quarta-feira, 6 de maio de 2015

Empresa chinesa de drones terá investidor do Vale do Silício


Robyn Beck/AFP
Um drone DJI Innovations DJI Phantom 2 Vision é apresentado na CES de Las Vegas em 5 de janeiro de 2014
Drone DJI: empresa disse que conversas continuam com outros potenciais parceiros e investidores
 
Da REUTERS

Washington - A fabricante de drones SZ DJI Technology, da China, assegurou um dos maiores investimentos até agora de uma empresa de capital de risco do Vale do Silício que foi uma das primeiras apoiadoras de companhias como Facebook e Dropbox.

A companhia sediada em Shenzhen, uma líder global na venda de drones comerciais e para lazer, disse nesta quarta-feira que a Accel Partners concordou em investir 75 milhões de dólares na companhia para ajudar a financiar sua expansão.

A DJI disse que conversas continuam com outros potenciais parceiros e investidores, mas que nenhuma outra parceira é esperada no curto prazo. Detalhes do acordo com a Accel são esperados nas próximas semanas.

"O investimento, um dos maiores individuais da Accel e faz parte de um esforço mais amplo entre as duas organizações para auxiliar os esforços de expansão global da DJI", disse a companhia chinesa em comunicado.
 
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Vista por rivais europeias e norte-americanas como uma fabricante de baixo custo de drones, com seus modelos mais populares de aeronaves não tripuladas precificados por volta de 1.200 dólares, a DJI disse que pretende desenvolver drones mais sofisticados para clientes industriais.

A empresa estima que detém cerca de 70 por cento do mercado mundial de drones comerciais e uma porção ainda maior do mercado voltado a consumidores.

Segmento premium é receita do lucro da Ambev



Divulgação/Ambev
Planta da Ambev
Ambev: bebidas de maior valor agregado, ainda que sejam mais caras para produzir, têm um preço médio final mais alto


São Paulo - Cervejas premium e artesanais e bebidas à base de malte são a receita para o crescimento da Ambev. O lucro, no primeiro trimestre do ano, foi de 2,97 bilhões de reais, alta de 14% em relação ao mesmo período no ano anterior.

No Brasil, ainda que o volume de vendas tenha crescido apenas 0,4% no primeiro trimestre de 2015, em comparação com o mesmo período no ano passado, as receitas subiram 10,7%.
As bebidas de maior valor agregado, ainda que sejam mais caras de serem produzidas, têm um preço médio final mais alto. 

“O preço [do segmento premium] influencia o crescimento da receita”, afirma o diretor Financeiro e de Relações com Investidores, Nelson Jamel, destacando o crescimento da Budweiser.

Os lançamentos recentes são um exemplo do foco premium, como a Skol Beats Senses, bebida à base de cerveja que pode ser misturada com gelo.

No ano passado, a Ambev adquiriu a mineira Wäls. O negócio deu à empresa sua primeira cerveja artesanal, um caminho que ela já vinha abrindo com o lançamento da Bohemia Reserva, da Jabutiba, da Bela Rosa e da Caá-Yari.

Outro destaque é a Corona, cerveja mexicana lançada no fim do ano passado. A partir de março, ela passou ser vendida em pontos de venda específicos.

Com a joint venture com a Whirpool em março deste ano, a Ambev planeja criar bebidas não alcóolicas que possam ser feitas em casa. “No futuro, a Guaraná Antártida pode ser preparada em casa, na máquina B.Blend”, afirmou Jamel.

Apesar do desenvolvimento de produtos diferentes, “ainda não saímos no nosso negócio, que é cerveja”, assegura o diretor financeiro.

De acordo com ele, “procuramos endereçar as necessidades dos consumidores que não são preenchidas pelas cervejas tradicionais”, com sabores mais adocicados, que lembrem brindes ou coquetéis.

Para esse ano, a empresa não comentou sobre a possibilidade de compras de outras cervejarias artesanais, como fez com a Wäls no ano passado.

“Acreditamos que temos um portfólio de marcas fortes e pretendemos lançar produtos nossos, mesmo”, diz Jamel.

terça-feira, 5 de maio de 2015

GIC negocia aquisição da Rede D’Or por R$ 3 bilhões




Divulgação
Quarto do hospital de alto padrão da Rede D'Or
Hospital da Rede D'Or: GIC pode comprar fatia de 7% detida pelo BTG Pactual e outra fatia de 7% pertencente à família Moll
 
Cristiane Lucchesi e Jonathan Levin, da Bloomberg


São Paulo - O GIC Pte, fundo soberano de Singapura, pode anunciar a aquisição da Rede D’Or São Luiz SA em cerca de 1 mês, segundo duas pessoas com conhecimento direto do assunto, que pediram para não ser identificadas porque as negociações são privadas.

O GIC pode comprar fatia de 7 por cento detida pelo Grupo BTG Pactual e outra fatia de 7 por cento pertencente à família Moll, controladora e fundadora da companhia, disseram as pessoas.

Em 27 de abril, o Carlyle Group acertou a compra de fatia minoritária de 8,3 por cento na Rede D’Or por cerca de R$ 1,75 bilhão, em um aumento de capital que confere à companhia um valor de R$ 21 bilhões, de acordo com uma pessoa familiarizada ao assunto que pediu para não ser identificada porque o acordo é privado.

O BTG, o GIC, a Rede D’Or e a família Moll se recusaram a fazer comentários.

A família Moll teve uma participação diluída e manteve controle da rede de hospitais e laboratórios após a transação do Carlyle, segundo o comunicado conjunto enviado por e-mail pela Rede D’Or e pelo BTG em 27 de abril.

O acordo confere um valor de cerca de US$ 4,5 bilhões para a fatia majoritária da família Moll.
O BTG converterá os debêntures em ações, disse a S&P em relatório em 28 de abril.

Empresas de educação perdem R$ 10 bilhões na Bolsa


REUTERS/Neil Hall
Investidor lamenta queda nas ações
Governo afirmou ontem que os gastos com o Fies para este ano acabaram


São Paulo - Se no ano passado, as ações das educacionais eram as queridinhas dos investidores, este 
ano, a situação é completamente diferente.

Para ter uma ideia, em 2014, as ações da Kroton tiveram valorização de mais de 75%. Neste ano, os papéis acumulam perdas de 32%. No caso da Estácio, a queda acumulada neste ano é de 20%.

O valor de mercado das companhias derreteram na Bolsa. Segundo um levantamento da consultoria Economatica, à pedido de Exame.com, juntas, a Estácio, Kroton e Anima somam perdas de 10 bilhões de reais. 

Segundo os dados, valor de mercado da Kroton passou de 25,14 bilhões de janeiro deste ano para 17,99 bilhões de reais em abril, uma queda de 28,44%.

A Estácio teve uma desvalorização de 21,69%. O valor de mercado da companhia passou de 7,42 bilhões de reais para 5,81 bilhões de reais. 

No caso da Anima, a situação é ainda mais dramática. O valor de mercado da empresa passou de 2,92 bilhões de reais para 1,62 bilhões de reais do começo do ano até agora, ou seja, 44,52%.

Fies


As companhias têm sido impactadas diretamente pelas mudanças no Fies. O motivo, de acordo com o operador de mesa da Gradual Investimentos, Paulo Cabral Bastos, é que receita destas companhias estão diretamente atreladas ao programa de financiamento do governo.


Apesar das mudanças serem negativas, Bastos acrescenta que elas eram esperadas já que o o governo iniciou o processo de ajuste fiscal. “Estava claro que afetaria os programas de créditos subsidiados.”

Ontem, o ministro da Educação, Renato Janine Ribeiro, afirmou que não há mais recursos disponíveis para o Fies. Neste ano, foram gastos 2,5 bilhões de reais.

“Apesar de ruim para as companhias, a confirmação de que não haverá recursos do Fies farão com que as projeções fiquem mais certeiras.  Agora é certeza que não haverá mais recursos. Mesmo assim, ainda não é possível saber se as ações cairão ainda mais", finaliza Bastos.

segunda-feira, 4 de maio de 2015

Campanha critica 'notícias fúteis' e alerta para pobreza


São Paulo - A nova campanha da ONG Teto, (também conhecida como "Um Teto Para Meu País"), que constrói novas moradias para famílias em localidades de extrema pobreza, alfineta as "notícias fúteis" que dominam o noticiário e alertam para a pobreza no país.

Criados pela agência Leo Burnett, os anúncios trazem imagens de moradores da comunidade Malvinas (Guarulhos, em São Paulo). Eles seguram cartazes com frases que remetem às manchetes de notícias de celebridades.

"Cantor estaciona o carro na vaga" e "Atriz é vista atravessando a rua" são algumas das "notícias".
Segundo a ONG, o objetivo não é questionar o que vira notícia, sim o que deixa de ser. Se há muito espaço para notícias sobre o cotidiano das celebridades, falta espaço para notícias sobre faltas de moradia, pessoas em situação de risco e extrema pobreza.

"A pobreza e a desigualdade social são problemas evidentes da nossa sociedade. Ainda assim, poucas vezes são pauta de notícias, poucas vezes surgem nas conversas cotidianas", diz Carolina Mattar, Diretora Executiva do Teto.

Além de chamar a atenção para a pobreza no país, o objetivo da campanha é buscar voluntários para a "Coleta", evento que pretende colocar cinco mil voluntários nas ruas de cidades como São Paulo, Campinas, Rio, Curitiba e Salvador para arrecadar recursos nos dias 22, 23 e 24 de maio.

Em janeiro, a ONG já tinha feito uma campanha com celebridades para atrair a atenção do público.

Confira, nas imagens acima, todas as manchetes da campanha.

Foto 2/6
  Campanha do Teto 
Foto 3/6

Campanha do Teto 
Foto 4/6
 Campanha do Teto

Foto 5/6
Campanha do Teto

Foto 6/6

Campanha do Teto

China planeja onda de fusões no setor estatal, diz jornal



AFP
Indústria na China
Indústria na China: a rodada de fusões, que se concentrará em indústrias não dominadas pelo Estado, provavelmente cortará o total de empresas estatais de 112 para cerca de 40

Pequim - A China está planejando uma nova onda de fusões no setor estatal que reduzirá o número de empresas controladas pelo governo central em quase dois terços, segundo o jornal Economic Information Daily.

A rodada de fusões, que se concentrará em indústrias não dominadas pelo Estado, provavelmente cortará o total de empresas estatais de 112 para cerca de 40, informou o jornal - que é publicado pela agência de notícias estatal Xinhua -, citando fontes não identificadas.

De acordo com o jornal, o processo tem como objetivo consolidar os recursos e evitar concorrência excessiva entre as estatais.

A China vem tentando reestruturar o setor estatal para torná-lo mais eficiente. Pequim já revelou planos de fundir duas grandes fabricantes estatais de vagões, num acordo que poderá dar origem a um poderoso concorrente mundial por contratos de trens de alta velocidade.

No fim do ano passado, a China CNR Corp. e a CSR Corp. anunciaram que vão unir sua operações por meio de uma troca de ações. Fonte: Dow Jones Newswires.

Nextel vende operações México e se fortalece no Brasil


Jay Mallin / Bloomberg News
Logo da Nextel
Nextel: a operação faz parte de um processo de reestruturação da Nextel na América Latina


São Paulo - A venda das operações da Nextel no México, controlada pela NII Holdings, foi concluída por US$ 1,875 bilhão para a AT&T.

A aquisição foi anunciada em janeiro deste ano e faz parte de um processo de reestruturação da Nextel na América Latina, depois que a sua controladora pediu proteção conta falência no ano passado.
 
Na ocasião, o presidente-executivo da empresa, Steve Shindler, disse ainda que a transação representa uma "oportunidade para redução do risco operacional, entregar valor aos acionistas e dar liquidez que nos permita sair da recuperação judicial com um balanço financeiro saudável".

A NII Holdings, controladora da Nextel na América Latina, pediu proteção contra falência nos Estados Unidos em setembro de 2014, em meio a dificuldades como uma dívida de 5,8 bilhões de dólares e concorrência acirrada no Brasil e no México.

Depois de deduzir o endividamento líquido pendente da Nextel México, a NII recebeu US$ 1,448 bilhão em lucro líquido.

Para a empresa, a “transação foi concluída como um dos esforços de reestruturação mais amplos da dívida da NII”.

Uma parcela do lucro líquido será usada para apoiar as operações da Nextel no Brasil, e o restante será usado para pagar dívidas a credores selecionados.

"Essa venda representa um importante passo na direção de como pretendermos ressurgir da reorganização, como uma empresa mais forte, mais saudável e bem posicionada para competir no mercado brasileiro de serviços de telefonia móvel", afirma o presidente.

A venda também visa financiar o plano de negócios da Nextel no Brasil. Presente no Brasil desde 1997 a Nextel tem aproximadamente 4,5 mil colaboradores no país.

As operações brasileiras respondem por aproximadamente metade da receita do grupo e têm potencial de crescimento.

Em 2015, a Nextel Brasil espera aumentar os investimentos para R$ 1 bilhão, duas vezes mais do que o total aplicado em 2014.

"Esse acordo reforça nossa posição de liquidez, pois podemos perseguir oportunidades de crescimento no Brasil e gerar valor para nossos negócios no longo prazo", afirmou Shindler.
A AT&T planeja combinar a Nextel México com a Iusacell, comprada pela companhia norte-americana em novembro por 1,7 bilhão de dólares.