sexta-feira, 8 de maio de 2015

Para elas, nem o céu é o limite




Martin Rose/Getty Images
Fábrica da Airbus, na Alemanha
Funcionária do Grupo Airbus: a empresa lançou uma rede unificada de negócios para ajudar no desenvolvimento das mulheres.
 
Nataly Pugliesi, da VOCÊ S/A


O Grupo Airbus acaba de lançar uma rede unificada de negócios, a Balance for Business, com foco no desenvolvimento das mulheres.

A iniciativa, que contou com a presença do Chief Executive Officer (CEO) do Grupo, Tom Enders, no lançamento em Toulouse, tem como principal objetivo melhorar o equilíbrio de gênero e estimular o reconhecimento e o desenvolvimento de mulheres em todo o Grupo.

“Queremos reunir homens e mulheres que enxergam no equilíbrio de gênero no local de trabalho um meio de enriquecer a nossa cultura empresarial e aumentar o desempenho e a competitividade da empresa”, disse Thierry Baril, Diretor de Recursos Humanos do Grupo Airbus.

"Balance for Business” será administrado por um Conselho composto por seis funcionários de todo o Grupo, que serão responsáveis pela gestão de projetos de negócios executados em uma base voluntária, e por coordenar as atividades da rede. A rede será supervisionada pelo Comitê Diretor de Diversidade e Inclusão do Grupo.
No final de 2014, as mulheres representavam 17% da força de trabalho do Grupo Airbus, que trabalha de forma proativa com escolas e instituições para aumentar as oportunidades e encorajar as mulheres a descobrirem o mundo da engenharia aeronáutica.

Conta de luz chega a subir até 85% em um ano


Dado Galdieri/Bloomberg
Operário instalando cabos em um poste de energia elétrica em Santa Teresa, no Rio de Janeiro
Operário instalando cabos em um poste de energia elétrica em Santa Teresa, no Rio de Janeiro


São Paulo - A inflação de março foi a maior em 12 anos graças a um aumento de 22% nas tarifas da energia elétrica.

Em abril, o item cedeu - e o IPCA também - mas o acumulado mostra que os consumidores estão pagando bem mais pela luz.

O aumento nos últimos 12 meses chega a 85% em Curitiba e 72% em São Paulo, com média de 59,93% nas 13 áreas metropolitanas monitoradas pelo IBGE. A menor alta é em Salvador: 36%.

E a conta ainda pode continuar aumentando: nesta semana, a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) propôs um aumento de 15,16% a partir do dia 4 de julho, no que será a quarta revisão tarifária da companhia

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Veja na tabela:
Região Alta em 2015 Alta nos últimos 12 meses
Curitiba 49,81% 85,51%
São Paulo 47,93% 72,03%
Porto Alegre 45,96% 71,89%
Goiânia 41,76% 65,16%
Campo Grande 40,12% 52,37%
Belo Horizonte 38,48% 41,05%
Rio de Janeiro 36,61% 54,24%
Brasília 35,82% 56,68%
Fortaleza 30,37% 47,95%
Vitória 26,34% 65,10%
Salvador 18,31% 36,04%
Belém 16,21% 52,05%
Recife 13,87% 36,55%
Brasil 38,12% 59,93%

A Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia e de Consumidores Livres (Abrace), que representa grupos como Alcoa, Gerdau, Braskem, Vale e Votorantim, acaba de entrar na Justiça contra a cobrança de um dos encargos embutidos na conta, a Contribuição de Desenvolvimento Energético (CDE).

De acordo com relatório do Tribunal de Contas da União (TCU) no final de abril, as dificuldades vividas pelo setor elétrico nos últimos anos possuem "estreita relação" com deficiências da atuação governamental no setor.

O TCU nota que a Medida Provisória 579, que antecipou a renovação das concessões de energia elétrica em geração e transmissão, não teve os efeitos esperados e permitiu apenas uma redução inicial e provisória dos preços de energia.

Aproximadamente um terço da energia nova a ser gerada por projetos previstos para o intervalo de 2015 a 2020 está em empreendimentos paralisados ou com obras não iniciadas.

A recessão econômica ajudou a causar uma queda de 4,1% no consumo em abril, segundo o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).



quinta-feira, 7 de maio de 2015

Menos atrativa, poupança tem pior abril da história


Carla Gottgens / Bloomberg
Cofre de porquinho
Poupança: é a pior captação para o mês desde o início da série histórica do BC, em 1995
 
Mariana Branco, da AGÊNCIA BRASIL

Brasília - O Banco Central (BC) informou hoje (7) que os brasileiros retiraram R$ 5,85 bilhões a mais do que depositaram na caderneta de poupança em abril.

Trata-se da pior captação para o mês desde o início da série histórica do BC, em 1995. Antes, o recorde correspondia a abril de 2003, quando a captação da poupança ficou negativa em US$ 2,196 bilhões.

Em março, a poupança já havia registrado retirada líquida de US$ 11,44 bilhões, a pior para todos os meses desde o início da série histórica.

A caderneta vem sofrendo desfalques porque as famílias estão apertadas com o endividamento e a inflação elevada. Além disso, com os juros básicos mais altos, ela perde atratividade como investimento.
No mês passado, os saques na poupança somaram R$ 156,36 bilhões, superando os depósitos, que ficaram em R$ 150,5 bilhões. O valor total nas contas ficou em R$ 648,3 bilhões.

O volume dos rendimentos creditados nas cadernetas dos investidores alcançou R$ 3,869 bilhões. Do saldo das cadernetas de poupança em abril, R$ 510,116 bilhões pertencem ao Sistema Brasileiro de Poupança e Empréstimos (SBPE) e R$ 138,192 bilhões à poupança rural.

Pela regra atual, quando a taxa Selic está maior que 8,5% ao ano, a poupança rende 0,5% ao mês mais a Taxa Referencial (TR). Essa fórmula está em vigor desde o fim de agosto de 2013, quando a Selic ultrapassou o patamar de 8,5%.

Quando os juros básicos da economia estão iguais ou inferiores a 8,5% ao ano, a caderneta rende 70% da taxa Selic mais a TR.

Pão de Açúcar expande compras online com entrega em lojas


Getty Images
Comércio eletrônico
Comércio eletrônico: objetivo é ampliar as vendas tanto dos sites como das lojas físicas
 
Da REUTERS


São Paulo - O Grupo Pão de Açúcar quer expandir no Brasil um modelo aplicado no exterior pelo controlador Casino, com compra de produtos pela internet, por meio dos sites da Cnova, e retirada nas lojas físicas do grupo.

O objetivo é ampliar as vendas tanto dos sites como das lojas físicas, pois o sistema encurta o prazo de entrega, mas o grupo não informou meta de aumento de receitas.

O GPA dobrou o número de lojas das bandeiras Pão de Açúcar e Extra com o sistema denominado "click and collect". No fim de 2014, 106 lojas tinham esse sistema, e hoje são 212, localizadas em São Paulo e Rio de Janeiro.

A expectativa é expandir o projeto para todo o país.
Segundo Peter Estermann, vice-presidente de infraestrutura e desenvolvimento estratégico do Grupo Pão de Açúcar, a vantagem para o cliente é que os sites dos supermercados têm sortimento de produtos mais vasto do que as lojas físicas, e a entrega ocorre mais rapidamente quando é feita na loja.

De acordo com o executivo, a entrega pelo comércio eletrônico pode levar até dez dias dependendo do produto, enquanto no sistema "click and collect" o produto pode ser retirado no dia seguinte.

"A integração do mundo físico com o mundo eletrônico é um diferencial competitivo. Nesses momentos de dificuldade, ter a possibilidade de oferecer experiências de compra distintas é vantagem", declarou Estermann.

Atualmente as marcas Pão de Açúcar e Extra têm mil pontos de venda. Ele disse que a expansão "velocidade será igual à do primeiro trimestre", quando a companhia dobrou o número de pontos de venda do sistema na comparação anual.

"Fizemos uma pesquisa que mostrou que 50 por cento dos clientes do mundo eletrônico aproveitam para fazer outra compra na loja quando retiram o produto", disse.

O sistema é adotado em mais de 18 mil pontos de vendas do Casino na França, disse o GPA.
Segundo Estermann, os produtos mais comprados nos sites do Pão de Açúcar e do Extra via "click and connect" são mais leves, como smartphones, além de produtos bazar e material de cozinha.

Fusão entre Monsanto e Syngenta impulsionaria mais negócios



Daniel Acker/Bloomberg
Monsanto
Monsanto: Monsanto abordou a Syngenta para uma aquisição que criaria um gigante com mais de US$ 30 bilhões em receita
 
Brooke Sutherland, da Bloomberg


Uma combinação entre a Monsanto Co. e a Syngenta AG poderia preparar o terreno para outras fusões e aquisições.

A Monsanto abordou a Syngenta para uma aquisição que criaria um gigante no mercado de sementes e produtos químicos para plantações, com mais de US$ 30 bilhões em receita.

Não vai ser fácil conseguir que os reguladores aprovem um acordo – e é possível que ele não se concretize –. Para lidar com as questões antitruste e defender sua proposta, a Monsanto planejou um acordo que inclui a venda de partes da empresa combinada, disse uma fonte com conhecimento do assunto.

Talvez as maiores preocupações estejam vinculadas ao fato de que a empresa combinada ficaria com uma fatia sem precedentes do mercado de sementes de soja e milho.

As operações da Syngenta nessas áreas seriam atraentes para diversos compradores, como Dow Chemical Co, BASF SE e Bayer AG, disse Colin Isaac, da Atlantic Equities LLP. Até as empresas de private-equity poderiam se interessar.

“Seria muito fácil vender por bons múltiplos os empreendimentos de sementes” da Syngenta, disse Isaac, analista em Londres, em entrevista por telefone. “As pessoas sempre estão tentando comprar participações”.

A DuPont Co. também poderia ser uma compradora para qualquer ativo que for colocado à venda, disse Bill Selesky, analista da Argus Research Co.
 

DuPont-Dow


Existe outra possibilidade: uma vez o investidor ativista Dan Loeb pressionou por uma separação na Dow e o CEO Andrew Liveris insinuou que a empresa está aberta para a possibilidade de vender sua unidade de agricultura.

O fato de a Monsanto se tornar uma concorrente muito mais forte poderia funcionar como um catalisador para a empresa de US$ 60 bilhões pensar mais seriamente em dar o passo para sair desse negócio, que representou cerca de 13 por cento da receita no ano passado, disse James Sheehan, da SunTrust Banks Inc.

Esse segmento ofereceria excelentes opções para a DuPont e sua empresa de sementes Pioneer, disse ele.

“Esse é o acordo que eu sempre esperei que acontecesse”, disse Isaac, da Atlantic Equities, em entrevista por telefone. 

Venda do HSBC atrai bancos do Brasil e do exterior


Chris Ratcliffe/Bloomberg
 
HSBC
HSBC: o banco é avaliado em cerca de US$ 5 bilhões
 
Aline Bronzati, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O Bradesco e o espanhol Santander lideram as apostas como possíveis candidatos para comprar a operação do britânico HSBC no Brasil, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

Avaliado em cerca de US$ 5 bilhões, o banco, assessorado pelo Goldman Sachs, abriu alguns números para interessados, de acordo com as mesmas fontes, e estabeleceu junho como o prazo para envio de propostas.

Nesta fase, os interessados manifestam o apetite pelo ativo e assinam um acordo de confidencialidade. O objetivo é concluir a venda em agosto.
Mundialmente, o banco está envolvido em uma série de escândalos e tem apresentado fracos resultados financeiros.
Além de Bradesco e Santander, olharam os números do HSBC, segundo fontes, o Itaú Unibanco e o BTG Pactual. Grupos chineses, o espanhol Inbursa e também o canadense Scotia Bank teriam avaliado a operação.

Com cerca de R$ 168 bilhões em ativos, o HSBC é o sétimo maior banco do País, de acordo com dados do Banco Central.

Considerando os números do primeiro trimestre, o Bradesco, com R$ 1,035 trilhão de ativos, ultrapassaria o montante de R$ 1,2 trilhão, registrado pelo Itaú Unibanco no final do ano passado.

Mais do que colar no Itaú em ativos, ao comprar o HSBC Brasil, o Bradesco estaria protegendo o mercado de um novo concorrente, principalmente dos chineses que sonham em ter mais presença no País.

Já o Santander estaria interessado em ampliar sua escala no País e acelerar o crescimento da filial, que retornou ao posto de líder na geração de resultados do grupo espanhol.

Quando avaliada a rede física do HSBC Brasil, a sobreposição de unidades é menor com o Santander, cuja estrutura está centralizada em São Paulo. São cerca de 830 agências contra mais de 2.250 do espanhol. O Bradesco tem mais de 4.600.

As especulações sobre a venda do HSBC no Brasil cresceram após a divulgação de resultados de 2014, quando o banco anunciou a intenção de se desfazer de ativos na América Latina.

O HSBC informou, por meio de sua assessoria de imprensa, que não comenta especulações. Goldman, Bradesco e Santander também não comentaram. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

BTG também está no páreo na disputa pelo HSBC, diz jornal



CESAR GRECO/FOTO ARENA
André Esteves, dono do banco BTG Pactual.
André Esteves: com negócio, BTG saltaria da 8ª para a 7ª posição no ranking de bancos do país


São Paulo – Outro banco brasileiro acaba de entrar na lista de interessados pela possível compra da operação do HSBC no país. Trata-se do BTG Pactual, do banqueiro André Esteves.

A informação foi divulgada hoje pelo jornal Valor Econômico, que ainda aponta o principal motivo para tal interesse: dobrar de tamanho no Brasil.

Fechado o negócio, o BTG saltaria da oitava para a sétima posição no ranking de maiores bancos brasileiros, segundo o Banco Central.

Hoje, o banco de investimentos tem ativos avaliados em 154,6 bilhões de reais, enquanto que o HSBC Brasil possui 167,9 bilhões de reais.

Nesta semana, a especulação sobre a possível venda de parte do banco inglês no Brasil foi destaque no mercado.

A aquisição poderia ser concluída até junho e estaria envolvendo alguns dos maiores bancos do país – Itaú, Bradesco e Santander, além de instituições financeiras estrangeiras.