sábado, 12 de abril de 2014

Quem é a Anima, que comprou a Universidade São Judas Tadeu


Grupo educacional vai quase dobrar número de alunos com aquisição, chegando a mais de 80.000 estudantes

Divulgação/HSM
Sala da HSM Educação
Anima: companhia comprou mais uma universidade para somar em seu portfólio

São Paulo – A Anima Educação anunciou, na última quinta-feira, a compra da Universidade São Judas Tadeu (USJT), em São Paulo, por 320 milhões de reais e deve, com a aquisição, quase que dobrar o número de estudantes, chegando a 81.200 alunos.  

Com mais de dez anos de operação, o grupo educacional é dono de três centros universitários no país: Una,  UniBH e Unimonte, que somam juntos 17 campus distribuídos por São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais .  A rede detém também 50% da HSM, instituição de ensino corporativo do país.

A primeira aquisição da Anima ocorreu em 2003, quando a companhia comprou, da Minas Gerais Educação, o Centro Universitário Una, em Belo Horizonte. Três anos depois, a Unimonte, em Santos, foi adquirida pelos fundadores do grupo.

Com a compra da Unimonte, a Anima passou por um intenso processo de reestruturação administrativo, financeiro e de imagem. A companhia começou a direcionar seus esforços para uma gestão mais integrada com foco em ganhos e qualidade de ensino.

Em 2009, a Anima comprou, do Instituto Mineiro de Educação e Cultura, a UniBH  - considerada uma das melhores universidades privadas de Belo Horizonte. Em março do ano passado, fechou negócio para adquirir 50% da HSM.

Nova ação da Dove promove autoestima (e também é brasileira)


Marca lança novo experimento social com criação da Ogilvy Brasil, que assinou Retratos da Real Beleza






Divulgação/Dove
Campanha Dove Patches
Campanha Dove Patches: voluntárias fazem parte de um experimento sobre autoestima

São Paulo - Depois do sucesso da campanha Retratos da Real Beleza, a Dove voltou a apostar num “experimento social”. A nova campanha da marca não apenas se repete no formato, como no endereço de origem, o escritório da agência Ogilvy Brasil, responsável pela criação do maior viral global de 2013.

Na ação Patches, que estreou na quarta-feira no YouTube, um grupo de mulheres foi convidado a fazer parte dos testes de um produto chamado RB-X, um adesivo que liberaria uma substância amplificadora da autoestima.

A tarefa das voluntárias era usar o produto por 12 horas por dia, durante 2 semanas, além de manter um diário em vídeo sobre o processo. Apesar de nenhuma diferença ser detectada no início, o filme as mostra tornando-se mais confiantes e sociáveis com o passar do tempo.

O consumidor não demora a descobrir que trata-se de um efeito placebo, e, assim como em Retratos, as voluntárias são incentivadas a aceitarem sua beleza como ela é, apesar das pequenas imperfeições.

 https://www.youtube.com/watch?v=EGDMXvdwN5c


Trabalhar sobre os ombros do viral que fez história em 2013 não foi simples, relata Fernando Musa, CEO da Ogilvy & Mather Brasil. O antecessor terminou o ano passado como o comercial mais assistido de todos os tempos no YouTube, além de ser vencedor do prêmio principal do Festival de Cannes 2013, o Grand Prix. A Ogilvy também levou o Leão de agência do ano. 

"Tanto os nossos critérios quanto os da marca estavam em outro patamar depois do sucesso. Mas partimos da meta de que a execução fosse diferente, e o processo de criação começou descartando ideias parecidas" explicou Musa à EXAME.com.

O escritório nacional da agência venceu uma concorrência interna da rede Ogilvy contra quatro concorrentes, e conseguiu emplacar novamente a campanha global, com versões para 65 países. 

Segundo Musa, o formato "grupo de testes" voltou à mesa inspirado no objetivo da marca de provocar as mulheres a exergarem-se com outros olhos. "E, dessa vez, foi um processo mais longo, com duas semanas de experimentos. As transformações documentadas foram mais profundas", afirma.

A escolha das voltuntárias foi feita em Los Angeles, após entrevistas e análise de perfil, e foram selecionadas as que melhor traduzissem essa relação com a autoimagem, explica Ricardo Honegger, diretor de atendimento da marca.

"A gente não tem uma mulher específica que é a cara de Dove. A variedade é uma característica da marca, que procura retratar diferentes etnias e bagagens", explicou Honegger.

Com o vídeo no ar, a expectativa em torno de uma nova viralização não é um problema para a Ogilvy Brasil, garante Musa (ainda que em menos de um dia o vídeo já tenha 1,3 milhão de visualizações). "O desafio não é o que vai acontecer com a campanha a partir de agora. O mais difícil para nós foi procurar uma ideia que honrasse a antecessora. E, pode acreditar, as pessoas mais críticas em relação ao nosso trabalho somos nós mesmos", afirma.

De acordo com o CEO, em princípio não estão previstos novos desdobramentos da campanha, mas pode ser que os diários em vídeo sejam aproveitados como conteúdo adicional.

Após inauguração, computadores são retirados de escola no Rio

A Secretaria Estadual de Educação informou que os computadores instalados eram provisórios


Clarissa Thomé e Thaise Constâncio - O Estado de S. Paulo
 
RIO - Na semana seguinte à inauguração do Colégio Estadual Jornalista Rodolfo Fernandes, em 11 de março, com a presença do então governador Sérgio Cabral (PMDB) e de seu vice, Luiz Fernando Pezão, todos os computadores de um dos laboratórios de informática foram retirados pela Secretaria Estadual de Educação (Seeduc), sem nem sequer terem sido usados pelos alunos. Na época a escola foi considerada por Cabral como parte da "nova fase da educação", pois "muda o patamar de qualidade do desempenho dos alunos". O colégio, que custou oficialmente R$ 14 milhões, tem 928 estudantes matriculados.
A retirada dos computadores foi revelada por um professor da rede de ensino do Estado do Rio, que fez um desabafo no Facebook. "O governador chega, a escola está linda, prontinha, ele tira muitas fotos, dá muitas declarações, faz até um discurso (foi vaiado, não entendi o motivo), a imprensa publica em sites, TV e jornal, afinal de contas é uma novíssima escola na zona norte do RJ, tudo lindo, perfeito. O governador vai embora... junto com ele leva todos os computadores do laboratório, telefones e projetores da escola. Era só pra tirar as fotos pra imprensa, triste vida", escreveu.

A Seeduc informou que os computadores instalados para a inauguração eram provisórios. "O Colégio Estadual Rodolfo Fernandes foi programado para receber um laboratório móvel de informática com netbooks. No entanto, como era sabido que os equipamentos não chegariam em fevereiro, mês em que a unidade foi inaugurada, a Seeduc optou por prover com computadores da sede administrativa". A nota informa que os equipamentos foram retirados para a chegada dos netbooks, que ainda não foram enviados à escola.

Fotos de "antes e depois" postadas na internet mostram a sala equipada, no dia da inauguração da escola; e vazia, depois que os computadores foram levados. O post foi compartilhado por 90 pessoas até a noite de quarta-feira, 9, e recebeu dezenas de comentários. O professor acabou retirando a postagem. "Confesso que não imaginei tamanha repercussão em um post na minha página", disse ele ao Estado. O professor pediu para não ter o nome divulgado, por temer represálias.


Inacabada.  


A escola começou a funcionar em 10 de fevereiro, uma semana após as outras instituições da rede, mas ainda estava inacabada. "O refeitório não existia, estava fechado. Eram dados lanches aos alunos, biscoitos e achocolatados. Banheiros e bebedouros funcionavam somente no terceiro andar".

Inicialmente a Seeduc informara, na noite de quarta-feira, que os equipamentos foram levados para que o laboratório passasse por "adequação às exigências do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE)". Diante do questionamento do Estado sobre o motivo de a escola não ter sido erguida já dentro dos parâmetros exigidos, a assessoria de imprensa informou que houve um engano: o colégio estava programado para receber um laboratório móvel de informática com netbooks, e não os computadores do Programa Nacional de Tecnologia Educacional.

Ainda de acordo com a assessoria, a escola é equipada com duas linhas telefônicas, dois projetores e quatro aparelhos de Data Show, que permanecem na instituição. A nota informa ainda que banheiros e bebedouros funcionavam desde os primeiros dias de aula. Na tarde desta quarta, a equipe do Estado esteve na escola, mas não foi autorizada a entrar. Uma representante da escola, identificada como Jaqueline, confirmou que a unidade ainda está em obra, faltando "detalhes" como acabamento nas paredes, maçanetas e redes de proteção na quadra de esportes e nos guarda-corpos do segundo e terceiro andares. 


Alunos. 

Os alunos do 1º ano do turno da tarde confirmaram o relato do professor. Eles disseram que os computadores do laboratório de informática são obsoletos e não têm permissão para usá-los. Contaram que a biblioteca está fechada e os livros aos quais têm acesso são velhos e depositados em um carrinho de mercado. Ainda segundo os alunos, alguns banheiros ainda estão em obras e outros já estão entupidos. 

"A escola é tipo teatro: eles mostraram tudo quando o governador veio (para a inauguração) e depois tiraram", disse Driele Soares, de 16 anos. Ela queixou-se da falta de professores. "Nem todas as turmas têm todas as aulas. Quando um professor falta, temos tempo vago e podemos sair da escola a hora que quisermos".

"Aqui tem computador, laboratório de ciências, biblioteca com livros, mas nada pode ser usado", afirmou Brenda Lourenço, de 15. Ela também disse que as refeições não são suficientes para os três turnos. "Nem sempre tem almoço ou jantar para todo mundo e, quando isso acontece, eles servem lanche. Já fecharam o refeitório porque a comida acabou." 

Matheus Luiz, de 17, cursou o ensino fundamental em escola particular e ingressou na Rodolfo Fernandes para fazer o ensino médio. "O que mostraram na televisão não foi o que eu encontrei aqui. A escola é bonita, mas faltam professores e equipamentos para estudarmos".

Tomar café pode ajudar a evitar câncer de fígado


Quanto mais, menor o risco de carcinoma hepatocelular

José Eduardo Mendonça, do
Getty Images
Xícara com café
Café: quem bebia de uma a três xícaras por dia tinha chance 29% menor de ter câncer, comparando a pessoas que bebiam menos de 6 xícaras por semana

O hábito de tomar café diariamente pode proteger as pessoas de desenvolver a forma mais comum de câncer de fígado, sugere estudo divulgado ontem, da autoria de pesquisadores da Universidade do Sul da Califórnia.

“Agora podemos acrescentar o carcinoma à lista de eventos como Parkinson, diabete tipo 2 e acidentes cerebrais vasculares, que podem ser prevenidos com o café”, disse V. Wendy Setiawan, professor de medicina preventiva da universidade.

A descoberta foi anunciada no encontro anual da Sociedade Americana de Pesquisa do Câncer, e é considerada preliminar por ainda não ter sido publicado em revista científica.

O estudo inclui 179.890 homens e mulheres de diversas raças nos EUA. Eles foram acompanhados por até 18 anos para o rastreamento de seu consumo de café e seus estilos de vida.

Ao final, 498 dos participantes desenvolveram um carcinoma hepatocelular. Os pesquisadores encontraram uma relação dose-dependente entre o fato e o consumo de café. 

Especificamente, quem bebia de uma a três xícaras por dia tinha uma chance 29% menor de ter o câncer, comparadas a pessoas que bebiam menos de 6 xícaras por semana. E as pessoas que bebiam mais de quatro xícaras por dia apresentaram um risco 42% menor.

Um em cada 81 homens e uma em 196 mulheres terão um câncer de fígado no curso de suas vidas, de acordo com a Sociedade Americana do Câncer. 

Uma redução de risco de 29% abaixa as chances de diagnose de um para 104 em homens e de uma em 253 para mulheres, de acordo com o Medical Xpress.

Camex reduz imposto de importação de sete produtos


A Câmara de Comércio Exterior alega que há desabastecimento nesses mercados, o justifica a queda da tributação

Nivaldo Souza, do
Bloomberg
Dinheiro: moedas de real
Dinheiro: a Camex estabeleceu períodos de validade da redução da tributação e quantidades para cada produto

Brasília - A Câmara de Comércio Exterior (Camex) decidiu nesta sexta-feira, 11, reduzir o imposto de importação de sete produtos: folha de alumínio, carbonato de bário, óleo de palmiste, fio de poliéster, adiponitrila, gel de silicone e para-xileno.

A Camex alega que há desabastecimento nesses mercados, o justifica a queda da tributação.
Para a folha de cátodo de alumínio cauterizada, a tributação cai de 12% para 2%. 

Para o carbonato de bário, cai de 10% para 2%. No óleo de palmiste, a redução é de 10% para 2%. Em relação ao fio de poliéster, a tarifa cai de 18% para 2%. 

Na adiponitrila (componente químico utilizado na fabricação de náilon), a redução é de 12% para 2%. No gel de silicone, a queda é de 14% para 2%. No para-xileno (insumo utilizado na confecção de tecidos e malhas), a tarifa, que era de 4%, foi zerada.

A Camex estabeleceu períodos de validade da redução da tributação e quantidades para cada produto.
No caso da folha de cátodo de alumínio cauterizada, a redução é válida por 12 meses, para importação de até 3 milhões de metros quadrados durante todo esse período.

Para o carbonato de bário (utilizado na indústria cerâmica, de vidros, cristais, ferritas e tijolos), a redução vale por seis meses, abrangendo até 4.125 toneladas.

Para o óleo de palmiste (usado na indústria de alimentos, cosméticos e lubrificantes), a queda vale entre os dias 17 de abril a 17 de outubro deste ano, para 99.332 toneladas. 

No fio de poliéster parcialmente orientado, a redução do imposto valerá por seis meses, para 40.440 unidades. Para a adiponitrila, a queda vale por 12 meses, para importação de 30.700 toneladas.

No gel de silicone (para uso em próteses médicas), a retração do tributo vale por 12 meses para 132 toneladas. No caso do para-xileno, a diminuição do imposto vigorará por 12 meses para 160 mil toneladas.

O imposto sobre a importação de produtos estrangeiros incide sobre a importação de mercadorias do exterior. No caso de mercadorias estrangeiras, a base de cálculo é o valor aduaneiro e a alíquota está indicada na Tarifa Externa Comum (TEC).

Governo suspende alta de tributos sobre cosméticos


A decisão não deve mais sair este ano

Adriana Fernandes, do
DARCIO TUTAK/EXAME.com
Maquiagens batons cosméticos

Maquiagens e cosméticos: a mudança na tributação iria atingir os distribuidores dos fabricantes de cosméticos, mas o setor fez pressão junto ao governo para reverter a medida
 
Brasília - Fonte do Ministério da Fazenda informou nesta terça-feira, 8, ao Broadcast, serviço de informações da Agência Estado, que está suspensa a decisão do aumento da tributação das empresas de cosméticos. Segundo a fonte, a decisão não deve mais sair este ano.

A mudança na tributação iria atingir os distribuidores dos fabricantes de cosméticos, mas o setor fez pressão junto ao governo para reverter a medida, que já estava pronta e em análise na Casa Civil. 

Na semana passada, dirigentes de grandes empresas de cosméticos estiveram com o secretário executivo do Ministério da Fazenda, Paulo Caffarelli, fazendo um corpo a corpo para reverter a medida.

A taxação no setor de cosméticos era vista como importante pela Receita Federal para fechar o cerco contra a evasão fiscal que ocorre na fase de distribuição dos produtos. 

Os recursos arrecadados com o aumento da carga tributária iriam compor as receitas para compensar o repasse de R$ 4 bilhões que o Tesouro Nacional fará para compor o aumento dos custos de energia.

O Boticário desbanca Natura e vira líder em perfumes


Dados da Euromonitor mostram que a companhia superou as duas maiores concorrentes, em 2013, e detém 28,8% do segmento

Divulgação
O Boticário
O Boticário: rede faturou R$ 7,6 bilhões em 2013, 10% mais que no ano anterior

São Paulo - O Boticário deixou para trás as concorrentes Natura e Avon e assumiu a liderança do mercado brasileiro de perfumaria em 2013, segundo dados do Instituto Euromonitor.

De acordo com as informações, o Boticário lidera o segmento com 28,8% de participação no mercado, enquanto a Natura detém uma fatia de 27,7%.

A americana Avon segue em terceiro no ranking, com 8,4% de participação em 2013.
Com a conquista, a marca assume a liderança do maior mercado de perfumaria no mundo, atrás apenas do Japão.

Com 15 bilhões de vendas, o Brasil ocupa a posição desde 2010, quando desbancou os Estados Unidos no consumo de perfumes.

No ano passado, as vendas do Boticário cresceram 10% e chegaram a 7,6 bilhões de reais, por meio de 3.650 lojas em mais de 1.700 cidades do país.

“Uma conquista como essa revela o quanto o consumidor reconhece e valoriza a qualidade do nosso trabalho e dos nossos produtos”, diz Andrea Mota, diretora executiva de O Boticário.

A rede de cosméticos é hoje a maior em número de franquias e conta com 100 itens de perfumaria no portfólio.