quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

Como a BRF antecipou o natal e duplicou as vendas em 2013

 

Com "Ceia da Árvore", empresa realizou milagre de natal ainda na 2ª quinzena de novembro

Papai Noel

Papai Noel: esse ano, ele chegou mais cedo e fez a alegria do pessoal da BRF


São Paulo - Dona das marcas Sadia e Perdigão, a BRF já conseguiu em 2013 dobrar suas vendas de fim de ano entre 15 de novembro e 1º de dezembro. O segredo foi uma medida simples e radical: antecipar o natal.

"Nunca vendemos tantos produtos comemorativos em novembro", comemora Rodolfo Torello, diretor de marketing da companhia. Foi a primeira vez que a BRF investiu pesado na chamada "Ceia da Árvore" - um almoço comemorativo quatro domingos antes do natal para a família montar e enfeitar seu pinheiro. E, pelo visto, a jogada deu muito certo.

"Esse conceito expandiu nossas vendas de fim de ano", explica Torello. Presente em sete de cada 10 jantares de natal no Brasil, a BRF se valeu da nova data comemorativa para engordar ainda mais os seus lucros nessa época do calendário. A iniciativa faz parte do plano da empresa de faturar em 2013 10% a mais com natal e ano novo do que no ano passado.

Entre as novidades previstas para o fim do ano, há ainda um inédito bacalhau - a ser lançado pela Sadia. A marca é patrocinadora da seleção brasileira e entra em 2014 de olho na Copa do Mundo.
Agora, assista propaganda da Sadia sobre "Ceia da Árvore":

Vídeo:

 http://www.youtube.com/watch?v=dcdRDtz7jXo

BRF: Simplificar é o novo mantra do time da Rua Hungria


Maior companhia de alimentos do Brasil quer reduzir sua linha de produtos em 20% - excluindo em cada região os itens menos vendidos

Divulgação
Lasanha integral da Sadia

Lasanha Sadia, líder de mercado: "Nosso portfolio é perecível e produto que não vende joga contra"


São Paulo - Em 2014, a BRF quer reduzir em 20% sua linha de produtos - que reúne hoje cerca de 4.000 itens. Entre os executivos da Rua Hungria, logradouro paulistano onde fica a sede da companhia, a estratégia  do "menos é mais" é vista como principal caminho para o aperfeiçoamento da operação.

Segundo Sérgio Fonseca, diretor-presidente da BRF Brasil, cerca de 80% dos produtos da empresa respondem hoje por apenas 20% do resultado. "Nosso portfolio é perecível e produto que não vende joga contra o resultado", explica ele.

Sendo assim, a empresa deve descontinuar por região os itens com mais baixos níveis de vendas. "Não adianta querer vender mate no sertão do Cariri", sintetiza Sylvia Leão, vice-presidente de marketing e inovação da empresa.

"Porém, alguns produtos devem ser descontinuados em definitivo", adverte a executiva.


Desperdiçar jamais


"A ideia é turbinar o que vende", reforça Rodolfo Torello, diretor de marketing da BRF. Para a empresa, produto encalhado representa custo de armazenamento e logística. E o pior: espaço desperdiçado na gôndola.

A filosofia do "menos é mais" é muito mais ampla do que se pode imaginar - valendo também para áreas como a produção. "Estamos reduzindo a quantidade de açúcar em nosso linha de produtos lácteos", lembrou Luciana Ueda, gerente de sustentabilidade da companhia. Por lá, parece que a regra é mesmo a do "reduzir é preciso".


Encolheu?


Em outubro, a BRF viu seu valor de mercado encolher R$1,2 bilhão. Desde setembro, a empresa tem Claudio Galeazzi como diretor-presidente. O executivo vem remodelando a gestão da companhia com mudanças estruturais - visando deixá-la mais voltada para o consumidor e ampliar a sua visão global.

Dudalina vai dobrar de tamanho antes de ter novo presidente


Segundo Sônia Hess, presidente e herdeira da camisaria, a meta é atingir faturamento de R$ 1 bilhão até 2016 e, daí então, começar a pensar na aposentadoria

Divulgação
sonia hess presidente da dudalina
Sônia Hess, presidente da Dudalina: "Procuramos lugares em que haja um mercado consumidor potencial forte, não necessariamente ligado à moda".


São Paulo - Sônia Hess, presidente da camisaria Dudalina, é uma das maiores empreendedoras do Brasil. Mesmo assim, não pretende ficar nessa para sempre. Sua empresa já possui 93 lojas, 3.500 pontos de vendas multimarcas e fatura 515 milhões de reais por ano. É um belo império que Sônia espera dobrar até 2016, atingindo faturamento de 1 bilhão de reais. Depois disso, porém, ela pretende passar o bastão e assumir um lugar no conselho diretor, de onde poderá observar de longe a colheita dos frutos que seus pais começaram a plantar com uma lojinha de secos e molhados no interior de Santa Catarina em 1957 e ela ajudou - e muito - a regar.

Em entrevista à EXAME.com, Sônia comentou sobre a sucessão e sobre os planos de expansão, que terão início em 2014 com a inauguração da primeira loja no exterior. Veja, a seguir, os principais trechos da entrevista.

Exame.com: Vocês abrirão a primeira loja fora do Brasil no próximo mês. Por que escolheram a Cidade do Panamá?

Sônia Ress: Decidimos pelo Panamá porque acredito que através dele conquistaremos o público da América Latina. O país se tornou um ponto de tráfego aéreo muito importante para toda a região. Além disso, para os latino-americanos é mais confortável ir até lá do que vir ao Brasil, onde não se fala o espanhol.

Exame.com: Além dessa loja, quais são os próximos passos no exterior?

Sônia: Em 2014, abriremos pelo menos mais duas franquias: uma em Zurique, até abril, e outra em Verona, um pouco mais para frente. Estamos estudando outras cidades ainda.

Exame.com: Não são cidades muito voltadas para a moda...
Sônia: Não são, mas não estamos preocupados com isso. Procuramos lugares em que haja um mercado consumidor potencial forte, não necessariamente ligado à moda. Fizemos um estudo profundo de estratégia de localização, focando nos resultados de vendas. Além disso, já temos a marca em Milão, a capital mundial da moda, há alguns anos (a Dudalina é vendida dentro de uma grande loja multimarcas).

Exame.com: Até 2010, a Dudalina respondia por 70% das exportações de camisas no Brasil. Hoje, os números são bem menores. O que mudou?

Sônia: Há uma diferença aí. Nós exportávamos muito, mas quase tudo era para outras marcas. Em 2010, decidimos fortalecer a nossa marca no Brasil para poder exportá-la junto com nossos produtos.

Exame.com: A meta de faturar 1 bilhão de reais até 2016 continua de pé?

Sônia: Sim. Com a entrada no mercado internacional, a expansão no brasileiro e o lançamento de novos produtos, pretendemos crescer 25% ao ano até 2016. Isso será feito pensando nos meios de produção também, porque nós produzimos mais de 80% de tudo o que vendemos e pretendemos continuar assim.

 Exame.com: Quais são os planos para continuar essa expansão no Brasil?

Sônia: Devemos abrir mais lojas pelo país, mas ainda não temos o número exato. O que sabemos com certeza é que abriremos pelo menos cinco lojas próprias da Individual, marca da Dudalina um pouco mais casual.

Exame.com: Vocês pretendem diversificar os produtos para além das camisas?

Sônia: Já temos outros produtos nas lojas, como calças e bermudas. Para o ano que vem, pretendemos que 20% do nosso faturamento venha desse novo ramo.

Exame.com: E por que o ano 2016?

Sônia: Porque, depois dele, eu pretendo sair da presidência da Dudalina e ficar apenas no Conselho da empresa. Já estou preparando meu sucessor, um executivo que está conosco há alguns anos e não é da família. Toda a minha diretoria, aliás, está preparando seus sucessores, porque ninguém pode subir sem deixar alguém preparado no lugar.

Exame.com: O que a senhora fará com o tempo livre?

Sônia: Ainda tenho tempo para decidir isso, mas acho que antes de tudo tiraria um sabático. Talvez morar fora do Brasil... Terei 61 anos e trabalho desde os 8, nunca tive um tempo só para mim. Mas ainda nem discuti esses planos com meu marido (risos). Também não sei se vou dar conta de ficar longe. Talvez eu precise entrar numa cabine de descompressão, para me acostumar à falta de adrenalina (risos).

Exame.com: Até lá, com esses planos de expansão, a vida da senhora deve ficar mais difícil, não?

Sônia: Minha vida é uma diversão. Hoje a noite vou para Teresina inaugurar uma loja, amanhã volto para São Paulo e vou para Blumenau, onde fica nossa sede. No dia seguinte volto para São Paulo. Terça que vem vou a Blumenau de novo e, a partir do dia 13, visitarei todas as nossas fábricas e lançarei três novas coleções até o fim do ano. Mas eu não preciso de tantas horas para dormir (risos). Sou muito prática, não sofro. A correria me dá prazer.

Exame.com: Nessa correria, como fica a família?
Sônia: Meu marido me dá muita força, tiro meu chapéu para ele. Ele é empreendedor também e trabalha em Campinas, interior paulista. Como eu fico em São Paulo, nos vemos praticamente só nos fins de semana. Ele e meus três netos são a maior alegria da minha vida. Em breve terei outra netinha.

Exame.com: A senhora é a sexta de 16 filhos. Por que decidiu assumir o comando da empresa?

Sônia: Todos os meus irmãos em algum momento passaram por aqui, mas cada um seguiu seu caminho. Temos médicos, advogados, dentistas... Eu fui ficando porque a confecção é minha grande paixão. Em 2003, quando meu irmão partiu para a carreira pública, o Conselho me nomeou presidente. Quero deixar um legado interessante. Gosto muito do que eu faço, adoro o ramo. Quero inspirar as pessoas.

Empreendedorismo nos BRICS é tema de seminário na FGV




Analisar o panorama da criação de novos negócios nos BRICS, procurando soluções para desafios em comum enfrentados pelos países do grupo. Este é o objetivo do seminário “BRICS - Semelhanças e Diferenças na criação e manutenção de novos negócios”, que começa hoje na FGV de São Paulo.

Começa hoje, em São Paulo, o seminário “BRICS - Semelhanças e Diferenças na criação e manutenção de novos negócios” – uma parceria entre o Instituto Brasileiro da Qualidade e Produtividade (IBQP) e o Centro de Empreendedorismo e Novos Negócios (GVcenn) da Escola de Administração de Empresas de São Paulo (FGV-EAESP), com patrocínio do Sebrae.  O evento analisará o ambiente e a dinâmica de criação e manutenção de novos empreendimentos nos cinco países do grupo (Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul) a fim de estimular novas frentes de ação conjunta. Ao todo, tais economias representam 18% do PIB mundial.

Entre os palestrantes estrangeiros, estão a professora do Departamento de Gestão Estratégica e Internacional da Universidade de São Petesburgo Olga Verkhovskaya; o diretor da Faculdade de Empreendedorismo do Instituto de Desenvolvimento da Índia, Sunil Shukla; o professor sênior-adjunto da “Graduate School of Business” e diretor-executivo do Global Entrepreneurship Monitor (GEM), Mike Herrington, da África do Sul; e o Cônsul Comercial da China em São Paulo,  Yu Yong.

Também estão confirmadas as participações dos Cônsules Gerais da Rússia, Konstantin Sergeevich Kamenev; da China, Chen Xi, e da Índia, G.V.Srinivas – além do embaixador da África do Sul, Mphakama Mbete. O Ministério das Relações Exteriores (Itamaraty) será representado pelo Conselheiro Elio Cardoso, chefe da divisão dos BRICS.

Representam a visão do Brasil no seminário Marco Aurélio Bedê, do Sebrae –  que falará sobre  empreendedorismo no país;  Gustavo Fanaya, do IBQP, e o professor da EAESP Antonio Gelis,  que tratarão das semelhanças entre os países em relação a novos negócios.

O seminário “Semelhanças e Diferenças na criação e manutenção de novos negócios” de hoje até amanhã (4 e 5 de dezembro) na unidade Berrini da FGV. O endereço é Av. das Nações Unidas, 12,  Itaim Bibi, São Paulo.

As palestras são abertas ao público e terão tradução simultânea em português e inglês.

 Para mais informações e inscrições, ligue para IBQP: (41) 3264-2246 ou acesse  www.ibqp.org.br.

Brasil é denunciado por punir críticas a políticos

País é acusado na OEA de violar tratados sobre a liberdade de expressão


Cláudia Trevisan, Correspondente / WASHINGTON - O Estado de S.Paulo
 
O Brasil foi acusado nessa terça-feira, 29, na Comissão Interamericana de Direitos Humanos, de violar tratados internacionais sobre a liberdade de expressão por abrigar leis que criminalizam, como casos de calúnia, injúria e difamação, críticas e denúncias da mídia envolvendo ocupantes de cargos públicos. 

A discussão foi levada à comissão - que é ligada à Organização dos Estados Americanos - pela ONG Artigo19, dedicada à defesa da liberdade de informação e de expressão. Caso não haja adequação da legislação brasileira aos tratados internacionais, a ONG pretende pedir a abertura de um processo contra o Brasil na Corte Interamericana de Direitos Humanos, que funciona em San José, na Costa Rica. 

Segundo a ONG, os chamados "crimes contra a honra" são usados como um "instrumento político de intimidação" e cerceiam a liberdade de expressão.

Previstos na legislação atual do País, os delitos podem receber punição ainda mais grave se for aprovado sem alterações o projeto de reforma do Código Penal em discussão no Senado. O projeto de reforma do código não só mantém os crimes como duplica a pena caso a vítima seja ocupante de cargo público - na legislação atual, em tais casos a punição é elevada em um terço. A iniciativa que pode levar à adequação da lei aos tratados internacionais é a eliminação do crime de desacato, que é "incompatível" com as convenções da OEA, segundo a relatora especial da CIDH Catalina Botero Marino.

Vítimas. O caso do jornalista Fábio Pannunzio, da Rede Bandeirantes, foi um dos apresentados pelo Artigo 19 como exemplo do impacto negativo dos "crimes contra a honra" sobre a liberdade de expressão. Em 2012, Pannunzio anunciou o fim de seu blog em razão de processos movidos contra ele por políticos. Outra vítima de tais ações é o jornalista sergipano Cristian Goes, condenado a 7 meses e 16 dias de prisão sob acusação de injúria. Em depoimento, ontem, ele informou ter sido processado por ter publicado um texto fictício, sem nomes ou lugares, pelo qual o presidente do TJ sergipano, Edson Ulisses, se sentiu atingido.

O Brasil solicitou à Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão da OEA uma "nota técnica" sobre a jurisprudência e a doutrina da organização aplicada ao assunto. O objetivo é enviar o texto ao Senado como subsídio às discussões em torno da reforma do Código Penal.

A Corte Interamericana de Direitos Humanos proferiu seis decisões sobre o tema entre 2004 e 2009. Em todas determinou que os países deixassem de criminalizar os casos de injúria, calúnia e difamação contra funcionários públicos.


Cade recomenda que tribunal não aceite fusão entre Kroton e Anhanguera


Do UOL, em São Paulo

Ampliar


 

Mito ou verdade: Especialistas esclarecem 11 dúvidas sobre ensino a distância

O ensino a distância ameaça o emprego do professor. MITO: Este profissional é essencial para verificar o aprendizado a distância do aluno. O computador não vai substituí-lo. Na opinião do professor Athail Pulino, da UnB, o professor de EAD consegue até acompanhar melhor o desempenho dos alunos. Isso é feito por meio de atividades próprias dos cursos a distância, como fóruns de discussão, testes online e atividades extras, que são em quantidade maior que nos cursos presenciais, segundo ele Leia mais Mateus Bruxel/Folhapress
A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou que o tribunal do mesmo órgão não aceite, nos termos propostos, o processo de fusão entre as empresas de educação Kroton (KROT3) e Anhanguera (AEDU3).

Trata-se das duas maiores companhias de ensino privado do país, que, juntas, criariam uma gigante mundial no setor, com valor de R$ 13 bilhões. O negócio foi anunciado no final de abril.

O órgão diz estar preocupado com a situação de concorrência depois da operação que pode criar a maior empresa do setor no mundo.

Em comunicado ao mercado, as empresas afirmaram que tentarão buscar uma solução negociada para que a união das companhias seja aprovada pelo tribunal do Cade, que não está vinculado ao parecer emitido pela superintendência geral do órgão.

A fusão será submetida ao tribunal do Cade nos próximos dias para que avalie "eventuais remédios, impostos ou via de acordo com as partes, que solucionem os problemas concorrenciais identificados", afirmaram as empresas.

Cade avalia concentração de mercado

 

A recomendação ocorreu depois que, em meados de outubro, o Cade considerou a união como complexa e determinou uma análise mais profunda da operação.

Segundo Kroton e Anhanguera, no cenário municipal as recomendações do parecer indicam que uma eventual restrição no segmento de ensino presencial representaria 2,7% do total de alunos das companhias na graduação presencial. No segmento de ensino à distância, haveria "necessidade de intervenção em 171 mercados/cursos, localizados em 55 municípios distintos".

O parecer afirma que haveria "um total de 51.150 alunos (das empresas) nesses mercados", sendo 26.964 alunos da Anhanguera e 23.996 alunos da Kroton, o que representa, respectivamente, 6,9% e 6,2% do total de alunos de ambos os grupos em graduação à distância.

Já do ponto de vista nacional, o parecer identificou elevado grau de concentração no ensino à distância com a união das companhias.

(Com Reuters)
Ampliar


 

Saiba como escolher um curso de graduação a distância


Biblioteca: Acesso ao acervo presencial ou online, para pesquisas e trabalhos escolares, é um item que conta para a qualificação da graduação a distância. Na foto, uma das bibliotecas da USP (Universidade de São Paulo) disponíveis a seus estudantes Leia mais Fernando Donasci/UOL

Fábrica troca homens por mulheres, cria 'vale-salão' e dobra produtividade



Afonso Ferreira
Do UOL, em São Paulo (SP)

Ampliar


Veja a rotina da fábrica onde só trabalham mulheres

Funcionária da fábrica de equipamentos industriais Dimensão Máquinas, em Trindade (GO), apara rebarbas de peça de metal Leia mais Cristiano Borges/UOL
Em meio às faíscas e ao barulho da linha de produção, lábios com batom e rostos maquiados. Na fábrica de equipamentos industriais Dimensão Máquinas, em Trindade (GO), são as mulheres que fazem o trabalho pesado.

Desde que passou a contratar força de trabalho feminina para atuar na linha de produção, em 2009, o empresário Francisco Luciano Alves de Jesus, 37, diz que a produtividade aumentou e os negócios começaram a prosperar.

Jesus diz que, enquanto três homens demoravam 45 dias para produzir um equipamento, o mesmo número de mulheres fazia o serviço em metade do tempo. No ano, eles produziam a média de oito peças e elas, 16.
"Com os homens, tinha dificuldade para dividir tarefas porque eles eram mais orgulhosos. Já as mulheres trabalham melhor em equipe, o que possibilitou o aumento no quadro de funcionários e, consequentemente, a produtividade."

Em quatro anos, o número de funcionárias aumentou e o faturamento da fábrica triplicou, segundo o empreendedor. Enquanto em 2009, a receita anual do negócio era de R$ 200 mil, a arrecadação de 2013 já superou os R$ 600 mil.

A mudança começou quando o empresário precisou de apoio na produção para dar conta dos pedidos. "Na época, só tinha eu e três homens na produção. Pedi para a secretária dar uma força e ela gostou do trabalho. Conforme a empresa foi crescendo, comecei a contratar apenas mulheres", diz.

A secretária, que hoje não trabalha mais na fábrica, gostou da atividade e pediu para permanecer na linha de produção, segundo Jesus. Depois dela, outras secretárias foram contratadas, mas também pediram para mudar de setor.

De acordo com o empresário, a inclusão de operárias na produção começou a incomodar os homens. "Eles não aceitaram ter mulheres na mesma função e com o mesmo salário. Em um ano, os três pediram demissão", declara.

Hoje, a empresa tem 11 funcionárias e quatro estagiárias e fabrica oito peças por mês. As funções são de soldadora, eletricista, montadora, torneira mecânica e pintora. Nenhum homem, além do proprietário, trabalha na empresa.

Ampliar


 

Conheça 50 casos de empreendedores de sucesso


Da pequena cidade de Jacutinga (MG) saem vestidos, blusas, jaquetas e biquínis que vão para os Estados Unidos, para a Europa e para a China; as criações da estilista mineira Cecília Prado, 30, ganharam o mercado externo e, principalmente, o chinês Leia mais Divulgação

 

Funcionárias são vaidosas e ganham 'vale-salão'


Para premiar a equipe quando uma meta é atingida, o empreendedor criou o "vale-salão". Elas ganham de R$ 50 ou R$ 100 por mês como motivação quando batem a meta.

"O salão de beleza é apenas uma sugestão para uso do dinheiro, mas elas podem gastar o benefício como quiserem", afirma.

Segundo Jesus, apesar de as funcionárias terem liberdade para usar o dinheiro para comprar o que quiserem, na maioria das vezes elas utilizam o bônus no salão de beleza.

Além do "vale-salão", o empresário disponibiliza estojos com batom, rímel e cremes para as operárias retocarem a maquiagem durante o expediente.

"Ainda que tenhamos de usar uniforme e o trabalho seja um pouco desgastante, não deixamos de lado nossa vaidade", declara a gerente de produção Joice Ioleni da Silva, 26.

Ampliar


 

Veja fotos do Instituto Beleza Natural


Zica Assis, fundadora do Instituto Beleza Natural, foi eleita uma das dez mulheres de negócios mais poderosas do Brasil pela revista Forbes, ao lado de Gisele Bündchen Leia mais Arte/UOL

 

Ambiente misto favorece troca de ideias na empresa


Para a consultora do Sebrae-GO (Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Goiás) Paula Cristina Borges Gomide, as mulheres têm algumas virtudes inatas, como maior capacidade de concentração e de executar várias tarefas ao mesmo tempo.

No entanto, segundo Gomide, não dá para dizer que os homens estavam impedindo o crescimento da empresa. "As mulheres souberam preencher falhas que os antigos profissionais deixaram, provavelmente porque estavam desmotivados", diz.

A gerente nacional de recrutamento e seleção do grupo Manpower, Lisângela Melo, afirma que a contratação de profissionais não deve levar em consideração características como sexo, idade, altura, peso, etnia ou religião. A competência deve ser o quesito principal.

"Um ambiente misto, com homens e mulheres, jovens e profissionais experientes, é sempre o mais indicado, pois favorece a troca de ideias e faz com que um problema seja analisado com olhares diferentes", declara.

Ampliar


 

Clique e veja franquias para abrir em casa a partir de R$ 9.900


Seguralta, corretora de seguros: investimento inicial a partir de R$ 18,5 mil (inclusos taxa de franquia + instalação + capital de giro); faturamento médio mensal de R$ 8.000, com lucro líquido de 62,5% (R$ 5.000) e retorno do investimento de seis a 12 meses Leia mais Divulgação