quarta-feira, 27 de janeiro de 2021

Em 25 anos, Cresol passa de R$ 720 de capital para uma Instituição com mais de R$ 12,4 bi em ativos


Crédito: Divulgação

Em 25 anos, Cresol passa de R$ 720 de capital para uma Instituição com mais de R$ 12,4 bi em ativos (Crédito: Divulgação)


Cresol
Instituições financeiras são todas iguais? Como assim crescer em meio a uma pandemia? Como migrar de 81 para 20 cooperativas em três anos? Profi ssionalização no crédito e gestão das pessoas, como equilibrar para um resultado de sucesso?

Essas e outras perguntas foram respondidas pelo Diretor Superintendente da Cresol Adriano Michelon, que desde o primeiro dia da Cooperativa que neste ano completou 25 anos, está a frente desse Sistema de Cooperativas de Crédito que hoje representa mais de 600 mil famílias cooperadas em 25 estados de atuação, com mais de R$ 12,4 bilhões em ativos.

Cresol
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Acompanhe a conversa e conheça a história e os avanços da Cresol, seu crescimento e destaque no Sistema Financeiro Nacional, e os planos futuros para o desenvolvimento do cooperativismo por meio do crédito.

A Cresol tem um histórico de vivência com o crédito rural, mas a cooperativa nesses 25 anos cresceu e se profi ssionalizou, como se deu esse processo?

São diversos estágios até aqui, eu diria que os primeiros 15 anos da Cresol foram momentos de descobrimento. Anos de identifi car o que ela queria, como funcionava, anos de testes e capacitações internas. A partir de 2010 a Cresol passou a se desafi ar a enfrentar de forma muito direta esse mercado financeiro que temos, o que ocorreu neste processo é que a Cresol teve a sensibilidade de olhar o que estava ocorrendo fora, por meio de experiências internacionais e com outros sistemas de cooperativas de crédito, adaptando isso da melhor forma possível dentro da estrutura, onde muitas vezes sofremos para fazer essas mudanças, mas a Cresol é resiliente e garante que passos técnicos, de governança e capacitação importantes sejam implantados, onde nesse período até, aproximadamente, 2015 esse estágio foi sendo construído e vencido. E desse período até os dias de hoje se fortalece todo esse processo de profi ssionalização e a Cresol dá importância e visibilidade à estratégia fi nanceira a ser implantada, focando em uma estratégia econômica de sustentabilidade, colocando isso como ponto prioritário, saindo de uma Cresol que passava 80% do seu tempo discutindo questões políticas e 20% questões econômicas, e a partir de 2015 isso se inverteu, o foco mudou, com clareza, dinamismo e planejamento de onde queremos chegar.

Podemos dizer então que o processo de governança e defi nições de papéis e também a contratação de quadros executivos qualifi cados tecnicamente auxiliou nesse crescimento e na profi ssionalização da Cresol em uma Instituição Financeira?

Eu não tenho dúvidas de que quando a gente faz a segregação de funções, clarifi ca a governança e separa os papéis de representação política e execução técnica, o Sistema Cresol dá um grande salto e faz com que as pessoas desenvolvam as funções que lhe foram atribuídas, tudo isso com metas e foco no resultado. E quando a Cresol passa por esse estágio, que antes por muitos não era visto com bons olhos, afi nal, falar de metas nas cooperativas Cresol era algo nunca pensado em anos anteriores, Sistema avança, cresce e caminha para outro momento de desenvolvimento.

Como você avalia a atuação do Marco Regulatório do Cooperativismo e, ainda, na sua visão ele tem sido fundamental para esse crescimento da Cresol?

O marco regulatório foi um grande aliado para que tenhamos avançado, ele dá as condições para que você, enquanto instituição financeira cooperativa, possa fazer as coisas de forma correta. O grande diferencial da Cresol foi internalizar as normas e regras e trabalhar com seus grupos de dirigentes e
colaboradores, fazendo com que todos de fato entendam a importância disso. O grande desafio das regras é a implementação delas, para isso o grupo executivo da Cresol foi extremamente assertivo, adaptando-as para sua realidade e as implementando, e ainda está implementando. Fazemos com que esse processo todo fosse realizado de forma tranquila, no geral é bom lembrarmos que a base regulamentar ajuda, mas a regra por si só não faz nada, precisa ter uma orientação, uma decisão interna para ser feita e executada. O mais interessante é que conforme isso passa a dar resultado há uma assimilação por parte de todos para que isso seja implementado de forma rápida, mudando a forma de gerir e conduzir a Cresol.

Automatização de processos, digitalização de documentos, analise centralizada e segurança tecnológica, são ações que profissionalizaram o crédito da Cresol e facilitaram o processo de fazer negócio. Focando os esforços no relacionamento com o cooperado, como você observa esses processos na Cooperativa?

A Cresol a partir do momento em que ela toma a decisão de ter um sistema de compensação próprio, no ano de 20105/16, ela avança e busca um caminho de autonomia dos seus negócios em relação a dependência de qualquer banco, ela investe fortemente em tecnologia, para que o software possa estar ainda mais acessível ao quadro social, e a estrutura de tecnologia possa ser voltada para o cooperado, não apenas para suas estruturas internas. Acima de tudo eu quero deixar claro aqui que tecnologia é uma parte, a profissionalização executiva, bem desenhada, que se comunica com a sociedade de forma competente e eficiente, é esse um eixo fundamental. A medida também que ela passa a investir em pessoas e ter reconhecimento nacional por tratar bem seus colaboradores, tendo uma avalição positiva, ela passa para outro pilar. Quando ela tem um planejamento claro e sabe onde quer chegar em 2020, isso passa a ser uma orientação sistêmica, a Cresol conseguiu dar esses passos porque todos estavam olhando e focados no mesmo lugar, sabendo onde queriam chegar, e isso faz com que o foco do planejamento não seja apenas político e passe a ser também econômico, e ai temos mais um eixo. E à medida que a Cresol se aproxima dos órgãos reguladores e fiscalizadores do sistema bancário, e passa a ser reconhecido pela sua competência técnica, tendo mais segurança pra entrar na relação com os bancos privados, os quais têm um olhar extremamente críticos em relação as instituições financeiras cooperativas. Assim, essa qualificação que tivemos é resultado que um conjunto de ações macros e decisões estratégicas tomadas e executadas de forma prioritária.

Como se explica um crescimento sustentável acima da média nacional de mais de 30% ao ano?

A Cresol estava extremamente tímida e sabíamos que tínhamos potencial pra muito mais, e esse conjunto de ações que eu comentei anteriormente, com pessoas capacitadas para conduzir esse processo com atitude de entregar e fazer mais, foi possível a medida em que deixamos a equipe livre para trabalhar e produzir, segregando um conjunto de funções e deixando o norte claro. A Cresol tem um reconhecimento muito forte com seu quadro social, e esse processo todo fez com que déssemos esses passos largos de crescimento. E a preocupação constante com o crescimento em tecnologia, pessoas, relações humanas e estratégia foi fundamental para sustentar esse avanço, mas estou convicto que a Cresol leva isso pelos próximos anos, cuidando dessas questões e estimulando as pessoas a produzirem mais, pois no momento que você tem um cooperado que ganha, um colaborador que ganha e uma Cresol que ganha, é um tripé estratégico que fortalece o desenvolvimento e gera o crescimento.

Como você define a estratégia de incorporações das Cooperativas para esse crescimento, sendo que em 2015 a Cresol tinha cooperativas com aproximadamente R$ 30 milhões de ativos e hoje a média de ativo das cooperativas está em R$ 350 milhões. Quero destacar aqui algo que considero extremamente importante que é a capacidade de leitura de mercado. A medida em que vimos que as margens iriam apertar, que a concorrência iria aumentar, a nossa ação estratégica não foi se desesperar, mas sim, pensar e planejar qual o caminho que teríamos que tomar, e com essa leitura um dos caminhos desenhados pelo mercado era o de juntar forças, então neste processo saímos de 81 cooperativas para 20 cooperativas, fazendo com que a nossa capacidade de enfrentar desafios se multiplicassem, e no mercado financeiro isso é ainda maior. Obviamente que isso exigiu muita maturidade dos dirigentes, mas essa capacidade de leitura fez com que pudéssemos entregar esses resultados alcançados e, consecutivamente, o melhor ano da Cresol, com crescimento de ativos, resultados, reconhecimento bancário e da sociedade, ou seja, essa profissionalização que a Cresol fez nos últimos cinco anos gerou essas condições, e essa
postura otimizou custos e ganhamos escala para poder enfrentar o mercado de forma competente.

O ano de 2020 está sendo marcado por uma Pandemia em decorrência da Covid-19. Mas percebemos que quando todos pararam, e a economia desestabilizou. Foi neste momento em que a Cresol teve seu maior crescimento. Como explicar isso?

A Cresol traz em seu DNA, desde a sua origem essa essência de ajudar os mais necessitados, o cooperativismo é assim. Quando iniciou a Pandemia, os executivos com essa visão e DNA, viram que agora era a hora da Cresol mostrar seu diferencial e não temer a situação, fazendo com que toda a estrutura pudesse ter um único foco: poder ajudar o quadro social em um momento de grande dificuldade. Foi o ano em que mais tivemos contato com nosso cooperado, foi o ano em que tivemos mais produtos e serviços adaptados para atender as demandas do nosso quadro social, foi o período que mais avançamos na tecnologia para atender essas demandas. A grande questão acima de tudo estava em atender as demandas do quadro social com competência e transparência no processo, e o cooperado sentiu isso, acreditando e movimentando na Cresol. Ressalto, são atitudes tomadas no momento certo, de forma certa e com a clareza necessária, ou seja, foco no cooperado, competência técnica e muito planejamento, destacam essa robustez econômica que a Cresol trouxe para esse momento e tantos outros.

O marco fundamental para o desenvolvimento da Cresol foi o Planejamento Estratégico 2015/2020. Como a Cresol está organizada para os próximos anos?

A principal virtude do próximo planejamento é que ele é prático e que a cada ano tem que ser revisitado, pois a economia e a dinâmica financeira mudam muito rápido e é impossível prever o que vai acontecer daqui a cinco anos, o planejamento 2021/2025 está desenhado com objetivos muito claros do que precisa ser feito e de onde queremos chegar, trabalhando grandes eixos como a segurança, a fortaleza da Cresol enquanto instituição financeira, a valorização das competências técnicas que a estrutura da Cresol tem. O planejamento trabalha muito também as pessoas, afinal, é extremamente importante sermos valorizados nacionalmente como uma das melhores instituições financeiras cooperativas para trabalhar, isso é resultado de muitas ações e um trabalho de base forte para esse processo. Além disso, traz com grande destaque a tecnologia e as relações com o cooperado, muita competência técnica e muita sensibilidade com o cooperado. O nosso planejamento traz tudo isso para os próximos anos, mas eu quero destacar que existe uma tendência que as instituições financeiras fiquem muito parecidas no futuro, ou seja, todos oferecem produtos e serviços iguais, mas pra mim o que vai diferenciar a Cresol é ela fazer o tripé: sendo uma estrutura forte, consolidada e reconhecida, uma fortaleza financeira para o cooperado, ter seu quadro de colaboradores estruturado e ativos neste processo e, por fim, o cooperado, crescendo e desenvolvendo junto com a Cresol. Essa na minha visão será a diferença que fará o cooperado escolher vir para a Cresol

O que você considera como um dos grandes diferenciais da Cresol no Sistema Financeiro Nacional que trouxe ela até aqui e vai mantê-la nesse caminho?

Quando você faz ações em que o olho do funcionário enche de água quando fala de Cresol, isso tem uma competência, isso faz a diferença. Tudo o que eu trouxe aqui para que a Cresol tenha uma bom relacionamento com o quadro social, pra ela crescer e ter uma boa estratégia para o futuro, pensando no coletivo, a instituição precisa de pessoas apaixonadas e engajadas, e isso é, além apenas de uma remuneração, o prazer do pertencimento, de saber que você faz parte de algo maior e com um propósito claro. Sinto orgulho em dizer que se chegamos até aqui é porque na Cresol temos muitos profissionais bons, com visão estratégica e prática, capacitado e pronto para os desafios, pois quando falamos que queremos atingir uma meta e que o nosso foco é esse a estrutura toda está preparada e engajada para isso, e essa realidade é um dos nossos grandes diferenciais. Outro fator importante é que a Cresol não deve em nada para qualquer estrutura de banco, de fiscalização, de auditoria. Hoje as visitas desses órgãos são de rotina de trabalho, a nossa prática com o crédito é extremamente correta e transparente, e isso nos traz para a nossa fortaleza do crédito e o exercício diário dos nossos princípios.

Sobre a Cresol

Com 25 anos de história, a Cresol é hoje um sistema sólido que se destaca entre as principais cooperativas de crédito do Brasil. Recentemente, a Cresol chegou à marca de 600 mil famílias cooperadas espalhadas por 25 estados brasileiros. Cada cooperativa trabalha para o desenvolvimento econômico e social dos seus cooperados, proporcionando soluções financeiras com sensibilidade e eficiência para que todos realizem seus sonhos, propósitos e negócios.

Cresol Confederação
• 600 mil cooperados
• Presença em 25 estados
• 585 agências
• R$ 12,4 Bilhões em ativos
• R$ 1,4 Bilhão Patrimônio de Referência

 

Confiança cai em 26 dos 30 setores da indústria em janeiro

Índice recuou em relação a dezembro. Avançou nos setores de farmoquímicos e farmacêuticos e de produtos de madeira e ficou estável em máquinas e materiais elétricos e veículos automotores

Crédito: UnB Agência
Índice de Confiança do Empresarial Industrial, medido pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), mostra queda na confiança em 26 dos 30 setores da indústria pesquisados em janeiro deste ano, na comparação com dezembro de 2020. Apesar da queda, todos os setores seguem confiantes na economia e no futuro da empresa e nenhum rompeu a barreira dos 50 pontos. O ICEI varia entre 0 e 100 pontos, sendo que valores abaixo de 50 pontos indicam desconfiança e acima confiança. A CNI ouviu 2.298 empresas, sendo 888 pequeno, 851 médio e 559 de grande porte.

“Se compararmos o ICEI deste ano com janeiro de 2020, vamos ver uma queda ainda mais expressiva em alguns setores. Mas isso não significa que os empresários não estejam confiantes, porque eles estão. Mas no início do ano passado, essa confiança era excepcional. Havia uma expectativa de crescimento, mas veio a pandemia e todos conhecemos a história. Mas a confiança atual não é baixa, apesar de ter caído”, explica o gerente de Análise Econômica da CNI, Marcelo Azevedo.

Os únicos setores em que a confiança avançou em janeiro foram o setor Produtos farmoquímicos e farmacêuticos, que passou de 60 para 61,4 pontos, e o setor Produtos de madeira, subiu de 64,6 para 65,6 pontos). A confiança não mudou em dois setores: máquinas e materiais elétricos e veículos automotores.

Maiores quedas da confiança ocorreram no setor de equipamentos de transporte, que caiu 10 pontos, passando para 53,7 pontos, Equipamentos de informática, eletrônicos e ópticos, com menos seis pontos o ICEI do setor é de 58 pontos) e produtos de borracha, com menos 4,8 pontos, a confiança ficou em 61,4 pontos. É importante notar que nenhum desses setores passou a categoria de desconfiança, pois estão acima da linha de corte de 50 pontos.

 

Sem empresas, Brasil será incapaz de preservar Amazônia, diz Mourão

 


O vice-presidente Hamilton Mourão falou sobre oportunidades de financiamento para a floresta durante o Fórum Econômico Mundial, em Davos

Apesar de ter responsabilidade majoritária na proteção da Amazônia, o Brasil só será capaz de salvar a floresta com ajuda internacional e apoio do setor privado. A afirmação foi feita pelo vice-presidente do Brasil, Hamilton Mourão, nesta quarta-feira (27), durante painel do Fórum Econômico Mundial, cuja edição acontece nesta semana.

O painel “Financiamento para a transição da Amazônia para a bioeconomia sustentável” também contou com as presenças de Gustavo Montezano, presidente do BNDES; Candido Bracher, presidente do Itaú; Eduardo Bartolomeo, presidente da Vale e Ivan Duque, presidente da Colômbia. A moderação foi da líder do Fórum Econômico Mundial para a América Latina, Marisol Barillas.

Mourão criticou o descompasso entre o interesse internacional na preservação da Amazônia e o recebimento de recursos financeiros e técnicos para ações concretas de proteção do bioma. “Mesmo com o aumento no interesse sobre a situação da Amazônia tenha aumentado drasticamente, o mesmo não pode ser dito sobre a cooperação internacional técnica e financeira para a região”, disse.

Segundo ele, o setor privado tem papel fundamental na preservação da Amazônia, e o foco das empresas daqui em diante deve estar no potencial econômico do bioma e na bioeconomia – modelo que une a exploração ambiental com a conservação e a criação de empregos e valor social. “Sem a parceria com os setores públicos e privados e cooperação internacional, o Brasil será incapaz de atingir o objetivo principal de preservação da Amazônia.”

Durante o evento, Mourão repetiu por diversas vezes que o Brasil está comprometido com o desenvolvimento de políticas e leis que permitam o avanço da bioeconomia na Amazônia e com a proteção da floresta. O governante também reforçou que o Brasil irá liderar um painel da ONU sobre o setor energético, ainda em 2021, e relembrou a novo compromisso do país com o Acordo de Paris, que estabelece a neutralidade em carbono até 2060.

A atração de investidores privados e do setor empresarial é algo válido para o setor de energias renováveis, algo prioritário para o Brasil, segundo Mourão. O governante também afirma que o pagamento por serviços ambientais é vital para que haja “um contínuo trabalho para prevenir ilegalidades na região”.

Parte dessas irregularidades serão resolvidas com políticas direcionadas a regularização de terras e o pagamento por serviços ambientais. Para isso, o Ministério da Economia tem trabalhado no projeto “Amazônia Verde”, que pretende trazer mais investimentos privados para a região, ressaltou.

“2020 foi, sem dúvida, o ano mais desafiador da história recente. Não apenas para nossa população e economia, mas para o meio ambiente”, disse.

De acordo com Mourão, o governo brasileiro também voltará a negociar o Fundo Amazônia, projeto criado em 2008 em parceria com os governos da Noruega e Alemanha. “O Governo Federal continuará a mostrar comprometimento contínuo com a agenda sustentável, e com projetos promissores nessa área, e para isso, investimentos internacionais são vitais”.

Cooperação na América Latina

Ivan Duque, presidente da Colômbia, defendeu que a proteção da Amazônia vai além da exploração da bioeconomia, mas define o futuro do planeta em relação às mudanças climáticas. “Para valorizar, é preciso entender os problemas que a Amazônia enfrenta”, disse. Apesar de ter apenas 6% da mata no país, cerca de 35% do território colombiano é composto pela vegetação amazônica.

Há 2 anos, os sete países da América do Sul que compartilham a bacia criaram o Pacto de Letícia, que promove a preservação do bioma e seu reflorestamento e procura mitigar os danos das queimadas e desmatamento na região. O desafio agora, segundo Duque, é unir com eficiência a bioversidade a inovação e engajar o setor empresarial na criação de um mercado que priorize a proteção e acelere a implementação de um mercado de carbono.

Agro e transformação digital

A ministra da Agricultura, Tereza Cristina, afirmou que a transformação digital tem ocorrido muito rapidamente no Brasil e que o setor de agronegócios precisa estar inserido neste contexto de mudança. O País tem, segundo ela, um dos “mais vibrantes” ambientes de negócios, com mais de 2 mil agritechs – startups do agronegócio. O Brasil, afirmou a ministra, tem ampliado os investimentos nesta frente ao longo dos últimos anos.

“Os investimentos passaram de US$ 4 milhões em 2013 para mais de R$ 200 milhões em 2019. Temos mais de 2 mil agritechs trabalhando em diversas áreas, como rastreabilidade, e diversas tecnologias para entregar produtos mais sustentáveis e seguros”, disse a ministra da Agricultura, durante a edição virtual do Fórum Econômico Mundial de Davos.

De acordo com ela, a atuação do agronegócio brasileiro está debruçada em diretrizes claras, com cinco eixos: sustentabilidade, inovação aberta, biotecnologia, agregação de valor e agricultura digital.

Tereza Cristina participa nesta quarta-feira de painel virtual sobre a transformação de sistemas alimentares por meio da tecnologia e inovação, no âmbito do Fórum Econômico Mundial de Davos. Ela dividiu a arena digital com representantes de organizações internacionais ligadas à alimentação, dos governos da Índia e África do Sul e ainda de empresas privadas.

Tereza Cristina disse que a próxima década será marcada por “convergência digital e biológica”, principalmente, na agropecuária. “Inovação é imprescindível para adequar a agropecuária à realidade global e é o único vetor capaz de conciliar segurança alimentar e preservação ambiental”, disse a ministra.

Tereza Cristina também aproveitou a plateia digital e com participação global para evidenciar a importância da integração dos pequenos produtores no setor de agronegócios. Segundo ela, esse é o passaporte para manter o jovem no campo e impedir que a população fique tão envelhecida no meio rural. Destacou, ainda, a importância de ajudar as mulheres que trabalham no campo.

quarta-feira, 13 de novembro de 2019

Bolsonaro se reúne com presidente chinês, e Guedes fala em livre comércio

 

Reunião do Brics — grupo que reúne Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul — acontece nesta semana em Brasília

 









São Paulo — O presidente Jair Bolsonaro recebeu nesta quarta-feira (13), o presidente da República Popular da China, Xi Jinping, no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O líder chinês chegou às 11h10 ao prédio onde estão previstas a assinatura de atos e uma declaração conjunta à imprensa.

O encontro entre os dois chefes de Estado ocorre menos de um mês depois de o presidente Jair Bolsonaro visitar a China. Na ocasião, foram assinados acordos e memorandos de entendimento em política, ciência e tecnologia e educação, economia e comércio, energia e agricultura. Agora, os dois países querem aprofundar esse intercâmbio, a confiança política e ampliar a cooperação em diversas áreas.

A bilateral entre os dois chefes de Estado acontece no âmbito da 11ª Reunião de Cúpula do Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. A programação do evento começa nesta tarde com o encerramento do Fórum Empresarial do Brics. Antes, Bolsonaro também se encontra, no Palácio do Planalto, com o primeiro-ministro da Índia, Narendra Modi.

À noite, de volta a Itamaraty, o governo brasileiro oferecerá um jantar em homenagem aos líderes do bloco, e amanhã (14), também no Ministério das Relações Exteriores, acontecem as sessões plenárias e o almoço de encerramento da cúpula.

 

Livre comércio 

 

Enquanto o presidente Bolsonaro recebia o líder chinês, o ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou nesta quarta-feira que o Brasil está conversando com a China sobre a possibilidade de uma área de livre comércio no âmbito de esforços que têm sido feitos pelo governo para integrar o país às cadeias globais de valor.


“Agora estamos conversando com a China sobre a possibilidade de considerarmos uma free trade area (área de livre comércio), ao mesmo tempo em que falamos em entrar na OCDE”, disse ele, listando as ações que estão em curso após o Mercosul ter fechado acordo com a União Europeia.

Em seminário sobre a relação do Brasil com o Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), o banco do Brics, o ministro frisou que a decisão de abrir o Brasil está consolidada no governo Jair Bolsonaro e é urgente.
“Perdemos tempo demais, temos pressa”, disse o ministro.

Questionado sobre o possível acordo com a China e sobre um prazo viável para sua conclusão, o ministro não deu mais informações a jornalistas, se limitando a reiterar que o Brasil precisa olhar para o crescimento asiático em sua estratégia comercial.

“O que nós estamos falando é o seguinte: desde o início nós estamos procurando níveis de integração maior”, afirmou.

Durante sua fala inicial no seminário, o ministro disse, em relação ao comércio com a China, que apesar de o montante negociado passar hoje dos 100 bilhões de dólares, ele particularmente não se incomodaria se a balança com o gigante asiático passasse do superávit ao equilíbrio, “com as importações duplicando ou triplicando”.

“O que queremos é mais integração ainda”, pontuou.

Quanto à Índia, Guedes avaliou que há um grande atraso em relação ao potencial de comércio.

“O maior upside de integração de comércio agora é com a própria Índia porque o comércio é muito baixo”, disse.

Guedes também sublinhou que ao Brasil não interessam guerras comerciais, tensões e incertezas.

“Ao contrário, vamos dançar com todo mundo”, afirmou.

O ministro destacou que, para além das trocas comerciais, o Brasil também quer mais investimentos estrangeiros no país, citando, por exemplo, a carteira do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
Sobre a atuação do NDB, Guedes avaliou que o banco do Brics poderá financiar projetos de infraestrutura, citando portos, rodovias e ferrovias.

“Por exemplo: como escoar toda essa produção do Centro-Oeste brasileiro através de investimentos em ferrovias, para a Calha Norte, para subir, e isso tudo chegar à Ásia em menos tempo e mais barato. Ao mesmo tempo, como cortar através do Peru uma Transpacífica para o Brasil também escoar a produção do Centro-Oeste”, disse. “Tudo isso são possibilidades de financiamento do NDB.”

À Reuters, membros da comitiva do NDB afirmaram que o banco já aprovou empréstimos que somam 1,4 bilhão de dólares ao país até agora. A meta para 2020 é de mais 2 bilhões de dólares em financiamentos, levando o total a 3,4 bilhões de dólares.

 

Cúpula


Presidida pelo Brasil, a reunião do Brics tem como lema Crescimento Econômico para um Futuro Inovador. Segundo o Itamaraty, serão discutidos, prioritariamente, temas relacionados à ciência, tecnologia e inovação, economia digital, saúde e combate à corrupção e ao terrorismo. Esta é a segunda vez que Brasília sedia a conferência – a primeira vez foi em 2010. Em 2014, o Brasil também organizou a cúpula, que aconteceu em Fortaleza.

Indústria do Sul avalia que Programa Verde e Amarelo reduzirá custos


Iniciativa melhora a competitividade, porém ressalvas para contratação podem frear geração de empregos para os jovens

 

Da Redação

 

redacao@amanha.com.br
Iniciativa melhora a competitividade, porém ressalvas para contratação podem frear geração de empregos para os jovens

O Programa Verde e Amarelo, lançado pelo governo federal para incentivar a qualificação profissional e a geração de emprego e renda, melhora a competitividade e a empregabilidade no país. Esta é a avaliação das indústrias do Sul sobre o lançamento da iniciativa, anunciada na segunda-feira (11), em Brasília. Porém, a dúvida que cerca representantes da cadeia industrial é se o programa será suficiente para gerar novos empregos. 

“Na nossa visão, foram anunciadas medidas que melhoram a competitividade da produção brasileira, estão mais alinhadas com o que se faz no mundo e é um primeiro passo para desonerar a folha de pagamento. Além disso, há uma preocupação com a inclusão e com a diminuição do desemprego”, opina Mario Cezar de Aguiar, presidente da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc). “É muito difícil saber se haverá geração de empregos, porém essa medida ajuda a reduzir os custos de contratação, apesar de todas as restrições para o enquadramento do contratado”, argumenta Gilberto Petry, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio Grande do Sul (Fiergs). 

Conforme informações do governo, a expectativa é que o Programa consiga gerar ao longo de três anos cerca de 4,5 milhões de empregos. O público-alvo são jovens que buscam a inserção no mercado de trabalho ou o primeiro emprego, trabalhadores desempregados que estejam cadastrados no banco de dados do Sistema Nacional de Emprego e pessoas inscritas no Cadastro Único para Programas Sociais do governo federal. O programa também será voltado para os trabalhadores que estão empregados em ocupações que sofrem com a diminuição das vagas de trabalho devido a modernização tecnológica e outras formas de reestruturação produtiva. Para esse público devem ser oferecidos mecanismos para a requalificação ou a recolocação no mercado de trabalho. Uma das metas do programa é que, dos cerca de 4,5 milhões de empregos que o governo espera gerar, 50% desses trabalhadores ingressem no mercado de trabalho até um ano após a realização dos cursos.

“Na cerimônia de lançamento, o governo deixou muito claro que o foco é alinhar a oferta dos cursos às demandas do mercado”, lembra Aguiar, que esteve presente na cerimônia. A qualificação desses profissionais se dará por meio de um sistema de vouchers para a participação em processos de formação. Os vouchers são vagas de qualificação oferecidas sem custo para os trabalhadores e que serão utilizadas para que as empresas treinem seus empregados e novos contratados em áreas e competências que realmente são necessárias para as companhias.

Entre outras medidas previstas para as empresas estão a isenção da contribuição patronal para o INSS (20% sobre a folha), da contribuição ao Sistema S e do salário-educação. Além disso, a contribuição para o FGTS cairá de 8% para 2%, e o valor da multa poderá ser reduzido de 40% para 20%, decidida em comum acordo entre o empregado e o empregador, no momento da contratação. Em relação à arrecadação do Sistema S, o programa não deve provocar impacto imediato na atuação das entidades. Na visão de Petry, o programa apresenta diversas ressalvas para a contratação. O novo empregado deve ter de 18 a 29 anos, ser seu primeiro emprego, não será possível substituir um trabalhador já contratado pelo sistema convencional por outro do programa Verde Amarelo, a remuneração será de até um salário mínimo e meio (R$ 1.497), o prazo de contratação de dois anos, e somente 20% dos funcionários podem estar nessa modalidade. Entretanto, Petry enfatiza que o Sesi e o Senai são fundamentais para a inserção do jovem no mercado de trabalho, por meio do ensino, qualificação e treinamento para as atividades profissionais. Por isso, suas atuações devem ser preservadas para que o jovem consiga acessar o mercado de trabalho cada vez mais preparado.

Até o fechamento desta reportagem, a Federação das Indústrias do Paraná (Fiep) não havia se manifestado sobre o Programa Verde e Amarelo.
 
 
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sexta-feira, 13 de setembro de 2019

Hydrostec investe R$ 10 milhões em ampliação de fábrica


Valor do projeto vai gerar cerca de 80 novos empregos diretos


A Hydrostec Tubos Equipamentos Ltda, companhia instalada no Complexo Industrial e Portuário do Pecém, terá sua capacidade fabril ampliada, com investimentos estimados em R$ 10 milhões.

De acordo com o Diretor da empresa paulista, Sérgio Ferreira, o investimento vai estimular a criação de novos empregos na região.

“As obras já estão sendo iniciadas e deverão durar aproximadamente 9 meses. Essa ampliação deverá mais que dobrar a capacidade produtiva da fábrica e gerar pelo menos 40 postos de trabalho por turno”, diz Sérgio Ferreira.

A expectativa é que ao todo sejam gerados 80 novos empregos diretos após a conclusão da obra de ampliação, prevista para ser concluída no primeiro semestre de 2020.

“A ampliação dessa fábrica, que está dentro da nossa área industrial, mostra o quanto estamos buscando desenvolver a economia do Ceará. Nosso objetivo é seguir atraindo cada vez mais investimentos para o Complexo do Pecém”, disse Danilo Serpa – Diretor-Presidente do Complexo Industrial e Portuário do Pecém – CIPP.

Quando inaugurada, em 2010, a Hydrostec foi a primeira fábrica da região Nordeste na produção automatizada de tubos de aço para barragens, adutoras e grandes obras. Hoje, a produção da fábrica atende a todo o mercado nacional.

Em outubro de 2007 a Alstom Hydro Energia Brasil Ltda concluiu a venda de sua Divisão de Irrigação e Saneamento a um experiente e reconhecido grupo de Diretores daquela Divisão, os quais constituíram a hydrostec tecnologia e equipamentos Ltda.

A hydrostec assumiu os profissionais experientes na área, além de toda a propriedade intelectual, física e material pertencente àquela Divisão, que ao longo dos anos passou por várias alterações societárias, iniciando como Mecânica Pesada S.A. e finalizando como Alstom Hydro Energia Brasil Ltda.

A hydrostec além de adquirir a tecnologia das empresas acima citadas, recepciona, ainda, a tecnologia das sociedades de renome internacional, tais como Neyrpic, Neyrtec, Bergeron e Rateau, que são hoje partes integrantes da Alstom.

FonteBVMI – Licio Melo



https://www.bvmi.com.br/hydrostec-investe-r-10-milhoes-em-ampliacao-de-fabrica/

Klabin planeja investimento de R$ 500 milhões em nova fábrica no CE


No primeiro semestre, empresa faturou R$ 1,4 bilhão a partir da unidade de caixas de papelão e sacos industriais


Maior produtora de papéis para embalagem e embalagens de papelão ondulado do Brasil, a Klabin S/A planeja erguer uma nova fábrica de papelão ondulado no Nordeste.

De acordo com fontes de mercado, a companhia manteve negociações com governos da região do Vale do São Francisco e do Ceará acerca do investimento, estimado em cerca de R$ 500 milhões.

Conforme a mídia local, a companhia já teria escolhido o Ceará como sede da fábrica, que deve contemplar uma máquina de papel reciclado.

As conversas estão avançadas e, neste momento, voltadas à definição da data de lançamento da pedra fundamental do projeto. Procurada, a Klabin informou que não comenta o assunto.

A maior exposição à região deve-se ao bom desempenho dos negócios sobretudo com o setor hortifrúti, para o qual a companhia fornece embalagens que garantem a integridade do produto e são resistentes à umidade e empilhamento no transporte, por exemplo.

Os estados nordestinos são grandes produtores de frutas e contribuem para que o Brasil esteja entre os cinco maiores do mundo nessa área. No Nordeste, a Klabin já opera unidade fabril de embalagens de papelão ondulado e sacos industriais no município de Goiana, em Pernambuco.
Mediante investimentos de R$ 400 milhões, a fábrica foi ampliada há cerca de cinco anos, refletindo a aposta no crescimento da demanda no mercado nordestino especialmente por alimentos industrializados, frutas e na construção civil.

Foram instaladas novas onduladeiras e impressoras e uma máquina de papel reciclado, que elevou de 50 mil para 160 mil toneladas a capacidade de produção desse tipo de papel no local.

Em outro lance, de expansão geográfica, a Klabin anunciou em outubro de 2016 a compra de duas fabricantes de embalagens de papelão, a paranaense Embalplanm e a amazonense Hevi Embalagens, pelo valor total de R$ 187 milhões. As aquisições marcaram o início da operação de conversão de caixas da companhia nesses Estados.

No total, a Klabin pode produzir anualmente cerca de 750 mil toneladas de caixas de papelão ondulado e é líder no mercado brasileiro, com participação de 18%, à frente da WestRock, International Paper, Celulose Irani e Smurfit Kappa.

A participação no mercado de frutas tem contribuído para mitigar o efeito negativo do baixo crescimento econômico na expedição brasileira de embalagens como um todo.

No primeiro semestre, a companhia teve receitas de R$ 1,4 bilhão a partir da unidade de caixas de papelão e sacos industriais, com alta de 5% na comparação anual, apesar da queda de 2% em volume, uma vez que as vendas foram direcionadas a mercados de maior rentabilidade.

De acordo com a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO), das expedições de caixas, acessórios e chapas de papelão no país cresceram 1% de janeiro a junho, para 1,74 milhão de toneladas. Para 2019, a expectativa é de crescimento de 1,7%.

A Klabin também está investindo na expansão da produção de papel kraftliner, usado na fabricação de embalagens. O projeto Puma II, aprovado no primeiro semestre pelo conselho de administração, prevê a construção de duas máquinas de papel, integradas à produção de celulose.

Juntas, as novas máquinas terão capacidade para 920 mil toneladas anuais de kraftliner. O início da primeira máquina está programado para o segundo trimestre de 2021, e o da segunda, para o segundo trimestre de 2023.

Conforme a Klabin, dois terços dos investimentos serão concentrados entre 2019 e 2021, uma vez que a maior parte dos equipamentos será instalada na primeira etapa do projeto, que será financiado principalmente por caixa próprio e geração de caixa dos negócios existentes.


FonteBVMI – Stella Fontes



https://www.bvmi.com.br/klabin-planeja-investimento-de-r-500-milhoes-em-nova-fabrica-no-ce/