segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Camex aplica medida antidumping contra louças de mesa da China


Por Valor
 
BRASÍLIA  -  A Câmara de Comércio Exterior (Camex) aplicou nesta sexta-feira medida definitiva de antidumping à importação de artigos de louça de mesa produzidos na China. A decisão, que valerá por até cinco anos, foi publicada no “Diário Oficial da União”.

As alíquotas antidumping a serem aplicadas vão variar entre US$ 1,84 e US$ 5,14 por quilo do produto, dependendo da empresa exportadora.

O pedido de abertura de investigação de dumping foi protocolado no Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior em julho de 2012 pelas empresas Oxford e Studio Tacto.

A resolução também homologa um compromisso para que as empresas chinesas se comprometam a parar de exportar ao Brasil objetos de louça de mesa com preços inferiores ao fixado pelo Executivo, de US$ 3,20 por quilo do produto.

“Em contrapartida, o governo brasileiro suspenderá a investigação para essas empresas e não aplicará direito antidumping definitivo sobre as exportações chinesas de objetos de louça para mesa, conforme definidos neste compromisso e no processo administrativo em referência, que sejam produzidos e exportados pelas empresas participantes, durante todo o período de vigência do direito antidumping definitivo”, informa o texto da decisão.
(Valor)

Fundador de O Boticário entrará em lista de bilionários da Forbes


Por Valor
 
Ivonaldo Alexandre

SÃO PAULO  -  O fundador da empresa O Boticário, Miguel Krigsner, vai entrar na lista deste ano dos maiores bilionários do mundo elaborada pela revista Forbes. Baseando-se na fatia de 80% que ele detém na companhia, a publicação avalia a fortuna de Krigsner em cerca de US$ 2,7 bilhões. Artur Grynbaum, que possui os outros 20%, teria um patrimônio de US$ 690 milhões - sempre na estimativa da revista.

O Boticário foi criado por Krigsner em 1977 como uma farmácia de manipulação no centro de Curitiba (PR) e, de lá para cá, virou uma gigante da área de cosméticos. Grynbaum assumiu o comando da empresa em 2008.

Em dezembro de 2009 foi criada a GKDS, uma holding que para negociar a compra de empresas e criar novas marcas em novas áreas. Em 2010, os sócios anunciaram a criação do Grupo Boticário, que hoje reúne outras marcas além da principal: a marca de cosméticos Eudora, a multimarcas The Beauty Box, e a rede de franquias de maquiagem Quem disse, Berenice?.

A projeção para o ano de 2013 era de um faturamento acima de R$ 8 bilhões, incluindo as vendas dos franqueados. O grupo abriu 241 lojas no ano passado, somando 3.747 pontos de todas as marcas - só a rede O Boticário tem 3.628 unidades.


Wizard


Outro brasileiro que vai fazer parte da tradicional compilação é Carlos Wizard Martins, fundador do Grupo Multi e que vendeu a empresa no ano passado para a britânica Pearson. O Multi - holding formada por dez escolas de idiomas e profissionalizantes como Wizard, Yázigi, Bit Company e Microlins -, saiu por R$ 1,95 bilhão, dos quais R$ 1,3 bilhão foram para a família Martins.

A Forbes lembra que Carlos Martins também é dono da Vale Presente, única instituição não bancária do Brasil autorizada a emitir cartões com a bandeira Mastercard, e da Akatus, uma intermediadora de pagamentos semelhante ao Paypal.

Nascido em Curitiba, Martins é o primogênito de sete filhos e o único que mora no Brasil. Seus irmãos e pais residem nos Estados Unidos há mais de 20 anos. A família mudou de país na década de 80 para que os filhos estudassem em faculdades americanas e o único que retornou ao Brasil foi Martins, que se formou em Ciência da Computação pela Universidade Brigham Young, em Utah.

TAM e Gol sobem no ranking das aéreas mais seguras


Por Tatiane Bortolozi | Valor

SÃO PAULO  -  As companhias aéreas TAM e Gol melhoraram de posição em lista sobre a segurança dos voos das 60 maiores empresas do setor de aviação do mundo, elaborada pela consultoria alemã Jacdec. As brasileiras, no entanto, seguem nas últimas dez colocações.

A TAM ficou em 56º lugar no ranking de 2013, com índice 0,890. A companhia subiu três posições em relação a um ano antes, quando ocupava a penúltima colocação. A Gol passou do 57º para o 54º lugar, na comparação anual, para o índice 0,689.

O ranking leva em conta os acidentes graves em relação à receita de cada passageiro por quilômetro em um período de 30 anos de operação. A consultoria leva em conta o número de mortes, o pior acidente, a adequação aos padrões de segurança internacional, além de utilizar um fator que eleva o efeito de acidentes recentes, mas diminui o imp acto de eventos passados.

A chilena LAN Airlines, que uniu suas operações com a brasileira TAM em junho de 2012, subiu uma posição e ficou em 39º lugar no índice, com 0,127 pontos.

A primeira colocada é a Air New Zealand, da Nova Zelândia. A finlandesa Finnair, líder no ano passado, caiu para o terceiro lugar.

Economia brasileira deve crescer 2% em 2014, aponta Focus


Por Ana Conceição | Valor
 

SÃO PAULO  -  Os analistas de mercado elevaram suas estimativas para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro em 2014 de 1,99% para 2%, como consta do Boletim Focus, divulgado nesta segunda-feira pelo Banco Central (BC). Foi a segunda alta consecutiva na projeção, que há um mês estava justamente em 2%.

Os analistas também ajustaram as apostas para a economia no ano que vem, de 2,48% para 2,50% de expansão.

No tocante à produção industrial, a estimativa para 2014 seguiu em 2,20% de aumento. Para 2015, contudo, a previsão é de um avanço mais moderado, indo de 3% para 2,89%. 

No caso do câmbio, os agentes consultados pelo BC mantiveram sua estimativa para a cotação do dólar no fim de 2014 em R$ 2,45, enquanto elevaram a projeção para o fim do próximo ano, de R$ 2,47 para R$ 2,50.

Para o saldo da balança comercial deste ano, o superávit previsto passou de US$ 8,25 bilhões para US$ 9,10 bilhões. Para 2015, a estimativa permaneceu em US$ 12 bilhões. 

A projeção para a dívida líquida do setor público em 2014 partiu de 34,95% para 34,80% do PIB. Para 2015, seguiu em 35% do PIB.

(Ana Conceição | Valor)

Cade aprova aliança entre Monsanto e Novozymes

Por Valor
 
BRASÍLIA  -  O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou nesta segunda-feira, sem restrições, uma aliança entre a Monsanto e a Novozymes. A operação havia sido anunciada em dezembro.

De acordo com o relatório do Cade, a Monsanto não fabrica ou vende produtos microbiológicos no Brasil, o que a torna entrante neste mercado. A decisão foi publicada na edição de hoje do “Diário Oficial da União”.

Segundo parecer do Cade, a parceria busca o aumento da eficiência para pesquisa e comercialização de soluções microbianas para o setor agrícola. “Essa aliança contará com a capacidade da Novozymes de descobrir, desenvolver e produzir soluções microbianas e com a capacidade da Monsanto de pesquisa, desenvolvimento, teste e comercialização. O objetivo é desenvolver produtos que ajudem os agricultores a aumentar o rendimento das lavouras usando menos recursos. A aliança irá desenvolver e comercializar descobertas de novos produtos biológicos de cada uma das empresas”, informou o documento.

“A operação não resultará na formação de uma sociedade com o propósito específico e a aliança funcionará exclusivamente com base no contrato celebrado entre a Monsanto e a Novozymes.”
(Valor)

Economia da China fecha segundo ano com crescimento de 7,7%


Por Valor, com agências internacionais
Associated Press

SÃO PAULO  -  O desempenho econômico da China estabilizou-se em 2013, avaliou o diretor do Departamento de Estatísticas do país, Ma Jiantang. No ano passado, o Produto Interno Bruto (PIB) chinês avançou 7,7%, empatando com a taxa registrada em 2012, o resultado mais fraco desde 1999. Vale recordar que, em 2011, a economia chinesa avançou 9,3%.

De qualquer forma, o crescimento da China ficou acima da meta perseguida pelo governo, de 7,5%, e dentro da expectativa de alguns economistas. 

Somente no quarto trimestre de 2013, o PIB da China teve expansão de 7,7%, no comparativo com um ano antes, coincidindo com o resultado verificado no começo daquele calendário. O desempenho foi, no entanto, ligeiramente inferior àquele apurado no terceiro trimestre, de 7,8% de avanço.

O relatório da agência trouxe ainda um crescimento firme da produção industrial chinesa no ano passado, de 9,7%. Da mesma forma, as vendas no varejo da China registraram firme alta, de 13,1% em 2013. Os investimentos em ativos fixos subiram 19,6% no período, sendo que o investimento total no desenvolvimento imobiliário cresceu 19,8%.

Ainda em 2013, o índice de preços ao consumidor na China aumentou 2,6%, sendo que a inflação foi de 2,6% na área urbana e de 2,8% na área rural. Os preços dos alimentos aumentaram 4,7%, com destaque para vegerais frescos, que ficaram 8,1% mais caros. Somente em dezembro passado, o índice de preços subiu 2,5% perante um ano antes e 0,3% em relação a novembro.

Dilma diz que "não lava as mãos" na questão da segurança


Por Bruno Peres | Valor
Antonio Cruz/ABr

BRASÍLIA  -  A presidente Dilma Rousseff disse nesta segunda-feira, em entrevista a emissoras de rádio de Belo Horizonte (MG), que os governos do PT sempre buscaram contribuir com Estados e municípios na responsabilidade sobre segurança pública, ainda que a área não seja de competência da União. Dilma garantiu que o governo acredita “muito” em “uma ação cooperativa” e “nunca” se omitiu nessa questão.

“Nunca dissemos que a violência era um problema dos Estados e que, portanto, nos lavávamos nossas mãos. Outros governos alegavam isso, não o nosso”, afirmou Dilma, em referência a críticas feitas pela oposição, de que o governo federal “lava as mãos e coloca sobre os ombros dos Estados” a responsabilidade total pela segurança pública. O senador Aécio Neves (PSDB-MG) fez essa declaração publicamente.

Ao falar de cooperações feitas pelo governo federal com governos estaduais e municipais, Dilma citou as ações feitas para garantir a segurança da população durante a Copa das Confederações, em 2013, e operações feitas nas fronteiras de combate ao crime organizado. A presidente voltou a condenar atos de violência durante manifestações consideradas legítimas e disse que a Força Nacional de Segurança atua, quando convocada, para garantir a ordem e evitar enfrentamentos com a população.

Dilma destacou investimentos federais de R$ 1,1 bilhão para Estados investirem no sistema prisional, desde que apresentem projetos. A expectativa do governo é que com esses recursos sejam colocadas à disposição mais de 47 mil vagas em presídios. Dilma afirmou que as unidades federais têm desempenhado “um papel chave” para diminuir a violência nos Estados, com a transferência de presos.

Dilma voltou a falar em parceria do governo federal com Estados e municípios ao comentar os recursos federais anunciados para mobilidade urbana em Belo Horizonte na última sexta-feira. “Julgamos que era impossível uma questão relevante como é a questão do transporte coletivo ser algo que a União não participasse”, disse Dilma, destacando que seu governo já investiu R$ 140 bilhões em todo o país na área de mobilidade urbana, área em que “tradicionalmente” cabia aos Estados investir. “Consideramos que mobilidade urbana é algo fundamental”, afirmou

(Bruno Peres | Valor)