Maior companhia de alimentos do Brasil quer reduzir sua linha de produtos em 20% - excluindo em cada região os itens menos vendidos
Lasanha Sadia, líder de mercado: "Nosso portfolio é perecível e produto que não vende joga contra"
São Paulo - Em 2014, a BRF
quer reduzir em 20% sua linha de produtos - que reúne hoje cerca de
4.000 itens. Entre os executivos da Rua Hungria, logradouro paulistano
onde fica a sede da companhia, a estratégia do "menos é mais" é vista como principal caminho para o aperfeiçoamento da operação.
Segundo Sérgio Fonseca, diretor-presidente da BRF Brasil, cerca de 80%
dos produtos da empresa respondem hoje por apenas 20% do resultado.
"Nosso portfolio é perecível e produto que não vende joga contra o
resultado", explica ele.
Sendo assim, a empresa deve descontinuar por região os itens com mais
baixos níveis de vendas. "Não adianta querer vender mate no sertão do
Cariri", sintetiza Sylvia Leão, vice-presidente de marketing e inovação
da empresa.
"Porém, alguns produtos devem ser descontinuados em definitivo", adverte a executiva.
Desperdiçar jamais
"A ideia é turbinar o que vende", reforça Rodolfo Torello, diretor de
marketing da BRF. Para a empresa, produto encalhado representa custo de
armazenamento e logística. E o pior: espaço desperdiçado na gôndola.
A filosofia do "menos é mais" é muito mais ampla do que se pode
imaginar - valendo também para áreas como a produção. "Estamos reduzindo
a quantidade de açúcar em nosso linha de produtos lácteos", lembrou
Luciana Ueda, gerente de sustentabilidade da companhia. Por lá, parece
que a regra é mesmo a do "reduzir é preciso".
Encolheu?
Em outubro, a BRF viu seu valor de mercado encolher R$1,2 bilhão. Desde setembro, a empresa tem Claudio Galeazzi como diretor-presidente.
O executivo vem remodelando a gestão da companhia com mudanças
estruturais - visando deixá-la mais voltada para o consumidor e ampliar a
sua visão global.
Ainda dentro da política do "menos é mais", a empresa anunciou hoje que deve reduzir o número de produtos lançados em 2014.
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