quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

XP compra parte de startup de inteligência artificial do Vale do Silício


A plataforma Olivia existe há três anos nos EUA e agora chega ao Brasil para ajudar os brasileiros a poupar dinheiro e investir

 




São Paulo — Perto de estrear no Brasil, a fintech de inteligência artificial Olivia recebeu um aporte da XP Investimentos. A parceria estratégica entre as companhias, que inclui a aquisição de uma participação minoritária da Olivia pela XP, vai dar base para a startup começar a operar no país.

Pelo acordo, a XP será a parceira oficial de investimentos dentro da Olivia. Criada há três anos no Vale do Silício pelos brasileiros Lucas Moraes e Cristiano Oliveira, o objetivo da startup é ajudar os usuários da plataforma a fazer mais com o seu dinheiro.

“Nos Estados Unidos, nosso usuário médio poupa apenas 0,8% da renda familiar por mês quando começa a usar a Olivia. Em apenas 60 dias, esse percentual salta para 5,7%”, disse Moraes.
Com mais dinheiro no fim do mês, os clientes aumentam sua capacidade de investir. E aí que a integração com a XP vai funcionar: ela permitirá a recomendação personalizada de produtos financeiros da XP de acordo com o perfil e a capacidade de investimento de cada pessoa.

No ano passado, a Olivia e XP criaram juntas o assistente Max, lançado pela corretora em setembro. A parceria evoluiu agora para uma sociedade.

 https://exame.abril.com.br/blog/primeiro-lugar/xp-compra-parte-de-startup-de-inteligencia-artificial-do-vale-do-silicio/

Mais uma Unicórnio Brasileira!



O ano de 2018 não foi dos melhores para o mercado de Fusões & Aquisições, mas o novo cenário político-econômico traz uma expectativa muito melhor para 2019, que começou com o surgimento de uma nova “unicórnio” brasileira: a Gympass

 

 Mais uma Unicórnio Brasileira!


Há alguns dias, concedi uma entrevista para o meu amigo Aluízio Falcão da Money Report, quando tive a oportunidade de falar um pouco sobre o desempenho do mercado de Fusões & Aquisições em 2018 e as perspectivas para 2019, à luz da nova estrutura do Governo Brasileiro. Essa entrevista, em dois vídeos com cerca de 15 minutos cada, encontra-se no site da Money Report sob o título “Reformas econômicas vão impulsionar o mercado de fusões e aquisições”

Fazendo um breve resumo… Com base no relatório “Brasil Relatório Trimestral – 4T 2018” da TTR – Transaction Track Record, tivemos um 2018 com dois semestres bem distintos. Enquanto os primeiros seis meses de 2018 foram então marcados por aumento de 10% na quantidade de transações (26% de aumento no volume em Reais), no segundo semestre daquele ano houve uma redução de 13% no número de transações (28% de decréscimo no volume total), fazendo com que 2018 terminasse com uma leve contração tanto na quantidade (3%) quanto no volume (5%) quando comparado com o mesmo período do ano anterior. Contração essa que foi especialmente demonstrada na faixa de transações entre R$ 200 milhões e R$ 500 milhões, que teve redução superior a 35% em quantidade e volume.

Claro que tamanha discrepância em sazonalidade (nada usual no mundo das Fusões & Aquisições) tem um único e grande responsável: a incerteza politica (e, consequentemente, econômica) que o Brasil viveu no segundo semestre.
Finda esta incerteza, a eleição de nossos novos Governantes trouxe uma expectativa de mudança (para melhor) em vários pontos que influenciam o mercado de F&A, com especial destaque para três: (1) o pensamento liberal de Paulo Guedes (gestão pró-business, investimentos para acelerar crescimento e programa de privatização, dentre outros), (2) a determinação de Sergio Moro no combate à corrupção, aumento da segurança jurídica e diminuição da violência e (3) o comprometimento de Jair Bolsonaro com as reformas estruturais requeridas, como a da Previdência e a Tributária.

Combinados, estes três alicerces do novo Governo podem criar um novo ciclo de investimentos e crescimento para o País (e é isso que todos nós esperamos e torcemos), que deverá devolver a confiança aos empresários e investidores, e, consequentemente, movimentar bastante o mercado de capitais e o mercado de Fusões & Aquisições. Porém, há de se entender que se trata de um processo de amadurecimento a medida que estes nossos novos Governantes (que estão apenas há um pouco mais de um mês nas suas “cadeiras”) comecem a executar as suas promessas eleitorais.

Enquanto este amadurecimento vai tomando corpo, o mercado já começa a dar sinais que acredita neste Governo e na sua capacidade de criar este novo ciclo virtuoso… Recorde da Bolsa de Valores, Recorde de Investimentos Diretos no País, recorde de Oferta Pública de Ações (OPA) e recorde no número de transações de Fusões & Aquisições são algumas das expectativas criadas pelo mercado para o ano de 2019. Otimismo exagerado? Talvez sim, talvez não…
Como já destaquei, ainda é cedo para sabermos se este Governo conseguirá efetivamente entregar tudo aquilo que está se propondo a fazer. E em qual prazo. Porém, uma coisa é certa, o inicio já é bastante animador! Tanto que há poucos dias tivemos a ótima notícia de mais uma startup brasileira entrando para o seleto grupo de “unicórnios” (termo utilizado mundialmente para aquelas startups que conseguem atingir valor de mercado de pelo menos US$ 1,0 bilhão).

Trata-se da Gympass (empresa fundada em 2012 e atua no setor de serviços de assinatura para acesso a academias, que já está presente em vários países, além do Brasil, e contando com mais de 25 mil academias cadastradas) que, segundo notícia publicada pelo jornal Valor Econômico em 25 de janeiro sob o título “Softbank faz aporte na Gympass e empresa é o novo unicórnio brasileiro”, já teria valor de mercado na casa de US$ 1,1 bilhão após aporte da Softbank.

Em se confirmando tal notícia, a Gympass seria a sexta unicórnio brasileira (as outras são: 99, Nubank, PagSeguro, Stone e Movile (iFood)), mostrando a tendência de expansão da chamada “nova economia”, que tem sido muito impulsionada pelos investimentos de altíssimo risco ou venture capital. Investimentos estes que atingiram o patamar de US$ 860 milhões em 2018, segundo dados do relatório “Venture Pulse Q4 2018” da KPMG Enterprise.

Um volume expressivo, mas ainda muito pequeno quando comparado com o volume global de mais de US$ 250 bilhões que, segundo o mesmo relatório da KPMG, foram investidos em empresas startups em 2018, contribuindo assim para o surgimento, segundo a CB Insights de 112 novas unicórnios em todo o planeta (hoje, segundo a mesma CB Insights, há 312 unicórnios de capital fechado no mundo, com valor de mercado acima de US$ 1,0 trilhão).
Estimulado pelo novo cenário político-econômico do País, também nesta área há uma expectativa que 2019 seja um ano recorde de investimentos de venture capital e do número de novas unicórnios brasileiras na lista mundial.

É esperar para ver e torcer que este realmente seja um ótimo ano para o Brasil. E tenho muita confiança que será! Pois, como diz o nosso Presidente Bolsonaro “O Brasil acima de tudo e Deus acima de todos”. Feliz 2019, Brasil!
Um forte abraço,
Mário



https://www.istoedinheiro.com.br/mais-uma-unicornio-brasileira/ 

Bilionário russo oferece € 417 milhões pela rede de supermercados Dia

 

 

Grupo espanhol passa por dificuldades financeiras desde 2017 e já perdeu 90% do seu valor de mercado

 

Bilionário russo oferece € 417 milhões pela rede de supermercados Dia
Segundo informações do jornal Financial Times, as ações da rede varejista subiram 70% após o anúncio. O grupo Dia passa por sérias dificuldades econômicas desde 2017, e já chegou a perder 90% do seu valor de mercado.

A rede de supermercados e seus franqueados mantém mais de 7,4 mil lojas na Espanha, Portugal, Brasil e Argentina. O Dia é o terceiro maior grupo supermercadista da Espanha, porém, gradativamente vem perdendo espaço para concorrentes locais e internacionais.


 https://www.istoedinheiro.com.br/bilionario-russo-oferece-e-417-milhoes-pela-rede-de-mercados-dia/

Comissão Europeia barra fusão entre Siemens e Alstom

O órgão justificou a decisão dizendo que a fusão teria ferido a competição nos mercados de sinalização de ferrovias e de trens de altíssima velocidade

 



São Paulo – A Comissão Europeia proibiu a aquisição da Alstom pela Siemens, alegando que a fusão teria ferido a competição nos mercados de sistemas de sinalização de ferrovias e de trens de altíssima velocidade. As empresas, segundo Bruxelas, não ofereceram soluções suficientes para lidar com essas preocupações.

 “Siemens e Alstom são ambas líderes da indústria ferroviária. Sem remédios suficientes, essa fusão teria resultado em preços mais altos para sistemas de sinalização que mantêm passageiros seguros e para a próxima geração de trens de altíssima velocidade”, disse a comissária para competição da UE, Margrethe Vestager.

 https://exame.abril.com.br/negocios/comissao-europeia-barra-fusao-entre-siemens-e-alstom/

Ladrões de cinzeiro


Ricardo Vélez Rodríguez incorreu em candente falta de habilidade ao enunciar seus bizarros conceitos interculturais

 

Por Fernando Dourado Filho, do Recife (PE)

Quarto de hotel


Ricardo Vélez Rodríguez é o ministro da Educação do Brasil. Alheio – e bote alheio nisso – à vida político-partidária brasileira desde o fim do primeiro turno das eleições presidenciais, pouco a pouco vou tomando pé da situação. Com torcida, é certo, mas sem maior entusiasmo. Foi nesse contexto de testar a água fria com a ponta do pé, para só então me animar a mergulhá-lo por inteiro, que tomei conhecimento de que este cidadão é colombiano de nascimento, naturalizado brasileiro há uns 20 anos, e que tem como grande trunfo o apadrinhamento de uma espécie de guru da família do Presidente que, a seu turno, mora nos Estados Unidos. A uni-los, haveria o horror ao pensamento dito marxista e a seus discípulos na academia.  

Ressalto, desde já, que nada tenho contra estrangeiros ocupando funções de relevo no panorama político nacional. Pelo contrário, sempre achei que um dos segredos do colosso dos Estados Unidos é justamente acolher como iguais pessoas provindas do mundo todo, e ignorar seu lugar de nascimento na hora de conferir-lhes altas responsabilidades. É o caso candente de Henry Kissinger que nasceu na Alemanha e chegou a Secretário de Estado, o último degrau antes da chefia do poder executivo. A admirável Madeleine Albright é outro bom exemplo. Pois ocupou a mesma posição que Kissinger e era tcheca de nascimento. Acolher os melhores é sempre bom negócio. Tanto no futebol quanto nas mais altas esferas diplomáticas. 

Na terça-feira (5), contudo, o noticiário nacional comentava uma polêmica entrevista que Ricardo Vélez teria dado à revista VEJA que circulou no último fim de semana. Incrédulo com algumas colocações, resolvi verificá-las. De muitas diatribes e algumas verdades bem a contracorrente da sabedoria convencional, um parágrafo me chamou a atenção. "O brasileiro viajando é um canibal. Rouba coisas de hotéis, rouba o assento salva-vidas do avião; ele acha que sai de casa e pode carregar tudo. Esse é o tipo de coisa que tem que ser revertido na escola". Convenhamos, não sou homem de melindres, muito pelo contrário. Mas quer me parecer que o ministro incorreu em candente falta de habilidade ao enunciar seus bizarros conceitos interculturais. 

Sei que vivemos tempos em que os misteres da política são exercidos com mais frontalidade e menos meias palavras. Sei que hoje valoriza-se mais o sal e a pimenta do que o açúcar e a canela. Mesmo assim, quando um sujeito fere os brios de seus governados ao incorrer numa generalização caricata – que em parte poderia perfeitamente ser aplicada a seus conterrâneos –, ele presta um desserviço às boas bandeiras que desfraldou. Uma delas é o primado do ensino técnico sobre o universitário, o que seria uma solução acertada para equilibrar disfunções do mercado de trabalho, ademais de limar uma cultura anquilosada de bacharéis em coisa alguma. É por esses reducionismos que continuo observando uma prudente distância da política. 

Um dia quero ler a cartografia dessa cabotagem trôpega, herança nefasta do populismo que tanto mal nos fez. 

http://www.amanha.com.br/posts/view/7026

Montago expande atuação para o Sul, Sudeste e Nordeste


Construtora paranaense prevê faturar R$ 100 milhões neste ano

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Montago expande atuação para o Sul, Sudeste e Nordeste


A Construtora Montago, especialista em linhas de transmissão e subestação de energia, está expandindo sua atuação para as regiões Sul, Sudeste e Nordeste do país, com contratos em Pernambuco, Rio Grande do Sul e Minas Gerais. Com sede no Paraná, a companhia prevê faturar R$ 100 milhões neste ano. A expectativa é puxada por contratos firmados no setor, sendo o mais recente a conquista de uma concorrência recém-realizada pela Companhia Estadual de Energia Elétrica (CEEE) para a construção de uma subestação no Rio Grande do Sul. 

"Há quatro anos, tínhamos uma atuação mais regional, com foco maior no Paraná. Hoje, a atuação é nacional. Em janeiro, daremos início às obras de subestação de energia na fábrica da Fiat, em Recife, empreendimento que adquirimos no leilão da Aneel em 2017. Esse ano, também ganhamos uma licitação em Porto Alegre, para a instalação de uma Subestação 230 kV da CEEE, de aproximadamente R$ 20 milhões", conta Alexandre Magalhães, CEO da construtora. Para 2019, a Montago, além de estar se preparando para as privatizações que estão ocorrendo no setor, já está de olho nos próximos leilões de transmissão de energia que serão licitados pela Aneel ao longo do ano. A expectativa é que a empresa invista, pelo menos, R$ 120 milhões em projetos de transmissão. 

"Neste momento, estamos trabalhando para ampliar a participação da Montago nos leilões. Nos últimos anos, o número de participantes disputando as concessões multiplicou por oito, segundo dados da própria Aneel. No começo, eram as concessionárias e empresas nacionais que ganhavam os lotes. Agora, há uma forte presença de investidores estrangeiros e a concorrência está cada vez mais acirrada", finaliza Magalhães. Em dezembro do ano passado, a construtora disputou a concessão de uma subestação em Porto Velho (RO), que requisitaria investimentos de R$ 60 milhões. 



http://www.amanha.com.br/posts/view/7025

terça-feira, 5 de fevereiro de 2019

Frimesa: vocação para cooperar


Cooperativa é uma das maiores empresas de alimentos do Brasil

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Cooperativa Frimesa é uma das maiores empresas de alimentos do Brasil
O case a seguir faz parte do livro “Paraná – Grandes Marcas”, publicado pelo Instituto AMANHÃ.
Em sua simbologia, os princípios cooperativistas são associados às cores do arco-íris, imagem que veio a ser adotada, originariamente, como uma espécie de emblema universal do cooperativismo. Baseados no estatuto da cooperativa de consumo de Rochdale, em 1844, que continha sete artigos, os princípios – designados de “regras de ouro” – ganharam versão definitiva em 1995 e são vigentes até hoje. Um dos mais importantes deles trata da participação econômica, e demonstra como uma cooperativa pode ser o motor de desenvolvimento para a região onde está estabelecida, para seus associados e para toda a cadeia produtiva.

Pode-se afirmar que a Frimesa, de Medianeira, tem elevado esse princípio à potência máxima. O mais recente frigorífico planejado pela cooperativa, em Assis Chateaubriand, por exemplo, deverá levar a produção de suínos do Paraná a um novo patamar nos próximos anos. Atualmente, já tem o maior rebanho do país, mas é o vice-líder em produção. A expectativa é que, com o novo projeto, o estado passe também a garantir esse posto. O empreendimento, que poderá abater até 15 mil cabeças de suínos por dia, até 2030, será o maior da América Latina. Não surpreende tamanha envergadura para uma cooperativa que já nasceu fadada para multiplicar frentes de atuação.


A evolução nos 40 anos

 O toque de Midas foi dado em 13 de dezembro de 1977, a partir da união de 6 mil agricultores de quatro cooperativas: Coasul (São João), Comfrabel (Francisco Beltrão), Camdul (Dois Vizinhos) e Coopersabadi (Barracão). Outro marco importante veio em 23 de novembro de 1979. Nessa data, foi assinado o contato de compra da massa falida do Frigorífico Medianeira S/A, nome que originou a marca Frimesa a partir da junção das iniciais das palavras que formam a razão social. 

Na medida em que a industrialização no Brasil avançava, principalmente na década de 1980, a Frimesa buscou ajustar a técnica e a visão dos negócios no mercado. Em 1985, uma nova gestão assumiu o comando da Central, tendo como meta o crescimento, a modernização e a preparação da base primária. A primeira ação foi a modernização do frigorífico, em meados de 1986, aumentando a capacidade de abate para 1,2 suínos ao dia. Nos anos seguintes, a Frimesa iniciou o gigantesco projeto de fomento da bacia leiteira do Oeste paranaense. Em 1994, nem as dificuldades de adapatação ao Plano Real frearam o ímpeto de crescimento da marca. A prova foi a conclusão do processo de modernização tecnológica na atividade de leite: o sistema de coleta nas propriedades passou a ser por meio de caminhões a granel, fazendo com que a cooperativa fosse a primeira do Brasil a usar esse sistema. Institucionalmente, os anos de 1995 e 1996 foram marcados pela implantação de novos métodos gerenciais, como o Programa de Qualidade Total, baseado no modelo Total Quality Management (TQM) e no modelo de gerenciamento por diretrizes e planejamento estratégico, readequando a empresa ao ambiente competitivo. Mas não pense que isso foi novidade para a cooperativa medianeirense. Desde o início, a empresa adota essa importante ferramenta de gestão. Os planos são revistos a cada cinco anos, sempre com previsão de metas de crescimento. E todos, sem exceção, foram cumpridos até hoje.

A Central, diante dos novos desafios da década que se iniciou em 2000, mudou o modelo de gestão em 1997, tendo como alvo industrializar e comercializar o leite e a carne suína através da produção de uma grife forte. Nesse período, a cooperativa unificou a venda dos derivados de carne suína e lácteos em uma única marca: Frimesa.  

O novo milênio teve início com a expansão da atividade de leite. A primeira ação foi incorporar a industrialização de mais de 160 mil litros da bebida por dia. O aumento aconteceu por meio da parceria com as cooperativas da Centralpar. A incorporação permitiu a operacionalização da indústria em Curitiba e a captação de leite no Sul do Paraná. No ano seguinte, aconteceram novas incorporações. Dessa vez, com os Laticínios de Douradina e de Capanema, no Paraná, e de Joaçaba, em Santa Catarina, tornando-a a maior empresa paranaense em recebimento diário de leite. Também em 2002, a Frimesa comemorou bodas de prata, fortalecendo a marca através de embalagens mais atraentes e da adoção do slogan “Frimesa tem gosto de amizade”.

Dois anos depois, as Cooperativas singulares – atualmente formadas por C.Vale, Copacol, Copagril, Lar e Primato –  e a Frimesa iniciaram um audacioso projeto a fim de promover a cadeia de suínos na região dos associados. O aporte ultrapassou R$ 200 milhões. Outro importante passo foi do frigorífico em Medianeira, inaugurado em dezembro de 2007, durante as comemorações dos 30 anos da cooperativa. A meta a partir do ano seguinte passou a ser voltada para a produção de alimentos de valor agregado. E a estratégia, naturalmente, deu certo: a empresa tem registrado um crescimento médio anual de 13% na última década, mesmo em meio aos solavancos das crises. 


Crescer com sustentabilidade 

 Investindo continuamente na melhoria de processos e produtos, a Frimesa conta com uma área específica de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação. Somente em 2015, a cooperativa lançou nada menos que 67 produtos, índice que a levou a ser considerada uma das 50 companhias Campeãs de Inovação da região Sul. O estudo, promovido por AMANHÃ, adota o Innovation Management Index, ferramenta de metodologia do Global Innovation Management Institute (Gimi), aplicada pelo IXL-Center, de Cambridge (EUA). 

Hoje, a Frimesa é a maior empresa do Paraná em industrialização de suínos e no Brasil ocupa a quarta posição. Também é dona da sétima posição entre as cooperativas paranaenses e, em lácteos, está entre as 15 maiores empresas brasileiras. Os planos para o futuro são alvissareiros: estar até 2030 entre as quatro principais empresas de alimentos processados do país. Em um horizonte de quatro anos, a companhia prevê faturar R$ 5,2 bilhões – 79% superior ao faturamento de 2017. Para tanto, a produção vai tomar o mesmo caminho, obtendo um crescimento de 71% no período. Para distribuir os produtos no mercado brasileiro, a cooperativa conta com nove filiais de vendas e 11 centros de distribuição. Ainda que tenha forte atuação no Sul – com 45% das vendas direcionadas para a região –, o mercado de São Paulo também é importante, pois responde por uma fatia de 20% da comercialização. Para se fazer presente no dia a dia dos consumidores, a Frimesa tem como trunfo o o varejo, atingindo 35 mil pontos de venda do Oiapoque ao Chuí. 

Apesar de tamanho salto conquistado desde aquele distante 1977, a cooperativa jamais se afastou da sua essência. Respeito, simplicidade e honestidade, aliados à constante preocupação com a comunidade, com os funcionários e com o meio ambiente são valores permanentes. São quase 7 mil colaboradores e 4,5 mil produtores de leite e suinocultores como parte da cadeia de valor da Frimesa. Mais de 25 mil pessoas estão envolvidas economicamente com seus processos diretos e indiretos. São os números gigantescos de uma grife cooperativista, que escolheu crescer com sustentabilidade, e que leva inscrito em seu DNA o princípio do desenvolvimento.

http://www.amanha.com.br/posts/view/7003