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Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
terça-feira, 3 de setembro de 2019
Executivos, e não empresas, devem ser punidos por corrupção, diz desembargador
Em casos de
corrupção e crimes contra a administração pública, os executivos
responsáveis pelos atos devem ser punidos, mas a atividade das empresas
deve ser preservada. Isso porque punições exageradas às companhias podem
reduzir empregos e a geração de renda, como o exemplo da "lava jato"
vem mostrando.
Executivos corruptos devem ser punidos, mas empresas devem
ser preservadas para não paralisar geração de riqueza, afirma
desembargador Marcelo Buhatem
Essa é a visão do desembargador Marcelo Buhatem, do Tribunal de
Justiça do Rio de Janeiro. Ele participou, nesta segunda-feira (2/9), do
seminário O papel do Judiciário na retomada do desenvolvimento do Rio de Janeiro, na Escola da Magistratura. O evento é organizado pela ConJur.
"No
capitalismo, a atividade de empresas é fundamental. Que se prendam os
que cometeram atos ilícitos, mas preservem a atividade da empresa",
afirma Buhatem. Ele criticou o bloqueio de bens de 35 empresas em uma
ação civil pública de improbidade administrativa movida pelo Ministério
Público do Rio. A ação é conhecida como “lava jato” civil.
"Não é
crível que essas empresas tenham todo o seu patrimônio congelado por
conta de malfeitos de corrupção de seus diretores, para pagar multas que
sequer foram arbitradas. São bilhões de reais bloqueados, que poderiam
estar criando empregos, gerando renda. Essa forma de entender as
empresas de certa maneira criminaliza as suas atividades. Os
administradores devem ser afastados.
Mas os empregos, a renda devem
continuar. Especialmente nesse momento, em que o estado do Rio está
absolutamente paralisado", avalia o desembargador.
O desembargador
também declarou que a Lei de Improbidade Administrativa enxerga o
empresário de maneira desconfiada. Ele ainda criticou o entendimento do
Supremo Tribunal Federal de que a ação que trata do mau uso de dinheiro
público é imprescritível. Isso faz com que empresários e políticos
possam ter que responder por um fato ocorrido 30 anos atrás. “Isso gera
uma insegurança jurídica absoluta”, afirmou Buhatem.
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