quarta-feira, 29 de janeiro de 2014

Fed reduz programa de compra de ativos para US$65 bi ao mês


Banco manteve o plano de remover o estímulo extraordinário apesar da recente turbulência em mercados emergentes

Jonathan Spicer e Jason Lange, da
AFP/Arquivos
Ben Bernanke, antes dirigente do Federal Reserve (EUA)

Ben Bernanke: chairman encerrou sua última reunião do Fomc sem fazer qualquer mudança no plano de manter os juros baixos por algum tempo

Washington - O Federal Reserve, banco central dos Estados Unidos, anunciou nesta quarta-feira novo corte de 10 bilhões de dólares, para 65 bilhões de dólares, no programa de compras mensais de títulos e manteve o plano de remover o estímulo extraordinário apesar da recente turbulência em mercados emergentes.

O chairman do Fed, Ben Bernanke, que passará na sexta-feira o comando do banco central à atual vice-chair, Janet Yellen, encerrou sua última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) sem fazer qualquer mudança na outra grande política da autoridade monetária: o plano de manter os juros baixos por algum tempo.

Em comunicado após a reunião, o Fed reconheceu que "a atividade econômica ganhou fôlego nos trimestres recentes" e minimizou o fraco resultado de dezembro sobre abertura de vaga de emprego. 

"Os indicadores do mercado de trabalho foram mistos, mas o balanço mostra melhorias." As perdas nos mercados acionários nos EUA se ampliaram após o anúncio. Já os preços dos papéis da dívida norte-americana subiram e os rendimentos das notas de 10 anos bateram o menor nível desde o fim de novembro. O dólar avançou em relação ao euro, mas caiu sobre o iene.

"A ação do Fed de hoje representa a continuidade de sua determinação decisiva para encerrar (as compras de ativos) durante 2014", afirmou o sócio-diretor da Westwood Capital, Daniel Alpert.

As autoridades mantiveram a promessa de manter os juros próximos de zero até bem depois de a taxa de desemprego norte-americana, atualmente em 6,7 por cento, cair abaixo de 6,5 por cento, especialmente se a inflação permanecer abaixo da meta de 2 por cento. Investidores especulavam sobre a possibilidade de o Fed alterar essa diretriz já que a taxa de desemprego está próxima desse nível.

A decisão recebeu apoio unânime das autoridades do Fed. É a primeira reunião sem divergência desde junho de 2011 --um bom sinal de adeus a Bernanke.

A partir de fevereiro, o Fed comprará 65 bilhões de dólares ao mês, ante os atuais 75 bilhões de dólares. O banco central reduziu igualmente as compras de Treasuries e de títulos hipotecários, para 35 bilhões de dólares e 30 bilhões de dólares mensais, respectivamente.

Sinais de melhora na economia norte-americana sugerem que o Fed manterá a trajetória de redução das aquisições, conforme já previu Bernanke de que o programa será reduzido gradualmente e concluído ainda neste ano.

Vendas generalizadas de moedas e ações de mercados emergentes nos últimos dias e crescimento decepcionante do emprego dos EUA em dezembro não impediram as autoridades do Fed.

Esta reunião é a última de Bernanke antes de Janet Yellen assumir o comando da autoridade monetária.

Bernanke conduziu o Fed em um território desconhecido nos oito anos em que ocupou o posto, construindo um balanço patrimonial de 4 trilhões de dólares e mantendo os juros próximos de zero por mais de cinco anos para afastar a economia do pior revés em décadas. Com crescentes preocupações sobre possíveis impactos negativos da forte liquidez, o Fed decidiu no mês passado promover o primeiro corte nas compras de títulos.

Dados divulgados nas últimas semanas, incluindo gastos do consumidor e produção industrial, foram amplamente otimistas e alimentaram a tese de que a economia está melhorando. Analistas estimam que o Produto Interno Bruto (PIB) dos EUA cresceu no ritmo de 3,2 por cento no quarto trimestre, acima da tendência, após o avanço de 4,1 por cento apurado nos três meses anteriores.

Atualizado às 18h50 de 29/01/2014, para adicionar mais informações.

Quem é o príncipe saudita que vai investir R$ 1 bi no Brasil


Khaled bin Alwaleed, filho do bilionário mais rico da Arábia Saudita, anunciou construção de uma fábrica de gruas no Ceará


Reprodução/Facebook/Prince Alwaleed bin Talal
Príncipe Alwaleed bin Talal e seu filho, o príncipe Khaled bin Alwaleed, da Arábia Saudita

Príncipes Alwaleed bin Talal e seu filho, Khaled bin Alwaleed, em viagem de família aos Estados Unidos, em 2004: Khaled bin Alwaleed irá investir mais de R$ 1 bilhão no Brasil

São Paulo – O grupo KBW anunciou nesta quarta-feira que irá investir 40 milhões de reais em uma fábrica de gruas no Ceará. Trata-se de uma pequena parte do plano de investimentos de mais de 1 bilhão de reais arquitetado pelo príncipe saudita Khaled bin Alwaleed para o país.

Na última segunda-feira, o conglomerado já havia inaugurado sua sede em Santa Catarina, a KBW Brasil e, no ano passado, começou as obras de um complexo portuário especializado em petróleo, o PetroCity, no Espírito Santo.

Khaled bin Alwaleed é o filho mais velho do príncipe Alwaleed bin Talal, o homem mais rico da Arábia Saudita e o 26º do mundo, segundo a revista Forbes. Em 2013, a fortuna de Alwaleed pai foi avaliada em 20 bilhões de dólares. 

A Kingdom Holding Company, fundada por ele, investe em setores que vão desde o hoteleiro até o imobiliário e em empresas de tecnologia. Alwaleed filho, porém, foi para um caminho diferente.

A KBW é especializada nas áreas de infraestrutura, óleo e gás, mineração, construção e logística. Khaled está se concentrando em empreendimentos de médio e longo prazo no Brasil.

A fábrica no Ceará, por exemplo, servirá para a produção de equipamentos da fabricante italiana de guindastes Raimondi Cranes, recém-adquirida pelo grupo. A cidade que receberá a nova planta ainda não foi escolhida.

“O Brasil é um mercado atraente, que tem crescente demanda em seu mercado interno e oferece grandes oportunidades nas áreas de infraestrutura, petróleo e construção”, afirmou o príncipe em visita ao país em outubro do ano passado. Se depender dele, as relações entre Brasil e Arábia Saudita só vão se estreitar.

A guerra do iogurte grego chegou ao horário nobre americano


Nem só de Jaguar e Mercedes vive o intervalo comercial mais caro do mundo

Pedro Rubens / Veja
Iogurte grego

Iogurte grego: as rivais Oikos e Chobani lançaram prévias de seus comerciais para o Super Bowl, no próximo domingo

São Paulo - O iogurte grego, produto que chegou no Brasil há menos de três anos e virou mania, também gera sua dose fanatismo nos Estados Unidos.

Prova disso é o embate que acontecerá no próximo domingo, durante o Super Bowl, o evento televisivo mais assistido dos EUA.

Nem só de Jaguar e Mercedes vive o intervalo comercial mais caro do mundo, com 30 segundos estimados em 4 milhões de dólares em 2014.  Duas marcas de iogurte grego concorrentes divulgaram esta semana seus vídeos para a final do campeonato de futebol americano.

A Oikos, da francesa Danone, tem o desafio de ofuscar a rival Chobani, fabricante americana e líder do mercado. Para cumprir a missão, a Oikos apelou ao saudosismo e reuniu o elenco do seriado icônico Full House, série conhecida no Brasil como Três É Demais.

No teaser abaixo, os atores Dave Coulier (Joey) e Bob Saget (Danny) atrapalham os planos de John Stamos (Tio Jesse). O vídeo já alcançou 2,3 milhões de visualizações no YouTube.

Já a Chobani preferiu pular a etapa dos teaser e divulgou na terça-feira a íntegra do seu comercial de 60 segundos no YouTube. Ao som de I Want You, do músico Bob Dylan, um esfomeado urso aterroriza consumidores na lojinha de uma cidade pequena. O motivo, como dá para imaginar, é um pote de iogurte grego sabor mel.

Ao final do vídeo, o narrador decreta: "Está cada vez mais difícil encontrar comida feita apenas com ingredientes naturais esses dias"

O Super Bowl acontecerá no próximo domingo, no dia 2 de fevereiro, e será exibido às 21 horas de Brasília. 

Brasil deve ganhar 17 mil novos milionários em 2014


Será o quinto maior aumento percentual do mundo, de acordo com a Wealth Insight; veja o top 10

Raul Junior/EXAME.com
Nota de 100 reais presa em garfo
Nota presa em garfo: Brasil deve ter mais de 200 mil milionários este ano

São Paulo - Mais de 17 mil brasileiros se tornarão milionários em 2014, de acordo com estimativas da consultoria Wealth Insight.

Isso significa uma alta de 8,9% em relação aos 194.300 milionários que o país registrou em 2013.
Será o quinto maior aumento percentual no mundo, atrás apenas de Indonésia, Índia, Nigéria e Estados Unidos.  

Os EUA lideram tanto em número absoluto de milionários (5,2 milhões) quanto em novos integrantes deste grupo em 2014 (496.945).

Chama a atenção o número de novos milionários nos países que formam os MINTs e no Reino Unido, que está crescendo no ritmo mais rápido em 6 anos.


Brasil


De acordo com estimativas do Credit Suisse, o Brasil tinha 221 mil milionários em outubro do ano passado e vai ganhar 186 mil nos próximos 5 anos - um aumento de 84%.

As discrepâncias entre a Wealth Insight e o Credit Suisse são provavelmente resultado de metodologias diferentes na hora de medir o valor de propriedades imobiliárias.

Cinquenta brasileiros são bilionários, de acordo com a Wealth X.

Veja o número de milionários e o aumento de um ano para o outro em cada país, de acordo com a Wealth Insight:
  País Número de milionários (2013) Número de novos milionários (2014) Crescimento no número de milionários
1 Indonésia 37.000 8.362 22,6%
2 Índia 251.000 42.921 17,1%
3 Nigéria 15.900 1.590 10,0%
4 Estados Unidos 5.231.000 496.945 9,5%
5 Brasil 194.300 17.293 8,9%
6 Turquia 94.100 8.000 8,5%
7 China 1.279.800 101.104 7,9%
8 México 145.000 10.150 7,0%
9 Reino Unido 675.100 44.557 6,6%
10 Rússia 159.600 7.661 4,8%

FGV/EESP aponta que taxa de câmbio apresenta desafios para o país

O levantamento revela ainda que “não é possível descartar movimentos mais fortes de depreciação da taxa de câmbio real ao longo de 2014 com uma eventual depreciação para além do equilíbrio da moeda brasileira".
A taxa de câmbio real do Brasil chegou muito perto do câmbio de equilíbrio ao fim de 2013. No entanto, a taxa mais depreciada lança um novo desafio para a formulação de uma política macroeconômica que concilie a aceleração da economia e uma possível pressão sobre a inflação. Estas são algumas conclusões de pesquisa realizada pelo Centro de Macroeconomia Aplicada da Escola de Economia de São Paulo (FGV/EESP) e divulgada hoje no jornal Valor Econômico.

Segundo o estudo, a taxa de câmbio real ficou 13,4% valorizada em 2013, levando em conta a média anual, em relação a um câmbio de equilíbrio frente a uma cesta de moedas relacionadas aos principais parceiros comerciais do país. O desalinhamento médio de 2013 ficou muito próximo ao de 2012 – ano para o qual o mesmo cálculo indica câmbio médio anual valorizado em 14,2%. Os dados mensais, porém, mostram taxa mais próxima do equilíbrio ao fim de 2013, por conta de uma depreciação maior concentrada nos últimos meses do ano.

O levantamento aponta ainda que “não é possível descartar movimentos mais fortes de depreciação da taxa de câmbio real ao longo de 2014 com uma eventual depreciação para além do equilíbrio da moeda brasileira". De acordo com o coordenador do centro, Emerson Fernandes Marçal, há ainda necessidade de um ajustamento na evolução dos preços relativos entre os setores produtores de bens comercializáveis internacionalmente e os de bens não comercializáveis: ao contrário do que vem acontecendo nos últimos anos, os preços dos primeiros precisam ter variação maior que a dos não comercializáveis, a fim de amenizar a pressão sobre lucros e permitir às empresas investimento em produção e expansão.

Já com relação à economia doméstica, Marçal lança um alerta para o risco da desvalorização do câmbio real representar mais uma restrição à política de controle da inflação.

O que é taxa de equilíbrio?

Do ponto de vista do comércio e da produção de um país, a taxa de equilíbrio pode ser entendida como aquela que é neutra para exportadores, importadores e produtores domésticos, e que não favorece uma parte em detrimento de outras.

Clique e saiba mais sobre o estudo da FGV/EESP.

Petrobras é multada em R$ 10 mi pela Justiça do Trabalho


Estatal foi condenada por manter trabalhadores na refinaria de Duque de Caxias durante a greve

Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), a quarta maior da Petrobras

Refinaria de Duque de Caxias (Reduc), a quarta maior da Petrobras (Paulo Araújo/Ag. O Dia)

A Justiça do Trabalho condenou a Petrobras a pagar 10 milhões de reais por danos morais coletivos por "prática de condutas antissindicais e violação ao direito de greve", por sua conduta durante uma paralisação na refinaria de Duque de Caxias (RJ), em 2009.

A decisão, da 3ª Turma do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região (TRT/RJ), foi unânime e o valor deverá ser revertido ao Fundo de Amparo ao Trabalhador (FAT).

A Petrobras foi multada por reter trabalhadores dentro da Reduc, para manter a unidade em funcionamento durante a greve. Os funcionários retidos haviam iniciado turno um dia antes de a greve ser deflagrada. A retenção foi constatada durante inspeção no local feita por procuradores do Trabalho.


Segundo o relator do acórdão, juiz Leonardo Dias Borges, funcionários tiveram frustrado "o exercício de sua liberdade de ir e vir, laborando até a exaustão, sem locais apropriados para descanso".

Além da indenização, a decisão determina que a Petrobras se abstenha de praticar atos que impeçam ou dificultem o exercício do direito de greve. Para cada obrigação descumprida, a multa aplicada será de 100 mil reais, segundo informou o TRT/RJ.

(com Estadão Conteúdo)

Brasil tem poucas razões para reeleger Dilma, diz The Economist


Em especial de 14 páginas, revista britânica aponta os erros cometidos pela administração da presidente que fizeram o Brasil desapontar o mercado e perder credibilidade

Presidente Dilma Rousseff

Presidente Dilma Rousseff: para The Economist, ainda há tempo de fazer reformas (Fernando Bizerra Jr./EFE)
 
Revista ironiza chamando a presidente de 'Dilma Fernández', que é o sobrenome de Cristina Kirchner
De um foguete, representado pelo Cristo Redentor, que apontava para o alto, imponente, para uma aeronave desgovernada nos céus, perto de colidir com o Corcovado. Essa é a comparação feita pela revista britânica The Economist ao tratar da evolução do Brasil nos últimos quatro anos. A edição distribuída na América Latina questiona se o Brasil, de fato, "estragou tudo", depois de ter sido, por um breve período, a estrela dos emergentes. Segundo a reportagem, a presidente Dilma Rousseff tem sido incapaz de enfrentar problemas estruturais do país e interfere mais que o antecessor na economia, o que tem assustado investidores estrangeiros para longe de projetos de infraestrutura e minado a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica. A The Economist é categórica ao afirmar: "até agora, eleitores brasileiros têm poucas razões para dar a Dilma um segundo mandato".

O especial de quatorze páginas sobre o Brasil é assinado pela jornalista Helen Joyce, correspondente da revista no país. "Na década de 2000, o Brasil decolou e, mesmo com a crise econômica mundial, o país cresceu 7,5% em 2010. No entanto, tem parado recentemente. Desde 2011, o Brasil conseguiu apenas um crescimento anual de 2%. Seus cidadãos estão descontentes - em julho, eles foram às ruas para protestar contra o alto custo de vida, serviços públicos deficientes e a corrupção dos políticos", informa a revista, que já chegou a pedir, com certa ironia, a saída de Guido Mantega do ministério da Fazenda.

Rodrigo Constantino: Economist pede mudança de rumo do governo
Leia também: Em NY, Dilma dá aula de como espantar investidores


​Em 2009, em meio à crise econômica mundial, a revista fez também um especial de quatorze páginas para ressaltar os anos de bonança do país, reproduzindo a imagem do Cristo decolando como se fosse um foguete. À época, a economia brasileira patinava, ainda sofrendo o impacto da turbulência nos Estados Unidos. Contudo, indicadores macroeconômicos estáveis acabaram contando mais, para a Economist, do que a retração econômica de 2009, de 0,2%.

Para a revista, a falta de ação do governo Dilma é a principal razão para o chamado "voo de galinha" do país, jargão usado para denominar situações em que países ou empresas têm um crescimento disparado, mas que não se sustenta. "A economia estagnada, um estado inchado e protestos em massa significam que Dilma Rousseff deve mudar de rumo", informa a publicação.

O texto reconhece que outros emergentes também desaceleraram após o boom que teve o auge em 2010 para o Brasil. "Mas o Brasil fez muito pouco para reformar seu governo durante os anos de boom", diz a revista. Um dos problemas apontados pela reportagem é o setor público, que "impõe um fardo particularmente pesado para o setor privado". Um dos exemplos é a carga tributária que chega a adicionar 58% em tributos e impostos sobre os salários. Esses impostos são destinados a prioridades questionadas pela Economist. "Apesar de ser um país jovem, o Brasil gasta tanto com pensões como países do sul da Europa, onde a proporção de idosos é três vezes maior", diz o texto que também lembra que o Brasil investe menos da metade da média mundial em infraestrutura.


Problemas antigos - A publicação reconhece que muitos desses problemas são antigos, mas Dilma Rousseff tem sido "relutante ou incapaz" de resolvê-los e criou novos "interferindo muito mais que o pragmático Lula"."Ela tem afastado investidores estrangeiros para longe dos projetos de infraestrutura e minou a reputação conquistada a duras penas pela retidão macroeconômica, induzindo publicamente o presidente do Banco Central a cortar a taxa de juros. Como resultado, as taxas estão subindo, atualmente, mais para conter a inflação persistente", diz o texto. "A dívida bruta subiu para 60% ou 70% do PIB - dependendo da definição - e os mercados não confiam na senhora Rousseff", completa o texto. A Economist chega a ironizar, chamando a presidente de "Dilma Fernández", que é o sobrenome de Cristina Kirchner, presidente da Argentina.

Apesar das críticas, a revista demonstra otimismo com o futuro a longo prazo do Brasil. "Felizmente, o Brasil tem grandes vantagens. Graças aos seus agricultores e empresários eficientes, o país é o terceiro maior exportador de alimentos do mundo", diz o texto, que menciona também o petróleo da camada pré-sal. A publicação elogia ainda a pesquisa em biotecnologia, ciência genética e tecnologia de óleo e gás em águas profundas. Além disso, lembra que, apesar dos protestos populares, o Brasil "não tem divisões sociais ou étnicas que mancham outras economias emergentes, como a Índia e a Turquia".

A Economist afirma que a presidente Dilma ainda tem tempo para começar reformas necessárias, fundindo ministérios e cortando gastos públicos, caso esteja disposta a colocar a "mão na massa". Mas, diante do atual cenário, a revista afirma que, ainda que a presidente esteja com foco no possível segundo mandato, os "eleitores brasileiros têm poucas razões para dar a ela a vitória".