segunda-feira, 26 de fevereiro de 2018

Companhia de Harvey Weinstein vai declarar falência


The Weinstein Company entrou em declínio desde que começaram a ser divulgadas, em outubro, as denúncias de abuso sexual de seu fundador

 




A produtora The Weinstein Company vai declarar falência, informou a imprensa americana, depois que a Justiça tentou impor condições à venda da empresa, que teve como um dos fundadores o antes todo-poderoso produtor de Hollywood Harvey Weinstein.

A empresa entrou em declínio desde que começaram a ser divulgadas, em outubro, as denúncias de assédio sexual, abuso e estupro contra Weinstein, produtor de filmes premiados como “O Artista”, “O Discurso do Rei”, entre muitos outros.

“Apesar de reconhecermos que este é um resultado extremamente infeliz para nossos funcionários, nossos credores e qualquer vítima, o conselho administrativo não tem outro remédio que buscar a única opção viável para maximizar o valor restante da empresa: um processo de falência”, afirma a comissão de diretores da Weinstein Company em um comunicado citado pelo jornal Los Angeles Times.

O New York Times também divulgou a informação. Os jornais relataram o fim das negociações entre a Weinstein Company e um grupo de investidores liderado por Maria Contreras-Sweet, uma funcionária do governo do ex-presidente Barack Obama.

O grupo estava pronto para concluir uma negociação de compra da Weinstein Company por quase 500 milhões de dólares, até o momento em que o estado de Nova York abriu processo contra a produtora em 11 de fevereiro por não proteger suas funcionárias do assédio e agressão sexual. A justiça bloqueou a operação.

A ação contra Weinstein, seu irmão Bob e a produtora foi apresentada diante do temor de que a venda iminente da empresa poderia deixar as vítimas sem a possibilidade de uma indenização adequada.

O procurador-geral de Nova York, Eric Schneiderman, reclamou da negociação para a venda da The Weinstein Company: “Um acordo que essencialmente apenas remove os irmãos Weinstein, mas deixa o restante da administração intacta, pensamos que é inaceitável.

A revista de entretenimento Variety publicou em seu site uma carta supostamente enviada pela Weinstein Company a Contreras-Sweet e Ron Burkle, que também foi apontado como integrante do grupo de investimentos interessado em comprar a empresa.

A carta, com data de 25 de fevereiro, afirma que a empresa “trabalhou sem descanso” após uma reunião com o procurador Schneiderman e os investidores na quarta-feira passada. Mas aponta que o grupo de investidores falhou em manter as promessas feitas a respeito de “políticas de direitos humanos de alto padrão” e da apresentação do financiamento temporário necessário.

“Devemos concluir que seu plano de comprar esta empresa era ilusório e deixaria apenas a empresa encaminhada para seu desaparecimento em detrimento de todos seus integrantes. Algo que o conselho de administração não deixará que aconteça”, afirma o texto divulgado pela Variety.

Contreras-Sweet e Burkle não responderam até o momento ao pedido de comentários da AFP.

Bob Weinstein é o atual presidente da empresa, que demitiu seu irmão Harvey Weinstein no ano passado.

Desde a divulgação do escândalo Weinstein, dezenas de ações civis, pelo menos duas coletivas, foram apresentadas contra Harvey Weinstein e a Weinstein Company, sobretudo por mulheres que denunciam terem sido agredidas pelo famoso produtor de Hollywood.

De acordo com a imprensa, Weinstein está em tratamento para o vício em sexo e é alvo de investigações nos Estados Unidos e na Grã-Bretanha. Mas até o momento não foi apresentada nenhuma acusação contra ele por qualquer crime. Ele nega qualquer relação sexual sem consentimento das mulheres.


TST confirma Justiça gratuita a trabalhador com salário de R$ 40 mil


Ministros aplicaram regra anterior à reforma trabalhista
 
 
 
 
 
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O deferimento da gratuidade da Justiça depende de simples declaração de pobreza. A regra, vigente antes da reforma trabalhista (Lei 13.467/2017), foi usada, na última semana, pelo Tribunal Superior do Trabalho (TST), no caso de um trabalhador que recebia salário de R$ 40 mil.

Para o ministro Hugo Carlos Scheuermann, relator do caso, a remuneração superior a R$ 40 mil não é suficiente para demonstrar que o trabalhador tem situação econômica que lhe permite atuar em ação judicial sem prejuízo do próprio sustento ou da sua família.

Ao decidir o caso, o ministro citou o artigo 790, parágrafo 3º, da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), e a Orientação Jurisprudencial 304 do TST que prevê que para a concessão da assistência judiciária, basta a simples afirmação do declarante ou de seu advogado, na petição inicial, para se considerar configurada a sua situação econômica.
 
“A declaração, apresentada pelo reclamante, goza de presunção relativa de veracidade, não restando elidida, no caso, por prova em sentido contrário”, afirmou.

Por isso, o ministro deu provimento ao recurso e confirmou a concessão dos benefícios da Justiça gratuita e ao pagamento de honorários advocatícios, já que o empregado está assistido pelo sindicato de sua categoria profissional.

O caso envolveu um empregado e a Galvão Engenharia S/A, que está em recuperação judicial, o município de Belo Horizonte e Trade Rio Participações, Serviços e Administração Ltda.

Acontece que, após a reforma, a declaração de pobreza apenas tem presunção de veracidade se o trabalhador receber salário igual ou inferior até 40% de R$ 5.531,31. Caso a remuneração ultrapasse esse valor, a parte deve comprovar que não tem situação econômica que lhe permita demandar sem prejuízo do próprio sustento ou da respectiva família.

O empregado alegou que a declaração de pobreza presume-se verdadeira e que não há, no caso, nenhuma prova no sentido de desconstituir a declaração de hipossuficiência e nem que ele é capaz de suportar as custas processuais sem prejuízo próprio e de sua família.
 

Regra processual
 
 
Acontece que, segundo o advogado Jorge Gonzaga Matsumoto, do Bichara Advogados, a decisão vai de encontro ao previsto pela reforma trabalhista. “A questão da gratuidade da Justiça é norma de natureza processual e não obedece o critério temporal. A regra começa a valer a partir da vigência da reforma, ou seja, passa a valer em novembro. A natureza processual é atemporal, por isso, a aplicação é imediata”, afirmou.

Segundo Ricardo Calcini, para os novos processos ajuizados a partir de 11 de novembro de 2017, é possível concluir que o TST continuará a conceder a gratuidade judiciária, mediante a apresentação de simples declaração de pobreza, para quem receba até 40% de R$ 5.531,31, por força da nova redação conferida ao §3º do art. 790 do CLT.

“Já para quem recebe valor superior a esse limite, deve o TST, ao que tudo indica, rever sua jurisprudência, seja para exigir o pagamento das custas processuais, caso o trabalhador venha a perder o processo; ou, se o for caso, isentá-lo do pagamento, mas se for comprovada que, na particularidade  do  processo, o  rabalhador não tem condições financeiras que  lhe  permita demandar
sem prejuízo do próprio sustento ouda respectiva família”, afirmou.

 
Processo TST-E-ARR-464-35.2015.5.03.0181

Fonte: JOTA
Livia Scocuglia – Brasília
 

sexta-feira, 23 de fevereiro de 2018

S&P reafirma rating BBB- da BRF e muda perspectiva para negativa


De acordo com a S&P, a companhia foi incapaz de melhorar seu desempenho operacional no segundo semestre de 2017

 




São Paulo – A agência de classificação de risco S&P Global reafirmou o rating em escala global da BRF em BBB- e alterou a perspectiva de estável para negativa nesta sexta-feira.

De acordo com a S&P, a companhia foi incapaz de melhorar seu desempenho operacional no segundo semestre de 2017, o que a impediu de reduzir a dívida e levantou preocupações com a capacidade da BRF de controlar a volatilidade ao longo dos ciclos de negócios.

“A perspectiva negativa reflete um potencial rebaixamento de rating nos próximos 6 a 12 meses, caso a companhia não consiga recuperar consistentemente seu lucro e gerar fluxo de caixa operacional livre para reduzir a dívida”, apontou a S&P em relatório.

Ontem, a companhia reportou o pior prejuízo da sua história, com um resultado negativo de R$ 1,099 bilhão no acumulado de 2017.

A BRF atribuiu o resultado ao “lançamento de diversas provisões operacionais excepcionais”. Em março do ano passado, a empresa se viu no centro da Operação Carne Fraca, que investiga a adulteração de proteína comercializada pela BRF e pela JBS e causou impacto na indústria alimentícia.


'Inovação é o motor que mantém as políticas sociais em funcionamento'


'Inovação é o motor que mantém as políticas sociais em funcionamento'

 

O Brasil enfrenta, neste momento, grandes limitações orçamentárias. De modo a apoiar a agenda de política social, o país necessita investir em aumento de produtividade e crescimento por meio da inovação.

A avaliação foi feita por Elisabeth Reynolds, diretora executiva do Industrial Performance Center (IPC) – um instituto de pesquisa vinculado ao Massachusetts Institute of Technology (MIT), nos Estados Unidos –, durante um workshop realizado no fim de janeiro, na FAPESP.

Intitulado “Innovating in Brazil” (Inovando no Brasil), o evento reuniu pesquisadores norte-americanos e brasileiros, além de representantes do governo e da indústria, com o objetivo de debater qual deve ser a agenda de inovação para o Brasil avançar.

A discussão teve como base 14 artigos elaborados por cientistas do MIT e por seus alunos de pós-graduação – muitos deles brasileiros –, além de colaboradores de instituições como Banco Mundial, Universidade de São Paulo (USP), Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), Financiadora de Estudos e Projetos (Finep), Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Inter.B Consultoria Internacional de Negócios e Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI).

Os trabalhos – ainda não publicados – traçam um panorama das instituições, políticas e programas que dão forma ao sistema de inovação do Brasil. Discutem o que falta às universidades brasileiras para que possam atuar efetivamente como motores da inovação no país. Destacam a necessidade de abrir a economia brasileira, altamente protegida, para o mercado globalizado.

Os trabalhos tratam também dos chamados “intermediários da inovação” – como os centros de engenharia da Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial (Embrapii) e da FAPESP, além dos Institutos Senai de Inovação (ISI) – que, segundo os autores, “se esforçam para preencher lacunas importantes no ecossistema de inovação”. Como formas organizacionais mais simples e menos burocráticas, avaliam os pesquisadores, esses intermediários encorajam grandes projetos aplicados de pesquisa e desenvolvimento em empresas, além de colaborações mais produtivas com as universidades.

Segundo Reynolds, o objetivo do workshop foi debater os temas tratados nos artigos com membros da academia, do governo e da indústria antes de tornar os trabalhos acessíveis ao grande público. A expectativa é que a versão final seja divulgada ainda em 2018 – a tempo de influenciar o debate sobre inovação durante as eleições presidenciais.

Em entrevista concedida à Agência FAPESP, a diretora executiva do IPC destacou a necessidade de um planejamento de longo prazo na área de ciência, tecnologia e inovação, descolado das urgências políticas do dia a dia. Leia, a seguir, os principais trechos da conversa.

Agência FAPESP – Poderia explicar o escopo do IPC e por que o centro tem interesse no tema da inovação no Brasil?
Elisabeth Reynolds – O instituto foi fundado no início da década de 1990. Na época, o Japão dominava o mercado automotivo e havia uma grande preocupação em relação à produtividade e à competitividade da indústria norte-americana. O MIT conduziu então um grande estudo sobre o tema nomeado "Made in America", que se tornou bastante popular. O trabalho deixou claro que precisávamos de um centro de investigação que não fosse focado em apenas um tipo de indústria, ou em uma questão específica como produtividade, mas olhasse para todas as empresas e a indústria no contexto da economia globalizada. Esse tem sido o trabalho do IPC nos últimos 25 anos: entender como nossas empresas e a indústria podem se desenvolver, inovar e aumentar sua competitividade no contexto da economia globalizada. Nossa pesquisa pode estar focada em uma indústria ou em um país específico. Já desenvolvemos trabalhos na Europa, na Ásia e no México. O Brasil é uma economia emergente e é muito interessante para nós entender qual deve ser a agenda de inovação e o que precisa ser feito para que o país realmente avance.

Agência FAPESP – Quando começaram as pesquisas no Brasil e quantos cientistas estão envolvidos?
Reynolds – Temos trabalhado no Brasil há muitos anos, em parceria com pesquisadores de campo interessados em construir capacidade de inovação no país. Nosso time no IPC é formado por cinco ou seis pesquisadores sêniores e, além disso, contamos com cerca de oito estudantes – a maioria é brasileira. Temos nos beneficiado dessa proximidade com os estudantes, pois eles moram nos Estados Unidos, mas conhecem o contexto brasileiro muito bem. Fomos trazidos ao Brasil pela primeira vez em um projeto patrocinado pelo Senai [Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial], que tinha o objetivo de introduzir mais inovação em sua agenda. Nossa missão era estudar não apenas os 25 institutos de inovação mantidos pelo Senai em diversos estados, como também avaliar o contexto mais amplo para a inovação no país. Após anos de investigação, decidimos reunir os pesquisadores do IPC e nossos parceiros brasileiros, além de outros acadêmicos e líderes de empresas, para iniciar uma conversa sobre qual seria a agenda de inovação necessária para o Brasil. O resultado foi debatido no workshop realizado na FAPESP.

Agência FAPESP – Qual era a proposta do workshop?
Reynolds – Discutimos o conteúdo de 14 artigos ainda não publicados – metade escrita por pesquisadores do MIT e metade por nossos colegas brasileiros. Convidamos também cerca de 10 debatedores envolvidos com a indústria, com o governo ou com a academia. Os artigos cobrem temas-chave, que consideramos importantes para a agenda de inovação brasileira. Entre eles está o contexto político-econômico da inovação, o papel das universidades e das instituições. Nós observamos muita inovação institucional no Brasil – novas instituições sendo formadas, que são organizações voltadas a promover pesquisa translacional com potencial impacto em empresas e na economia. Também buscamos entender a competitividade das empresas e da indústria brasileira. Trata-se de uma economia altamente fechada e protegida. Uma das discussões relevantes foi sobre como criar políticas públicas que ajudem a abrir a sociedade para a economia global.

Agência FAPESP – Há previsão de quando e onde esses artigos serão publicados?
Reynolds – Esperamos que seja ainda este ano, antes das eleições. Nossa expectativa é que o resultado das pesquisas auxilie o debate sobre o tema durante as eleições. Não estamos interessados em publicar artigos em jornais acadêmicos altamente especializados e sofisticados, pois poucos têm acesso a esses meios. Gostaríamos de ver este trabalho publicado em jornais e também reunir os artigos em um livro acessível ao público geral. Também esperamos comunicar os resultados em diversos locais, para pessoas interessadas em fazer com que essa agenda avance, sejam elas ligadas ao governo ou a organizações relacionadas à indústria.

Agência FAPESP – Com base nos artigos em discussão, quais seriam os principais pontos da agenda de inovação brasileira?
Reynolds – Podemos destacar três fatores. O primeiro é a necessidade de abrir a economia brasileira para a economia global – algo importante para aumentar a competitividade e a inovação. Isso trará verdadeiros benefícios para o país, não apenas para as empresas como também para trabalhadores de baixa renda. Em segundo lugar eu destacaria a necessidade de reformas institucionais. Uma das principais discussões do workshop foi o que precisa acontecer para o governo se tornar um parceiro completo do setor privado. E como obter uma melhor coordenação no sistema fragmentado de inovação do Brasil. O terceiro ponto é a criação de uma mentalidade [mindset] no país que permita ver a agenda de inovação e a agenda da ciência e da tecnologia como algo fundamental para sustentar as políticas sociais e a rede de segurança social do Brasil. O país enfrenta grandes limitações orçamentárias atualmente. De modo a apoiar a agenda de política social, o país deve investir em aumento da produtividade e no crescimento por meio da inovação. Sacrificar a agenda de inovação em nome de uma agenda social seria destruir o motor que mantém as políticas sociais do país em funcionamento. Temos que encontrar uma maneira de construir um consenso, criar uma abordagem sistêmica para apoiar a agenda de inovação, de modo que seja vista como parte importante do avanço da economia brasileira. O Brasil começou a ver algum crescimento econômico e esse mindset tem de ser encorajado neste momento. Caso contrário, há um grande risco de o motor ser destruído, comprometendo o avanço das políticas sociais no país.

Agência FAPESP – Um obstáculo ao avanço da inovação apontado por vários dos participantes do workshop é a falta de governança e de planejamento de longo prazo no país. Como superar esse problema em um cenário político tão instável como o atual?
Reynolds – É um fato da democracia as políticas públicas estarem sujeitas a experiências políticas. Temos esse problema nos Estados Unidos também. Políticos querem ser reeleitos e isso significa apoiar políticas que, no curto prazo, agradem seus eleitores. O que temos visto em outros países é a construção de instituições capazes de ficar a um passo de distância do processo político. Um serviço público bem estruturado, por exemplo, que não se mova com a mudança do vento a cada governo político. Instituições que se sobressaem a qualquer indivíduo, um ministério que trabalha com planejamento de longo prazo, investimentos direcionados para um determinado projeto de longo prazo. Nos Estados Unidos vemos isso com frequência no Departamento de Defesa, onde há um plano de longo prazo independente do que acontece na política. No passado, o Brasil já fez isso. Foi o caso da Embraer no setor aeroespacial. Também há exemplos no setor agrícola e de biocombustíveis – este último infelizmente não é mais assim. É um grande desafio para o Brasil. O primeiro passo é criar um contexto institucional que permita e incentive um planejamento de longo prazo separado das urgências políticas do dia a dia. Penso que esse é o tipo de reforma institucional que o país deveria estar buscando – pelo menos no que se refere à agenda de inovação (Agência Fapesp, 22/2/18)



'The Washington Post' é eleita 8ª empresa mais inovadora do mundo


Legenda: O fundador da Amazon, Jeff Bezos, que comprou o jornal americano "The Washington Post" em 2013

 

O jornal americano apareceu pela 1ª vez no ranking da revista 'Fast  Company'.

O jornal americano "The Washington Post" ficou em oitavo lugar na lista das dez empresas mais inovadoras do mundo da revista "Fast Company", que avaliou 350 companhias. 

É a primeira vez que a publicação de 140 anos, controlada desde 2013 pelo fundador da Amazon, Jeff Bezos, aparece no ranking geral, ao lado de companhias de tecnologia como Apple, Netflix e Amazon. 

Em 2015 e 2017, o jornal já havia aparecido na lista dos mais inovadores na categoria "mídia" —na qual, neste ano, levou o primeiro lugar. 

A revista destacou as mudanças no modelo de negócios do "The Washington Post", que se tornou também uma empresa de software, com a criação de sistemas inovadores —um deles é o Arc, publicador que facilitou a vida dos jornalistas da empresa e, inclusive, passou a ser utilizado por outras redações, como a do "Los Angeles Times" e do "New Zealand Herald".

A disparada de audiência da publicação também foi ressaltada: em novembro de 2016, o jornal superou os 100 milhões de visitantes únicos on-line e, em setembro de 2017, ultrapassou a marca de 1 milhão de assinantes digitais, com um aumento de 300% em apenas um ano. 


RANKING

 

Na categoria "América Latina", três companhias brasileiras foram destacadas pela "Fast Company". 
A primeira delas é a start-up financeira Nubank, que recentemente ampliou seus serviços e passou a oferecer conta corrente digital. A empresa ficou em terceiro lugar da categoria. 

Na quinta posição, vem o aplicativo de táxis 99, comprado pela chinesa Didi Chuxing em janeiro deste ano. 

A varejista Magazine Luiza ficou em sétimo lugar da região, por ter introduzido no país o modelo de compra virtual após uma prova dos produtos em lojas físicas, e por programas inovadores, como aquele que estimula clientes a se tornarem revendedores da loja no Facebook.


Veja as 10 empresas mais inovadoras de 2018, segundo a "Fast Company"

1 - Apple (Eletrônicos)
2 - Netflix (Streaming de vídeo)
3 - Square (Meios de pagamento)
4 - Tencent (Mídias Sociais)
5 - Amazon (Varejo on-line e tecnologia)
6 - Patagonia (Varejo de roupas)
7 - CVS Health (Farmácia)
8 - The Washington Post (Imprensa)
9 - Spotify (Streaming de música)
10 - NBA (Liga de basquete) (Folha de S.Paulo, 22/2/18)

Presidentes se tornam investidores-anjos de startups


Altos executivos de empresas têm diversificado os negócios atuando como investidores-anjo de startups

 




Marcio Fernandes deixou a presidência da Elektro em setembro do ano passado. Desde então, está investindo em uma startup de desenvolvimento profissional – e procurando outras. “Tento conectar esses negócios com coisas que estejam ligadas ao meu propósito de vida”, diz Marcio. A empresa que recebeu o dinheiro dele não levou só isso. “Dedico muito do meu tempo ajudando a fazer dar certo. Não penso só no retorno financeiro. Quero contribuir de outras formas”, afirma.
 
 Atualmente, os rendimentos de Marcio são bem maiores do que o salário que ele recebia como presidente da distribuidora de energia, mas a transição foi feita de maneira gradual. “Planejo essa mudança há dois anos”, conta. “Passei 30 anos trabalhando no mundo corporativo e comecei a questionar o que poderia fazer de diferente na minha vida. Sinto saudades da empresa e, principalmente, das pessoas, mas sei que estou no caminho certo agora”, diz Marcio.

Dois anos atrás, Romero Rodrigues, CEO e fundador da plataforma de pesquisa de produtos e preços Buscapé, deixou a companhia depois de 16 anos para trilhar o mesmo caminho que Marcio seguiu. Na ocasião, Romero anunciou em um texto publicado no LinkedIn que pretendia ser um investidor e incentivador de startups. “Sim, vou dedicar meu tempo livre ao empreendedorismo. Ajudar outros empreendedores nessa travessia”, escreveu.

Não são apenas os executivos brasileiros que investem dinheiro próprio em startups. Tim Cook, CEO da Apple, e Eric Schmidt, ex-chairman do Google, colocaram a mão no bolso para colaborar com a Nebia, que criou chuveiros que economizam água e energia. Nenhum dos executivos revelou o montante investido. Já Mark Zuckerberg, do Facebook, anunciou que colocou 4 milhões de dólares, como pessoa física, na Panorama Education, empresa que usa análise de dados para melhorar a educação nas escolas americanas.

Há quem se lance sozinho como investidor. E há quem prefira reunir um grupo de executivos com o objetivo de ajudar determinado tipo de empresas iniciantes. É o caso da House of Fintech, com executivos de empresas como Via Varejo, Banco Volkswagen, Rico e Banco GM que colocaram dinheiro e tempo em companhias com potencial de mudar os serviços financeiros no Brasil.


Barreiras para investir




No ano passado, o investimento-anjo feito por pessoas físicas cresceu 9% no Brasil e chegou a 851 milhões de reais. Para a advogada Beatriz Dainese, da Giugliani Advogados, esse tipo de investimento – considerado de risco, já que 97% das startups no Vale do Silício vão à falência – ganhou outro obstáculo em julho de 2017, quando a Instrução Normativa 1719/2017 passou a sujeitar a incidência de Imposto de Renda Retido na Fonte com alíquotas entre 15% e 22,5% nos aportes de capital nessas transações. “O investidor-anjo não arca com o risco do negócio da empresa investida nem com os prejuízos que a mesma venha a sofrer, por não pertencer ao quadro societário”, afirma Beatriz. “Mas passou a ser tributado nos recebimentos, o que constitui um empecilho para que as startups possam se desenvolver.”

Diante da questão, 50 investidores enviaram ao Senado uma carta pedindo mudanças na normatização. “Um projeto de lei com isenção ajudaria a fomentar o ecossistema de empreendedorismo no país”, diz o investidor-anjo Marcio Kogut, dono de uma aceleradora e consultoria de inovação.

Para não errar na escolha de qual startup investir, Marcio Fernandes segue algumas regras. “Você tem que ter um interesse genuíno no trabalho que a startup faz”, afirma. “Caso contrário, dará dicas genéricas e só vai ajudar de maneira marginal.” Outro ponto é determinar com qual tipo de empresa você quer se envolver: se são aquelas que só precisam de dinheiro ou as que estão abertas para receber conhecimento também.

Kogut ressalta que um dos pontos importantes é conhecer os profissionais por trás dos negócios. “O empreendedor é a alma da startup”, diz. “Você precisa ser capaz de confiar nele.” Ser racional e saber muito bem onde está pisando são outros bons conselhos. Afinal, colocar dinheiro em uma companhia iniciante pode multiplicar seus rendimentos por dez – ou então dar em nada.
 
Pela Web

Fornecedora de materiais de escritório, Staples Brasil é vendida


O grupo agora controla três empresas que atuam em vendas de materiais de escritório e informática ao segmento corporativo

 





São Paulo – As operações da Staples no Brasil foram adquiridas pelo empresário Cesar Folle, controlador das redes BrSupply e Korpex.
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As três empresas atuam no mesmo ramo, de vendas de materiais de escritório e informática ao segmento corporativo. De acordo com nota, elas passam a contar com um portfólio de 12 mil itens disponíveis e geram, em média, 40 mil pedidos por mês e com vendas de 2 milhões de itens mensais.

Entre seus clientes, estão Ambev, BRF, Coca-Cola, Itaú BBA, Kroton, Pão de Açúcar, Raia Drogasil, TIM, Vale e Vivo. “Entrar para uma holding focada em suprimentos para o mercado corporativo nos fortalece ainda mais”, afirmou João Paulo Delbucio Amadio, diretor geral da Staples Brasil.

No Brasil, a empresa chegou em 2004, mas sem a intenção de brigar diretamente com a Kalunga, gigante do setor. “Não temos como concorrer com eles, chegamos muito tarde para isso”, afirmou Leo Piccioli, presidente da Staples no Brasil e Argentina, em entrevista ao site EXAME em agosto de 2017. “Queremos complementar o que eles oferecem, apostamos nisso para crescer”.

Venda da operação global

 

A venda da Staples Brasil faz parte do plano estratégico global da companhia, que em 2016 anunciou que se dedicaria aos seus negócios na América do Norte.

Ela vendeu a participação majoritária das operações europeias e a Staples Austrália-Nova Zelândia e, em maio de 2017, passou a buscar novos investidores para as operações na América do Sul e Ásia.

Poucos meses depois, em setembro do mesmo ano, a Sycamore Partnerts concluiu a aquisição total da própria Staples Inc.

Embraer estuda entrar no mercado de aeronaves turboélice


De acordo com executivo, essa aposta estaria em linha com a estratégia da empresa de ser a líder no segmento de até 150 assentos

 






São José dos Campos – A Embraer está estudando entrar no mercado de turboélices, aeronaves de menor porte que costumam ser operadas em rotas regionais, afirmou Rodrigo Souza e Silva, vice presidente de Marketing da divisão de Aviação Comercial.

De acordo com o executivo, essa aposta estaria em linha com a estratégia da empresa de ser a líder no segmento de até 150 assentos. “Com o E2, estamos nos posicionando na faixa de cima. O que estamos olhando agora são aviões menores, de outras capacidades ou outros segmentos”, disse a jornalistas após evento da empresa.

Silva conta que a Embraer tem interagido com vários clientes, que vêm com bons olhos a possibilidade de a empresa trazer um produto para esse mercado. Potencial existe, já que as aeronaves disponíveis hoje são consideradas antigas, e há grande espaço para ganhos de eficiência e redução de custos operacionais na indústria. “Se lançarmos, vai ser com tecnologia igual ou superior à do E2”, diz Silva.

Caso venha de fato a seguir com o projeto, a Embraer desenhará um produto para concorrer diretamente com o ATR 72, da fabricante francesa ATR, e com o Dash 8 Q-400, da Bombardier – ambos com capacidade para cerca de 70 assentos. O principal mercado para o eventual turboélice da companhia seria o da Ásia Pacífico, aponta Silva. “Seria um bom complemento, em termos estratégicos, ao E2”. Os E-Jets são produtos fortes principalmente nas Américas, Europa e China.

O executivo ressalta que este é um projeto ainda em estágio bem preliminar, visando o médio e longo prazos. Mas conta que há um grupo de trabalho se debruçando em estudos de mercado e análises técnicas para tornar essa uma oportunidade viável para o futuro. “Mas, agora, nosso foco é vender e integrar a família E2.”

A primeira entrega da nova geração dos E-Jets está prevista para abril deste ano. O primeiro E190-E2 pertencerá à Widerøe, maior companhia aérea regional da Escandinávia, que pretende começar a voar comercialmente com o jato logo após a entrega. O próximo modelo da geração a entrar em atividade é o E195-E2, o maior deles – quem receberá o primeiro jato, no primeiro semestre de 2019, é a companhia aérea Azul. Por último, fica o E175-E2, com entrega prevista para 2021.

Porém, a entrada do E175-E2 no mercado norte-americano – um dos maiores do mundo – permanece incerta devido à chamada “cláusula de escopo”, uma determinação do sindicato local de pilotos que impede que a nova aeronave da Embraer opere regionalmente no País.

Segundo Rodrigo Souza e Silva, a companhia continua acreditando que, com a chegada das aeronaves, mais eficientes e modernas, ao mercado, uma renegociação com os pilotos tome um tom mais favorável. Ele reforça, porém, que há potencial para a aeronave em diversos outros mercados além dos Estados Unidos.

Silva foi questionado sobre o andamento das negociações da Embraer com a Boeing, mas não quis fazer comentários.

A Embraer entregou nesta quinta-feira, 22, duas aeronaves à holandesa KLM. Os jatos, um E175 e um E190, serão operadas pela KLM Cityhopper, subsidiária da empresa que atua em aviação regional.

Com essa entrega e mais três programadas para os próximos meses, a Cityhopper completa uma frota de 49 jatos, todos da Embraer. Segundo o Warner Rootliep, diretor da Cityhopper, as aeronaves da brasileira são ideais ao modelo de negócios da companhia, que demanda flexibilidade e eficiência.