sábado, 12 de abril de 2014

Tomar café pode ajudar a evitar câncer de fígado


Quanto mais, menor o risco de carcinoma hepatocelular

José Eduardo Mendonça, do
Getty Images
Xícara com café
Café: quem bebia de uma a três xícaras por dia tinha chance 29% menor de ter câncer, comparando a pessoas que bebiam menos de 6 xícaras por semana

O hábito de tomar café diariamente pode proteger as pessoas de desenvolver a forma mais comum de câncer de fígado, sugere estudo divulgado ontem, da autoria de pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia.

“Agora podemos acrescentar o carcinoma à lista de eventos como Parkinson, diabete tipo 2 e acidentes cerebrais vasculares, que podem ser prevenidos com o café”, disse V. Wendy Setiawan, professor de medicina preventiva da universidade.

A descoberta foi anunciada no encontro anual da Sociedade Americana de Pesquisa do Câncer, e é considerada preliminar por ainda não ter sido publicado em revista científica.

O estudo inclui 179.890 homens e mulheres de diversas raças nos EUA. Eles foram acompanhados por até 18 anos para o rastreamento de seu consumo de café e seus estilos de vida.

Ao final, 498 dos participantes desenvolveram um carcinoma hepatocelular. Os pesquisadores encontraram uma relação dose-dependente entre o fato e o consumo de café. 

Especificamente, quem bebia de uma a três xícaras por dia tinha uma chance 29% menor de ter o câncer, comparadas a pessoas que bebiam menos de 6 xícaras por semana. E as pessoas que bebiam mais de quatro xícaras por dia apresentaram um risco 42% menor.

Um em cada 81 homens e uma em 196 mulheres terão um câncer de fígado no curso de suas vidas, de acordo com a Sociedade Americana do Câncer. 

Uma redução de risco de 29% abaixa as chances de diagnose de um para 104 em homens e de uma em 253 para mulheres, de acordo com o Medical Xpress.

Camex reduz imposto de importação de sete produtos


A Câmara de Comércio Exterior alega que há desabastecimento nesses mercados, o justifica a queda da tributação

Nivaldo Souza, do
Bloomberg
Dinheiro: moedas de real
Dinheiro: a Camex estabeleceu períodos de validade da redução da tributação e quantidades para cada produto

Brasília - A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu nesta sexta-feira, 11, reduzir o imposto de importação de sete produtos: folha de alumínio, carbonato de bário, óleo de palmiste, fio de poliéster, adiponitrila, gel de silicone e para-xileno.

A Camex alega que há desabastecimento nesses mercados, o justifica a queda da tributação.
Para a folha de cátodo de alumínio cauterizada, a tributação cai de 12% para 2%. 

Para o carbonato de bário, cai de 10% para 2%. No óleo de palmiste, a redução é de 10% para 2%. Em relação ao fio de poliéster, a tarifa cai de 18% para 2%. 

Na adiponitrila (componente químico utilizado na fabricação de náilon), a redução é de 12% para 2%. No gel de silicone, a queda é de 14% para 2%. No para-xileno (insumo utilizado na confecção de tecidos e malhas), a tarifa, que era de 4%, foi zerada.

A Camex estabeleceu períodos de validade da redução da tributação e quantidades para cada produto.
No caso da folha de cátodo de alumínio cauterizada, a redução é válida por 12 meses, para importação de até 3 milhões de metros quadrados durante todo esse período.

Para o carbonato de bário (utilizado na indústria cerâmica, de vidros, cristais, ferritas e tijolos), a redução vale por seis meses, abrangendo até 4.125 toneladas.

Para o óleo de palmiste (usado na indústria de alimentos, cosméticos e lubrificantes), a queda vale entre os dias 17 de abril a 17 de outubro deste ano, para 99.332 toneladas. 

No fio de poliéster parcialmente orientado, a redução do imposto valerá por seis meses, para 40.440 unidades. Para a adiponitrila, a queda vale por 12 meses, para importação de 30.700 toneladas.

No gel de silicone (para uso em próteses médicas), a retração do tributo vale por 12 meses para 132 toneladas. No caso do para-xileno, a diminuição do imposto vigorará por 12 meses para 160 mil toneladas.

O imposto sobre a importação de produtos estrangeiros incide sobre a importação de mercadorias do exterior. No caso de mercadorias estrangeiras, a base de cálculo é o valor aduaneiro e a alíquota está indicada na Tarifa Externa Comum (TEC).

Governo suspende alta de tributos sobre cosméticos


A decisão não deve mais sair este ano

Adriana Fernandes, do
DARCIO TUTAK/EXAME.com
Maquiagens batons cosméticos

Maquiagens e cosméticos: a mudança na tributação iria atingir os distribuidores dos fabricantes de cosméticos, mas o setor fez pressão junto ao governo para reverter a medida
 
Brasília - Fonte do Ministério da Fazenda informou nesta terça-feira, 8, ao Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, que está suspensa a decisão do aumento da tributação das empresas de cosméticos. Segundo a fonte, a decisão não deve mais sair este ano.

A mudança na tributação iria atingir os distribuidores dos fabricantes de cosméticos, mas o setor fez pressão junto ao governo para reverter a medida, que já estava pronta e em análise na Casa Civil. 

Na semana passada, dirigentes de grandes empresas de cosméticos estiveram com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Caffarelli, fazendo um corpo a corpo para reverter a medida.

A taxação no setor de cosméticos era vista como importante pela Receita Federal para fechar o cerco contra a evasão fiscal que ocorre na fase de distribuição dos produtos. 

Os recursos arrecadados com o aumento da carga tributária iriam compor as receitas para compensar o repasse de R$ 4 bilhões que o Tesouro Nacional fará para compor o aumento dos custos de energia.

O Boticário desbanca Natura e vira líder em perfumes


Dados da Euromonitor mostram que a companhia superou as duas maiores concorrentes, em 2013, e detém 28,8% do segmento

Divulgação
O Boticário
O Boticário: rede faturou R$ 7,6 bilhões em 2013, 10% mais que no ano anterior

São Paulo - O Boticário deixou para trás as concorrentes Natura e Avon e assumiu a liderança do mercado brasileiro de perfumaria em 2013, segundo dados do Instituto Euromonitor.

De acordo com as informações, o Boticário lidera o segmento com 28,8% de participação no mercado, enquanto a Natura detém uma fatia de 27,7%.

A americana Avon segue em terceiro no ranking, com 8,4% de participação em 2013.
Com a conquista, a marca assume a liderança do maior mercado de perfumaria no mundo, atrás apenas do Japão.

Com 15 bilhões de vendas, o Brasil ocupa a posição desde 2010, quando desbancou os Estados Unidos no consumo de perfumes.

No ano passado, as vendas do Boticário cresceram 10% e chegaram a 7,6 bilhões de reais, por meio de 3.650 lojas em mais de 1.700 cidades do país.

“Uma conquista como essa revela o quanto o consumidor reconhece e valoriza a qualidade do nosso trabalho e dos nossos produtos”, diz Andrea Mota, diretora executiva de O Boticário.

A rede de cosméticos é hoje a maior em número de franquias e conta com 100 itens de perfumaria no portfólio.

Campanha da Avon causa impacto negativo na web

 

 

 

Filme já tem mais de 470 mil visualizações no YouTube e uma maioria de comentários negativos

Renato Rogenski, do
Reprodução/YouTube/AvonBR
Campanha da Avon causa impacto negativo na web
Campanha da Avon causa impacto negativo na web: vídeo “quilinhos” mostra dilemas de mulher que conversa com sua própria imagem no espelho

São Paulo - A linha entre a ousadia e a polêmica é sempre tênue. Na era da velocidade e do poder de compartilhamento das redes sociais, qualquer fagulha pode gerar um incêndio de proporções maiores para as marcas na web.

Para a propaganda, ao mesmo tempo em que a internet potencializa a audiência, o feedback positivo ou negativo é algo praticamente instantâneo e exige muito mais de todos os profissionais envolvidos com a comunicação da marca.

Desta vez, é um filme da Avon no YouTube, criado pela JWT, que está no centro das discussões sobre a abordagem criativa da propaganda.

O vídeo “quilinhos”, da campanha #megapracima, que promove o produto Mega Cílios, mostra os dilemas de uma mulher que conversa com a sua própria imagem no espelho e reclama por que comeu o último brigadeiro da festa e “acordou parecendo um balão de gás hélio”, entre outros “autoinsultos”.

O filme usa o cotidiano e o questionamento pessoal para explorar o conceito de que assim como o próprio ato de passar a máscara, de baixo para cima, as mulheres também podem dar uma virada em situações menos favoráveis do seu dia a dia.

O público não entendeu dessa maneira e o filme já tem mais de 470 mil visualizações no YouTube e uma maioria de comentários negativos. O Adnews já procurou Avon e JWT para saber qual é a posição e opinião delas a respeito do impacto da campanha junto ao público.
Confira o filme:

 https://www.youtube.com/watch?v=W5Lkqbcuobg

Minha Casa, Minha Vida teve 15.720 denúncias em 5 anos


As denúncias incluem ameaças e até apropriação indevida das unidades habitacionais, inclusive com expulsão de famílias

Helena Martins -, da
Roberto Stuckert Filho/PR
Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega de 1.788 unidades habitacionais do Residencial Costa Esmeralda I, II, III e IV, do Programa Minha Casa Minha Vida

Presidenta Dilma Rousseff durante cerimônia de entrega do programa: as queixas representam 0,98% do todo

O primeiro balanço de investigação das denúncias de irregularidades no Programa Minha Casa, Minha Vida (PMCMV) foi divulgado na noite de hoje (11), e registra 15.720 denúncias de ilegalidades ao longo dos cinco anos de execução do programa.

Do total, 8.964 (57%) notificações foram julgadas improcedentes, após investigação. Em 1.561 casos, as unidades ocupadas ilegalmente foram retomadas e devolvidas aos beneficiários originais e 5.195 denúncias continuam em apuração.

Os números foram divulgados pelo presidente da Caixa Econômica Federal, Jorge Hereda, e os ministros da Justiça, José Eduardo Cardozo, e das Cidades, Gilberto Magalhães Occhi, avaliaram ser pequena a quantidade de queixas, considerando-se a magnitude do programa, que já entregou 1,6 milhão de moradias. 

As queixas representam 0,98% do todo, e cai para 0,43% quando deduzidas as notificações consideradas improcedentes.

As denúncias incluem ameaças e até apropriação indevida das unidades habitacionais, inclusive com expulsão de famílias. Diante dos problemas, os ministros destacaram a necessidade de intensas investigações. 

De acordo com Cardozo, a Polícia Federal (PF) recebeu a determinação de dar prioridade às investigações das ações de milícias, ou outros tipos de organizações criminosas, em programas habitacionais instituídos pelo governo federal.

Na última terça-feira (8) um grupo de trabalho foi instituído para coordenar as investigações. No mesmo dia, os ministérios das Cidades e da Justiça firmaram convênio com o governo do Rio de Janeiro para integrar ações de repressão e prevenção de condutas ilícitas. 

Hoje, o ministro da Justiça informou que outros estados serão convidados a firmar parcerias semelhantes. No topo da fila de prioridades estão Maranhão, Minas Gerais e Bahia. Muitos dos delitos não são de competência da PF, daí a importância das parcerias com os estados e de termos um trabalho articulado entre as polícias - avaliou Cardozo.

Questionado sobre a autoria de condutas ilícitas, o ministro da Justiça disse que não há um padrão de atuação em todo o país, podendo ser feitas por ações de indivíduos ou de organizações criminosas, a depender da região. Para contribuir com as investigações, a população pode fazer denúncias por meio do telefone 0800 721-6268, de forma anônima.

Petrobras diz que não pagou contrato com Ecoglobal


A empresa está sendo investigada pela Polícia Federal por contratos com a estatal

Sabrina Valle, do
Dado Galdieri/Bloomberg
Tanques de armazenagem de gás natural da Petrobras, na Baia do Guanabara

Tanques de armazenagem de gás natural da Petrobras: a estatal diz que o contrato de R$ 444 milhões foi assinado em 30 de julho de 2013

Rio - A Petrobras informou hoje em nota que não houve qualquer desembolso em relação ao contrato de R$ 444 milhões com a Ecoglobal, empresa que está sendo investigada pela Polícia Federal (PF) por contratos com a estatal.

A Petrobras diz que o contrato em questão foi assinado em 30 de julho de 2013 e "precedido de regular procedimento licitatório", firmado para fornecimento de equipamentos, pela Ecoglobal Overseas LLC, e prestação de serviços de Avaliação de Formações, pela Ecoglobal Ambiental Comércio e Serviços Ltda.

O prazo previsto de 4 anos, a contar de 24 de julho de 2014, "quando há previsão de início dos serviços".
"A partir desta data o contrato estará disponível no Portal da Transparência, pois até o momento não houve qualquer desembolso por parte da companhia no referido contrato".

A Petrobras esclareceu ainda que, em virtude de haver fornecimento de equipamentos, que necessitam de prazo para fabricação, "é dado um prazo de mobilização para o início dos serviços, que neste caso é de 1 ano, sendo prática comum para contratos similares".

"Não está sendo negociado aditivo de valor para o contrato", disse a empresa. "A Petrobras informa, ainda, que vem colaborando com as investigações da Polícia Federal".