terça-feira, 6 de março de 2018

Inteligência artificial vai mudar todos os relacionamentos humanos

Inteligência artificial vai mudar todos os relacionamentos humanos

Para historiador, Google, Facebook e Amazon competem em revolução digital e redes sociais ficam arcaicas.


Quando descreveu os perigos da internet em seu primeiro livro há dez anos, Andrew Keen ficou conhecido como o anticristo do Vale do Silício, uma rara voz dissonante num momento em que o mundo parecia celebrar as maravilhas das redes sociais.

Em “O Culto do Amador”, o historiador que trocou seu Reino Unido natal pela meca do “big tech” na Califórnia, onde fundou uma série de start-ups que fracassaram, já falava na erosão da confiança em instituições que são pilares da sociedade moderna.

Ele previu a era das “fake news”, com a crise da mídia tradicional diante da ascensão da opinião de amadores na rede mundial, e o fim de certas experiências humanas, como a solidão e a privacidade, que desapareceriam num ambiente dado ao exibicionismo total.

Uma década depois, Keen aponta as consequências de um mundo inebriado pela internet em seu mais novo livro.

“How to Fix the Future”, recém-lançado nos Estados Unidos, descreve o quadro de medo e paranoia que domina a época atual e aponta a eleição de Donald Trump como fenômeno de um momento em que a crença cega na suposta transparência do ambiente virtual acabou gerando sociedades mais opacas.

Nesta entrevista, Keen comenta a crise de imagem do Vale do Silício, prevê um futuro controlado por inteligência artificial e aponta ameaças que o amor à tecnologia pode impulsionar, entre elas o levante de uma tecnocracia digital na China e de uma nova guerra fria causada por políticas digitais divergentes.

Folha - Seus livros e artigos são um alerta sobre os perigos da internet há uma década. Como vê a rede mundial hoje?

Andrew Keen - Tenho uma visão histórica sobre a revolução digital e a vejo como outras grandes mudanças tecnológicas e culturais do passado, como a Revolução Industrial e a Reforma Protestante, mas já não gosto mais de usar essa palavra internet.

A internet está em todos os lugares hoje em dia e provocou uma mudança profunda na forma como aprendemos, conversamos e administramos governos e os negócios.

É uma mudança tão forte quanto a Revolução Industrial, com a diferença que já não há crianças trabalhando em fábricas que cospem fumaça nem o surgimento de uma nova classe proletária.

Em vez disso, as empresas de tecnologia se tornaram as mais ricas e poderosas do planeta e estão todas concentradas na costa oeste dos Estados Unidos. Isso gerou outros níveis de riqueza e figuras como Jeff Bezos, o dono da Amazon que é talvez o homem mais rico da história.

O que está no horizonte como próxima fase dessa evolução?

Sempre tendemos a superestimar a velocidade com a qual a tecnologia pode mudar o mundo, mas acredito que nos próximos 15 anos a inteligência artificial vai mudar todas as indústrias e todos os relacionamentos humanos, por isso empresas como Google, Facebook e Amazon agora estão competindo para ver quem vai dominar essa área.

Mas acredito que pode até haver uma nova empresa, uma espécie de novo Google ou Amazon, que vai surgir e transformar todas as coisas.

A inteligência artificial já é uma realidade, não é só conversa ou uma propaganda vazia. E ela vai mudar a maneira em que pensamos sobre nós mesmos quando começar a substituir as pessoas em fábricas ou a servir fast food ou a trabalhar como médicos, advogados e até professores.

Os humanos podem se tornar obsoletos no futuro próximo?

Não penso isso, mas precisamos entender o que está acontecendo e desenvolver novas formas de agir. Na era das máquinas inteligentes e dos algoritmos, precisamos entender o que só os humanos ainda conseguem fazer.

Mas, enquanto essa reflexão não amadurece, acredita que a tecnologia e as redes sociais vão continuar a agravar o quadro de descrença em relação à política da atualidade descrito em seu livro mais recente?

A tecnologia não é o que levou Donald Trump ao poder ou o que está por trás da xenofobia. Mas a realidade é que a revolução digital criou outras formas de escassez. Há escassez de confiança e de capacidade de prestar atenção. Estamos confiando cada vez menos em todas as coisas.

Isso começou com a maneira como a internet gerou um fetiche em torno de amadores, minando nossa confiança em especialistas, curadores, profissionais e críticos. Foi a natureza democrática dessa tecnologia que nos levou a essa crise de confiança.

Trump é o presidente da internet. Ele representa os piores elementos das redes sociais, o narcisismo, a obsessão com o próprio ego, a inabilidade de ouvir. É o primeiro presidente antissocial.

Qual o antídoto para isso?

Mesmo que a tecnologia tenha provocado essa crise, acredito que nossa confiança possa ser reconstruída usando essa mesma tecnologia.

Seu livro dá exemplos bons e ruins de nações como Estônia e Cingapura, que estão ancorando seus governos em inovações tecnológicas. Quais são as vantagens e os perigos da ideia de país inteligente?

Nada é inevitável em relação à tecnologia, então tudo depende de como ela é usada. A Estônia é um bom exemplo de como um governo pode ser mais transparente com a tecnologia. Não é perfeito, mas está inspirando sistemas parecidos em todo o planeta.

O caso de Cingapura é mais preocupante porque há uma ausência de democracia, mas até o sistema paternalista deles parece funcionar melhor do que a democracia disfuncional que estamos vivendo agora nos Estados Unidos.

A China também está avançando nesse cenário e exerce grande controle sobre seus cidadãos censurando a internet e monitorando manifestações online. Como avalia isso?

O modelo de países inteligentes tem problemas, mas em todos eles há um grau de prestação de contas à sociedade que não existe na China.

Deveríamos estar bem mais preocupados com o caso chinês. Eles estão construindo um sistema orwelliano, em que o governo determina o destino das pessoas em termos de moradia, educação e privilégios sociais com base nos dados que tem sobre eles.

Eles estão se aproximando cada vez mais de um regime totalitário. É um pesadelo, uma tecnocracia digital onde os direitos individuais são ignorados.

No século 21, podemos ter uma nova guerra fria em que a base do conflito não será mais a diferença entre regimes econômicos e sim a maneira como cada país conduz as suas políticas digitais.

Mas mudanças como a decisão dos EUA de acabar com a neutralidade da rede não contribuem para um controle excessivo no resto do mundo?

Essa coisa de neutralidade da rede é uma ilusão completa, é “fake news” criada pela esquerda americana.

Eles sugerem que o perigo está no controle da rede por empresas como AT&T e Comcast, mas elas são minúsculas perto do Google e da Amazon.

Esse debate é um desperdício de tempo que só reflete o medo e a paranoia dessa época em que estamos vivendo.

A real ameaça à democracia está em como o Facebook e o Google se tornaram superpoderes globais enquanto o governo americano não funciona. Ninguém ali trabalha.

Você acredita que os EUA deveriam seguir os passos da União Europeia e impor mais restrições a essas empresas?

Os americanos sempre gostam de pensar que são mais avançados do que o resto do mundo, mas nesse ponto ficaram muito para trás em relação aos europeus. O século 21 já nos deu motivos para repensar as regras antitruste.

Haverá cada vez mais pressão para uma proteção maior de dados pessoais, como já existe na Europa. E penso que nas próximas eleições aqui os candidatos vão disputar cargos com plataformas anti-Vale do Silício da mesma forma que já atacaram Wall Street. 

O “big tech” está vivendo o auge de uma crise de imagem?

O espírito dessa época é outro. A histeria em torno das redes sociais já se esgotou. Elas se tornam cada vez mais arcaicas e fora de moda.

Há dez anos eu era o único a dizer que elas enfraquecem a credibilidade e a verdade, enquanto hoje todos concordam com isso.

Elas prometiam transparência, mas nosso mundo só se tornou mais opaco e ninguém sabe o que essas empresas fazem com todos os nossos dados.

Os consumidores vão começar a peitar essas firmas. E o Google e o Facebook vão precisar aprender algumas lições com outras indústrias, como a dos automóveis, que se repensou para sobreviver.

A tecnologia é tão perigosa quanto o nosso amor por ela.

RAIO-X

Vida
Nasceu em Londres, em 1960, e hoje vive em Berkeley, nos Estados Unidos

Formação
Estudou história e ciências políticas na Universidade de Londres e na Universidade da Califórnia, em Berkeley

Carreira
Em 1995, ele fundou a Audiocafe.com, que fechou cinco anos depois. Trabalhou em empresas de tecnologia como Pulse 3D, SLO Media e Santa. Ele hoje faz palestras sobre a revolução digital e é autor de quatro livros, entre eles “O Culto do Amador” e “How to Fix the Future”


HOW TO FIX THE FUTURE
AUTOR Andrew Keen
EDITORA Atlantic Monthly Press
QUANTO US$ 16,30 (R$ 52,98), 288 págs (Folha de S.Paulo, 5/3/18)

Tarifas ao aço nos EUA elevam riscos para comércio, mas impacto no setor é limitado, diz Fitch




SÃO PAULO (Reuters) - A agência de classificação de risco Fitch informou que os planos do governo dos Estados Unidos de impor tarifas para importação de aço e alumínio do país podem aumentar os riscos ao comércio global, mas o efeito direto no setor é limitado. 

Contrução de metal em Moscow 09/02/2018 REUTERS/Maxim Shemetov
 
 
Segundo a Fitch, a imposição de tarifas tem o potencial de elevar os riscos ao crescimento global caso resulte em medidas de retaliação que levem a ruptura comercial e preços mais altos de bens de consumo.
“O efeito direto das tarifas sobre exprotadores de aço para os EUA provavelmente seria limitado uma vez que uma demadna regional saudável e cortes na capacidade chinesa continuam a fornecer um ambiente positivo para a perspectiva para o setor”, escreveu a equipe da Fitch.


Por Flavia Bohone


https://br.reuters.com/article/businessNews/idBRKCN1GI27H-OBRBS

BRDE libera R$ 33,2 milhões para cooperativas gaúchas


Recursos serão investidos em ampliações de unidades

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
BRDE libera R$ 33,2 milhões para cooperativas gaúchas


Contratos de financiamento do Banco Regional do Desenvolvimento do Extremo Sul (BRDE), que somam R$ 33,2 milhões, foram assinados nesta segunda-feira (5), durante a 19° Expodireto Cotrijal, em Não-Me-Toque (RS). O ato de assinatura ocorreu no estande da instituição, no Parque de Exposições, com a presença do vice-governador José Paulo Cairoli. Os contratos vão viabilizar recursos para investimentos em duas cooperativas e duas empresas gaúchas. Em fevereiro, o BRDE liberou R$ 45 milhões para cooperativas do Paraná (veja mais detalhes aqui). 

Cairoli (na foto, ao centro) agradeceu ao banco pelo investimento e às cooperativas por acreditarem no Estado do Rio Grande do Sul. "Acreditem no nosso projeto. Ele é voltado para aqueles que mais precisam. Estamos em um trabalho de transformação para o futuro das gerações", ressaltou. O presidente financeiro do BRDE, Odacir Klein, disse que a Expodireto é uma promotora e o banco é um financiador de inovação, de produtividade e de desenvolvimento econômico. "Esses contratos visam à inovação para armazenagem, para movimentar safras, para aumentar a produtividade", garantiu.


Cooperativas e empresas beneficiadas


O financiamento de R$ 6,7 milhões será destinado para a ampliação da capacidade de armazenagem da empresa Três Tentos Agroindustrial nos municípios de Capão do Cipó, Fortaleza dos Valos, Joia, Entre-Ijuís e Santa Bárbara do Sul. Para a Cooperativa Tritícola Santa Rosa (Cotrirosa), a contratação do financiamento de R$ 9,5 milhões servira para a ampliação da capacidade de recebimento e de armazenagem de grãos, com a aquisição e a instalação de silos armazenadores em quatro filiais, em Tucunduva, Santo Cristo, Cândido Godói e Ubiretama.

Conforme o diretor industrial e de desenvolvimento da Ipacol Máquinas Agrícolas, Luis Carlos Parise, os recursos de R$ 6 milhões serão utilizados para o desenvolvimento de uma linha de máquinas Colhedoras de Forragem Autopropelidas (CFA), com tecnologia nacional, no município de Veranópolis. Para a Coagrisol Cooperativa Agroindustrial, a contratação do financiamento foi no valor de R$ 10,6 milhões, para investimentos em 15 unidades de recebimento e armazenagem de grãos. O diretor financeiro da Coagrisol, Paulo Regis Correa, revelou que a cooperativa passa por um processo de reestruturação e novo modelo de gestão. Para ele, o investimento vem para somar. "Esse é o momento de fazer novos investimentos, que há anos não fazíamos, e que vai beneficiar seis mil produtores que representam mais de 30 mil pessoas", estimou. 

 http://www.amanha.com.br/posts/view/5230


Terminal em Paranaguá sacia o apetite dos chineses?


Milton Pomar analisa os movimentos da CMPort no Paraná

Por Milton Pomar

redacao@amanha.com.br
Terminal em Paranaguá sacia o apetite dos chineses?, questiona Milton Pomar


A China está avançando sobre o Brasil com a voracidade que lhe é peculiar, desde que começou a sua longa marcha, há pouco mais de 20 anos, para se tornar a maior economia mundial. Como a estratégia das empresas chinesas segue a estratégia maior do país, e o Brasil é um parceiro estratégico para a China, por razões mais que óbvias, continuarão investindo aqui na compra de portos, aeroportos, agroindústrias, reservas de petróleo, minas de ferro e de outros metais, usinas de etanol, e o que mais houver interessante e barato – a expressão “bacia das almas” está em desuso, mas o seu significado permanece vivo entre nós, infelizmente. 

Notícias sobre investimentos de grande porte se sucederão nos próximos meses, pois os chineses retomaram o ritmo em relação ao Brasil. A compra do terminal de contêineres de Paranaguá (veja mais detalhes aqui), o porto pelo qual entram e saem milhões de toneladas de fertilizantes e de soja, negociadas há muitos anos pelo “pool” de cooperativas do Paraná,, pode ser apenas a primeira. Esse negócio, de R$ 3 bilhões, mais R$ 1 bilhão prometidos em investimentos no porto, terá fortes implicações para a agricultura brasileira, historicamente à mercê de custos elevados de logística, decorrentes do modelo rodoviário dominante. 

Paranaguá é o segundo maior porto do Brasil, uma referência na exportação de produtos agrícolas do Paraná e Mato Grosso do Sul, por exemplo. Ao ser vendido para a China Merchants Port, com a “benção” da Frente Parlamentar de Logística de Transporte e Armazenagem, em evento no Congresso Nacional em fevereiro, o porto de Paranaguá passa a integrar a estratégia chinesa em relação à compra de alimentos no mundo, de redução de custos de logística e de intermediação, via compra direta e fornecimento dos meios de transporte.

Empresas chinesas quando tomam uma decisão é porque já estudaram o assunto exaustivamente. Daí a possibilidade de serem verdadeiras as informações que circulam no Paraná a respeito das novas investidas da CMPort, sobre a área de Imbocuí, vizinha a Paranaguá, para construção de um novo porto, e sobre a Rumo Logística, para terem também o modal ferroviário de 12 mil km dessa empresa, que atende de São Paulo ao Rio Grande do Sul, ganhando escala e consequentemente competitividade. 

 http://www.amanha.com.br/posts/view/5228


A crise acabou?


 

Alta de 1% no PIB de 2017 e criação de 78 mil postos de trabalho em janeiro confirmam retomada da economia após

 Crédito: Claudio Gatti
 OTIMISTA Fernanda de Figueiredo, na piscina do imóvel que comprou em São Paulo: “Acredito na melhora da economia” (Crédito: Claudio Gatti)

 
A julgar pelas notícias da última semana, a crise econômica é coisa do passado. O prolongado e doloroso ciclo de recessão que perdurou de 2015 a 2016, anos em que o Produto Interno Bruto (PIB) ficou negativo em 3,5%, ainda está longe de ser superado, mas os principais indicadores mostram que o País voltou a crescer. Em 2017, o PIB fechou em 1%, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que divulgou o dado na última quinta-feira. 

A taxa juros é a mais baixa da história (6,75%). A inflação, em 2,2% ao ano, está abaixo da meta do Banco Central e o setor público obteve em janeiro superávit de R$ 46,9 bilhões — o melhor resultado desde 2001, quando a série histórica foi iniciada. Na indústria, o crescimento foi de 2,5% em 2017, contrastando com as quedas de 6,4% em 2016 e 8,3% em 2015. 

Até o índice de desemprego, que se mantinha estacionado na preocupante casa de 12,2%, dá sinais de queda, com a criação de 77.822 mil novas vagas em janeiro, algo que não ocorria desde 2012, segundo o Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged). Ainda que a positividade dos dados não se reflita de forma prática na melhoria das condições de vida dos brasileiros, os indicadores confirmam que a confiança no País voltou. Prova disso é a Bolsa de Valores de São Paulo estar registrando recorde após recorde neste início de ano.


EM ALTA A indústria automotiva cresceu 20,1%: retomada do poder de compra puxa o consumo (Crédito:Jose Patricio)

Então por que ainda persiste a sensação de que o fim da crise é quase uma utopia? “A gente vê que, de uma maneira geral, a economia vem melhorando. Mas é uma melhora lenta e gradual” afirma o economista Marcel Grillo Balassiano, do Instituto Brasileiro de Economia (Ibre), da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Uma das razões para a lentidão da retomada é a o efeito destruidor da recessão no biênio anterior, o que, na prática, colocou a economia no mesmo patamar que estava em 2010.

  Com o avanço do PIB no ano passado, avançamos para o cenário de 2011. É muito atraso para recuperar de uma vez só. A única vez que o PIB brasileiro ficou negativo por dois anos seguidos foi logo após a crise de 1929, e mesmo assim, em níveis menores. Estudos do próprio Ibre/FGV apontam que deverão ser gerados em 2018 entre 700 mil e 1 milhão de postos de trabalho.

“A única vez que o PIB caiu duas vezes seguidas foi logo após a crise de 1929. Em 2017 tivemos o primeiro ano pós-recessão” Marcel Grillo Balassiano, economista do Ibre/FGV
Somada aos juros baixos e à inflação sob controle, a recuperação do emprego irá aumentar a renda das famílias e estimular o consumo, aquecendo ainda mais a economia. A recuperação das vendas já é significativa na indústria automobilística, que cresceu 20,1% em 2017 e segue no mesmo ritmo este ano. Otimistas com esse cenário de retomada, empresas de outros setores também voltaram a fazer grandes aportes. É o caso da OLX, plataforma de compra e venda online, que vai investir no Brasil R$ 200 milhões em tecnologia e inovação neste ano, segundo presidente Andries Oudshoorn.


“Pós crise”


Não é só o grande empresário que aposta. Por acreditar na tendência de valorização no longo prazo, a administradora paulistana Fernanda Pirajá de Figueiredo, 52 anos, acaba de comprar um imóvel na Vila Mascote, bairro de classe média em São Paulo. “Acredito na melhora da economia e a hora de comprar apartamento é antes que os preços subam novamente”, afirma. Também os cariocas Guga Weigert e Rodrigo Lasmar resolveram investir mais de R$ 7,5 milhões em um empreendimento dentro do Jockey Club do Rio de Janeiro, que será inaugurado no sábado 10. Para o CEO Dante Seferian, da Construtora e Incorporadora Danpris, de Osasco (SP), “este é um bom momento para adquirir imóveis, principalmente pelas condições de pagamento oferecidas, em que se pode usar recursos próprios como o FGTS e opções como crédito imobiliário, financiamento e consórcio imobiliário.” Tanto é que o setor de equipamentos para construção civil foi o que mais cresceu em 2017: 40,1%.
Gestor da Golf Invest, braço da XP Investimentos, a maior do País, o economista Shan Butler diz sentir que há espaço para um bom crescimento e que o investidor brasileiro já se prepara para o pós-crise. “Ele teve que buscar alternativas e acabou migrando para plataformas que dividem as aplicações e remuneram melhor. Há sinais de reaquecimento da economia, agora vai depender só da política. Se permitirem, vai melhorar”, diz Butler. Para os analistas, a certeza de que a crise realmente acabou depende ainda da eleição. O economista Marcel Grillo Balassiano, do Ibre/FGV, acredita que o mercado reagirá na medida em que os candidatos pró-reformas forem ganhando força nas pesquisas. “Quando a gente souber o presidente eleito e qual política econômica vai prevalecer em 2019, a incerteza vai passar”, afirma.

https://istoe.com.br/a-crise-acabou/


Líderes e cientistas de 15 das mais poderosas empresas do mundo ensinam como inovar

 

"Apostamos na contramão das expectativas, numa cultura corporativa baseada na coragem".







Rob Kowalski, Novartis - Diretor Global de Assuntos Regulatórios


O grupo suiço Novartis aposta no big data e na inteligência artificial para descobrir novas fórmulas para um mundo que fica mais velho. Para trafegar no movediço território das enfermidades, a empresa mete a mão no caixa e cultiva uma cultura que valoriza, mais que o risco a coragem de cada colaborador.

Baixe a matéria no link abaixo.


 https://www.novartis.com.br/news/lideres-e-cientistas-de-15-das-mais-poderosas-empresas-do-mundo-ensinam-como-inovar

quarta-feira, 28 de fevereiro de 2018

EDP Brasil prevê concluir operações de compra de fatia na Celesc em abril

Resultado de imagem para fotos da EDP Brasil



SÃO PAULO (Reuters) - A EDP Brasil, empresa do grupo português Energias de Portugal, deverá concluir até abril operações para a compra de uma participação relevante na elétrica estatal catarinense Celesc, disse a jornalistas nesta quarta-feira o presidente da companhia, Miguel Setas. 

A unidade brasileira da EDP anunciou em dezembro um acordo para a compra de uma fatia de 14,5 por cento na Celesc detida pela Previ, fundo de pensão dos funcionários do Banco do Brasil, por 230 milhões de reais. A participação representa 33 por cento dos papéis ordinários e 1,9 por cento dos preferenciais.

A operação deverá ser concluída na primeira semana de março, quando a EDP Brasil então lançará uma oferta pública de aquisição (OPA) voluntária para comprar até mais 32 por cento das ações preferenciais da Celesc em circulação no mercado.

“No final de abril, se tudo correr bem, essa transação estaria concluída”, afirmou Setas.

Ele defendeu ainda que o investimento na Celesc, visto no mercado como uma aposta na futura privatização da empresa, será um bom negócio mesmo se a elétrica seguir com controle estatal.

“Não temos nenhum horizonte temporal para a privatização... achamos que esse investimento, pela sua dimensão e pelas condições em que está sendo efetuado, é de baixo risco, e no nosso ponto de vista se justifica e se rentabiliza mesmo que não haja um cenário de privatização”, afirmou.

Ele afirmou que a Celesc deverá ter uma boa melhoria de desempenho nos próximos anos e ressaltou que o Estado de Santa Catarina possui um bom ambiente de negócios para investidores.

“A escolha de Santa Catarina para nosso investimento é uma escolha que tem a ver em participar com a qualidade do ambiente institucional no Estado... foi algo que nos chamou a atenção e nas nossas prioridades de investimento nos levou a tomar essa decisão”, explicou.

Controlada pelo governo de Santa Catarina, com 50,2 por cento das ações ordinárias e 20,2 por cento no capital total, a Celesc é responsável pela distribuição de eletricidade no Estado e possui ativos em geração e transmissão.

 

TRANSMISSÃO


O presidente da EDP Brasil disse que a companhia também seguirá buscando oportunidades de crescimento em transmissão de eletricidade, onde estreou em 2016, ao arrematar uma concessão em um leilão do governo, mas com um menor ímpeto devido à elevação da competição no segmento.

A companhia arrematou mais concessões de transmissão em 2017 e agora soma 1,3 mil quilômetros em linhas a serem construídas nos próximos cinco anos, com investimento estimado de 3,1 bilhões de reais.

“Nossa intenção é continuar a avaliar oportunidades que vão aparecer nos próximos leilões, mas a impressão também é que o ambiente competitivo na nossa avaliação é muito intenso, muito acirrado. 

Portanto nossa expectativa é relativamente moderada com relação a novos investimentos em curto prazo... somos exigentes com a rentabilidade”, afirmou Setas.

Ele destacou que o primeiro empreendimento da companhia no setor, que precisa ser entregue em agosto de 2020, teve a licença ambiental de instalação emitida sete meses antes do esperado. A companhia já estimava anteriormente concluir a linha com 10 meses de antecedência.

“Tendemos a ser conservadores nessa soma, mas se tudo correr bem temos 17 meses (de antecipação)”, disse Setas.

“A expectativa que temos é que os bons resultados que tivemos em geração, de antecipar as usinas que construímos, sejam transponíveis para o segmento de transmissão. E começamos bem”, adicionou.


Por Luciano Costa