terça-feira, 21 de janeiro de 2014

QUEREMOS ATRAIR TALENTOS

Brasil prepara mudanças na lei para atrair mão de obra qualificada.

O Brasil prepara modificações na lei de imigração para receber mão de obra qualificada, afirmou na semana passada o secretário de Assuntos Estratégicos da Presidência, Marcelo Neri, numa conferência para a imprensa estrangeira, em Brasília.

“Queremos atrair os talentos e isso implica melhorar as regras de imigração no Brasil, para aqueles que vêm trabalhar no país”, afirmou Neri, citado pela agência noticiosa France Presse.

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O secretário de Assuntos Estratégicos usou o exemplo do programa Mais Médicos, que atraiu profissionais estrangeiros para áreas carentes do país.

Segundo Marcelo Neri, vários setores interessados e a presidência estão a preparar uma lei para engenheiros, médicos e profissionais de tecnologia altamente qualificados.

Dos 200 milhões de habitantes do Brasil, apenas 0,3% nasceram no estrangeiro, mas 74% da população é a favor da entrada de mão de obra qualificada, ainda de acordo com Neri, que realçou que, nos últimos anos, já houve modificações para facilitar a imigração para o país.

O desemprego brasileiro está em seus menores níveis históricos (4,6%), mas, segundo o governante, o pleno emprego ocorre principalmente nos setores que empregam mão de obra não qualificada.

(Notícias Ao Minuto – 16/01/2014)

Nova campanha da Natura “encontra” poesias em páginas de jornais


“Poetizando” conta com o trabalho de cinco poetisas, que diariamente vão produzir um poema com palavras literalmente catadas em notícias

Redação, www.administradores.com,
Divulgação
Consumidores também podem participar da campanha
 
A nova campanha da Natura tem o seguinte mote: encontrar a poesia que existe escondida em toda rotina. Para isso, a marca convidou cinco poetisas para, literalmente, catar versos em páginas de jornais. O resultado está reunindo em uma página no Pinterest e alguns poemas são compartilhados também na fanpage da Natura no Facebook.

A campanha inclui também dois vídeos - um de 30 segundos que resume a ação e outro mais longo que apresenta uma espécie de mesa redonda com as mulheres poetas discutindo a presença da poesia no cotidiano.

Os consumidores também podem mandar suas poesias. “O objetivo é que haja interação e que os seguidores da fanpage da linha Natura Tododia se sintam engajados e motivados a transformar a rotina”, afirma Penélope Uiehara, Gerente de Marketing de Ativação da Natura. 

As poetisas convidadas para o projeto foram Lilian Aquino, Marina Wisnik, Elisa Andrade Buzzo, Ana Guadalupe e Bruna Beber.

segunda-feira, 20 de janeiro de 2014

O mundo volta a ajudar o Brasil



Lagarde, do FMI, espera sete anos fortes para a economia mundial, o que pode melhorar a balança comercial e as exportações das empresas brasileiras (Por Denize Bacoccina)

por Denize Bacoccina

Christine Lagarde, a chefona do Fundo Monetário Internacional (FMI), protagonizou um episódio raro na semana passada. Mais habituada, desde que assumiu o cargo, há quase três anos, a cobrar austeridade dos países ricos e a lamentar o crescimento mais fraco dos emergentes, na quarta 15, ela se credenciou para uma daquelas seções de “boa notícia” dos jornais. “A crise ainda persiste.No entanto, o otimismo está no ar e o horizonte é mais brilhante”, afirmou em Washington, numa palestra no National Press Club. “A minha grande esperança é que 2014 seja o ano em que os sete anos fracos, em termos econômicos, se convertam em sete anos fortes”, afirmou. 
 
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A zona do euro, disse ela, está “dobrando a esquina da recessão para a recuperação”. No mesmo dia, o Banco Mundial divulgou suas projeções para a economia global, com uma tendência que aponta para cima neste e nos próximos anos. O crescimento deve passar dos 2,4% obtidos no ano passado (ainda uma estimativa) para uma expansão de 3,2% neste ano, 3,4% em 2015 e 3,5% em 2016. Lagarde, apesar de otimista, fez ponderações: alertou sobre os riscos de uma deflação nos países desenvolvidos, lembrou que o desemprego ainda está muito elevado na Europa e que os Estados Unidos precisam retirar com cuidado os estímulos da economia para não afetar outros países. 
 
Ainda assim, as perspectivas para este ano, no cenário externo, são as melhores em muito tempo. Para o Brasil, que vive um momento de crescimento fraco e inflação elevada, agora combatida com aumento dos juros, a recuperação do mercado internacional é uma excelente notícia. No ano passado, a balança comercial teve o seu pior saldo em 13 anos, e o superávit de US$ 2,5 bilhões só foi obtido graças ao registro, como exportação, de duas plataformas da Petrobras que não saíram do País. Boa parte da piora na balança deve-se ao aumento de importações de petróleo, que não vai se repetir neste ano, com a produção maior nos campos da Petrobras. 
 
Mas o País também teve dificuldade em competir no Exterior e exportou um pouco menos do que no ano anterior. Agora, com a Europa saindo da recessão e a economia americana crescendo mais – acima da brasileira, inclusive –, os produtos brasileiros devem encontrar mais mercado lá fora. Aumentam, também, as oportunidades para a internacionalização das empresas brasileiras. Mas, nesse quesito, o País não tem conseguido aproveitar as oportunidades. Um estudo divulgado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na quinta-feira 16, mostra diminuição nos estoques de investimentos brasileiros no mundo. A participação das empresas brasileiras caiu de 1,96% em 1990 para 0,99% em 2012, quando o estoque de investimento somava US$ 266,2 bilhões. 
 
No mesmo período, a parcela dos países em desenvolvimento passou de 6,92% para 18,9%. Ou seja, o Brasil perdeu espaço não para os países ricos, mas para outros países em desenvolvimento. Aparentemente, a concentração de investimentos no Brasil parece positiva, já que, teoricamente, aumenta o volume de capital disponível no País. Na prática, porém, a falta de exposição ao mercado internacional faz com que a empresa também deixe de se expor a inovações que podem aumentar a produtividade e reduzir os custos. A melhora do mercado internacional, aliada a um real menos valorizado, pode servir de estímulo às empresas que querem se aventurar além das fronteiras. O que ainda continua atrapalhando é a falta de acordos para evitar a bitributa

Brasil tributa mais quem ganha menos, diz KPMG

Aumento indireto da carga tributária prejudica quem está na base da pirâmide

Por Carolina OMS

Pelo segundo ano consecutivo, em 2013 os mais ricos passaram a pagar mais imposto de renda. Pelo menos na maioria dos países do mundo. Já no Brasil, aconteceu o contrário. Um estudo da consultoria KPMG mostra que a média das alíquotas máximas nacionais de Imposto de Renda de Pessoa Física subiu 0,3% no ano passado, passando para 29,2%. Já no Brasil, ainda que a alíquota máxima para pessoa física esteja estacionada em 27,5%, há um aumento indireto da carga tributária que prejudica o contribuinte na base da pirâmide.
 
“Ao não corrigir a tabela de incidência do Imposto de Renda pelo total da inflação, há um aumento de carga tributária para pessoa física”, diz Marcus Vinicius Gonçalves, sócio da área tributária da consultoria. No ano passado, a tabela do IRPF foi corrigida em apenas 4,5%, embora o IPCA de 2012 tenha ficado em 5,84%. A mesma situação deve se repetir neste ano - IPCA de 5,91% no ano passado e correção de apenas 4,5% na tabela do IRPF.
 
“Com a correção dos salários, todo ano o salário nominal aumenta, mas sem uma correção equivalente à da inflação, muitos trabalhadores saíram de uma faixa isenta e passaram a pagar imposto, é um aumento indireto de tributos”, afirma Gonçalves. Cálculos do Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal (Sindifisco) mostram que a correção da tabela abaixo da inflação resultou numa defasagem de 66,44% desde 1996 até 2012. Ou seja, aumento a parcela da renda dedicada ao imposto.
 
O sócio da KPMG compara esse aumento com o que ocorreu em outros países, que elevaram a alíquota máxima para a parcela da população com maior poder aquisitivo ou criaram impostos para grandes fortunas. 
 
Nos Estados Unidos, por exemplo, houve o fim da redução de impostos estabelecidos no governo do ex-presidente George W. Bush (2001-2008), elevando a alíquota máxima para pessoa física de 35% para 39,6% em 2013.
 


Hyundai tem planos de ampliar produção no Brasil

Além de aumentar fabricação em Piracicaba, grupo Caoa, que representa marcas Premium, deve produzir o i30 em Anápolis (GO)

Por Rafael Poci Déa, da MotorShow 

A fabricante coreana de carros Hyundai estuda ampliar a capacidade produtiva de sua fábrica de Piracicaba, no interior de São Paulo. Em entrevista concedida no Salão de Detroit, nos Estados Unidos, o diretor global de operações da marca, Tak Uk Im, falou a respeito dos planos da empresa para o País. "Temos que investir para produzir e atender ao grande volume do Brasil", afirmou o executivo.

A fábrica de Piracicaba opera em três turnos e atingiu a sua máxima capacidade produtiva de 150 mil carros ao ano. "Estamos em estudo para expandir esse volume", disse Im. "Só depois poderemos pensar em exportações."

A respeito do grupo Caoa, responsável pela importação dos veículos premium da Hyundai (i30, Genesis, Elantra, entre outros), Im afirmou que a relação permanecerá. O executivo, no entanto, deixou claro que um novo carro premium poderá ser produzido na fábrica de Anápolis, em Goiás. É lá que são produzidos, atualmente, os utilitários esportivos Tucson e o ix35, além do caminhãozinho HR. 

Ao que tudo indica, o próximo carro da Hyundai fabricado no Brasil será o hatch médio i30, vendido por R$ 69.000 e equipado com motor 1.6 de 128 cv e câmbio automático de seis marchas. 

O Hyundai HB20, primeiro carro produzido na fábrica de Piracicaba, é um sucesso de vendas. Em 2013, o modelo fechou com 122 mil carros vendidos, computadas todas as versões. Com esse resultado conquistado no ano passado, o modelo ficou na sétima posição do ranking elaborado pela Fenabrave, associação que reúne os distribuidores de veículos.

Juiz pede à CEF que FGTS seja corrigido pelo IPCA-E


Em decisão inédita, juiz pede que Caixa atualize saldo sacado por trabalhador pelo IPCA em vez da Taxa Referencial, cuja correção é muito menor

Julio Cesar Lima, do
Marcos Santos/USP Imagens
Dinheiro: notas de 50 reais
Notas de 50 reais: Para o juiz, pelo fato da TR não acompanhar o índice inflacionário, ela não deve ser usada como referência
 
Curitiba - Uma decisão do juiz substituto da 2ª Vara Cível de Foz do Iguaçu (PR), Diego Viegas Veras, poderá alterar o método de correção do saldo do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS). Em uma decisão inédita, ele condenou a Caixa Econômica Federal (CEF) a trocar a Taxa Referencial (TR) pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo Especial (IPCA-E) a partir de janeiro de 1999 até o dia em que o saldo fosse sacado pelo trabalhador em sentença promulgada no último dia 15. A CEF ainda não se pronunciou sobre a decisão.

Segundo o despacho, a TR "não tem promovido a necessária atualização" do saldo. A decisão, porém, é de 1ª instância e cabe recurso. "Por meio da presente demanda, seja a ré condenada a substituir o índice de correção monetária aplicado às contas vinculadas do FGTS (Taxa Referencial - TR) pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor - INPC ou pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo - IPCA, com o pagamento das diferenças decorrentes da alteração. Em síntese, alega que a TR, índice atualmente utilizado, não tem promovido a necessária atualização do saldo existente na conta fundiária, uma vez que se encontra em patamar inferior àqueles utilizados para indicação do porcentual de inflação, como é o caso do IPCA ou do INPC", anota.

Além dessas observações, o juiz destaca que o "Supremo Tribunal Federal já se manifestou no sentido de não reconhecer a TR como índice capaz de corrigir a variação inflacionária da moeda, não servindo, portanto, como índice de correção monetária". Essa decisão, apesar de inédita, compõe um conjunto de 29.350 ações em que os correntistas pediram a substituição dos índices. A CEF havia informado de que saíra vencedora em 13.664 casos que tiveram decisões.

Para o juiz, o fato da TR não acompanhar o índice inflacionário não a permite ser usada como referência. "Não sendo a Taxa Referencial (TR), índice disposto pela Lei 8.177/91, hábil a atualizar monetariamente tais saldos, e estando tal índice em lei não específica do FGTS, entende-se que como inconstitucional a utilização da TR para tal fim, subsistindo a necessidade de aplicar-se índice de correção monetária que reflita a inflação do período", concluiu.

Os escritórios de Direito ficaram bem mais modernos


Flexibilidade de horário, informalidade no vestuário, políticas antiestresse e ambiente menos hierárquico. Os escritórios de Direito mudaram para atrair e reter profissionais com perfil colaborativo e empreendedor

Helena Fruet, da
Raul Junior / VOCÊ S/A
Giovanni Falcetta, do Aidar SBZ
Giovanni Falcetta, do Aidar SBZ: sala com TV e videogame para relaxar no expediente

São Paulo - Quando compareceu à entrevista de emprego em um escritório concorrente do seu, o advogado Giovanni Falcetta, de 33 anos, pensou ter se enganado de endereço. As mesas de trabalho eram separadas por baias de vidro e todos trabalhavam no mesmo ambiente.

Seus prováveis futuros colegas estavam vestidos sem formalidade e alguns conversavam animadamente em rodas de bate-papo. Giovanni foi recebido pessoalmente por um dos sócios do escritório e, em seguida, apresentado à sala de descompressão, local dotado de televisor, video game e sofás confortáveis para quem quiser se desestressar durante o expediente.

Expediente, aliás, que poderia ser cumprido em home office, se necessário. Acostumado ao clima formal de escritórios tradicionais de São Paulo, o advogado estranhou a proposta, mas não pensou duas vezes para aceitá-la. "Eu queria mais qualidade de vida e um ambiente menos competitivo, mais acolhedor", diz.

Falcetta foi contratado pelo Aidar SBZ, criado há dois anos, que ilustra a tendência dos novos escritórios de advocacia de trocar o ar sisudo da área por ambientes despojados, com políticas de RH mais atraentes para os jovens profissionais.

Segundo Carlos Ferreira, sócio da consultoria de recolocação 4Hunter, especializada nas áreas jurídica e financeira, as mudanças na economia e o aumento do mercado de trabalho na área jurídica — com o consequente aumento da concorrência pelos melhores profissionais — impulsionaram as transformações no perfil dos escritórios de advocacia.

"Para se destacar, os escritórios mais novos (muitos deles resultantes de cisões de bancas tradicionais) oferecem políticas de remuneração mais atraentes, flexibilidade de horário e de vestuário, treinamento e mais qualidade de vida. E em troca querem um profissional criativo, proativo, capaz de trazer e fidelizar seus clientes. Além, é claro, de ser muito bons na parte técnica" diz Carlos.