terça-feira, 29 de outubro de 2013

65% das empresas sofrem com a falta de qualificação


Segundo pesquisa da CNI, entre as empresas industriais brasileiras que atuam no segmento extração transformação, deficiência é maior para os cargos de operação

Divulgação
Mina da Mineração Maracá em Alto Horizonte/GO

Mina da Mineração Maracá em Alto Horizonte/GO: indústria de extração e transformação no Brasil sofre com falta de profissionais qualificados, segundo pesquisa da CNI

São Paulo -  Sessenta e cinco por cento das empresas industriais brasileiras que atuam nos segmentos de extração e transformação sofrem com a falta de pessoal qualificado. É o que aponta uma pesquisa divulgada nesta segunda-feira pela Confederação Nacional da Indústria (CNI). 

Para o estudo, foram ouvidos profissionais de 1.761 empresas de pequeno, médio e grande porte, em abril deste ano. De acordo com o levantamento, a dificuldade em encontrar pessoas com qualificação acontece em todas as áreas, desde a operação aos níveis gerenciais. O caso mais crítico é do cargo de operador para a produção: 90% das empresas disseram ter problemas para encontrar profissionais para a vaga. Veja a tabela:

Cargo Parcela de empresas
Operadores para a produção 90%
Técnicos para a produção 80%
Administrativa 68%
Vendas/marketing 67%
Engenheiros para a produção 61%
Gerencial 60%
Pesquisa e desenvolvimento 59%
 

Em que interfere

Segundo a pesquisa, a falta de profissionais qualificados afeta principalmente a busca das empresas por eficiência e a redução de desperdícios: 74% dos entrevistados apontaram este problema. Em seguida, aparecem a garantia da melhora da qualidade dos produtos (61%) e a expansão da produção (39%).

Para contornar a deficiência, 81% das companhias optam pela capacitação interna de funcionários. Outras 43% apostam na política de retenção, feita por meio de salários e benefícios.

Já a capacitação externa, é alternativa encontrada por 38% dos respondentes. Outros 24% apostam em automação para tentar amenizar o problema.
Os desafios da qualificação interna


Para 49% dos empresários pesquisados, a baixa qualidade da educação básica é o principal obstáculo para investir em qualificação. Quarenta e três por cento deles acreditam que os trabalhadores estão pouco interessados no processo e outros 42% têm medo de perder os profissionais para o mercado caso invistam em maneiras de qualificá-los. 

Brasil leva banho de Singapura na facilidade de fazer negócios; compare





Com o Brasil em 116º lugar, Singapura foi escolhido como o país mais fácil para se fazer negócios este ano pelo relatório Doing Business, do Banco Mundial. Os números abaixo mostram o porquê



  Menos impostos fazem a alegria dos imigrantes em Singapura



São Paulo - O Brasil ficou na 116º posição no relatório Doing Business 2014, do Banco Mundial, que mede a facilidade para se fazer negócios em 189 países do globo. O levantamento foi divulgado na noite desta segunda-feira e traz Singapura no primeiro lugar pelo oitavo ano consecutivo.

Nas primeiras posições, aparecem ainda Hong Kong, Nova Zelândia e Estados Unidos. Na América Latina, o país com a melhor colocação foi o Chile, em 34º lugar. 

Apesar da posição nacional ter melhorado em relação ao ano passado - em 2012, o país havia ficado na 130ª posição -, o Brasil integra o triste grupo que não realizou nenhuma reforma em seu ambiente regulatório no último ano.

Além disso, basta uma rápida comparação com o primeiro colocado para se medir o abismo no ambiente de negócios daqui e Singapura. 
 
Como se o país não precisasse: enquanto são necessários 107 dias para se abrir um negócio no Brasil, na nação asiática bastam dois dias e meio, por exemplo.

Veja, a seguir, os números que não deixam dúvidas sobre o porquê da distância de 115 colocações entre Brasil e Singapura no Doing Business 2014:

Mediação: Papel do advogado na mediação


Por Marcello Rodante

Recentemente fui questionado, por um advogado e querido amigo, acerca de como melhor proceder em uma sessão de mediação privada, a qual envolvia um conflito societário entre dois irmãos. Era a primeira vez que ele, advogado acostumado ao litígio e ao dia-a-dia forense, participaria de uma típica sessão de mediação privada. Ele desejava estabelecer a estratégia para a defesa de seu cliente.

Ao revés de lhe responder o que eu entendia, devolvi-lhe a pergunta. Foi interessante notar que, mesmo sendo ele um excelente advogado, com ótima formação e grande conhecimento jurídico, após ouvi-lo, pareceu-me distorcida a visão que ele tinha acerca do papel do advogado na mediação.

Isso porque, no fundo, ele tentaria usar a mediação como um palco para expor os fatos e as consequências jurídicas de uma futura demanda judicial, bem como para apresentar propostas e contrapropostas, no tradicional jogo da negociação a que tanto habituado.

Ou seja, o que eu notava era que ele (e possivelmente também o seu cliente) iria para a sessão de mediação “armado”, ou seja, com uma postura defensiva, fechada, muito mais propenso a falar do que a ouvir; visando convencer a outra parte de seus argumentos.

Eu lhe perguntei qual seria a razão de ser da mediação. Para ele, na prática, seria um momento de negociação assistida.

Em minha visão, e foi o que eu expus ao meu amigo e ora compartilho neste pequeno artigo, a mediação é um momento essencialmente de diálogo, de reaproximação e de mutua abertura. Quanto mais desarmado o advogado e o cliente forem a uma sessão de mediação, melhor. Quanto mais dispostos a ouvir (e treinar a escuta ativa), melhor. Em um processo judicial, estratégia é fundamental; convencimento é palavra de ordem; ataques e contra-ataques ditam o ritmo. Já na mediação, não. A mediação não é um palco para estratégias e argumentos jurídicos, até porque o mediador não está ali para ser “convencido” de nada; e, no fundo, nem tampouco as partes.

O mediador buscará fomentar, facilitar, auxiliar o diálogo; tentará encontrar interesses comuns para que as partes (mediandos) possam reconhecer e compartilhar esses mesmos interesses comuns; tentará ajudar os mediandos a compreenderem e superarem o conflito, o que poderá resultar na celebração de um acordo. E, mesmo que não seja celebrado um acordo, a mediação terá cumprido sua finalidade se, de algum modo, ocorrer uma redução na carga de litigiosidade e antagonismo entre os mediandos.

Ao advogado compete, portanto, tranquilizar e conscientizar o seu cliente acerca da verdadeira função da mediação, ou seja, do espírito da mediação, que é de praticar o diálogo, a comunicação não defensiva; deverá, ainda, cooperar com o mediador, facilitando, ao máximo, o trabalho de reaproximação dos mediandos, reduzindo, naquele oportuno momento, a energia de litigiosidade que impregna o ambiente. Até porque, há de se convir, o advogado resistente e defensivo em nada colaborará com o serviço do mediador, mas, ao contrário, se torna mais um ingrediente no já conturbado cenário.

Terminei minha colocação, ao meu amigo, dizendo que os advogados têm que compreender que a mediação representa um campo de “trégua”, um local onde não se deve entrar armado (as armas não devem adentrar, devem permanecer no lado de fora da sala), mas sim portando uma bandeira branca, na medida em que a mediação representa uma oportunidade muito importante de conversa, de entendimento mutuo. Quanto mais calmo estiver o ambiente, melhor. Quanto mais relaxadas estiverem as pessoas, melhor. Mais abertas elas estarão!

Discussões e argumentos mil terão seu lugar próprio ao longo do processo judicial, caso esse tenha que se desenvolver. Assim como acordos, igualmente, sempre poderão ser tentados ao longo do processo.
Enfim, conversei bastante com o meu amigo e fiquei feliz ao perceber o resultado final. Ele resolveu abdicar de estratégias argumentativas jurídicas e discursos prontos na sessão de mediação, permitindo, então, dar uma chance àquela nova oportunidade, munido de um novo espírito: o de paz.

Assim, e me baseando naquela boa conversa que mantivemos, deixo aqui uma dica aos advogados que se virem diante de uma oportunidade de mediação: deixem de lado, no mínimo durante a sessão de mediação, os seus muitos argumentos jurídicos (armas); não se preocupem tanto em convencer o mediador ou a outra parte de que somente seu cliente está com a razão. 

Normalmente essa conduta termina em divergência (pois o outro lado acabará fazendo o mesmo). Permita-se ouvir, será que a outra parte não pode estar dizendo algo que tenha algum fundamento? Ao se expressar, não seja defensivo, reconheça o outro. Transmita ao seu cliente essa mesma orientação. Aproveite para esclarecer seus interesses e compreender os interesses do outro, ao revés de se manter fechado em posições. Colabore com o serviço do mediador, ele está ali para tentar ajudar, para tentar facilitar o diálogo (e a hora de trabalho dele custa caro!). Ele não irá decidir o caso, portanto, não o trate com reservas e temores. Tente também ser um fator de harmonização do ambiente. Enfim: compreenda que a maioria dos conflitos tem seu começo, meio e fim em questões que envolvem comunicação! Problemas de comunicação se resolvem justamente com melhora na comunicação.

 E mediação é possibilidade de resgate de boa comunicação.

Espionagem deixa Google em situação desconfortável no Brasil

Deputados deverão criar uma proposta que exigiria a companhia a manter informação sobre usuários locais em centros de dados dentro do País

Anna Edgerton, da
Reprodução
15 anos do Google

Google: companhia afirma que o requerimento dos centros de dados lhe impediria expandir-se no Brasil

A espionagem realizada pela Agência Nacional de Segurança dos Estados Unidos (NSA) contra chefes de estado estrangeiros como Angela Merkel e Dilma Rousseff está prestes a produzir a primeira vítima corporativa de alto perfil: as operações da Google Inc. no Brasil.

Os legisladores brasileiros receberam ordens da presidente Dilma para deterem todos os outros procedimentos legislativos até criarem uma proposta que exigiria a Google e a outros fornecedores de serviços online manterem a informação sobre usuários locais em centros de dados dentro do País.

A medida está na vanguarda de uma crescente reação adversa contra as companhias americanas de Internet, depois do surgimento de acusações no mês passado e ainda na semana passada de que a NSA acessou e-mails de líderes mundiais e de seus funcionários, gerando questionamentos sobre os dados que possuem as companhias americanas de Internet. Os legisladores europeus estão analisando penalizações próprias para as companhias que compartilham informações sem autorização.

A Google afirma que o requerimento dos centros de dados lhe impediria expandir-se no Brasil, o sexto maior mercado de usuários de Internet, porque seria complicado desenvolver a infraestrutura. Violar a regra custaria para a Google 10 por cento das suas vendas anuais no Brasil, onde é o site mais visitado, conforme a empresa de pesquisas ComScore Inc.

Embora a Google não divulgue a receita obtida no Brasil, o País é o terceiro maior mercado para o software de smartphones Android da companhia e possui o quinto maior número de usuários de YouTube. A cada mês, 92 por cento dos usuários brasileiros de Internet visitam os sites do Google, segundo a ComScore.


‘Muito posterior’


“Finalmente, os usuários brasileiros seriam afetados porque eles não poderiam acessar novas ferramentas e serviços”, afirmou Marcel Leonardi, diretor de políticas públicas da Google no Brasil, em entrevista por telefone de São Paulo. “As companhias escolheriam implementar esses serviços em uma etapa muito posterior, caso elas implementem”.

O requerimento sobre centros de dados do Brasil seria incorporado a um projeto de lei chamado Marco Civil, que estabelece diretrizes legais para os fornecedores de Internet, tais como a neutralidade nos serviços que os consumidores podem acessar nas suas redes.

Dilma marcou o projeto como urgente em 11 de setembro, menos de duas semanas depois que os documentos vazados por Edward Snowden revelaram que a agência monitorou suas comunicações com seu pessoal. A designação urgente implica que os legisladores devem apartar todas as outras questões a fim de considerar a medida, que obteria prioridade similar no Senado caso seja aprovada na Câmara dos Deputados. A votação será realizada ainda nesta semana.

As associações comerciais de Internet e a Câmara Internacional de Comércio afirmaram em uma carta aberta ao Congresso que a proposta dos centros de dados afetaria a competitividade do País, aumentaria o custo de fazer negócios, produziria um desaquecimento e deixaria os usuários brasileiros de Internet mais vulneráveis a ataques de hackers.

Indústria farmacêutica ignora doenças de países pobres


Dos 850 novos remédios e vacinas aprovados entre 2000 e 2011, apenas 4% destinavam-se às doenças que afetam moradores de países mais pobres

Clarissa Thomé, do
Getty Images
Remédios

Remédios: maioria dos produtos aprovados são versões de fármacos já existentes

Rio - Doenças como malária, tuberculose, dengue e Chagas estão entre as principais causas de mortalidade no mundo, mas não atraem o interesse da indústria farmacêutica. Dos 850 novos remédios e vacinas aprovados entre 2000 e 2011, apenas 4% destinavam-se às chamadas doenças negligenciadas, que afetam moradores de países mais pobres. 

A maioria dos produtos são versões de fármacos já existentes. Dos 336 remédios desenvolvidos a partir de novas fórmulas, apenas 4% destinavam-se às doenças negligenciadas.

Esses dados fazem parte de estudo O panorama de medicamentos e vacinas para doenças negligencias (2000-11): uma avaliação sistêmica, publicado na revista científica The Lancet na semana passada. O trabalho foi realizado pela iniciativa Medicamentos para Doenças Negligenciadas (DNDi, na sigla em inglês), com outros pesquisadores de três universidades da França e Inglaterra, Médicos sem Fronteiras e Organização Mundial de Saúde (OMS).

"A conclusão fundamental do estudo é que nesta última década, embora houvesse um pouco mais de comprometimento político sobre a questão das doenças negligenciadas, não temos evidências concretas quanto a melhoras na pesquisa e desenvolvimento para encontrar solução para essas doenças. O fundamental desse estudo é a demonstração de uso de fármacos existentes, que foram reformulados. Não houve inovação radical. Estamos muito longe de termos resposta na luta contra as doenças negligenciadas", afirmou o economista Eric Stobbaerts, diretor executivo para a América Latina da DNDi.

Os pesquisadores analisaram medicamentos aprovados para 49 doenças, entre as quais 17 enfermidades tropicais e 11 que provocam diarreias. Dos 850 medicamentos, apenas 34 foram desenvolvidos para doenças tropicais, como malária, Chagas e doença do Sono. Entre esses, dois foram produzidos pela DNDi com parceiros brasileiros - a Fundação Oswaldo Cruz (malária) e o Laboratório Farmacêutico do Estado de Pernambuco (formulação pediátrica para Chagas).

O estudo também revisou estudos clínicos em curso - dos 150 mil registrados em 2011, 1% tinha como objetivo doenças negligenciadas. E a maioria dos novos produtos em desenvolvimento são vacinas. "A decisão pela qual se investe mais em vacina é que há uma visão de longo prazo. A nossa chamada de atenção é dizer, sim, vacinas são importantes, mas acesso a medicamentos novos é fundamental para que se tenha uma resposta mais rápida", afirmou Stobbaerts.

Esse é o segundo estudo do gênero feito para avaliar a crise em pesquisa para doenças negligenciadas. Há 10 anos, Médicos Sem Fronteiras apresentaram levantamento dos medicamentos aprovados entre 1975 e 1999 - apenas 1,1% destinavam-se às doenças negligenciadas.

Stobbaerts espera que o estudo chame a atenção do setor privado. "Sabemos que são doenças que não representam mercado interessante do ponto de vista do lucro, mas representam uma carga de saúde pública muito importante. A solução vai se dar através de parcerias, colaboração entre ente público e privado. A solução vai ser unir os esforços no âmbito acadêmico, das empresas, com liderança dos setores públicos", defendeu.

A China pode mudar depois do dia 9? Talvez só na economia


Reunião que define rumos políticos e econômicos para a próxima década começa dia 9; chineses esperam aumento do salário mínimo

Guilherme Dearo, de

Marisa erra e vende camiseta com a palavra estupradores

Tradução literal de escrito na peça é algo como “grandes estupradores hoje à noite”

Reprodução
Camiseta com grafia errada na Marisa
Camiseta com grafia errada no catálogo infantil da Marisa: possivelmente o estilista quis usar a palavra “rappers”

São Paulo - A reputação de uma marca envolve muitos detalhes e um cuidado minucioso. Mesmo após altos investimentos em marketing e campanhas brilhantes, a simples falta de uma letra pode provocar uma gafe desastrosa na grafia de uma palavra e um burburinho sem tamanho, sobretudo na era em que as redes sociais pautam as principais discussões do momento. Se o escorregão cair em ambientes como Facebook e Twitter, com alto poder de proliferação, o estrago pode ser ainda pior.

A gafe comentada do momento é a frase estampada em uma camiseta do catálogo infanto-juvenil da Marisa: “great rapers tonight”. A tradução literal é algo como “grandes estupradores hoje à noite”. Possivelmente o estilista quis usar a palavra “rappers”, mas o tiro saiu pela culatra. O Adnews já fez contato com a assessoria de imprensa da marca para saber o posicionamento da Marisa sobre o caso.

O link já foi retirado do ar, mas a página ainda está disponível via cache do Google. Clique aqui para acessá-la.
 
 
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