segunda-feira, 17 de outubro de 2016

Acionistas do Banco Popolare e do BPM aprovam fusão





Getty Images/Vittorio Zunino Celotto
Banca Popolare
Banca Popolare: a sede da companhia será em Milão e ela será menor no setor apenas que o UniCredit e o Intesa Sanpaolo
 
 
Gabriel Bueno da Costa, do Estadão Conteúdo
 
São Paulo - Acionistas do Banco Popolare e do Banca Popolare di Milano (BPM) votaram no sábado para aprovar a fusão das duas empresas, em um acordo que cria o terceiro maior banco da Itália.

Segundo o jornal Corriere della Sera, a sede da companhia será em Milão e ela será menor no setor apenas que o UniCredit e o Intesa Sanpaolo.

Membro do conselho do BPM, Giuseppe Castagna disse, segundo o jornal italiano, que a decisão representava um olhar "para o futuro, não para o passado".

Na sexta-feira, as ações das duas companhias haviam subido, com a expectativa de que os acionistas fossem aprovar o negócio, como ocorreu no fim de semana.

A agência Swiss Info lembra que a fusão é a primeira após o governo do primeiro-ministro italiano, Matteo Renzi, aprovar uma reforma que prevê a transformação dos grandes bancos cooperativos do país em sociedades anônimas, como será a empresa resultante desse negócio.



Maplink adquire francesa Optilogistic em expansão a exterior





Divulgação
Maplink logo
MapLink: a Optilogistic, criada em 1992, é especialista no setor de agronegócio, com foco no segmento de laticínios
 
Da REUTERS


São Paulo - A Maplink, empresa brasileira de tecnologia em geolocalização, anunciou nesta segunda-feira a compra da francesa Optilogistic, especializada em logística, em uma estratégia de expansão territorial e de portfólio de produtos. 

Com a aquisição, a Maplink, fundada em 2000 e que oferece soluções de logística a empresas, passa a atuar também nos Estados Unidos, Europa e África, além da América Latina onde já estava presente na Argentina, Chile, Colômbia e México.
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A Optilogistic, criada em 1992, é especialista no setor de agronegócio, com foco no segmento de laticínios. "Vimos a chance de aumentar nosso portfólio de produtos e também de entrar em um mercado em que a gente não tinha presença, como o europeu", disse à Reuters o presidente-executivo da Maplink, Frederico Hohagen.

Embora não tenha revelado o valor da aquisição, a Maplink, parceira do Google Maps na América Latina, estima que entre o acordo de compra, investimentos, marketing e contratação de pessoal, o montante envolvido na operação alcance 20 milhões de reais este ano.

Hohagen prevê uma alta de 80 por cento nas receitas da companhia no ano fiscal que encerra em março de 2017 ante o exercício anterior, desempenho que deve ser ajudado pela aquisição da empresa francesa, embora a operação não será a única responsável por tal resultado.

Para o executivo, o crescimento nas receitas também se explica devido à expansão territorial da empresa, particularmente no mercado externo. Atualmente, 30 por cento da receita vem de fora do Brasil e a expectativa da Maplink é de que essa fatia alcance mais de 50 por cento até o final deste ano fiscal.

A companhia recebeu em 2014 aporte de 36 milhões de reais feito pela empresa brasileira especializada em aplicativos e conteúdos para plataformas móveis, Movile, que tem entre os investidores o grupo sul-africano Naspers.

"Com essa expansão internacional tivemos uma oportunidade de receita sem depender do Brasil, embora nossa principal receita e nossos escritórios estejam aqui, mas ter receita em outros mercados tira um pouco o risco da dependência do mercado brasileiro", disse Hohagen.


Tondo quer conquistar o varejo paulista



Dona da marca Orquídea iniciará vendas no atacarejo, segmento que tem um poder de distribuição muito grande em São Paulo

Por Laura D´Angelo


 Rogério Tondo, diretor-superintendente da Tondo

A linha do tempo da Tondo é peculiar. As cinco primeiras décadas podem ser resumidas na transformação do pequeno moinho de trigo em Pinto Bandeira, no interior do Rio Grande do Sul, em um dos sete maiores do Estado. Somente depois dos 50 anos é que a empresa começou a traçar voos mais altos ao iniciar a produção de massas e biscoitos e entrar no mercado de Santa Catarina e do Paraná com centros de distribuição próprios. 

Agora, sessentona, a dona da marca Orquídea se prepara para acumular mais novos registros à sua história. Neste mês, uma linha de farinhas extrusadas, que incluem as farinhas de rosca e panko (utilizada para empanados), além de flocos para barras de cereais e bombons, estreia no portfólio. Com ela, a Tondo pretende agregar maior valor à farinha que fabrica desde 1953. Praticamente 90% da nova linha será destinada à indústria alimentícia do Sul e do Sudeste, principalmente São Paulo. 

É no Estado mais rico do país que a Tondo assinala outro acontecimento importante na sua história: a chegada dos produtos Orquídea ao varejo paulista. “Escolhemos começar lá pelo atacarejo [neologismo que designa uma forma de comércio que reúne atributos do atacado e do varejo, com os conceitos de self-service], que tem um poder de distribuição muito grande. Depois vamos entrar no grande varejo”, detalha Rogério Tondo (foto), diretor-superintendente da companhia. Para isso, a Tondo tem investido fortemente no marketing da marca Orquídea, que estampa os produtos destinados ao varejo e que respondem por 70% da receita. O objetivo é que o nome ganhe ainda mais força no interior dos Estados do Sul e obtenha reconhecimento no mercado paulista, principalmente no segmento de biscoitos.

A linha de extrusados e a expansão de mercado são resultados do investimento de R$ 90 milhões realizado nos últimos dois anos que contemplou a ampliação da capacidade de produção do pastifício e do estoque da fábrica de Caxias do Sul – há outra unidade em Bento Gonçalves (RS) –, além de automatização do processo de armazenamento dos produtos. O sistema automatizado exige um terço da mão de obra necessária para o processo, o que possibilitou à empresa se expandir sem contratar novos funcionários. “Ganha-se em produtividade e diminuem-se as perdas”, revela Tondo, que projeta um faturamento de R$ 560 milhões este ano, 28% acima de 2015. 

A companhia quer assegurar seu crescimento sem depender dos humores da economia brasileira. 

Assim, finalizado esse ciclo de investimentos, a Tondo já prepara o próximo, que contemplará os anos de 2017 a 2020. Além da ampliação das linhas de produtos já existentes, está sendo programada a instalação de um centro de distribuição em São Paulo – plantando de vez a Orquídea em solo bandeirante e adicionando mais um tracinho à sua linha do tempo, repleta de acontecimentos depois dos 50 anos.

http://www.amanha.com.br/posts/view/2959

Cade aprofundará análise da fusão entre BM&FBovespa e Cetip




Dado Galdieri/Bloomberg
20º BM&FBovespa
BM&FBovespa: o Departamento de Estudos Econômicos do Cade deve analisar as eficiências decorrentes da operação
 
Luci Ribeiro, do Estadão Conteúdo


Brasília - A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) publicou no Diário Oficial da União (DOU) desta segunda-feira, 17, despacho em que declara complexo o ato de concentração envolvendo a operação de combinação de negócios entre BM&FBovespa e Cetip. Essa decisão do Cade já havia sido divulgada semana passada pela BM&FBovespa.

Por meio do despacho, a Superintendência-Geral determina a realização de novas diligências, para aprofundar a análise da operação.

Dentre elas, o Departamento de Estudos Econômicos do Cade deve analisar as eficiências decorrentes da operação. Além disso, a Superintendência quer informações adicionais sobre as condições de entrada nos mercados analisados e sobre as regras de governança da companhia resultante da operação.

Em abril, a BM&FBovespa e a Cetip confirmaram que pretendem unir suas atividades. A união das companhias criará uma companhia de mais de R$ 40 bilhões em valor de mercado e que reunirá o mercado de renda fixa e variável no Brasil.

"As administrações das companhias enfatizam que esta combinação de talentos e forças representará um marco sem paralelo nos mercados financeiro e de capitais brasileiros, a partir da criação de uma empresa de infraestrutura de mercado de classe mundial, com grande importância sistêmica, preparada para competir em um mercado global cada vez mais sofisticado e desafiador, aumentando a segurança, a solidez e a eficiência do mercado brasileiro", escreveram as empresas em fato relevante conjunto divulgado em abril.


Petrobras tem produção de petróleo recorde em setembro





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Lula e o pré-sal
Petrobras: a produção total, incluindo gás e petróleo, no Brasil e no exterior, atingiu 2,88 milhões de barris
 
Da REUTERS

São Paulo - A produção média de petróleo da Petrobras no Brasil atingiu 2,24 milhões de barris/dia (bpd) em setembro, crescimento de 8,8 por cento ante o mesmo período do ano passado, atingindo um novo recorde histórico impulsionado pela extração no pré-sal, informou a empresa nesta segunda-feira.

O volume produzido no país, que responde pela maior parte da extração da estatal, superou ligeiramente a melhor marca mensal anterior, registrada em agosto, de 2,22 milhões de barris/dia. Ficou também acima da meta diária projetada para o ano, de 2,145 milhões de barris.

A produção total, incluindo gás e petróleo, no Brasil e no exterior, atingiu 2,88 milhões de barris de óleo equivalente por dia (boed), crescimento de 1,4 por cento na comparação com agosto.

Do total produzido, a extração no Brasil atingiu 2,75 milhões boed, um novo recorde mensal, superando os 2,72 milhões boed do mês de agosto de 2016.

A produção de petróleo e gás natural operada pela Petrobras (parcela própria e dos parceiros) na camada pré-sal também bateu novo recorde mensal em setembro, somando 1,46 milhão de barris de óleo equivalente por dia (boed), alta de 7,3 por cento em relação ao mês anterior.

"Esse resultado se deve, principalmente, ao crescimento da produção dos campos de Lula e Sapinhoá, ambos na Bacia de Santos", afirmou.

A estatal, que detém a maior parte da produção no pré-sal, não informou separadamente apenas a sua própria extração nessa região.

A Petrobras informou ainda que a produção de gás natural no Brasil, excluído o volume liquefeito, foi de 81,2 milhões de metros cúbicos/dia, 2,2 por cento acima do mês anterior, também nova marca histórica.


sábado, 15 de outubro de 2016

Negado recurso em reclamação que pedia remessa de processo sobre Lula ao STF

Resultado de imagem para fotos de Lula


A Segunda Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) negou recurso em que o ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva questionava decisão do ministro Teori Zavascki na Reclamação (RCL) 25048, que rejeitou o argumento de usurpação da competência do STF pelo juízo da 13ª Vara Federal de Curitiba (PR). Ao negar provimento a agravo regimental nesta terça-feira (4), o colegiado manteve a decisão monocrática do relator.


A defesa alegou que os procedimentos em trâmite na 13ª Vara Federal de Curitiba tratam de supostas benesses relacionadas a reforma de um apartamento, benfeitorias em sítio e remuneração de palestras. Sustenta que os mesmos fatos têm relação com o Inquérito (INQ) 3989, em trâmite no STF, no qual se investiga o crime de organização criminosa.

Em seu voto, o ministro Teori Zavascki entendeu que o recurso não trouxe qualquer elemento apto a alterar sua decisão anterior. Ele rejeitou a alegação de que o magistrado de primeira instância teria usado expressões que indicam a posição de proeminência do acusado na suposta organização criminosa. Em seu entendimento, não há como se concluir que o ex-presidente está sendo investigado em primeira instância por esse crime.

Ele também observou que a reversão da leitura minimalista quando ao foro por prerrogativa de função implicaria trazer para o STF todas as ações em curso relacionadas a episódios de recebimento de propina que estão de alguma forma relacionadas com o inquérito existente no STF (INQ 3989). Com isso, haveria no STF uma ação penal envolvendo não só pessoas com foro, mas centenas de réus. O voto foi acompanhado por unanimidade.


Obiter dictum


Ao final do julgamento, o ministro Teori Zavascki fez uma observação quanto a uma divulgação atribuída ao Ministério Público que concluiu pela existência de organização criminosa tendo o ex-presidente como líder. O ministro ressaltou que essa alegação não foi objeto de denúncia. Quero dizer em obiter dictum [de passagem] que essa espetacularização do episódio não é compatível nem com o objeto da denúncia nem com a seriedade que se exige na apuração desses fatos.

FT/AD


Processos relacionados
Rcl 25048


http://www.jurisway.org.br/v2/noticia.asp?idnoticia=121357&o=392341-1115









sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Petrobras distribui mais de 90 prospectos de venda da BR


Dado Galdieri/Bloomberg
Petrobras; BR Distribuidora; posto da Petrobras
Petrobras: no atual modelo de venda da BR haverá uma estrutura societária que envolverá as classes de ações ordinárias e preferenciais
Da REUTERS
Rio de Janeiro - A Petrobras distribuiu até o momento mais de 90 prospectos de venda de participação na BR Distribuidora para potenciais parceiros, após iniciar na semana passada a oferta do ativo a investidores com a nova modelagem, que permite o compartilhamento de controle na subsidiária de combustíveis.
"Nós já encaminhamos os teasers, mais de 90, número bastante grande", afirmou nesta sexta-feira o diretor da Área Financeira e de Relacionamento com Investidores da Petrobras, Ivan Monteiro.
"E a etapa seguinte é: quem assinar o acordo de confidencialidade poderá receber um conjunto maior de informações sobre a situação da empresa... e números da empresa", acrescentou ele, ao participar de uma conferência de imprensa para falar sobre a nova política de preços da estatal.
A Petrobras anunciou nesta sexta-feira uma redução dos preços dos combustíveis, ao apresentar metodologia que promete ser mais transparente e trazer agilidade para atualizar as cotações nas refinarias, algo amplamente desejado pelo mercado.
Com a nova política de preços de combustíveis, o presidente da Petrobras, Pedro Parente, prevê uma atração maior de interessados para a BR Distribuidora e para outros ativos que poderão ser negociados na área de refino e distribuição.
A empresa já havia apresentado uma mudança no modelo da venda da BR Distribuidora, permitindo o compartilhamento do controle da empresa, após uma oferta anterior do ativo ter resultado em pouco interesse por parte de investidores.
No atual modelo de venda da BR, formalmente conhecida como Petrobras Distribuidora, haverá uma estrutura societária que envolverá as classes de ações ordinárias e preferenciais, de forma que a Petrobras permaneça majoritária no capital total, mas com uma participação de 49 por cento no capital votante.
"Em relação ao processo anterior, a quantidade (de interessados) é muito superior, qualitativamente, você percebe também interesse muito grande no Brasil no exterior, perfis mais financeiros, mais estratégicos. É interesse muito alto", declarou Monteiro.
Investidores como o presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, e a rede varejista Lojas Americanas já anunciaram publicamente seu interesse em comprar uma fatia da BR, após o anúncio da nova modelagem.
Já a holding Itaúsa, controladora do Itaú Unibanco, informou ao mercado recentemente que não havia "qualquer decisão de investimento a ser comunicada" após ser questionada pela BM&FBovespa depois de notícias na imprensa relatarem a possibilidade de seu interesse na BR.