Do UOL, em São Paulo
A Superintendência Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica
(Cade) recomendou que o tribunal do mesmo órgão não aceite, nos termos
propostos, o processo de fusão entre as empresas de educação Kroton (KROT3) e Anhanguera (AEDU3).
Trata-se das duas maiores companhias de ensino privado do país, que,
juntas, criariam uma gigante mundial no setor, com valor de R$ 13
bilhões. O negócio foi anunciado no final de abril.
O órgão diz estar preocupado com a situação de concorrência depois da
operação que pode criar a maior empresa do setor no mundo.
Em
comunicado ao mercado, as empresas afirmaram que tentarão buscar uma
solução negociada para que a união das companhias seja aprovada pelo
tribunal do Cade, que não está vinculado ao parecer emitido pela
superintendência geral do órgão.
A fusão será submetida ao
tribunal do Cade nos próximos dias para que avalie "eventuais remédios,
impostos ou via de acordo com as partes, que solucionem os problemas
concorrenciais identificados", afirmaram as empresas.
Cade avalia concentração de mercado
A recomendação ocorreu depois que, em meados de outubro, o Cade considerou a união como complexa e determinou uma análise mais profunda da operação.
Segundo Kroton e Anhanguera, no cenário municipal as recomendações do
parecer indicam que uma eventual restrição no segmento de ensino
presencial representaria 2,7% do total de alunos das companhias na
graduação presencial. No segmento de ensino à distância, haveria
"necessidade de intervenção em 171 mercados/cursos, localizados em 55
municípios distintos".
O parecer afirma que haveria "um total de
51.150 alunos (das empresas) nesses mercados", sendo 26.964 alunos da
Anhanguera e 23.996 alunos da Kroton, o que representa, respectivamente,
6,9% e 6,2% do total de alunos de ambos os grupos em graduação à
distância.
Já do ponto de vista nacional, o parecer identificou
elevado grau de concentração no ensino à distância com a união das
companhias.
(Com Reuters)
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