segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

Consumidor vai levar de graça para casa produto com um valor na prateleira, e outro no caixa

  • Acordo entre Sistema Estadual de Defesa do Consumidor entra em vigor em 15 de janeiro em todo o Estado do Rio
  • Iniciativa não contempla produtos das seções de têxteis, eletroeletrônicos, áudio e vídeo ou equipamentos para veículos
O Globo

Alimentos e bebidas foram contemplados pelo acordo Foto: Arion Marinho / Agência O Globo

Alimentos e bebidas foram contemplados pelo acordo Arion Marinho / Agência O Globo
RIO - Na próxima segunda-feira será lançada a campanha De Olho no Preço na sede da Defensoria Pública, no Centro. O objetivo é garantir ao consumidor o direito de levar, de graça, o produto que tiver diferença entre o preço anunciado dentro do supermercado e o registrado no caixa. 

A iniciativa faz parte de um termo de compromisso entre a Defensoria Pública do Estado do Rio de Janeiro, por meio do Núcleo de Defesa do Consumidor, e os órgãos do Sistema Estadual de Defesa do Consumidor, as associações de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (Asserj) e Brasileira de Supermercados (Abras). A nova norma vai entrar vigor no dia 15 de janeiro. A iniciativa não contempla produtos das seções de têxteis, eletroeletrônicos, áudio e vídeo ou equipamentos para veículos.

COMO ADQUIRIR IMÓVEL.. E VISTO PERMANENTE

A primeira providência para um estrangeiro adquirir imóveis no Brasil é obter o CPF.

Na aquisição de imóvel urbano por estrangeiro será necessário a apresentação do CPF, passaporte, comprovante de residência do país e certidão de nascimento ou casamento (estas com tradução juramentada).

Na aquisição de imóvel rural por estrangeiro é necessário, além dos documentos acima, a comprovação de residência em território nacional e, a área do imóvel não poderá exceder a 50 (cinquenta) módulos (equivalente a hectares), em área contínua ou descontínua (o tamanho do módulo varia conforme a localização do imóvel).

Para transferências do exterior para o Brasil ou para abrir uma conta corrente nos bancos brasileiros, o estrangeiro precisa ter, além do CPF e do passaporte, o visto permanente e prova de residência no país.

Para transferir dinheiro do exterior para o Brasil, existem duas situações diferentes:

A primeira se dá se o estrangeiro já possui conta corrente em algum banco brasileiro: basta solicitar ao banco de origem a transferência do dinheiro, fornecendo dados do banco destinatário como: nome e número do Banco, agência, conta corrente e código Swift (código internacional do banco);

A segunda se o estrangeiro não possui conta bancária no Brasil o valor máximo que ele conseguirá transferir do exterior para ele mesmo será de aproximadamente US 5.000,00 (cinco mil dólares americanos) a ser retirado em dinheiro em alguma agência bancária. Entretanto ele poderá transferir qualquer quantia se for para uma conta bancária nacional de terceiros, devendo, entretanto, comprovar o motivo da transferência para que o Banco Central do Brasil libere o valor transferido (o comprovante pode ser um Instrumento Particular ou uma Escritura de Promessa de Compra e Venda de Imóvel).

Caso deseje fixar residência no Brasil será necessário conseguir um visto Permanente concedido nos seguintes casos:

(1) Baseado em casamento com um(a) brasileiro(a) (pode ser solicitado após dois anos de casados);
(2) Baseado em ter filho em território brasileiro;

(3) Baseado em investimento de US 50.000,00 (concessão de visto permanente ao estrangeiro que pretenda fixar-se no Brasil com a finalidade de investir recursos próprios de origem externa em atividades produtivas, condicionada à comprovação de investimento, em moeda estrangeira, em montante igual ou superior, a US$ 50.000,00 (cinquenta mil dólares norte-americanos). Entretanto a mesma resolução diz que o Conselho Nacional de Imigração poderá autorizar a concessão de visto permanente para estrangeiro cujo projeto de investimento contemple no mínimo dez novos empregos, mediante a apresentação de plano de absorção de mão-de-obra brasileira, para o período de cinco anos, mesmo que o montante do investimento seja inferior a US 50.000,00. O estrangeiro não precisa necessariamente abrir uma empresa – há a opção de colocar esse dinheiro numa empresa já existente e virar um sócio cotista. O estrangeiro também pode usar essa forma de obtenção de visto se no passado já investiu US 50.000,00 no país);

(4) Baseado no direito de transformar um visto Temporário de Trabalho em visto Permanente (após quatro anos de visto Temporário);

(5) Baseado em aposentadoria estrangeira (para maiores de 50 anos e com recebimentos mensais superiores a US 2.000,00)

Outras formas menos comuns de se conseguir visto Permanente são:

(1) Baseado na indicação de cargo de Diretor Estatuário em empresa brasileira;
(2) Baseado no caso de uma empresa estrangeira ter uma filial ou subsidiária no Brasil, e pretender transferir um diretor estatutário ou gerente para a empresa brasileira, desde que a empresa tenha US$ 200.000 de investimentos estrangeiros registrados perante o Banco Central do Brasil;
(3) Baseado em pedidos de asilo ou auxílio a refugiados;
(4) Baseado no direito de transformar um visto Temporário na condição de professor, cientista, técnico ou pesquisador de alto nível;
(5) Baseado em reunião familiar.

Na prática…

Se deseja obter o visto Permanente, mas não se enquadra em nenhuma das situações acima mencionadas – ou seja você não é cientista, aposentado, padre, refugiado político, não trabalha em multinacionais e não quer casar com um(a) brasileiro(a) e nem ter um filho nascido no país – a melhor opção é aproveitar o direito de obter esse visto baseado em investimento no país (US 50.000,00 ou menos). É muito difícil diferenciar a compra de um imóvel para finalidade residencial de um imóvel para finalidade comercial (como pousada, por exemplo).

Caso adquira o imóvel apenas para passar temporadas não existem grandes problemas, neste caso deve utilizar-se de Visto de Turista normalmente requer apenas a passagem aérea de ida e volta e, se aplica apenas a viagens de turismo o prazo deste visto não excede a noventa dias, mas é prorrogável por igual período, totalizando o máximo de cento e oitenta dias por ano.

Cabe salientar ainda que no Brasil, além do preço que se paga pelo imóvel, é necessário ter uma reserva adicional, que pode chegar a 9% do valor de compra, para as seguintes despesas:

imposto sobre transmissão de bens imobiliários (ITBI) – custa em média 2,5% do valor do imóvel, mas pode superar os 3%. É pago à prefeitura do município onde se localiza o imóvel urbano.

taxa de registro do imóvel – entre R$ 400,00 a R$ 5.400,00 – para imóveis cujo valor esteja entre R$ 10mil e R$ 175mil. É paga para o Cartório de Registro Imobiliário.

taxa de escrituração imobiliária – entre R$ 400,00 a R$ 5.400,00 – para imóveis de valor entre R$10mil e R$175mil, pagos ao Cartório de Notas (responsável por lavrar a escritura de compra e venda)

Laudêmio da Marinha – Cobrado pela União (Governo Federal) somente nas transações que envolvam imóveis localizados na faixa litorânea, a até 80m do mar. Corresponde a 5% do valor do imóvel.

Laudêmio Municipal – há prefeituras que também cobram laudêmio sobre imóveis localizados em algumas áreas do município. O valor médio do tributo é de 2% do valor do imóvel.

Para fins de tributação os não residentes, sejam brasileiros ou estrangeiros não tem os benefícios de isenção ou redução no pagamento do imposto. Pagam a alíquota integral de 15% ou nos casos de acordo entre países a que determina o acordo. Em alguns casos a tributação pode ser maior. Benfeitorias no imóvel valem para todos e podem ser acrescidas ao valor da compra bem como taxa de corretagem e imposto pago na aquisição, desde que comprovados com Notas fiscais e Recibos identificados.

Se você vai utilizar os serviços de um procurador no Brasil é mais fácil. Você terá que procurar no seu país um notário que é o profissional habilitado para fazer uma procuração particular (fica registrada no Consulado do Brasil) na língua oficial do vendedor. Esta procuração tem que ter poderes especiais de compra e venda, assinar escritura, providenciar registros, pagar impostos, taxas e emolumentos, dar e receber, assinar recibos, tudo em nome do proprietário. A procuração não tem data de validade pois perde o efeito com a conclusão do negócio.

Após feita a procuração ela deve ser validada em um oficio do País que corresponda a nossos cartórios.
Depois o proprietário deve procurar um Consulado do Brasil e solicitar a validação desta procuração, tradução para o português do Brasil por profissional habilitado, apresentar seu documento oficial e por último enviar ao procurador a mesma para que este providencie o registro desta no Cartório de Títulos e Documentos por se tratar de procuração proveniente do estrangeiro. Aqui no Brasil elas são registradas em Tabelionato de notas.

Documentos do vendedor e do procurador

Proprietário estrangeiro não residente no Brasil
- certidão de nascimento ; certidão de casamento(ou óbito do cônjuge); prova da inscrição do CPF(numero da inscrição e recibo); documento oficial valido. As cópias serão autenticadas pelo consulado e se preciso será solicitado tradução oficial.
Atenção: o cônjuge também deve ter o CPF pois assina a venda na comunhão de bens e fará também uma procuração nos mesmos termos.
Procurador brasileiro
- RG e CPF, comprovante de endereço, conta bancária no Brasil
Procurador estrangeiro
- Também tem que ter CPF e seus documentos pessoais. Se houver o Registro de Estrangeiro deve ser apresentado(RNE).

O Consulado autentica todos os documentos e se reserva o direito de solicitar outros documentos conforme cada caso.

A documentação é complicada portanto recomendo que um Cartório de Imóveis seja consultado aqui no Brasil e o vendedor consulte o Consulado no estrangeiro para antecipadamente saber o que a mais será preciso.

(Luciano Rodrigues – 15/12/2013)

APENAS 5.000 VISTOS PERMANENTES DE TRABALHO CONCEDIDOS EM 2013

As solicitações do visto já podem ser feitas via Internet.

O número de autorizações de trabalho para estrangeiros no Brasil somou 50.088 de janeiro a setembro, segundo a Coordenação Geral de Imigração, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). O número é próximo ao de igual período do ano passado (51.002). São 90% para homens e 10% para mulheres, 95% temporários e apenas 5% permanentes.

Os Estados Unidos lideram a lista, com 7.508 autorizações para trabalhadores daquele país. Em seguida, vêm Filipinas (4.054), Reino Unido (3.344), Índia (2.821) e Alemanha (2.417). Números que se referema à categoria de visto temporário.

Destes, aproximadamente um terço (quase 17 mil) tem prazo de até 90 dias. A exemplo de anos anteriores, a maior parcela (12 mil) é para trabalho em embarcações ou plataformas estrangeiras.

Em todo o ano passado, foram concedidas 67.220 autorizações, ante 69.077 em 2011.

O MTE informou que publicou portaria (1.964) para que todos os pedidos de autorização passem a ser eletrônicos. Até agora, esses pedidos são preenchidos manualmente. A mudança entrou em vigor hoje (16/12).

“O tempo de tramitação dos pedidos será reduzido em um terço”, afirmou o presidente do Conselho Nacional de Imigração, Paulo Sérgio de Almeida. “A medida beneficiará, principalmente, os trabalhadores estrangeiros que atuarão nos grandes eventos esportivos que ocorrerão no Brasil.”

Desburocratização

O Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio da Coordenação-Geral de Imigração (CGig), tinha publicado, quinta-feira (12/12/2013), a Portaria 1.964 que tornam eletrônicos todos os pedidos de autorização de trabalho a estrangeiros. Até então, os documentos eram preenchidos manualmente. Essa é a primeira medida efetivada dentro do pacote de melhorias tecnológicas que o MTE está implementando no órgão.

Pelo novo procedimento, que inicialmente será facultativo, os estrangeiros interessados em obter autorização de trabalho no Brasil poderão fazer o pedido via internet, enviando toda a documentação de forma eletrônica, desde que o usuário possua certificação digital, aceita conforme os procedimentos e padrões adotados pela Infra-Estrutura de Chaves Públicas Brasileiras (ICP-Brasil).

Processos que demoravam 30 dias para serem analisados serão resolvidos em até 10 dias. A medida beneficiará, principalmente, os trabalhadores estrangeiros que atuarão nos grandes eventos esportivos que ocorrerão no Brasil”, declarou Paulo. A portaria entra em operação a partir da próxima segunda-feira.
(Agências – 16/12/2013)

Como as uvas podem ajudar o negócio da Concha y Toro


Com safra mais barata das últimas 12 colheitas, vinícola chilena pode colher bons resultados

Reprodução/Facebook
Taça com vinho Concha y Toro

Concha y Toro: companhia chilena teve lucro líquido perto de R$ 100 milhões de janeiro a setembro

São Paulo - A uva mais barata das últimas 12 colheitas deve favorecer os negócios da Concha y Toro, companhia líder na produção de vinhos na América do Sul.

O palpite é da Deutsche Bank. Em relatório assinado por Jose Yordan e Katina Metzidakis, a corretora comentou a situação da vinícola chilena.

De acordo com o documento, a companhia só deve se preocupar com os efeitos de uma greve de 44 dias realizada no segundo trimestre - que pode atrapalhar os resultados da empresa em 2013.

Números

Segundo o último balanço da companhia, a Concha y Toro havia faturado 1,4 bilhão de reais em receita bruta até setembro. Isso representa 6,5% a mais do que no mesmo período de 2012. Além disso, as exportações da companhia haviam crescido 10%.

Nos nove primeiros meses do ano, a vinícola viu seu lucro líquido aumentar 2,9% - chegando perto de 100 milhões de reais. 

Com cerca de 3.500 funcionários, a Concha y Toro exporta seus produtos para 137 países. Em entrevista à EXAME.com, o enólogo Papa lembrou que vinho bom não precisa ser caro.

DPA, da Nestlé e Fonterra, abre centro de distribuição em SP


A operação faz parte da estratégia de negócios da companhia, que economizará até 9 milhões de reais por ano

O país do fogão esperto


O Brasil já responde por 19% das vendas da Electrolux no mundo.  Mas a companhia acha que dá para ampliar ainda mais essa fatia – com inovação

Por Ricardo Lacerda
Na cozinha de casa, a geladeira exibe na porta uma moderna tela touch screen equipada com sistema operacional Linux. Nela, além de um e-book com mais de 600 receitas, rodam diversos aplicativos desenvolvidos para facilitar o dia a dia dos donos de geladeira. Ao lado, o fogão traz uma tecnologia capaz de cozinhar os alimentos apenas no vapor, o que permite conservar até 85% das vitaminas B e C dos alimentos. Esses e outros equipamentos, que parecem saídos de um episódio dos Jetsons, estão chegando à vida real graças à visão de negócios da Electrolux. Maior do setor de Eletroeletrônicos no sul do país, a companhia vem apostando alto na inovação como forma de se distanciar dos concorrentes. A partir de seu centro de desenvolvimento em Curitiba, a marca sueca cria itens de alto apelo tecnológico – que chegam às lojas agrupados na linha conhecida como “i-Kitchen”.

Electrolux_Adriano-Moura-350Por trás da iniciativa está uma estratégia elaborada para ampliar o espaço da Electrolux no mercado brasileiro – de onde vem cerca de 19% de seu faturamento global. Depois de comprar a Prosdócimo, em 1996, a companhia percebeu que o melhor caminho para se firmar no Brasil era se manter um passo à frente da concorrência. “Cada produto é desenvolvido com base nos desejos e necessidades reais dos nossos consumidores, sempre com o objetivo de oferecer funcionalidades e diferenciais relevantes”, afirma Adriano Moura, diretor financeiro da Electrolux para América Latina.

A cada ano, os investimentos em pesquisa e desenvolvimento da empresa passam dos R$ 100 milhões. E dão resultados. Só em 2012, a receita bruta da empresa cresceu 15,6% e chegou a R$ 6,5 bilhões. “Atribuímos o crescimento a vários fatores. Mas, basicamente, é o retorno sobre um investimento constante em inovação de produtos e serviços”, explica Moura. Em 2012, diz ele, a Electrolux lançou mais de 70 produtos no varejo brasileiro.

O bom momento também reflete a realidade do mercado brasileiro em 2012, quando as vendas de fogões cresceram 20% e as de refrigeradores 16%, segundo a Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos (Eletros). A alta foi estimulada, principalmente, pela redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), que vigorou entre dezembro de 2011 e janeiro deste ano. Com o fim do benefício, as vendas de refrigeradores e fogões já caíram 5% e 6%, respectivamente, no primeiro semestre do ano. “O ano está complicado. É  provável que se recupere no segundo semestre, mas não chegaremos aos níveis do ano passado”, afirma Lourival Kiçula, presidente executivo da Eletros.

Para que o setor não perca o dinamismo, diz Kiçula, é importante que o governo imponha regras para preservar o índice de nacionalização dos produtos da linha branca – segmento em que mais de 90% dos componentes são feitos no Brasil. “O governo poderia criar algum tipo de desoneração da folha de pagamento para indústrias que fabricam componentes”, sugere.

A boa notícia é que o IPI ainda não retornou aos patamares em que estava antes da redução. A alíquota das lavadoras de roupas, por exemplo, costumava ser de 20% e, hoje, está em 10%. “Esperamos que os refrigeradores fiquem em 7,5%, e não mais nos 15%. E que os fogões fiquem em 3%, e não 4%”, diz Kiçula. Outro elemento que traz boas perspectivas é o programa Minha Casa Melhor, que concede crédito de R$ 5 mil a juros subsidiados para quem quer mobiliar uma casa comprada pelo Minha Casa, Minha Vida. “É uma oportunidade para que as pessoas troquem seus produtos com prazo de pagamento e juros reduzidos”, destaca Kiçula.

Nesse cenário, a Electrolux planeja lançar cerca de 40 produtos até o Natal de 2013. As novidades se dividem entre linhas tradicionais, como refrigeradores, máquinas de lavar roupa e fogões, e novas categorias como purificadores de ar, bebedouros, umidificadores e balanças de precisão. A inovação não pode parar.

Eletroeletrônicos

As maiores por receita

Setor 500 Grupo/Empresa UF Receita Bruta Cres, Receita




R$ milhões %
1 21 Electrolux do Brasil e Controlada PR 6.504,05 15,60
2 127 Furukawa Ind. S/A Prod. Elétricos PR 712,93 34,96
3 140 Intelbras S/A Ind. Telecom. Eletr. SC 634,87 11,43
4 204 Romagnole Prod. Elétricos PR 433,41 8,92
5 200 Irmãos Fischer S/A SC 417,49 15,45
As mais rentáveis
Setor 500 Grupo/Empresa UF Rent, Receita Lucro Líquido




% R$ milhões
1 140 Intelbras S/A Ind. Telecom. Eletr. SC 10,52 51,86
2 127 Furukawa Ind. S/A Prod. Elétricos PR 9,73 53,07
3 162 Grupo Digicon RS 8,72 20,23
4 21 Electrolux do Brasil e Controlada PR 3,84 188,45
5 204 Romagnole Prod. Elétricos PR 2,83 9,62

Na beirada do pódio



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O Brasil se tornou o quarto maior mercado do mundo para a Bayer. Mesmo assim, a companhia alemã deve ter crescimento menor em 2013


Por Laura D’Angelo, do Rio de Janeiro

A celebração no Jockey Club do Rio de Janeiro era pelos 150 anos da Bayer. Mas os representantes da empresa no Brasil tinham algo a mais para comemorar: o país se tornou, em 2013, o quarto maior mercado da companhia no mundo. A conjuntura se mostrou favorável para que a subsidiária brasileira superasse o Japão, concorrente que ocupava o posto até o ano passado. “Crescemos mais que os japoneses e o iene desvalorizou”, explica Theo van der Loo, presidente da Bayer no Brasil, país que responde por 5% do faturamento da multinacional.


A boa safra e os preços altos das commodities também impulsionaram o desempenho da subsidiária brasileira. Isto porque, ao contrário de outros países, a divisão Bayer Cropscience, dedicada ao agronegócio, é responsável pela maior fatia do faturamento no Brasil, cerca de 56%  - enquanto a Heath Care, segmento de farmacêuticos e saúde, responde por 29%. A peculiaridade se deve à extensão do território brasileiro e aos poucos concorrentes que disputam a preferência dos inúmeros agricultores no país. Ainda assim, 2013 deve apresentar menor crescimento em comparação com o ano passado, no qual a companhia no Brasil quintuplicou seu lucro e teve um acréscimo de 26% no faturamento. Mesmo sem revelar números, van der Loo acredita que o resultado deve ficar abaixo do desempenho anterior, mas se manterá em dois dígitos, meta da empresa.

O mesmo deve se repetir para 2014, cujo o investimento deve ficar um pouco abaixo dos R$ 200 milhões dedicados este ano para o aprimoramento de laboratórios, pesquisas clínicas e fábricas. A Bayer mostra preocupação com o calendário atípico do próximo ano, o que inclui um Carnaval tardio no mês de março, a Copa do Mundo e o período das eleições. A principal atenção, segundo van der Loo, será com a questão do abastecimento dos medicamentos. “O interior do país é mais afetado. É um gargalo para nós”, admite.


Outro desafio para a Bayer no próximo ano, segundo van der Loo, é inserir novos produtos no mercado brasileiro com mais facilidade e agilidade. “A parte regulatória é muito lenta aqui. As aprovações tanto na saúde como na agricultura demoram, o que afeta o desempenho no país”, salienta o presidente. Além da morosidade legal, van der Loo lembra que os medicamentos lançados no Brasil não são todos reembolsados pelo governo, como acontece no Japão, mas sim pelos pacientes, o que limita o mercado.

É na área de saúde que o Sul se destaca para a Bayer no país. Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, juntamente com o Sudeste, formam o mercado mais importante no país para medicamentos. Theo van der Loo cita como exemplo o sucesso dos anticoncepcionais, cujo o número de vendas é mais significativo na região.

Comemorações

Para festejar os 150 anos do Grupo Bayer no mundo, a companhia promoveu passeios de dirigível (foto) em 35 cidades no mundo. O veículo foi escolhido por representar a empresa, pois seu tamanho impressiona e atrai interesse do público por onde passa, ao mesmo tempo em que transmite tranquilidade e é discreto. O encerramento das comemorações foi no Rio de Janeiro onde o dirigível fica até 18 de dezembro.