo, à qual a AFP teve acesso.

Trata-se do quinto relatório do painel desde a sua criação, em 1988.
O documento, escrito por 250 cientistas, reforçará o apelo por medidas para limitar a 2 graus Celsius a elevação das temperaturas desde a época pré-industrial, uma meta adotada pelos 195 países que negociam sob a égide da ONU, mas que parece cada vez mais difícil de alcançar.

 O IPCC é a pedra na qual se assentam as mudanças climáticas e toda a política climática. Será o novo guia estratégico, como foi o quarto relatório", publicado em 2007, avalia Tim Nuthall, da Fundação Europeia para o Clima.

Em 2007, o IPCC gerou uma mobilização sem precedentes em torno da questão climática, o que lhe rendeu a atribuição do Prêmio Nobel da Paz, em conjunto com o ex-vice-presidente americano, Al Gore, ele próprio um ativista ambiental mundialmente conhecido com o filme "Uma Verdade Inconveniente" (2006).

No final de 2009, os líderes mais importantes do planeta, a começar pelo presidente americano, Barack Obama, se reuniram em Copenhague, na Dinamarca, para tentar costurar um acordo.

Mas o fracasso daquela cúpula continua assombrando as negociações sobre as mudanças climáticas, agora orientadas para a meta de fechar em 2015 um novo acordo global durante uma conferência internacional que será celebrada em Paris.

Na verdade, o IPCC não faz mais do que sintetizar os conhecimentos científicos já publicados e se limitará a confirmar a realidade das mudanças climáticas, como o aumento da temperatura global, que já alcançou 0,8ºC desde o começo do século XX.

"Sempre repetimos o mesmo... É a força da nossa comunidade, mas também a razão pela qual se cansam de nós", ironiza o glaciologista Jean Jouzel, membro do IPCC.

Em seu relatório, o IPCC apresenta quatro cenários possíveis para o final do século XXI, mais ou menos "quentes" em função da quantidade de gases de efeito estufa emitidos na atmosfera.

Embora não se pronuncie sobre a probabilidade de que estes cenários se cumpram, só um deles permitiria alcançar a meta de limitar o aquecimento a 2ºC. Os outros três não atingem este objetivo e o pior de todos contempla um aquecimento entre 2,6°C e 4,8°C.

A "pausa" na elevação das temperaturas observada há quinze anos, que poderia ser explicada por uma captação de calor dos oceanos, não muda as projeções de longo prazo, destacou recentemente o serviço britânico de meteorologia.

Mais ainda porque os demais indicadores de aquecimento não mudaram, como a elevação do nível do mar, o derretimento das geleiras o Ártico ou a frequência das ondas de calor.

Desde 2007, "a crise se agravou", afirma Al Gore em entrevista ao jornal francês Le Monde, porque "os eventos meteorológicos extremos vinculados à crise do clima se tornaram muito maciços e frequentes para serem ignorados".

A partir desta segunda-feira, o resumo desta primeira parte do relatório será submetido à aprovação, linha por linha, dos representantes dos 195 países do IPCC, que poderão modificar a forma do informe, mas não suas conclusões.

As duas partes seguintes - sobre o impacto das mudanças climáticas e a forma de mitigá-lo - serão publicadas no começo de 2014, antes de uma síntese global prevista para outubro de 2014.

Desta vez, o IPCC quer ser irrepreensível. Em 2007, houve alguns erros no relatório que os céticos do aquecimento global aproveitaram para questionar a credibilidade do painel. Desde então, o IPCC implantou mecanismos para que este "erro estúpido" não se repita, afirma Jean Jouzel.

Luxo é um setor sem crise


O mercado de luxo quase triplicou no Brasil nos últimos três anos, puxado principalmente por cidades do interior


Design: Juliana Pimenta
Fonte: Haliwell Bank, MCF Consultoria e GfK Brasil

Custo Brasil: Zara considera o Brasil o pior ambiente de negócios do mundo!


 




Admirada e citada no mundo todo como um modelo de eficiência na gestão de estoques e na logística, nem a Zara escapou do “custo Brasil”.

A empresa teve que adaptar aqui seus processos que, no resto do planeta, atropelam a concorrência, renovando as prateleiras de 1.770 lojas duas vezes por semana.

Dentre os 86 países em que o grupo espanhol Inditex -o maior varejista têxtil do mundo- atua com a bandeira Zara, o Brasil é considerado o mais difícil. Pior até que a Argentina, conhecida por barreiras aos importados.

O desabafo foi feito por Mauro Friedrich, diretor de logística da Zara no Brasil, em uma reunião com cerca de 30 investidores qualificados num banco, em São Paulo, no início de junho.
[...]
No Brasil, a Zara se tornou uma marca voltada para a classe A, o que reduz o número de clientes e de lojas. É o contrário do que acontece na Europa, onde atinge até as classes mais baixas.

Os impostos e a infraestrutura ruim elevam os custos no Brasil, onde a renda média é menor. Uma comparação entre os preços praticados aqui e na Espanha em peças básicas encontrou diferenças de 11% a 76%.

“O saldo da Zara no Brasil é positivo. A empresa roubou mercado das marcas premium, mas não se transformou numa marca de massa”, diz Alberto Serrentino, sócio da consultoria GS&MD.

Nada como uma multinacional para dar seu parecer da loucura que é fazer negócios no Brasil. A espanhola Zara conhece cada canto do mundo, pois atua em dezenas de países. Quando diz que o Brasil é o pior deles, a crítica deve ser levada em conta, com muito carinho.

Quem costura viajar, sabe que a Zara é, de fato, loja voltada para o público de mais baixa renda. Menos por aqui. No Brasil virou grife de luxo! Como, aliás, outros casos, tais como GAP e Banana Republic. Até mesmo a Ralph Lauren, que nos Estados Unidos é de classe média, no Brasil vira marca de rico. Custo Brasil.

O jornal GLOBO fez uma grande matéria hoje sobre o assunto, mostrando como somos a sétima economia do mundo, mas muito distante das demais em indicadores per capita. Tudo por culpa do Custo Brasil, dessa enorme dificuldade de se fazer negócios por aqui. Diz a reportagem:

Pelo ranking do Fórum Econômico Mundial em parceria no Brasil com a Fundação Dom Cabral, o país recuou oito posições, para o 56º lugar, entre 148 países. Entre 2012 e 2013, o Brasil perdeu posições em diversos subíndices, como fatores básicos de competitividade, ambiente macroeconômico, educação superior e capacitação, eficiência no mercado de trabalho, prontidão tecnológica e inovação. Economistas apontam que os indicadores do Brasil nos rankings de competitividade, IDH e “Doing Business” refletem a posição relativa do país no grupo das nações de renda intermediária. Áreas como educação, ambiente institucional e carga tributária são algumas das mais problemáticas no caso brasileiro.

Marcelo Moura, do Insper, coloca o dedo na ferida: “O alerta que os indicadores trazem é que o Brasil não tem uma estratégia clara de crescimento. A sensação é que a estratégia vai sendo definida a cada dia, ao sabor do vento”. Governos populistas só querem saber de estimular o consumo no curto prazo, de olho nas próximas eleições. E, dessa forma, continuamos sem atacar as raízes dos problemas econômicos, o nosso Custo Brasil.

Resultado: baixo crescimento e roupas da Zara consideradas inacessíveis para a maioria dos brasileiros.

domingo, 22 de setembro de 2013

A indústria do luxo agora invade o interior do Brasil

Cansadas de disputar clientes em shoppings de São Paulo, as empresas de luxo estão descobrindo o consumidor do interior do país — que, rico como nunca, quer mesmo é esbanjar

Invasão estrangeira

Com a estabilidade econômica e o crescimento dos últimos anos, o Brasil se torna parada obrigatória para empresas estrangeiras. Isso é bom para as multinacionais, e melhor ainda para o País

Fabíola Perez
 

Nos próximos dias, os brasileiros interessados em fazer compras no site americano eBay, o maior endereço de comércio eletrônico do mundo, poderão utilizar um aplicativo, disponível para download na App Store, com conteúdo em português e preços convertidos para o real. Por enquanto, apenas produtos direcionados ao mercado de moda, como roupas, joias, óculos e artigos de beleza, serão oferecidos pelo novo serviço, mas a ideia é que, no prazo máximo de 12 meses, toda a página do eBay na internet seja traduzida para o português. 

A iniciativa faz parte da estratégica do gigante americano de expandir seus negócios mundo afora, num momento em que a economia dos países ricos não tem fôlego suficiente para oferecer oportunidades. “O Brasil tem uma demanda crescente por bens de consumo, especialmente aqueles que ainda não podem ser encontrados no País”, disse à ISTOÉ Luis Arjona, chefe de operações do eBay para o Brasil. “Conhecemos as necessidades dos consumidores brasileiros e queremos oferecer novas marcas a preços acessíveis.” 

Basta observar alguns indicadores para entender a confiança do executivo. O comércio eletrônico brasileiro tem crescido na faixa de 20% ao ano, índice não repetido por nenhum outro país, e a expectativa é que as vendas superem R$ 28 bilhões em 2013. Esse setor, porém, não é o único a atrair investimentos vindos do Exterior. Com a estabilidade econômica e o crescimento dos últimos anos, o Brasil se tornou parada obrigatória para empresas estrangeiras.

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FRONTEIRA
Sede do eBay em San José, nos EUA: empresa vai lançar
aplicativo com conteúdo em português e preços em real

Apenas no mês de setembro, quatro grandes companhias internacionais confirmaram a abertura de fábricas e escritórios no País. Além do eBay, a montadora alemã Audi, a grife americana de roupas Gap e a maior empresa do setor de móveis do mundo, a sueca Ikea, revelaram sues planos de investimento no mercado brasileiro. Presente em 40 países, o grupo Ikea faz sucesso ao oferecer móveis de design arrojado e itens de decoração a preços geralmente acessíveis. 

No Brasil, as empresas que desbravaram esse segmento, como Tok & Stok e Etna, fizeram enorme sucesso, e isso explica em parte o interesse dos suecos. A Ikea já está se movimentando. A companhia abriu um escritório em Curitiba e cerca de 20 funcionários já trabalham no local. Embora os executivos não detalhem o projeto brasileiro, é certo que ele deve repetir o modelo global da empresa. Além dos móveis, a Ikea vende, em lojas gigantescas, de ferramentas a itensde paisagismo. 

Para o cliente, a sensação de visitar um desses estabelecimentos é a de estar realizando um passeio em família, com produtos capazes de seduzir adultos e crianças e assim a rede fatura vendendo para todo o mundo.
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LUXO
O presidente da Audi, Rupert Stadler, quer ser líder do setor premium no Brasil

Muitos dos investimentos já estão virando realidade. Nos próximos meses, a Gap vai abrir duas lojas na cidade de São Paulo. Já a alemã Audi está em vias de iniciar a construção de uma fábrica em São José dos Pinhais, no Paraná, que vai consumir R$ 500 milhões. 

Na semana passada, o presidente mundial da Audi, Rupert Stadler, apresentou os planos ambiciosos da empresa. “Nosso objetivo de longo prazo no Brasil é atingir a liderança no segmento de automóveis premium”, disse Stadler. Para especialistas, há uma explicação simples que justifica o desejo de investir no País. “Não está fácil vender carro na Europa e por isso as montadoras têm grande interesse em inaugurar fábricas por aqui”, afirma Paulo Roberto Feldman, professor de economia da Fea/Usp. 

“O mercado consumidor de 115 milhões de brasileiros, o desemprego zero, o bom desempenho energético, o aumento da renda da população e a perspectiva de crescimento no futuro são os principais fatores que atraem o investidor estrangeiro.”

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GLOBAL
Consumidores chineses fazem da loja da Ikea de Pequim a mais
visitada do mundo. A marca está presente em 40 países

A preferência internacional fez o País escalar posições no ranking de economias mais atraentes para o investimento estrangeiro direto. Superado apenas por Estados Unidos, China e Hong Kong, o Brasil ocupa a quarta posição na lista, com um volume total de US$ 65 bilhões em recursos captados do Exterior no último ano. 

Algumas mudanças no cenário internacional podem favorecer ainda mais o Brasil. “O mercado consumidor chinês também atrai investidores, mas a mão de obra já não é tão barata como há alguns anos”, ressalta Feldman, da USP. Outro fator está relacionado à crise financeira internacional. 

“A busca por cadeias globais mais produtivas se acentua no momento em que os países desenvolvidos enfrentam um período de recuperação econômica”, diz Lia Valls, pesquisadora em economia internacional do Ibre/FGV. A julgar pelos prognósticos, cada vez mais estrangeiros virão para o Brasil. Isso é bom para as empresas, mas é melhor ainda para o País.

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Após liderar perdas, real vira a moeda que mais sobe entre 31 países


Sílvio Guedes Crespo




Depois de um período de forte queda, o real foi a moeda que mais subiu desde o início do mês, entre 31 selecionadas, incluindo os mercados desenvolvidos e os principais emergentes. O levantamento foi elaborado pela CMA, empresa de tecnologia e informações financeiras.

A moeda brasileira avançou 5,21% em relação ao dólar, do início de setembro até o dia 18. A trajetória de alta, no entanto, já estava acentuada desde que o Banco Central anunciou, no dia 22, que faria leilões diários de venda de dólares no mercado futuro.

Vale lembrar que, antes desse surto de alta, o real estava caindo fortemente em relação ao dólar. Do início de agosto até o dia 22, recuou 5,53%, tendo a maior perda entre as 31 moedas analisadas pela CMA.




Se considerarmos um prazo mais longo, vemos uma desvalorização do real. A moeda brasileira caiu 10,05% desde o início do ano até o dia 18 – mais do que, por exemplo, os pesos mexicano, peruano e colombiano. Nesse período, a maior queda entre os 31 países foi a do peso argentino, de 17%, conforme o gráfico abaixo.



Entrevista
O economista-chefe da CMA, Carlos Lima, autor do levantamento, concedeu a entrevista abaixo ao blog  


Achados Econômicos.

Por que o real subiu mais do que as outras moedas?

Foram dois fatores. Primeiro, o impacto da decisão do BC em entrar pesadamente no mercado de câmbio. Na época [22 de agosto], o BC foi claro: quem estaria entrando para especular, sofreria um impacto devido a um grande player [o BC] vendendo.

Depois, passou a haver uma desconfiança em relação à possibilidade de o Fed [Federal Reserve, o banco central dos EUA] retirar os estímulos. A meu ver, o mercado, que antes acreditava que o Fed iria retirar, passou a avaliar se ia retirar mesmo e se, caso retirasse, em quanto seria essa redução.

Então o real continua sendo uma das moedas mais voláteis, entre as maiores economias?

Sim. Existe um peso enorme da variável dólar na nossa economia, e isso está sendo demonstrado na variação do real. Entre 80% e 90% das empresas listadas no Ibovespa (principal índice da Bolsa de Valores de São Paulo) sofrem impacto do dólar.

Na sua visão, o real deve continuar subindo mais que as outras moedas?

A ideia do Fed de prorrogar a decisão [de retirar os estímulos] joga, para o mercado, uma certa especulação, o que gera volatilidade. Num curto prazo, me parece que o real encontrou um certo parâmetro, variando entre R$ 2,20 e R$ 2,25. Mas, quando o Fed começar a retirar os estímulos, o real tende a voltar a se desvalorizar.

CLIQUE NA IMAGEM E ENTENDA COMO FUNCIONA O MERCADO DE DÓLAR


Franquias levam venda porta a porta para a web


 
FILIPE OLIVEIRA
DE SÃO PAULO

MPME Empresas estão levando o mercado de venda porta a porta, tradicional no setor de cosméticos, por exemplo, para a internet. Por meio do modelo de franquia, elas oferecem uma plataforma personalizada para empreendedores venderem produtos da marca.
A ideia é que o franqueado apenas faça a venda. A entrega do produto ou serviço propriamente dito, em geral, fica a cargo da franqueadora.

O principal atrativo dessas redes é exigir pouco investimento inicial -que pode ser de menos de R$ 1.000 até R$ 15 mil, em geral- e permitir que se trabalhe de casa.
Ursula Coelho, 39, por exemplo, tornou-se neste ano franqueada da Sandaliaria Express, que vende chinelos estampados, e criou a página Victorine Sandaliaria. 

A rede não cobra taxa de franquia -o franqueado paga uma taxa de recarga cada vez que precisa repor o estoque, a partir de R$ 800. 

Após montar o site, Coelho não deixou seu emprego principal, na área de venda de produtos odontológicos.

"Trabalho das 8h às 18h, totalmente focada no meu emprego, apenas dando uma olhada no e-mail para ver se há algo da loja. Depois, fico até a meia-noite em casa trabalhando no computador." 


Zé Carlos Barretta/Folhapress
Ursula Coelho, 39, que abriu em 2013 microfranquia da Sandaliaria
Ursula Coelho, 39, que abriu em 2013 microfranquia da Sandaliaria

Segundo Ricardo Camargo, diretor-executivo da ABF (Associação Brasileira de Franchising), esse modelo de franquia, apesar de exigir investimento baixo, tende a funcionar como um complemento da renda, e não como a atividade principal do empreendedor. 

"A tendência é que esses negócios sejam uma renda extra. O faturamento nem sempre compensa o esforço de uma dedicação integral", diz o executivo.

Além disso, no caso de Coelho, parte do que ela recebe é reinvestido no negócio, na compra de anúncios em sites de busca, especialmente Google e Yahoo!. 

Camargo diz que, até agora, são 12 as redes virtuais associadas à ABF, a maioria dedicada a serviços digitais, como criação de sites. 

Mas existem uma série de outras marcas que oferecem diferentes produtos e têm atraído muitos franqueados. A Camisetas da Hora, por exemplo, tem 857. 

Na avaliação de Marcelo Cherto, da consultoria Cherto, o modelo de franquias pela internet deve crescer nos próximos anos, principalmente porque são poucas as barreiras para a criação de novas redes virtuais e a entrada de mais franqueados. 

Segundo ele, o principal desafio de quem investe nesse tipo de franquia está no fato de que ele só terá lucro para tornar a operação vantajosa se tiver um volume grande de vendas, pois as comissões são baixas e é preciso investir em propaganda. 

Editoria de arte/Folhapress
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