segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Norte-americanos compram Dudalina





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Fundos de investimento Advent e Warbung Pincus arrematam empresa de Blumenau por R$ 600 milhões

Dois dos maiores fundos de investimento dos Estados Unidos - o Advent e o Warbung Pincus - adquiriram a Dudalina, de Blumenau (SC). A informação foi publicada na revista Isto É Dinheiro que passou a circular nesta sábado (14). Os valores da negociação ainda são sigilosos, mas a aquisição teria sido fechada por R$ 600 milhões.


A  revista  afirma  ainda  que  a venda já recebeu aval  do  Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE), que protocolou pedido de consulta por parte por parte da empresa na última terça (10). Os norte-americanos ficarão com 72,27% da Dudalina. A atual presidente, Sônia Hess (foto), deterá 6,31% e os sócios remanescentes permanecerão com 21,42%. Sônia Hess permanecerá na presidência da empresa. De acordo com a assessoria de imprensa da companhia catarinense, apenas Sônia está autorizada a falar sobre a venda. Por coincidência, ela se encontra no exterior e deve retornar ao Brasil nesta segunda-feira (16).

Com 93 lojas no Brasil e mais duas no exterior, a companhia blumenauense está em processo de internacionalização da marca. Na última terça (10), a  Dudalina foi anunciada como a segunda melhor empresa para trabalhar em Santa Catarina (na categoria Grande Empresa, com mais de mil funcionários) - um estudo de AMANHÃ em parceria com o Great Place To Work.

Show de engajamento


O que as escolas de samba têm a ensinar sobre trabalhar com entusiasmo e compromisso para qualquer profissional

Elisa Tozzi, da
Vladimir Platonow/Agência Brasil
Acadêmicos do Salgueiro

Desfile do Salgueiro: escolas de samba têm uma organização que favorece o trabalho coletivo

São Paulo - O que as escolas de samba podem ensinar sobre comprometimento com o trabalho? "Muita coisa", diz Alfredo Behrens, professor da Fundação Instituto de Administração (FIA), de São Paulo. Desde o início deste ano, Behrens tem frequentado a quadra da Mocidade Alegre, bicampeã do Carnaval paulista, para entender as semelhanças e as diferenças entre uma escola de samba e uma empresa.

As visitas do acadêmico aos ensaios fazem parte de um projeto intitulado No Fear at Work ("Sem medo no trabalho", em português), uma série de vídeos em parceria com a cineasta Cecilia Delgado, que será lançada em fevereiro de 2014. "Eu queria descobrir o que levava pessoas comuns a trabalhar com tanto afinco e engajamento no Carnaval", diz Behrens.

A grande questão era compreender por que tanta gente se empenha tão apaixonadamente em uma atividade não remunerada, muitas vezes com vigor superior ao destinado ao emprego que provê o sustento. Segundo o professor, nas comunidades carnavalescas sobra o que falta nas empresas: senso de pertencimento.

O estudo de Behrens mostra que as empresas, principalmente as de cultura estrangeira, têm dificuldade em compreender o jeito de ser dos brasileiros, que precisam se sentir parte importante de um grupo para ter felicidade e, consequentemente, mais produtividade no trabalho.

"A cultura da competição não funciona tão bem no Brasil. Aqui os profissionais trabalham melhor quando se sentem emocionalmente ligados ao trabalho", diz Behrens.  Aprenda o que as escolas de samba têm a ensinar sobre o trabalho comprometido. 
As lições das escolas de samba


Da ala mirim à velha guarda, as agremiações de carnaval tratam o trabalho de forma especial

Escolha baseada em valores

A decisão de entrar para uma escola de samba leva em conta valores como cultura e tradição da agremiação – como deveria ser a escolha de um emprego. "Você tem de amar o pavilhão em primeiro lugar", diz Solange Cruz, presidente da Mocidade Alegre.

Graças a essa sintonia, os integrantes rapidamente percebem as carências da escola e como podem contribuir para supri-las. Na carreira, ter valores alinhados com o emprego ajuda a formar vínculos com chefes, colegas e equipes.

Recrutamento por afinidades

Uma das grandes lições de gestão das escolas de samba está no recrutamento. Quando um novato chega, os dirigentes conversam para entender em que função ele se encaixa melhor. "A falta de experiência não importa, o que vale é a personalidade e a disposição para aprender", diz Behrens.

Feito dessa maneira, um recrutamento tem mais chance de dar certo, pois assegura a existência de uma afnidade entre o profissional e o trabalho para o qual foi contratado.


Treinamento intensivo

Os veteranos ensinam os novatos. A dedicação para o aprendizado é enorme, pois existe a consciência de que fazer bem é fundamental para o sucesso. Na Mocidade Alegre, o treinamento tem duas fases: técnica e engajamento. Na primeira, os membros decoram o samba-enredo e treinam a coreografia. Na segunda, a liderança faz com que a comunidade se apaixone pelo tema. 

"Temos de sensibilizar todos para a escola se sair bem", diz o carnavalesco Sidney França.

Arrecadação federal bate recorde em novembro


Parcelamentos extraordinários fizeram o ritmo de crescimento da arrecadação, acumulada de janeiro a novembro, ultrapassar a barreira de R$ 1 trilhão

Getty Images
Dinheiro: notas de 50 e 100 reais

Dinheiro: nos 11 meses de 2013, o governo arrecadou R$ 1,020 trilhão, com aumento real de 3,63% em relação ao mesmo período do ano passado

Brasília – Impulsionada pelos parcelamentos especiais, que renderam R$ 20,4 bilhões aos cofres públicos, a arrecadação federal bateu recorde em novembro.

Segundo dados divulgados há pouco pela Receita Federal, a arrecadação somou R$ 112,517 bilhões no mês passado, alta de 27,08% em relação a novembro de 2012, descontada a inflação oficial pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).

Os parcelamentos extraordinários também fizeram o ritmo de crescimento da arrecadação, acumulada de janeiro a novembro, ultrapassar a barreira de R$ 1 trilhão. 

Nos 11 meses de 2013, o governo arrecadou R$ 1,020 trilhão, com aumento real de 3,63% em relação ao mesmo período do ano passado.
Até outubro, o crescimento acumulado correspondia a 1,36% acima da inflação.

O valor obtido com as renegociações especiais superou todas as expectativas do governo.
Inicialmente, a Receita Federal previa que a arrecadação extra, com os três parcelamentos, poderia ficar entre R$ 7 bilhões e R$ 12 bilhões. 

No fim de novembro, o Ministério do Planejamento tinha revisado a projeção para R$ 16,3 bilhões.
Em todas as operações de refinanciamento, os contribuintes ganharam estímulos para quitar os débitos à vista com desconto maior na multa e nos juros, o que impulsionou a arrecadação.

O parcelamento do Programa de Integração Social (PIS) e da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins) devida pelas instituições financeiras foi o que mais rendeu recursos ao governo: R$ 12,076 bilhões. 

Em segundo lugar, ficou o parcelamento de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ) e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) cobrados sobre lucros no exterior de multinacionais brasileiras, cuja arrecadação somou R$ 7,572 bilhões, dos quais R$ 6 bilhões foram pagos apenas pela mineradora Vale.

O refinanciamento de PIS/Cofins também engloba a dívida de empresas que questionam a inclusão do Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) embutido no preço das mercadorias na base de cálculo desses dois tributos. 

Nessa modalidade, o governo arrecadou R$ 614,95 milhões, dos quais R$ 612,99 milhões foram pagos à vista.

Além desses dois parcelamentos, cujo prazo de adesão acabou em 29 de novembro, a Receita Federal e a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional reabriram o prazo de adesão do Refis da Crise, que permite o refinanciamento de dívidas de qualquer natureza com a União. 

Como o prazo para entrar no Refis da Crise vai até o fim do ano, o efeito desse último parcelamento só será sentido na arrecadação de dezembro, que será divulgada apenas no fim de janeiro.

Mesmo com as operações de renegociação, a arrecadação de novembro mostrou sinais de que a recuperação da economia também está melhorando o caixa do governo. As receitas com Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) cobrada sobre produtos nacionais, exceto o fumo, registrou aumento real (acima da inflação) de 10,35% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. 

O IPI dos cigarros aumentou 14,27% acima da inflação por causa do cronograma de reajuste dos impostos sobre o fumo, definido em 2011.

A maior lucratividade das empresas também se refletiu no aumento da arrecadação de Imposto de Renda da Pessoa Jurídica (IRPJ), cuja receita subiu 13,6% acima da inflação, e da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL), com alta real de 5,47% em novembro na comparação com o mesmo mês do ano passado. 

Esses dois tributos haviam puxado para baixo a arrecadação em 2012.

Dilma tomou partido

 

 

 

Míriam Leitão

Quando a presidente da República participa de um evento em que se acusa a cúpula do Judiciário de manipulação, e de ter realizado um julgamento de exceção, está enfraquecendo a democracia brasileira. Foi o que a presidente Dilma fez. O que ela não disse explicitamente, o ex-presidente Lula o fez. O que ela demonstrou no 5º Congresso do PT, por ação ou omissão, é grave.

Dilma sabia o que seria a abertura do 5º Congresso do seu partido. Sabia que lá defenderiam os condenados do mensalão. Ao mesmo tempo, como chefe do Poder Executivo, ela não pode participar de um ato em que a Justiça brasileira está sob ataque. O Supremo Tribunal Federal cumpriu todo o devido processo legal. Dilma consentiu — pelo silêncio e pela presença — com as acusações ao Tribunal. Ela é militante do PT e é a candidata. A situação era delicada, mas ela só poderia participar de um evento sóbrio em que não ocorresse o que ocorreu.

O presidente Lula, como é de seu feitio, fez o que disse que não faria e acusou o julgamento de ter sido resultado da “maior campanha de difamação". Dilma pensa que se protegeu atrás de afirmações indiretas como a de que os petistas têm “couro duro" ou o partido está em “momentos difíceis". Pensava que ficara em cima do muro, mas estava tomando partido.

A chefe do executivo de um governo democrático só pode ir para uma reunião de correligionários em que o Poder Judiciário é atacado se for para defendê-lo. Seu silêncio a coloca do lado dos que acusaram o processo de ser de exceção. Ela sabe bem a diferença.

Seus amigos e companheiros José Dirceu, José Genoino, Delúbio Soares, João Paulo Cunha e aliados de outros partidos foram investigados pelo Ministério Público e denunciados. O STF aceitou a denúncia e em sete anos de tramitação do processo deu amplo direito de defesa aos réus e analisa os recursos. Os juízes foram em sua maioria escolhidos por ela ou por seu antecessor. Houve troca de juízes mas não de juízo da maior corte do país. Eles foram considerados culpados.

O julgamento foi feito com base nas leis e na Constituição. Os militantes podem gritar qualquer coisa, mas o grave é a presidente estar ali, consentir pelo silêncio ou por menções indiretas para serem interpretadas pelos militantes como concordância. Enquanto exercer o mandato ela não é apenas a Dilma, ela representa o Poder Executivo.

Dilma pode sentir solidariedade pelos companheiros. É natural. Mas não pode aquiescer, por silêncio ou meias palavras, com os que acusam a Justiça do governo democrático. Ela estar nesse desagravo é um ato com significado institucional.

A democracia passou por várias rupturas ao longo da história republicana. É conquista recente e que pertence ao povo brasileiro. Não pode ser ameaçada por atitudes que solapem a confiança nas instituições, e por interpretações diante das quais a presidente se cala e, portanto, consente.

Dilma tentou manter uma posição ambígua até agora. Mas aquele era um local em que a militância gritaria as palavras de ordem oficiais do partido. Rui Falcão, presidente do PT, disse que os mensaleiros “foram condenados sem provas num processo nitidamente político".

O nada a dizer diante disso, por parte da presidente, diz muito. O Supremo Tribunal Federal se debruçou com abundância de tempo sobre as provas, julgou e condenou. Dilma pode não ter gostado do resultado, pode discordar das penas pessoalmente, mas enquanto exercer o cargo não existe o “pessoalmente” em assuntos institucionais. Militantes podem atacar o Supremo. Mas a presidente da República, não. Sua presença naquele ato é lamentável e enfraquece a democracia.

Vale pede registro para emissão de até R$ 1 bilhão em debêntures


Por Daniela Meibak e Renato Rostás | Valor
 
Agência Vale

SÃO PAULO  -  (Atualizada às 8h33) 

A mineradora Vale submeteu à aprovação da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) o registro da oitava emissão de debêntures, no montante de até R$ 1,01 bilhão, conforme antecipou o Valor. A operação foi aprovada em reunião do conselho de administração da empresa no dia 28 de novembro. Os recursos obtidos com a oferta serão destinados ao projeto Ramal Ferroviário Sudeste do Pará, projeto de infraestrutura da companhia.

Inicialmente, a companhia pretende colocar no mercado 750 mil papéis simples, não conversíveis em ações, em até quatro séries, com valor unitário de R$ 1 mil, totalizando R$ 750 milhões. O montante pode ser aumentado em até R$ 35%, ou R$ 262,5 milhões, com colocação de lotes suplementar e adicional.

O lote inicial será distribuído sob regime de garantia firme de colocação, prestada pelos coordenad ores Banco Bradesco BBI, BB Banco de Investimento e Banco Itaú BBA. Os lotes extras serão distribuídas sob o regime de melhores esforços de colocação pelos coordenadores. 

Para a primeira série, o prazo será de 7 anos, com vencimento em 15 de janeiro de 2021. A segunda série terá prazo de 10 anos, a terceira vencerá em 12 anos e a quarta, em 15 anos. Os coordenadores vão apurar a demanda em diferentes níveis de taxas de juros e vão definir a taxa aplicável à remuneração das debêntures em sistema de “vasos comunicantes”.

As três principais agências de classificação de risco atribuíram nota de crédito "AAA" em escala nacional à oitava emissão de debêntures da Vale, o maior patamar considerando apenas o Brasil. A Moody’s, por sua vez, divulgou rating "Baa2" em âmbito global para os papéis, com perspectiva estável.

A avaliação leva em conta a posição de liderança da companhia em minério de ferro e sua base diversificada de produtos, diz o relatório. Para Moody’s e Fitch, a mineradora tem capacidade de apresentar bom desempenho mesmo em cenário de queda dos preços de sua principal commodity comercializada e manter os indicadores de dívida atuais.

As agências acreditam que o fato de a Vale ter afastado uma incerteza sobre suas operações, que era o pagamento de impostos sobre o lucro que suas controladas e associadas no exterior, sustenta o rating. A empresa aderiu ao Refis, programa de refinanciamento dos tributos, no mês passado.

Na opinião da Standard & Poor’s (S&P), contudo, é exatamente esse forte nível de gastos previstos com a tributação — R$ 22,3 bilhões em 15 anos — que deixa a perspectiva do rating da companhia negativa. Hoje, a nota da S&P para a Vale é de "A-".

O relatório da Moody’s explica ainda que a nota em escala global reflete a instabilidade dos preços do minério de ferro e a expectativa de salto nos custos — principalmente de mão de obra e com royalties. Além disso, a instituição vê como elevado o nível de investimentos e dividendos a serem pagos atualmente.

Mesmo assim, a agência ressalta que a Vale tem feito bom trabalho em seu programa de eficiência, cujas medidas “devem ajudar a minimizar o impacto do avanço nos custos”. A instituição também lembra que a companhia já anunciou paulatina redução em seu nível de dispêndio de capital para os próximos anos.

Segundo a Fitch, o lucro da mineradora vai continuar dependendo do minério de ferro e do apetite do mercado chinês. “Os consideráveis investimentos da Vale em níquel, carvão, fertilizantes e cobre atenuarão apenas parcia lmente o impacto do aumento global da capacidade [do produto]”, afirma o relatório.

Piauí tem PIB per capita africano, e Distrito Federal, europeu; compare


Sílvio Guedes Crespo


O Distrito Federal é a única unidade federativa do Brasil onde a população tem um nível médio de riqueza comparável a um país rico. Seu PIB per capita foi de US$ 34.500 em 2011, muito próximo ao da França, de US$ 34.900.

Em todas as demais 26, o indicador é próximo ao de nações emergentes ou pobres. O Piauí, Estado com o PIB per capita mais baixo (US$ 4.300), nesse quesito é comparável à República Popular do Congo (US$ 4.500).

Clique nas imagens abaixo para ver a que países corresponde o PIB per capita de cada Estado Brasileiro.
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PIB per capita do Brasil, por Estado

A região mais rica do país, o Sudeste, tem um PIB per capita de US$ 15.500 por ano, como a Malásia. Na mais pobre, o Nordeste, o valor é de US$ 5.700, como na Suazilândia Leia mais Arte/UOL
 
A comparação foi elaborada pelo blog Achados Econômicos a partir da base de dados do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) e do FMI (Fundo Monetário Internacional).

A conversão para dólares foi feita a partir da taxa de câmbio por paridade do poder de compra calculada pelo FMI. Nesse caso, dizer que o PIB per capita no DF é igual ao da França significa afirmar que, nos dois locais, a população tem, em média, o mesmo poder aquisitivo. Os dados citados são os mais recentes para as contas estaduais, referentes a 2011.

Deve-se tomar cuidado ao observar os valores, pois são números médios. Isso quer dizer que, sendo a desigualdade econômica maior no Brasil do que, por exemplo, na França, provavelmente a camada mais pobre do DF tem um poder aquisitivo menor do que do país europeu.

Também não se pode esquecer que Brasília foi criada para abrigar a elite política do país. Se por um lado ela fica longe das maiores cidades brasileiras, por outro ela deixa em evidência a distância entre a remuneração dos altos funcionários públicos e o rendimento médio do restante da população. Se a capital federal ainda fosse no Rio de Janeiro, as estatísticas não deixariam tão nítida essa diferença.

PIB PER CAPITA DOS ESTADOS BRASILEIROS COMPARADO COM O DE PAÍSES

Estado/RegiãoPIB per capita (US$)País comparadoPIB per capita
NORTE7.610Guiana7.491
Rondônia9.676Equador9.693
Acre6.456Iraque6.550
Amazonas9.997Peru9.950
Roraima8.277China8.305
Pará6.298Egito6.388
Amapá7.181Namíbia7.360
Tocantins7.064Argélia7.062
NORDESTE5.687Suazilândia5.775
Maranhão4.303Cabo Verde4.220
Piauí4.294Rep. pop. do Congo4.496
Ceará5.652Sri Lanka5.618
Rio Grande do Norte6.185Paraguai6.124
Paraíba5.123Guatemala5.042
Pernambuco6.453Egito6.388
Alagoas4.975Marrocos5.022
Sergipe6.869Micronésia6.982
Bahia6.214Paraguai6.124
SUDESTE15.534Malásia15.890
Minas Gerais10.725África do Sul10.942
Espírito Santo15.092Uruguai15.055
Rio de Janeiro15.724Líbano15.289
São Paulo17.780Argentina17.477
SUL13.360Bulgária13.669
Paraná12.477Romênia12.390
Santa Catarina14.663México14.748
Rio Grande do Sul13.459Bulgária13.669
CENTRO-OESTE15.249Líbano15.289
Mato Grosso do Sul10.891Sérvia10.725
Mato Grosso12.722Venezuela12.735
Goiás10.027Colômbia10.208
Distrito Federal34.532França34.860
BRASIL11.800Costa Rica11.861
  • Fonte: IBGE e FMI

As lições do filme “Intocáveis” para a sua carreira


A comédia que alcançou cerca de 30 milhões de espectadores mostra os contrastes, muitas vezes politicamente incorretos, entre um milionário branco, rico e tetraplégico e um cuidador negro, pobre e ex-presidiário


 
 
Divulgação


Além de ser um forte candidato ao Oscar, “Intocáveis” é o filme francês mais visto até hoje, quebrando recordes de bilheteria em diversos países. Tanto sucesso não é por acaso. De forma divertida, ele conta a história de um milionário francês que, tetraplégico, passa a ser ajudado por um ex-presidiário sem experiência ou mesmo interesse pelo emprego de cuidador.

Do encontro surge uma comédia com a sensibilidade típica dos filmes franceses e a inteligência de tratar a natureza humana através de uma perspectiva leve e bem humorada. No caso, a combinação das realidades – e marginalidades – opostas, como observada na relação entre os protagonistas, faz brotar questões pertinentes e carregadas de lições valiosas aos negócios, à carreira e principalmente à forma de conduzir a própria vida. Alguns desses ensinamentos seguem adiante.

As frustrações podem ser uma matéria prima para as realizações

 

A noção de viver para evitar os fracassos e as frustrações chega a ser um axioma do pensamento ocidental. Talvez o princípio de “nunca perder” seja a fórmula objetiva que construímos para atingir aquilo que entendemos como sendo a felicidade, mas que na prática não se justifica. As perdas sofridas pelos personagens lhes abriram portas: deram origem a um novo caminho, repleto de oportunidades para a realização pessoal.

Ao se perceber dependente de outras pessoas, Philippe, o milionário, é obrigado a abandonar sua arrogância característica em prol da construção de relações sinceras, fazendo delas um bom motivo para continuar vivendo, ou talvez o grande motivo para viver. Enquanto seu assistente, Driss, expulso de casa e excluído da sociedade, se depara com a chance de ser verdadeiramente útil e crescer como indivíduo ao cuidar do patrão tetraplégico. Depende de você encontrar o que as crises têm a oferecer.

As realizações pessoais estão em expressar os seus talentos

 

O espaço de tempo entre o nascimento e a morte de um indivíduo é essencialmente uma oportunidade a ser aproveitada. Por outro lado, a dúvida sobre como aproveitá-lo é uma característica própria do ser humano, cuja resposta reside no sentimento de estabelecer e alcançar objetivos relevantes, de acordo com as suas próprias vontades e habilidades. Ou visto de outra forma, a realização pessoal, que é a sensação de ter aproveitado a vida da forma certa, surge quando os seus talentos são empregados no exercício de algo significativo para os demais.

Você decide o que é importante e isso faz toda a diferença

Quanto você pagaria por um quadro branco manchado de vermelho, desses que qualquer criança pode pintar acidentalmente? Apesar de brincar com o valor que atingem algumas obras de arte, a pergunta feita no filme nos leva a pensar sobre a importância que damos às coisas, os esforços que fazemos por elas e o preço que pagamos para obtê-las.

No fim das contas, é uma questão de saber se os nossos objetivos realmente valem o sacrifício ou se precisamos encontrar outros, mais dispostos a contribuir com a realização pessoal de cada um.

Pedro Henrique Souza é aficionado por aikido e acha que a filosofia alemã deveria ser material de escritório. Fundou a consultoria Hëd River e fundamentou a ciência do stakeholding. @phsouza_