segunda-feira, 22 de abril de 2019

Futuro em equilíbrio


Pedro Passos relembra os caminhos que o levaram à sociedade na Natura e expõe sua visão do papel que cabe à iniciativa privada na construção de um mundo mais justo, sustentável — e que gere riqueza

Foto: Claudio Gatti
Quem entra no escritório da Anima Investimentos, no Jardim Europa, em São Paulo, se depara com diversas obras de arte. O ambiente da instituição que cuida das finanças da família Ruggiero Passos não lembra, nem de longe, os locais que pavimentaram a trajetória de sucesso de Pedro Passos. Foi orientando o chão de fábrica da Natura que ele Passos mostrou ser um executivo diferente, cuja missão, além de desenvolver a equipe, era aprender ao lado dela. Se a Natura é hoje uma companhia que fatura R$ 13,3 bilhões e registra lucro líquido anual de R$ 381,7 milhões, muito se deve ao trabalho dele, considerado uma pessoa fundamental para a criação dessa gigante mundial do mercado de beleza e cuidados pessoais.

Foi numa partida despretensiosa de futebol que Passos conheceu o amigo e sócio Guilherme Peirão Leal, em 1976. O encontro mudaria o seu destino. Não era um exímio jogador, confessa, mas reza a lenda que foi um lateral-direito muito esforçado. Leal, que atuava na mesma faixa de campo, como quarto zagueiro, viu nesse empenho a característica essencial para um executivo promissor. Levou o companheiro de time para a Ferrovia Paulista (Fepasa) e depois para o embrionário projeto da Natura. “A atitude do Pedro no futebol, como também a sua formação, fez dele um candidato para a posição mais importante que eu tinha para preencher nos quadros da Natura”, diz Leal, hoje com 69 anos. “Durante o trabalho na Fepasa, ele conseguiu aumentar a receita proveniente da venda de sucata em mais 1.000% de um ano para o outro.” No entanto, não foi tão simples para que Passos aceitasse a proposta do amigo. “Eu saí de uma multinacional para trabalhar com o Guilherme e o Luiz Seabra, mas deixei claro que eu gostaria de virar sócio da empresa em algum momento. Acho que revelei um pouco da minha atitude empreendedora naquela época, quando ainda nem se falava em empreendedorismo”, relembra Passos.

O desafio era grande. A começar pela troca de cargo: da direção de uma multinacional com mais de 700 funcionários por uma pequena indústria em momento incipiente, com menos de 20 empregados — isso, embora já tivesse 10 anos de existência. Num primeiro momento, até mesmo a família desaprovou a escolha. A convite de Guilherme Leal, Passos assumiu, em 1983, o cargo de gerente geral da YGA, que fabricava e comercializava produtos de perfumaria e maquilagem com a marca L’arc en Ciel. “Eu já tinha certa admiração pelo que a Natura vinha fazendo. Era uma marca nacional que se expunha a uma concorrência com as grandes empresas multinacionais, que já estavam presentes aqui no Brasil naquele momento”, comenta Passos. Com experiência em diversos tipos de indústrias, Passos era a peça que faltava para a Natura destravar. Enquanto Seabra era tido como o “filósofo” por trás da empresa, Leal era arrojado e inventivo. Passos, por sua vez, misturava as duas coisas, dando vida aos sonhos dos sócios, trabalhando diretamente com a fábrica para conhecer os problemas da operação. “Sempre fui mais envolvido com a gestão executiva. Aprendi muito com o que costumamos chamar de chão de fábrica. Além dos cursos formais que fiz, minha grande escola foi conversar com a turma que está com a mão na massa, próximo ao cliente e na fabricação”, diz.
    Foto: Sergio Zacchi
MODELO DE GOVERNANÇA Em 1988, as cinco empresas que faziam parte do Sistema Natura se fundiram e Passos tornou-se o diretor superintendente da nova empresa. Dez anos depois, o executivo ascendeu ao cargo de presidente de operações da Natura Cosméticos. Sob sua liderança, a companhia solidificou a operação. As vendas cresceram mais de cinco vezes, a gestão se profissionalizou, a imagem sustentável da marca Natura foi consolidada. Além disso, em 2001, ele inaugurou um complexo industrial em Cajamar (SP). O espaço é voltado à pesquisa e desenvolvimento de cosméticos, treinamento e logística. “Ter o Pedro ao nosso lado, por mais de 30 anos, tem sido muito construtivo. Sua visão empresarial, capacidade de trabalho, pragmatismo e comprometimento com um Brasil mais ético, contribuíram e contribuem muito para a contínua construção da Natura”, afirma Luiz Seabra.

Passos deixou a presidência da empresa em 2005 e se tornou o terceiro copresidente do conselho de administração. Mas o modelo de governança implementado por ele é tido como referência pelo mercado. Hoje, a Natura tem diversos certificados de empresa sustentável e é um exemplo não só para empresas brasileiras como para as estrangeiras. “A Natura busca cumprir com os princípios de sua criação, de ser uma empresa que realmente preza o meio ambiente”, diz Luiz Marcatti, CEO da consultoria Mesa Corporate Governance. “Esse posicionamento sustentável tem trazido resultados bastante consistentes para a empresa.”
Engana-se, porém, quem pensa que a vida de Passos se restringe à Natura. Hoje, o executivo divide seu tempo entre a empresa de cosméticos, a ONG Instituto Semeia, que presta consultoria e fomenta parcerias público-privadas (PPPs) para a administração de parques públicos no Brasil; a ONG SOS Mata Atlântica, da qual ele é presidente desde 2013; os conselhos do Instituto Endeavor, da FAPESP e do hospital A.C. Camargo. “O Pedro Passos contribui há 15 anos como conselheiro voluntário da SOS Mata Atlântica e está à frente da ONG desde 2013. Sob seu comando, foram instituídas metas em todos os setores e definidas prioridades para uma atuação com mais foco em resultados, sem deixar de lado a importância do relacionamento e engajamento com os nossos públicos”, diz Marcia Hirota, diretora-executiva da entidade.

A amizade de Passos e Leal não fica restrita somente à Natura. Eles habitam o mesmo prédio e pensam juntos até na hora de investir. “Nós participamos do conselho da Natura de forma bastante ativa, mas também temos alguns investimentos juntos. Coinvestimos em alguns negócios, como na Raia Drogasil, e somos acionistas e parceiros numa outra empresa chamada Bresco”, diz Leal.
Nos últimos anos, a exemplo de Leal, que chegou a ser candidato a vice-presidente na chapa de Marina Silva nas eleições de 2010, Passos também tem atuado em órgãos ligados à política. Ex-presidente do Instituto de Estudos para o Desenvolvimento Industrial (Iedi), ele é um dos integrantes do movimento “Você Muda o Brasil”, ao lado de empresários como Rubens Menin, da MRV; Luiza Helena Trajano, do Magazine Luiza; Paulo Kakinoff, da Gol; e Walter Schalka, da Suzano. Durante o último período eleitoral, o grupo se reuniu diversas vezes com o público para debater alternativas para mudar o País. “Eu participo de alguns movimentos. Nós achávamos importante a população se envolver mais no processo eleitoral. A nossa ideia era provocar uma reflexão”, diz Passos. Em tempos de devastação massiva da natureza, nomes como o de Passos serão cada vez mais impactantes para a manutenção do meio ambiente.

O dilema da compra da Avon

A possibilidade da aquisição da Avon por parte da Natura mexeu com os ânimos dos investidores. Em 22 de março, quando a multinacional brasileira confirmou as negociações, suas ações ordinárias fecharam o pregão com queda de 7,78%. Para a Avon, o efeito foi oposto: seus papéis avançaram 10% na Bolsa de Nova York (Nyse). A reação do mercado adiou o desfecho do negócio. A aposta da Natura é ampliar as possibilidades de ganhos no mercado americano, onde a Avon já tem uma grande estrutura logística e importante penetração por meio do canal de venda direta. “Apesar de contar com algumas lojas da The Body Shop, a Natura ainda não tem uma presença forte nos EUA. Um dos fatores positivos é que essa seria uma aquisição barata, já que a Avon vem sofrendo bastante”, diz Andres Estevez, analista do banco Brasil Plural. A consolidação do negócio criaria a 5ª maior companhia de cuidados pessoais e produtos de beleza no mercado mundial, com cerca de US$ 10 bilhões em vendas. Entretanto, o mercado investidor olha com cautela para a operação. Segundo um relatório do BTG Pactual, o posicionamento ‘eco-friendly’ da Natura poderia entrar em risco com a chegada da Avon. Além disso, por atuarem com categorias de produtos muito similares, as empresas poderiam demorar a criar sinergia. A negociação está sendo tocada nos EUA e envolve bancos de investimentos como Goldman Sachs, Morgan Stanley e UBS.


“Muitos empresários ainda vivem à base de proteção ou de estímulos fiscais. Isso precisa acabar”

Pedro Passos defende a abertura comercial e a segurança jurídica para que o País estimule a competitividade e o empreendedorismo

Por participar do movimento “Você Muda o Brasil”, que incentiva o voto consciente, ao lado de outros empresários, o sr. tem pretensões de ingressar na política nas próximas eleições?
Como cidadão, temos de participar. Alguns participam como eleitores, outros como candidatos. Temos que estimular a cidadania e a cobrança em prol dos direitos. Minha participação na política deve ser nesse sentido. Agora, não me vejo tendo uma participação político partidária. No meu papel de empresário, posso dar uma contribuição maior, discutindo o País, inclusive me expondo publicamente. Mas isso sempre pela ótica do empresário, que obviamente se envolve com questões que vão além da própria empresa.
Quais são os maiores desafios para quem empreende no Brasil?
O Brasil é um país muito complexo para o empresário, seja para aquele que está iniciando, seja para o empresário mais estabelecido. As complexidades são de várias ordens. Mas, destaco, primeiramente, os processos burocráticos de relação com o governo. O segundo aspecto é o tributário. Trata-se de um grande nó, que atrapalha o desenvolvimento do País. Não estou falando do tamanho da carga tributária, mas sim da complexidade e da insegurança jurídica. Mesmo que você pague tudo certo e faça tudo direito, existe sempre uma dupla interpretação. Esse nível de estímulos negativos é o que faz com que o País tenha um menor nível de empreendedorismo ou de empresas que são bem-sucedidas em vista do que poderia ter. Outra questão é que o Brasil é um país fechado à competição. Ainda estamos num modelo ultrapassado. Precisamos abrir a economia brasileira para ter mais competição. A competição estimula a inovação, o empreendedorismo, a criação de novas empresas, diminui custos e aumenta a produtividade. O governo precisa parar de tratar de forma desigual setores e empresas. No Brasil, muitos empresários ainda vivem à base de proteção ou de estímulos fiscais. Isso precisa acabar. Se implementarmos essa agenda de simplificação e de homogeneização de tratamento, tenho a impressão de que nós daremos uma boa acelerada nos investimentos nacionais e estrangeiros no País.

As declarações do governo Bolsonaro em relação ao meio ambiente são vistas como uma ameaça à agenda ambiental do planeta. Isso também acontece nos Estados Unidos, com Donald Trump. Mesmo assim, algumas empresas e estados americanos seguem com uma agenda sustentável. Qual é o papel da iniciativa privada nisso?
O papel da iniciativa privada é fundamental para o desenvolvimento em questões ambientais e de impacto social. Independentemente de governos específicos, vemos que essa agenda ganha corpo no mundo inteiro, pois é algo que a sociedade quer. As mudanças climáticas são evidentes para todos hoje, além de serem uma realidade para a comunidade científica. O mundo já mudou nessa direção. Seria uma loucura lutarmos contra essa agenda. Na verdade, temos de tirar proveito dela. Nos Estados Unidos, apesar das sinalizações do governo de Donald Trump no sentido contrário, as corporações adotaram essa agenda muito rapidamente. Apesar dos incentivos à indústria do carvão americana, quem mais emprega hoje é a indústria das energias alternativas. A China também está fazendo muita coisa nessa direção. É um movimento irreversível.

A sustentabilidade é, atualmente, um dos termos mais citados pelas empresas. A Natura é uma referência nisso. Mas existem corporações que são acusadas de praticar boas ações de ‘fachada’. Como o sr. enxerga isso?
Existe um grupo de empresas que faz isso mais por marketing profissional do que por uma mudança de práticas real. Mas, a sociedade moderna tem instrumentos poderosos. A agenda do ‘greenwash’, do marketing de fachada, está perdendo espaço porque hoje o consumidor está dentro das empresas. As redes sociais são muito poderosas e estão cada vez mais influentes.


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terça-feira, 9 de abril de 2019

Lemann diz que cultura da 3G está sob ataque por causa da Kraft

Os críticos atacaram a 3G de Lemann, que junto com Warren Buffett criou a Kraft Heinz em uma fusão de 2015

 



O bilionário brasileiro Jorge Paulo Lemann está tentando mudar a percepção de que sua empresa de private equity, a 3G Capital Partners Ltd., dedica toda a sua estratégia ao corte de custos e não faz o suficiente para desenvolver marcas de consumo.

“Nossa cultura está sob ataque por causa dos resultados da Kraft Heinz“, disse Lemann a estudantes nesta semana em um evento antes da Brazil Conference at Harvard & MIT, referindo-se à gigante dos alimentos embalados que sofreu uma baixa contábil de US$ 15,4 bilhões em fevereiro. “Eles dizem que viemos do mundo das finanças, que somos traders, não pensamos muito no que os clientes querem.

Que nós estávamos mais preocupados em cortar custos.”A Kraft Heinz Co. caiu 27% em 22 de fevereiro após anunciar a baixa contábil e um corte de dividendos. Os críticos atacaram a 3G de Lemann, que junto com Warren Buffett criou a Kraft Heinz em uma fusão de 2015. Eles argumentaram que, com a preocupação de cortar custos, a empresa ignorou as mudanças de gosto dos consumidores por seus produtos, que incluem cachorros-quentes Oscar Mayer e macarrão com queijo Kraft.



Petrobras confirma venda da TAG para Engie e Caísse de Dépôt por US$ 8,6 bi


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A Petrobras confirmou que o grupo Engie, conjuntamente com o fundo canadense Caisse de Dépôt et Placement du Québec (CDPQ), apresentou a melhor proposta no processo de venda de 90% da participação da estatal na Transportadora Associada de Gás S.A. (TAG), conforme noticiado pelo Broadcast, sistema de notícias em tempo real do Grupo Estado. Trata-se da maior operação da Petrobras dentro do programa de desinvestimento.

Após os ajustes e atualizações financeiras, a transação, quando concluída, representará para a Petrobras um valor total de cerca de US$ 8,6 bilhões, considerando uma taxa de câmbio de 3,85 reais por dólar. O valor inclui o pagamento, pelo comprador, das dívidas da TAG perante o BNDES, de US$ 800 milhões.

A proposta representou um valor da empresa (enterprise value) de R$ 35,1 bilhões para 100% da TAG, na data base de dezembro de 2017.

A Petrobras diz ainda que continuará a utilizar os serviços de transporte de gás natural prestados pela TAG, por meio dos contratos de longo prazo já vigentes entre as duas companhias, sem qualquer impacto em suas operações e na entrega de gás para distribuidoras e demais clientes. A conclusão do negócio está sujeita à aprovação por órgão de defesa da concorrência.

Três grupos apresentaram propostas na terça-feira. Além da franco belga Engie, que teve exclusividade para negociar os termos do contrato com a Petrobras, o fundo Mubadala e um consórcio capitaneado pela Itaúsa voltaram para a disputa.

A venda da TAG é considerada estratégica para a estatal, que está em processo de desinvestimento. Quando concretizada, a transação será a maior já realizada pela empresa. A TAG detém uma rede de gasodutos de cerca de 4,5 mil quilômetros de extensão, nas regiões Norte e Nordeste.
 https://www.istoedinheiro.com.br/petrobras-confirma-venda-da-tag-para-engie-e-caisse-de-depot-por-us-86-bi-2/   

Delivery Center terá José Galló como sócio


Empresa opera 16 centros de entrega no Brasil

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Delivery Center terá José Galló como sócio

José Galló (foto) pretende se dividir entre o conselho da Lojas Renner e um portfólio de investimentos em startups quando deixar o cargo de CEO, dentro de dez dias. A mais nova aposta do executivo, que esteve à frente das Renner por quase três décadas, é a Delivery Center Holding, startup de entregas que usa shoppings centers como centros de distribuição urbanos de produtos e serviços.  A informação é do jornal Valor Econômico desta terça-feira (9) que reproduz notícia veiculada pela Bloomberg.  

"O modelo da Delivery Center é único e o setor tem um grande potencial de crescimento", afirmou Christiano Galló, filho e porta-voz do empreendimento familiar. "Estamos estruturando um veículo de investimentos. Pelo porte, não chega a ser um family office," comentou Christiano. "A ideia é termos participações minoritárias, mas estarmos próximos das empresas. Um empreendedor precisa de ajuda de vários tipos, inclusive informal", detalhou. Christiano não informou o quanto a família investirá na empresa, nem quanto ele e o pai têm sob gestão.

A Delivery Center, fundada e dirigida por Andreas Blazoudakis, atualmente opera 16 centros de delivery, sendo 3 em Porto Alegre , 11 no Rio de Janeiro e apenas 2 em São Paulo. A ideia é chegar a 40 centros na maior cidade do Brasil ainda este ano e, para isso, levantar R$ 60 milhões em investimentos. A Delivery Center recebeu um aporte de R$ 12 milhões da Multiplan em troca de uma participação de 18,8%. Com a transação, a Multiplan se torna sócia da rival BR Malls, que já é acionista minoritária da startup desde maio do ano passado. 



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Notredame adquire Hospital Amiu, no Rio de Janeiro, por R$ 40 milhões

Notredame adquire Hospital Amiu, no Rio de Janeiro, por R$ 40 milhões

A Notre Dame Intermédica Participações anunciou na manhã desta segunda-feira, 8, a aquisição de 100% das cotas do Hospital Amiu (Assistência Médico Pediátrica de Urgência Ltda), por R$ 40 milhões (enterprise value), através da subsidiária BCBF Participações. De acordo com fato relevante divulgado no período da manhã, o valor será pago à vista, sendo descontado do endividamento do Hospital Amiu na data do fechamento do negócio – em 5 de abril – e de “retenção para contingências”.

Localizado em Jacarepaguá, na zona oeste da cidade do Rio de Janeiro, o Hospital Amiu opera com 67 leitos, sendo 20 de UTI, além de um ambulatório com 20 consultórios. 

Em 2018, o Hospital Amiu apresentou um faturamento líquido de R$ 34 milhões.

Conforme a companhia, a conclusão da transação não está sujeita à aprovação prévia da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) e nem do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).





segunda-feira, 8 de abril de 2019

Schultz aposta em destinos turísticos da América do Sul


Companhia paranaense faturou R$ 154 milhões no ano passado

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Aroldo Schultz


A Schultz, companhia paranaense sediada em Curitiba e que atua no ramo de turismo, está confiante com a retomada do setor. Tanto é assim que aposta em novos destinos. “Neste ano, apesar da nossa tradição em roteiros para a América do Norte e Europa, teremos uma presença forte na América do Sul, especificamente no Chile, Peru e Argentina”, antecipa Aroldo Schultz (foto), presidente da empresa. 

O grupo fechou 2018 com faturamento de R$ 154 milhões, valor 11% superior ao ano anterior. Em 2017, a empresa faturou um total de R$ 139 milhões, entre as suas unidades de negócios: Schultz Operadora, TZ Viagens, VitalCard, Schultz Vistos Consulares, TZ Seguros e TZ Systems. Deste total, a Schultz Operadora, que se mantém o maior negócio do grupo, com 52% da receita, com um total de 37,5 mil passageiros embarcados. 

A TZ Systems, empresa de tecnologia lançada no segundo semestre do ano, tem mostrado crescimento continuado ao longo dos meses. Atualmente, ela atende a agências de todo o Brasil, disponibilizando a solução Personal Online Travel Agency (POTA) para agências e operadoras de turismo. A Schultz soma seis unidades próprias localizadas estrategicamente em Curitiba (PR), Caxias do Sul e Porto Alegre (RS), Santos, São Paulo e Campinas (SP) e Niterói (RJ).



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sexta-feira, 5 de abril de 2019

Projetos brasileiros receberão investimento da Philip Morris International para combater o comércio ilegal e crimes relacionados

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Philip Morris
Dois projetos brasileiros estão entre os 31 trabalhos selecionados pelo PMI IMPACT, uma iniciativa global criada pela Philip Morris International (PMI), com o objetivo de financiar programas de combate ao comércio illegal e crimes relacionados. Em sua segunda edição, o PMI IMPACT recebeu mais de 157 inscrições de todo o mundo.

Os trabalhos selecionados são originários de 23 países da Europa, Europa Oriental, Oriente Médio, Ásia, Américas do Norte e do Sul. Eles representam um amplo conjunto de setores, incluindo think tanks, instituições acadêmicas, universidades e autoridades policiais, que receberão um total de US$ 21 milhões para implementação dos projetos.

No Brasil, dois projetos foram selecionados:

1. Desenvolvido por especialistas do Instituto de Relações Internacionais da Universidade de São Paulo. O grupo tem atuado na formação policial, em parceria com agências multilaterais de coorperação, como a Organização dos Estados Americanos (OEA) e a Organização das Nações Unidas (ONU). Em parceria com a Universidade Mackenzie, o objetivo é utilizar os recursos do PMI IMPACT para desenvolver um curso que reduza a assimetria entre as autoridades de Argentina, Brasil e Paraguai que atuam nas regiões de fronteira. "Os recursos permitirão construir uma rede de colaboração entre pesquisadores e agentes públicos e ampliar o impacto das políticas públicas de controle dos ilícitos transnacionais na região", afirma Leandro Piquet Carneiro, um dos responsáveis pela iniciativa.

2. O "Censo de Mercados Ilícitos", por sua vez, tem por objetivo desenvolver uma plataforma de dados qualitativos, quantitativos e espaciais sobre crimes relacionados ao comércio ilegal, além de dados socioeconômicos das regiões onde esses ilícitos acontecem. Com essas informações, será possível mapear as principais atividades criminosas relacionadas aos pontos de entrada de produtos ilícitos, as rotas de abastecimento e os locais de distribuição desses itens na região entre a Tríplice Fronteira e o Estado de São Paulo. "Nosso objetivo é fornecer dados de qualidade, tanto para a formulação e avaliação de políticas públicas, quanto para o setor privado desenvolver suas próprias estratégias de proteção e intervenção no problema", afirma o idealizador do projeto, João Henrique Martins, cientista político, especializado em economia criminal e políticas de controle do crime.

"Os projetos brasileiros estão em linha com as reais necessidades do País. O comércio ilegal é um problema complexo, que precisa ser enfrentado de maneira sistêmica. Promover caminhos para a integração das autoridades responsáveis pela repressão ao crime organizado, atuando de forma coordenada, é fundamental. Ao mesmo tempo, o uso da tecnologia para a construção de políticas de segurança pública baseadas em dados, em especial para o enfrentamento do comércio ilegal representa também um grande passo nesta questão", afirma Fernando Vieira, diretor de Assuntos Corporativos da Philip Morris Brasil.

Os projetos selecionados contemplarão múltiplos aspectos do comércio illegal - indo dos produtos de tabaco, álcool e farmacêuticos até o tráfico de espécies raras de animais. Além do comércio illegal, os projetos abordarão uma ampla rede de crimes relacionados, como tráfico de drogas, lavagem de dinheiro e escravidão moderna.

Os resultados da segunda edição do PMI IMPACT foram anunciados durante o encontro da Força Tarefa para o Combate ao Comércio Ilícido da Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento (OECD).

"Lutar contra o comércio illegal está no DNA da PMI e estou muito feliz que o PMI IMPACT está capacitando organizações ao redor do mundo para realmente fazer a diferença contra o comércio illegal, não apenas no setor do tabaco, mas em uma ampla gama de setores", afirmou Alvise Giustianini, vice-presidente de Prevenção ao Comércio Ilegal da PMI. "Somente por meio de esforços concentrados e uma ampla colaboração público-privada seremos capazes de implementar soluções significativas de longo prazo contra o comércio illegal".

A lista completa dos selecionados está disponível no site do PMI IMPACT:
http://pmi-impact.com/updates/secondfundinground

Até hoje, o PMI IMPACT já destinou um total de US$ 49 milhões para a implantação de mais de 60 projetos em 41 países, como parte da primeira e segunda rodada de financiamentos.


Sobre a Philip Morris Brasil


Afiliada da Philip Morris International (PMI), líder no mercado de tabaco, dedicada à fabricação e venda de cigarros, produtos de aquecimento de tabaco, dispositivos e acessórios eletrônicos, a Philip Morris Brasil atua no País desde 1973. A companhia está liderando uma transformação no setor para criar um futuro sem fumaça, substituindo os cigarros por alternativas sem fumaça que, embora não sejam isentas de riscos, são uma escolha muito melhor do que continuar fumando. Com áreas multidisciplinares em desenvolvimento, instalações de última geração e comprovação científica, a PMI visa garantir que seus produtos sem fumaça atendam às preferências dos consumidores adultos e aos rigorosos requisitos regulatórios, para benefício da sociedade, da empresa e de seus acionistas. O novo portfólio da PMI inclui tabaco aquecido e e-cigs que contém nicotina. A PMI estima que, em 31 de dezembro de 2018, aproximadamente 6,6 milhões de adultos fumantes em todo o mundo já tenham parado de fumar e migrado para o uso de seu produto de tabaco aquecido, IQOS, que atualmente está disponível para venda em 44 mercados. Para mais informações, acesse os sites da PMIPMIScience e www.pmi.com/markets/brazil/pt/science-and-innovation.