segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

Cade aprova aquisição da colombiana OFD pela Yara


A decisão está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 20

Luci Ribeiro, do
Rogério Montenegro/EXAME
Transporte de fertilizante
Transporte de fertilizante: Cade aprovou, sem restrições, aquisição de diversas empresas do grupo Abonos Colombianos, que atua na indústria de fertilizantes, pela Yara International

Brasília - O Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) aprovou, sem restrições, a aquisição de diversas empresas do grupo Abonos Colombianos, que atua na indústria de fertilizantes, pela norueguesa Yara International.

A decisão está publicada no Diário Oficial da União desta segunda-feira, 20. A operação, conforme explica o Cade, será implementada por meio da compra, pela Yara, de todas as ações da OFD Holding, que controla diversas companhias do grupo Abonos Colombianos.

O negócio, anunciado em novembro do ano passado, foi fechado por US$ 425 milhões e compreende instalações da OFD em Cartagena, na Colômbia, e empresas de distribuição em toda a América Latina. 

As principais companhias envolvidas na transação são a Abocol (Colômbia), Misti (Peru), Omagro (México), Fertitec (Panamá e Costa Rica), Cafesa (Costa Rica) e Norsa (Bolívia).

A Yara é a controladora do Grupo Yara, que oferece, no Brasil e mundialmente, produtos e serviços relacionados à produção de fertilizantes, incluindo extração mineral e produção de fertilizantes básicos, além de soluções industriais.

O Cade explica que a operação não resulta em integração vertical. "Há apenas uma sobreposição horizontal mínima que afeta o mercado brasileiro, considerando que tanto a Yara quanto o Grupo Abocol exportam fertilizantes básicos à base de nitrogênio para o Brasil".

"Do ponto de vista da Yara, a operação se justifica por garantir uma sólida posição downstream e uma plataforma em crescimento na América do Sul e na América Latina, complementando a aquisição do negócio de fertilizantes downstream da Bunge no Brasil", diz documento do Cade. 

"Do ponto de vista da Abocol, o grupo entende que o seu negócio de fertilizantes chegou em um nível de maturidade que o tornou atrativo para empresas globais interessadas na América Latina, especialmente nos países em que o Grupo Abocol tem focado suas atividades (Colômbia, Peru, Bolívia, México, Costa Rico e Panamá). Assim, tornou-se interessante para os vendedores desinvestirem o Grupo Abocol para um grupo capaz de melhorar sua performance - no caso a Yara", acrescenta.

Accenture prepara compra da provedora ClientHouse


Aquisição faz parta de um plano da companhia para expandir suas capacidades na Europa

Angel Navarrete/Bloomberg
Estande da Accenture no na abertura do Sapphire Now and TechEd, em Madri
Accenture: companhia está adquirindo uma provedora de serviços de computação em nuvem

Nova York - A Accenture disse nesta segunda-feira que comprará a provedora de serviços de computação em "nuvem" ClientHouse como parte de um plano para expandir suas capacidades na Europa.

Os termos do acordo não foram revelados.

A ClientHouse é a provedora independente de serviços de computação em nuvem da Salesforce.com, assim como a Veeva Systems, que presta serviços para empresas de biotecnologia, disse a Accenture em comunicado.

Os 6 dilemas que acompanham as mulheres empreendedoras


Especialista em empreendedorismo feminino afirma que toda empreendedora deve saber o básico de finanças para gerenciar o seu negócio

Editado por Camila Lam, de
Getty Images
Mulher escreve em papel e usa computador
Os principais desafios das mulheres empreendedoras
Respondido por Ana Fontes, especialista em empreendedorismo feminino


É fato que elas estão empreendendo mais: hoje, quase 45% dos pequenos negócios são conduzidos por empreendedoras. Mas este é um fenômeno recente e como tudo que é novo apresenta uma série de desafios. Empreender exige estômago e nervos de aço e muita dedicação. Nestes quesitos as mulheres são ótimas. Vamos falar aqui dos principais desafios para ter um negócio de sucesso.

1. Tenho de fato um negócio?

Eu tenho de verdade um negócio ou tenho um meio de sobrevivência? O melhor dos mundos é você ter um negócio que foi criado para atender as necessidades de um grupo de clientes. Mas, a maioria cria um negócio e depois vai buscar os clientes e aí que a dificuldade aparece. Além disso, a grande maioria trabalha com serviços e em áreas de conforto delas; o desafio é encontrar dentro da sua área de conforto uma oportunidade de negócio com produtos ou serviços. Uma dica: leia muito e acompanhe o que acontece no mundo, normalmente bons negócios surgem de problemas.

2. Sou gestora e não sou a melhor empregada do negócio

As mulheres culturalmente gostam de ter o domínio sobre todas as situações e isto pode causar uma série de transtornos, pois um negócio depende muito mais da capacidade de gestão do que da capacidade de cuidar dos assuntos. Uma dica importante: aprenda a delegar e a aceitar que as pessoas trabalham de formas diferentes e organize suas atividades considerando sempre o que é mais importante para sua empresa, os clientes e o futuro do negócio. 

3. Sei fazer, mas não sei vender

Este é um grande dilema para as empreendedoras, a grande maioria não se vê como vendedora, pois sabe produzir seu produto ou serviço, mas tem dificuldade na hora de vender e divulgar. Já dizia Steve Jobs que todo empreendedor tem que ser vendedor. É uma questão de sobrevivência, afinal uma empresa sobrevive sem muitas coisas, mas não sobrevive sem vender. Faça cursos rápidos com técnicas de vendas e comunicação e se capacite para vender. Ou, se sua estrutura permitir contrate um bom vendedor, mas acompanhe de perto o trabalho dele. 

4. Não gosto de finanças

Normalmente, as mulheres são responsáveis pelas finanças da casa, mas tem muito receio de lidar com as finanças da empresa. Um dos motivos é a grande burocracia que envolve uma pequena empresa hoje, além das várias obrigações legais, impostos, folha de pagamento, entre outras. Você tem que saber o básico de como conduzir as finanças da sua empresa: precisa saber a formação de preços dos seus produtos ou serviços, a margem necessária e acompanhar na ponta do dedo o caixa da sua empresa, afinal é ele que determina a sua saúde financeira.

5. Preciso divulgar meu produto ou serviço

O mundo da internet abriu uma vastidão de oportunidades com as redes sociais, blogs e tudo mais. Isto é muito bacana, mas exige tempo e estratégia. A primeira dica é (acredite) saber quem é de fato seu cliente, muitas empreendedoras não sabem responder a esta pergunta ou respondem de forma muito abrangente.
Sabendo quem é seu cliente, estabeleça uma boa estratégia de marca e comunicação, comece tendo um site bem feito. Se você domina algum conteúdo interessante crie um blog, mesmo que não ligado ao nome da sua empresa. Tenha um bom cartão de visita, participe de redes de contatos e eventos de networking. Defina quem cuidará de redes sociais e capacite com cursos e treinamentos que existem no mercado, muitos deles gratuitos. 

6. Não consigo focar

Sim, queremos dominar o mundo e principalmente agora. Mas dominar o mundo exige tempo, portanto foque no que é importante, ou seja, o futuro do seu negócio. Muitas vezes, dedicamos a maior parte do nosso tempo a resolver coisas urgentes e não as que de fato são importantes, por isso aprender a delegar é necessário para o crescimento do seu negócio. E por fim, aproveite! Você faz parte de um grupo de pessoas que tem o perfil diferenciado, afinal não é qualquer um que pode cuidar de uma empresa, família, casa e filhos.

Ana Fontes é fundadora da Rede Mulher Empreendedora e do NATHEIA.

MCI Brasil compra JZ Brasil para ganhar espaço em congressos


Empresa especializada em eventos para empresas quer aproveitar aquisição para expandir operação no Brasil


Justin Sullivan/Getty Images
Médicos olham raio-x de mamas no centro de pesquisa de câncer na UCSF, em São Francisco, Califórnia - Câncer de Mama
Médicos: eventos da categoria serão um dos focos da MCI Brasil

São Paulo – A empresa de eventos corporativos MCI Brasil, uma parceria entre a Alatur JTB e a suíça MCI, anunciou, nesta segunda-feira, a aquisição da JZ Brasil, especializada em congressos para entidades de classe, principalmente médicos.

Juliano Lissoni, presidente da MCI Brasil, não divulga o valor da aquisição, mas explica que ela faz parte dos planos de expansão da empresa no Brasil.

“Pretendemos aumentar em 50% o número de clientes e de eventos até o fim do ano”, afirmou o executivo em entrevista à EXAME.com.

Segundo Lissoni, a escolha de começar pela JZ Brasil ocorreu porque o mercado de congressos voltados para médicos é o que mais movimenta as ações da MCI global. 63% de todos os seus eventos são voltados para essa área.

“A JZ vai nos ajudar a ganhar mais espaço nessa área no Brasil”, afirmou. “Além disso, somos amigos há muito tempo, apesar de concorrentes, e nossos valores são muito próximos”.


Ano de Copa


Ainda que 2014 seja um ano mais curto, por conta do carnaval tardio, da Copa do Mundo em junho e das eleições em outubro, Lissoni acredita que isso não afetará seus negócios. “O universo dos congressos tem uma lógica de longo prazo, temos eventos fechados para 2019 já”, explica.

“Além disso, trabalhamos com o mercado global, e diversas empresas internacionais estão interessadas em fazer eventos no Brasil especialmente por conta da visibilidade que a Copa e as eleições podem trazer ao país”, diz. Em 2014, a empresa planeja organizar 35 eventos, número maior que em anos anteriores.


Expansão latina


A América Latina corresponde, hoje, a 6% dos negócios da MCI global. Em cinco anos, a projeção é que a região responda por 18% da movimentação. E o Brasil terá uma grande participação nisso.

“Acreditamos que 40% dos negócios da América Latina virão do Brasil”, afirma Lissoni. “São Paulo é uma escolha natural para sede na América Latina de diversas multinacionais, que são o nosso foco”.

Para isso, outras aquisições serão feitas ao longo do ano. Ainda não ficou decidido, porém, em qual das áreas de atuação da companhia: organização, mensuração de retorno, tecnologia e captação de conteúdo – tudo voltado, claro, para eventos.

Além dos investimentos no Brasil, a MCI ainda planeja novas sedes na Colômbia e no México e, talvez, nos Estados Unidos. Ela já está presente em 28 países e planeja, até 2020, estar em 80. 

Só argentinos pagam mais impostos do que brasileiros na AL


Brasil é vice-campeão de carga tributária entre os latino-americanos, de acordo com a OCDE

Marcos Santos/USP Imagens
Dinheiro: notas de real
São Paulo - Em toda a América Latina, só os argentinos pagaram mais impostos do que os brasileiros em 2012.

Os números foram divulgados hoje pela OCDE (Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico).

O aumento de 2,6 pontos percentuais na carga tributária argentina em 2012 foi o que colocou o país no primeiro lugar.

O Brasil, que era líder até 2011, está atualmente mais de 10 pontos percentuais à frente do terceiro colocado, o Uruguai.

A média brasileira está mais próxima da OCDE, formada por 34 países, quase todos desenvolvidos.
Veja a comparação entre 18 países da América Latina:

País Impostos como % do PIB (1990) Impostos como % do PIB (2012)
Argentina 16,1% 37,3%
Brasil 28,2% 36,3%
Uruguai 19,6% 26,3%
Bolívia 7,2% 26,0%
Costa Rica 16,1% 21,0%
Chile 17,0% 20,8%
Equador 7,1% 20,2%
México 15,8% 19,6%
Colômbia 9,0% 19,6%
Nicarágua 14,1% (1994) 19,5%
Panamá 14,7% 18,5%
Peru 11,8% 18,1%
Paraguai 5,4% 17,6%
Honduras 16,2% 17,5%
El Salvador 10,5% 15,7%
Venezuela 18,7% 13,7%
Rep. Domin. 8,3% 13,5%
Guatemala 9,0% 12,3%
Média Am. Lat. 13,6% 20,7%
Média OCDE 32,9% 34,1% (2011)

A carga tributária brasileira não só é a segunda mais alta da América Latina como vem subindo sistematicamente.

Em 1990, estava em 28,2% do PIB. Em 2000, chegou a 30,1% do PIB e nunca mais caiu abaixo deste patamar.
Desde então, as únicas quedas foram em 2003 e 2009. Só entre 2010 e 2012, o aumento foi de 3,1 pontos percentuais.
Em países como Venezuela, a participação dos impostos no PIB caiu mais de cinco pontos percentuais em duas décadas.
Veja a evolução da carga tributária brasileira ao longo dos últimos 20 anos:

Ano Impostos como % do PIB do Brasil
 
1990 28,2%
1994 29,2%
1995 27,0%
1996 26,4%
1997 26,6%
1998 27,4%
1999 28,7%
2000 30,1%
2001 31,0%
2002 31,7%
2003 31,2%
2004 32,1%
2005 33,1%
2006 33,1%
2007 33,8%
2008 34,0%
2009 32,6%
2010 33,2%
2011 34,9%
2012 36,3%

Fusão entre Estácio e Laureate?



ALCALAY, DA ESTÁCIO: abordagem do grupo americano Laureate


O presidente do conselho de administração da empresa de ensino Estácio, Eduardo Alcalay, recebeu pouco antes do Natal um emissário do banco Morgan Stanley. O banqueiro levava uma proposta da empresa de educação americana Laureate — que quer discutir uma fusão de seus negócios na América Latina com a Estácio. A Laureate tem mais de 800 000 alunos em universidades em todo o mundo. Na América Latina, são cerca de 500 000 matriculados, que se somariam aos quase 300 000 da Estácio. 

O novo grupo ficaria próximo da líder Kroton, que depois da fusão com a Anhanguera tem cerca de 1 milhão de alunos no país e é a empresa de educação de maior valor de mercado no mundo, 10,5 bilhões de reais. As conversas ainda são preliminares. Consultada, a Laureate negou a intenção de buscar uma fusão com a Estácio. A companhia brasileira não comentou o assunto.

Empresas de orgânicos fecham 2013 com US$ 130 milhões em negócios

Por Bettina Barros | Valor
 
 
SÃO PAULO E BRASÍLIA  -  A Organics Brasil, entidade que reúne 74 empresas brasileiras exportadoras de produtos e alimentos orgânicos, fechou o ano passado com geração de US$ 130 milhões em negócios, em meio à estabilidade registrada pelo setor no ano, com  crescimento mundial em torno de 10%.

“Temos a meta quantitativa de atingir 100 empresas brasileiras no mercado internacional em 2014. Sabemos que quantidade não representa qualidade, e neste caso, vamos dar maior foco no valor agregado”, afirmou Ming Liu, coordenador executivo do Projeto Organics Brasil. “O Brasil ainda tem a imagem de fornecedor de matéria prima. Vamos investir no ‘branding’ dos produtos, promover interesse em inovar e melhorar o nível de empreendedorismo sustentável dos produtores, cooperativas e empresas”.

Segundo Liu, a prioridade é mostrar os diferenciais dos produtos orgânicos brasileiros neste ano de Copa. “Nosso país tem este potencial de trazer ao mercado suas histórias e seus produtos, que na maioria dos casos já é orgânico por natureza. No mercado internacional vemos que os consumidores valorizam os produtos dos biomas, como o açaí na Europa e nos Estados Unidos e; mais recente; a erva mate no Japão”.

Estima-se que o mercado global dessa categoria de produtos - que não recebem tratamentos ou componentes químicos - faturou US$ 60 bilhões em 2013, com a adoção de medidas importantes para o setor, como os convênios de equivalências de certificações entre os mercados europeu e americano e, a partir de 2014, entre o Japão e os Estados Unidos. O Brasil está em negociação para um convênio de equivalência com o Mercado Comum Europeu, que potencializará os negócios em curto prazo.
(Bettina Barros | Valor)