No primeiro semestre, empresa faturou R$ 1,4 bilhão a partir da unidade de caixas de papelão e sacos industriais
Maior produtora de papéis para embalagem e embalagens de papelão ondulado do Brasil, a Klabin S/A planeja erguer uma nova fábrica de papelão ondulado no Nordeste.
De acordo com fontes de mercado, a companhia manteve negociações com
governos da região do Vale do São Francisco e do Ceará acerca do investimento, estimado em cerca de R$ 500 milhões.
Conforme a mídia local, a companhia já teria escolhido o Ceará como sede da fábrica, que deve contemplar uma máquina de papel reciclado.
As conversas estão avançadas e, neste momento, voltadas à definição da data de lançamento da pedra fundamental do projeto. Procurada, a Klabin informou que não comenta o assunto.
A maior exposição à região deve-se ao bom desempenho dos negócios
sobretudo com o setor hortifrúti, para o qual a companhia fornece
embalagens que garantem a integridade do produto e são resistentes à
umidade e empilhamento no transporte, por exemplo.
Os estados nordestinos são grandes produtores de frutas e contribuem
para que o Brasil esteja entre os cinco maiores do mundo nessa área. No
Nordeste, a Klabin já opera unidade fabril de embalagens de papelão ondulado e sacos industriais no município de Goiana, em Pernambuco.
Mediante investimentos de R$ 400 milhões, a fábrica
foi ampliada há cerca de cinco anos, refletindo a aposta no crescimento
da demanda no mercado nordestino especialmente por alimentos industrializados, frutas e na construção civil.
Foram instaladas novas onduladeiras e impressoras e
uma máquina de papel reciclado, que elevou de 50 mil para 160 mil
toneladas a capacidade de produção desse tipo de papel no local.
Em outro lance, de expansão geográfica, a Klabin anunciou em outubro
de 2016 a compra de duas fabricantes de embalagens de papelão, a
paranaense Embalplanm e a amazonense Hevi Embalagens, pelo valor total de R$ 187 milhões. As aquisições marcaram o início da operação de conversão de caixas da companhia nesses Estados.
No total, a Klabin pode produzir anualmente cerca de 750 mil toneladas de caixas de papelão ondulado e é líder no mercado brasileiro, com participação de 18%, à frente da WestRock, International Paper, Celulose Irani e Smurfit Kappa.
A participação no mercado de frutas tem contribuído para mitigar o efeito negativo do baixo crescimento econômico na expedição brasileira de embalagens como um todo.
No primeiro semestre, a companhia teve receitas de R$ 1,4 bilhão
a partir da unidade de caixas de papelão e sacos industriais, com alta
de 5% na comparação anual, apesar da queda de 2% em volume, uma vez que
as vendas foram direcionadas a mercados de maior rentabilidade.
De acordo com a Associação Brasileira do Papelão Ondulado (ABPO),
das expedições de caixas, acessórios e chapas de papelão no país
cresceram 1% de janeiro a junho, para 1,74 milhão de toneladas. Para
2019, a expectativa é de crescimento de 1,7%.
A Klabin também está investindo na expansão da produção de papel kraftliner,
usado na fabricação de embalagens. O projeto Puma II, aprovado no
primeiro semestre pelo conselho de administração, prevê a construção de
duas máquinas de papel, integradas à produção de celulose.
Juntas, as novas máquinas terão capacidade para 920 mil toneladas anuais de kraftliner.
O início da primeira máquina está programado para o segundo trimestre
de 2021, e o da segunda, para o segundo trimestre de 2023.
Conforme a Klabin, dois terços dos investimentos
serão concentrados entre 2019 e 2021, uma vez que a maior parte dos
equipamentos será instalada na primeira etapa do projeto, que será
financiado principalmente por caixa próprio e geração de caixa dos negócios existentes.
Fonte – BVMI – Stella Fontes
https://www.bvmi.com.br/klabin-planeja-investimento-de-r-500-milhoes-em-nova-fabrica-no-ce/
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