Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
A Hemmer foi criada há
106 anos e é sediada em Blumenau (SC). A marca incrementa o portfólio da
Kraft Heinz no segmento de molhos e condimentos no país
A Kraft Heinz anunciou nesta quinta-feira a compra da empresa brasileira de alimentosHemmer
por valor não revelado, ampliando sua plataforma internacional nas
categorias de condimentos e molhos chamada "Taste Elevation" e em um
apoio para sua estratégia de ampliação de presença em mercados
emergentes.
A Hemmer foi criada há 106 anos e é sediada em Blumenau (SC) e a
marca incrementa o portfólio da Kraft no segmento no país que conta
também com Quero e Heinz.
A Hemmer vai se beneficiar da rede de distribuição e modelo de
atendimento da Kraft Heinz no Brasil, incluindo o canal de atendimento a
restaurantes e hoteis "que está crescendo rapidamente", afirmou a Kraft
em comunicado à imprensa.
O negócio ainda precisa de aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).
A
23ª Vara Federal do Rio de Janeiro concedeu, nesta quarta-feira (22/9),
liminar determinando que a Petrobras regularize imediatamente a
contratação de escritórios de advocacia estrangeiros.
Em sua decisão, a juíza Maria Amelia Senos de Carvalho destacou que a
o exercício profissional da advocacia no país exige a inscrição na
Ordem dos Advogados do Brasil. Além disso, ressaltou que o registro do
advogado estrangeiro na OAB é disciplinado pelo Provimento 91/2000, que
exige autorização do conselho para o exercício profissional.
"A
observância dessas regras se impõe a todo e qualquer contratante em solo
nacional, incluindo sociedades de economia mista", afirmou a juíza.
Dessa
maneira, Maria Amelia ordenou que a Petrobras "exija em todas suas
contratações, com ou sem licitação, já efetivadas ou a serem efetivadas,
que os escritórios de advocacia estrangeiros cumpram o disposto" no
Estatuto da Advocacia (Lei 8.906/1994) e no Provimento 91/2000,
"providenciando imediata inscrição ou sua regularização perante a OAB".
Ação da OAB
A ação civil pública foi movida pelo Conselho Federal da OAB. A ação tem
origem na atuação da Coordenadoria Nacional de Fiscalização da
Atividade Profissional, que instaurou procedimento administrativo com o
objetivo de apurar a regularidade da atuação de escritórios de advocacia
estrangeiros contratados pela Petrobras para prestarem consultoria em
direito estrangeiro.
Ao analisar os contratos, a Ordem encontrou
irregularidades como a contratação de escritórios de advocacia
estrangeiros sem inscrição ou com inscrição fora das normas
estabelecidas pela OAB. Além disso, alguns escritórios estrangeiros, que
possuem inscrição em seccional da OAB, estavam atuando fora da
localidade onde o serviço foi prestado sem possuir inscrição
suplementar.
Durante o procedimento administrativo, a Petrobras se
mostrou incapaz de demonstrar que as consultorias jurídicas contratadas
foram prestadas exclusivamente em território estrangeiro, segundo a
OAB.
A prestação de serviços de assistência/orientação jurídica no
território nacional é atividade privativa aos inscritos na OAB e é
irregular quando praticados por sociedades não inscritas na Ordem, o
que, em tese, constitui contravenção penal de exercício ilegal da
profissão.
Além disso, da análise da atuação desses escritórios
estrangeiros em território brasileiro, ainda que por atuação remota,
constata-se violação à legislação aplicável à assessoria jurídica
estrangeira no território nacional, especialmente o Estatuto da
Advocacia e o Provimento 91/2000, sustentou a Ordem.
Clique aqui para ler a decisão
Processo 5054454-35.2021.4.02.5101
Para o gestor Ruy Alves, da Kinea, o caso deve gerar
mais desaceleração na China e afugentar investimentos de mercados
emergentes. E está nas mãos do governo evitar um colapso global
A Evergrande tem dívida de mais de US$ 300 bilhões
Segunda maior empresa de construção civil da China, a
Evergrande ganhou as manchetes da imprensa mundial nesta segunda-feira,
20 de setembro. O excesso de endividamento da empresa – que tem mais de
US$ 300 bilhões em débitos abertos – acendeu o sinal de alerta dos
investidores, preocupados com o possível contágio na economia global,
uma vez que o setor imobiliário representa 25% da segunda maior economia
do mundo.
A Evergrande é uma empresa focada em vender imóveis antes que estes
fiquem prontos, o que costuma resultar em endividamento para bancar a
construção, enquanto a sua receita vem dos pagamentos feitos por
compradores que também tomaram empréstimos.
A companhia, fundada em 1996, cresceu favorecida pela cultura dos
chineses de investir em imóveis. De todas as residências vendidas na
China, 80% são para quem está comprando, pelo menos, o segundo imóvel.
Isso levou a especulações e a preços mais altos, inviáveis para a classe
média. De olho nisso, o governo chinês tem agido para conter o mercado
especulativo e reduzir os preços, o que afeta empresas como a
Evergrande.
Os problemas da companhia começaram a ficar evidentes em agosto do
ano passado, quando os executivos pediram socorro financeiro às
autoridades, pois não teriam recursos para pagar as dívidas que venciam
em janeiro. A situação, porém, não melhorou desde então e o mercado teme
que a companhia quebre e isso gere uma onda de calotes. Nesta segunda, a
ação da empresa, listada em Hong Kong, caiu 10%.
Entre investidores, tem sido inevitável lembrar do Lehman Brothers, o
banco americano que quebrou em 2008 e deu início à crise financeira
internacional daquele ano. Há quem considere que a comparação seja
exagerada.
“Não é caso de pensar no Lehman Brothers. É algo que vai desacelerar
ainda mais o crescimento da China, o que afeta mercados emergentes e
afeta o Brasil”, disse, ao NeoFeed, Ruy Alves, gestor
de ativos macro globais da Kinea Investimentos, casa de gestão de fundos
ligada ao grupo Itaú e que administra R$ 57,2 bilhões em ativos.
Para ele, trata-se de mais um elemento complicador para o já difícil
cenário para o Brasil em 2022 e reforça a necessidade de buscar
investimentos em empresas “defensivas”, pouco relacionadas ao
crescimento econômico brasileiro. Acompanhe a entrevista a seguir:
O quão preocupante é a situação da Evergrande para os mercados?
O setor imobiliário representa 25% do PIB da China e há forte cultura
local para investir em imóveis. De todos os imóveis vendidos na China,
80% não são para um primeiro comprador. São pessoas que compram, não
alugam e fecham a casa. Isso começou a gerar uma bolha que foi crescendo
enormemente, elevando os preços, fazendo com que muitas pessoas não
conseguissem comprar a casa. A Evergrande é muito focada em vendas
feitas antes de a casa ficar pronta e tem um estoque que é duas vezes
maior que as vendas anuais dos Estados Unidos. O governo chinês, então,
começou uma política para limitar a especulação e diminuir os preços,
para que os imóveis sejam para viver e não para investir, para que as
pessoas de renda média pudessem comprar casas. A Evergrande, que parece
que vai quebrar, precisa vender ativos para honrar compromissos. Isso
deixa todo o sistema apreensivo.
Mas é o caso de pensar em uma crise como a de 2008, gerada pela quebra do Lehman Brothers?
Não é o caso de pensar em Lehman Brothers. É algo que vai desacelerar
ainda mais o crescimento da China, o que afeta mercados emergentes e
afeta o Brasil. Os emergentes vão crescer menos e os investidores vão se
perguntar: por que eu vou tirar meu dinheiro dos EUA para colocar em
emergentes, se os emergentes vão crescer menos, uma vez que se investe
em emergentes para ter retorno maior?
Então, não será o caso de uma nova quebradeira global?
Está na mão de Pequim. O Partido não vai deixar quebrar o setor inteiro.
Pequim não é suicida. O Partido quer aplicar uma lição, como estão
fazendo também com as empresas do setor de tecnologia. Em algum momento,
eles vão entrar para controlar a situação. Nada diz que Pequim não pode
errar a mão, mas isso não está no nosso cenário-base.
E qual o efeito disso para o Brasil? Que setores serão mais afetados?
O Brasil saiu de uma situação muito frouxa do ponto de vista monetário e
vai para um cenário de juro real positivo no fim desse ano. Além disso,
no aspecto social, com o fim do auxílio emergencial, só vai ter o Bolsa
Família no ano que vem, em um cenário de desemprego muito alto e uma
eleição difícil. E não vai haver um controle do arcabouço fiscal durante
a eleição. Só depois. Então, já tem muita coisa no preço. Já estava
difícil se comprometer com posições estruturais no Brasil.
Mas a situação na China piora o que já estava ruim?
Vamos ter menos crescimento. E já está piorando. O preço do minério de
ferro saiu de US$ 220 para US$ 90. Um dos grandes afetados será o
agronegócio, com uma demanda menor por commodities. A China, por
exemplo, é quem compra o nosso milho.
É para fugir de ações ligadas a commodities, então?
Eu não vou dizer de onde é para fugir, mas sim onde é para estar. No
momento, o ideal é procurar empresas defensivas, que pouco dependem do
crescimento econômico do Brasil. Nós, por exemplo, estamos comprados em
empresas como Hapvida, Assaí e Porto Seguro. Não estamos com uma visão
estruturalmente positiva para a Bolsa brasileira. Dos investimentos de
risco nos nossos fundos multimercado, só 20% estão no Brasil. Os outros
80% estão no exterior.
Mas essa perspectiva de crescimento menor pode ser positiva para a inflação?
Sim. Estamos sem crescimento, com fiscal e monetário mais apertados e
com o ambiente político incerto. Por enquanto, a inflação deve continuar
subindo, mas em dois anos deve convergir para a meta. Além disso,
grande parte da alta da inflação se deve a alimentos, e as commodities
estão começando a ceder. Mas, para ter juros mais baixos, não precisa só
de inflação. É preciso também mais conforto fiscal no País.
A consultoria de Vicente Falconi renova seu conselho,
estrutura um corporate venture capital e vai criar duas novas
companhias: uma de segurança digital e outra para atender pequenas
empresas
Ao longo dos anos, o consultor Vicente Falconi
ganhou fama e clientes com o método de gestão PDCA (do inglês Plan, Do,
Check, Act). Em seis décadas de carreira, o professor, como é mais
conhecido, colecionou pupilos do calibre de Jorge Paulo Lemann, Jorge Gerdau e Roberto Setubal e consagrou a Ambev, a maior cervejaria do Brasil, como um modelo de eficiência.
Agora, isso parece não ser mais suficiente para fazer a consultoria
que leva o seu nome a seguir crescendo em meio um mercado de consultoria
que resolveu trilhar outros caminhos além da gestão pura e simples.
“Num futuro próximo, nossa concorrência virá de produtos e serviços
tecnológicos, não de consultorias tradicionais”, diz Viviane Martins,
CEO da Falconi, ao NeoFeed.
Para enfrentar esse novo cenário, a Falconi está mergulhando de
cabeça em conceitos como inteligência artificial e big data. A adaptação
a esse contexto envolve ainda a renovação no seu board, a criação de
novos e futuros spin-offs, um corporate venture capital e produtos e
serviços digitais vendidos como assinatura.
“Antes, a Falconi entendia que o seu método resolvia tudo”, diz um
executivo do setor. “Hoje, a companhia está buscando parcerias onde não
tem expertise, inclusive com empresas que, em algum momento, possam ser
suas rivais.”
Para essa fonte, o modelo que a Falconi está perseguindo, com boa
dose de tecnologia embarcada, está mais em linha com a nova realidade do
mercado de consultoria e com a proposta de rivais como americanas Accenture e McKinsey.
“A McKinsey deixou de pensar só no planejamento e partiu também para a
execução. E a Accenture passou a investir mais na transformação
cultural”, afirma outra fonte do setor. “A Falconi está alguns passos
atrás, mas também está seguindo esse caminho, pois percebeu que o
argumento anterior de sucesso com empresas como a Ambev já não era
suficiente.”
Um exemplo dessa nova postura da Falconi aconteceu com a renovação do
board. No fim de abril, três novos membros se juntaram a Vicente
Falconi, Márcio Fróes e Silvio Morais no Conselho de Administração da
Falconi. Todos eles, donos de uma extensa bagagem nos campos que
interessam agora à consultoria.
Um dos assentos passou a ser ocupado por Guga Stocco. Cofundador da gestora Domo Invest e da empresa de capital de risco Futurum Capital, ele tem passagens pelas áreas de inovação e tecnologia de empresas como Buscapé, Banco Original e Microsoft.
Outra integrante é Mônica de Carvalho, que já ocupou cargos de
liderança em empresas como DM9DDB e, há 7 anos, é diretora de negócios
do Google. Professor emérito do departamento de Ciência da Computação da
UFMG, Nivio Ziviani completa o trio.
“O Guga tem um olhar de modelos de negócios de base tecnológica e
crescimento exponencial”, diz Viviane. “A Mônica traz um ângulo de dados
e também de marketing. E o Nivio é uma das grandes referências em
inteligência artificial no País.”
A maneira de se relacionar com as startups também mudou. Hoje, a
consultoria tem mais de 300 delas mapeadas. A cada projeto que
desenvolve, a empresa identifica se há alguma solução criada por esse
ecossistema que possa encurtar a obtenção de resultados naquele cliente.
Para a Falconi, um dos ganhos dessa equação é a agilidade. Antes, um
projeto durava de 12 a 15 meses, em média. Hoje, leva de 4 a 5 meses.
Para as startups, a empresa já gerou uma receita de mais de R$ 43
milhões e plugou essas ofertas em cerca de 90 projetos.
Outra tendência que vem de consultorias internacionais que a Falconi
está abraçando é a formação de veículos de investimentos em startups e
empresas de outros setores. A americana Bain & Company, nome
tradicional do setor, é uma das consultorias que usa esse expediente,
por meio dos braços Bain Capital e Bain Capital Ventures.
A Falconi está também estruturando o seu veículo de corporate venture
capital que, a princípio, terá 10% do lucro líquido anual da empresa
reservado para os seus investimentos.
Em 2020, a Falconi reportou um lucro líquido de R$ 44,4 milhões,
contra os R$ 45,8 milhões contabilizados em 2019. A receita líquida da
consultoria foi de R$ 261,5 milhões, um recuo diante dos R$ 305,8
milhões apurados um ano antes.
“Nossa tese é encontrar empresas que tenham um diferencial em
tecnologia e inteligência artificial”, afirma Viviane. “Serão cheques
pequenos e a ideia é buscar investimentos conectados ao desenvolvimento a
quatro mãos.”
O pontapé dessa estratégia está sendo dado com dois aportes – de
valor não revelado. O primeiro deles, na Innovation Intelligence,
startup do Vale do Silício especializada em big data e deep learning. O
segundo, na brasileira H:Data, healthtech dona de uma plataforma de
dados e de gestão hospitalar.
Spin-offs à vista
O corporate venture capital dá sequência a uma estratégia iniciada em
2019, com a criação da gestora de private equity Falconi Capital. Esse
braço tem foco em empresas mais maduras de segmentos como educação,
alimentos, cosméticos e cibersegurança.
É a partir de um investimento neste último setor que a Falconi está
criando mais um spin-off. No fim do ano, a Falconi vai lançar uma
empresa de serviços de segurança da informação, ainda sem nome definido,
em parceria com a GC Security, que recebeu um aporte da Falconi Capital
no início de 2020.
Em um segundo projeto, a consultoria programa para março de 2022 o
lançamento da Step 1, unidade que irá atender pequenas empresas, com
faturamento anual de R$ 350 mil a R$ 10 milhões, por meio de um modelo
100% digital.
A divisão nasce dentro da estrutura da Falconi, mas a ideia é que
siga o mesmo caminho da FRST, edtech lançada em 2020 e que foi o
primeiro spin-off da consultoria, dentro da estratégia de investir em
novos modelos de negócio.
Ainda em 2020, uma segunda iniciativa nessa direção veio com a MID,
unidade de consultoria para médias empresas, com receita anual entre R$
10 milhões e R$ 300 milhões, e que já tem mais de 100 clientes e que
deve ter uma no México, no primeiro semestre de 2022.
É também nesse intervalo que a Falconi prevê colocar no mercado outra
iniciativa, batizada provisoriamente de Falconi Brain. O projeto talvez
seja aquele que melhor ilustra o encontro entre o modelo tradicional e
os novos ingredientes da consultoria.
Hoje, os mais de 600 consultores da operação dividem espaço com uma
recém-formada equipe de ciência de dados e de inteligência artificial. E
com um pacote de algoritmos que está sendo desenvolvido por esse time,
composto por 25 profissionais e em expansão.
Esses algoritmos serão alimentados pelo conhecimento acumulado pela
Falconi em mais de 6 mil projetos. A ideia é oferecer aplicações
baseadas nesses e em outros dados, especializadas em segmentos da
economia e que serão vendidas como serviço, por meio de assinaturas.
O primeiro fruto é um algoritmo para o agronegócio, focado em ampliar
a produtividade no cultivo de soja e de milho. A aplicação foi testada
em um projeto-piloto com 1,6 mil produtores.
“Agora, além dos projetos, vamos ter serviços e produtos digitais,
com receita recorrente”, diz Viviane. “E a inteligência artificial vai
ser o motor por trás dessa jornada, além de ajudar o trabalho dos
próprios consultores.”
Para uma fonte do mercado de consultorias ouvida pelo NeoFeed, é justamente no equilíbrio entre o passado e o futuro que reside o maior desafio para a transformação da Falconi.
“O board já está mais diverso e alinhado com os novos tempos. Em
contrapartida, ainda carece de uma participação maior dos consultores,
que entendem, de fato, desse mercado”, diz essa fonte. “Entretanto,
ainda há consultores presos às tradições e que podem tornar essa
reinvenção muito mais lenta.”
O desafio da Falconi, que durante seis décadas reestruturou as
maiores empresas brasileiras, é fazer a lição de casa em si mesmo. E
provar que em casa de ferreiro, espeto não é de pau.
Já para os pedidos de recuperação judicial houve aumento de 9,2%
Redação
Os números refletem a comparação com uma base elevada em função
do impacto trazido pela pandemia, sobretudo, aos pequenos negócios
Os
pedidos de falência das empresas recuaram 8% na média móvel trimestral
finda em agosto, na comparação com julho, segundo dados com abrangência
nacional da Boa Vista. Por outro lado, mantida a base de comparação, os
pedidos de recuperação judicial avançaram 9,2%. As falências decretadas
apontaram alta de 2,1% e as recuperações deferidas caíram 6,7%.
Na
análise acumulada em 12 meses, todas as ocorrências apresentam queda.
As recuperações judiciais deferidas registraram a maior variação, queda
de 23,9%. Mantida a base de comparação, os pedidos de recuperação
judicial diminuíram 22,2%, enquanto os pedidos de falência e as
falências decretadas caíram 18,7% e 10,6%, respectivamente.
Segundo
os economistas da Boa Vista, na análise de longo prazo, os números
refletem a comparação com uma base elevada em função do impacto trazido
pela pandemia, sobretudo, aos pequenos negócios.
O cenário
econômico ainda é adverso e algumas variáveis tendem a ser um obstáculo,
por um pouco mais de tempo, dentre elas a inflação, que continua
resistente em níveis altos mesmo após o Banco Central ter elevado a taxa
básica de juros, a Selic, de 2% para 5,25%. Por sinal, a expectativa,
agora, é de que a Selic encerre o ano em 8%, o que encarece, de forma
mais rápida, o crédito para as empresas.
Além disso, os dados
referentes ao mercado de trabalho ainda não são animadores. Apesar da
taxa de desemprego ter recuado de 14,6% para 14,1% em junho, essa
variação se deveu, significativamente, ao aumento da informalidade no
período, de 40% para 40,6%.
Metodologia
O indicador de falências e recuperações judiciais da Boa Vista passou a
ser construído com base na média móvel de três meses da apuração dos
dados mensais registrados na base do SCPC (Serviço Central de Proteção
de Crédito), oriundos dos fóruns, varas de falências e dos Diários
Oficiais e da Justiça dos estados.
País ainda está onze posições atrás de sua melhor colocação
Redação
Produtividade no trabalho e gastos com software impulsionaram alta
Em
ranking divulgado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual
(OMPI), o Brasil ocupa a 57ª posição no Índice Global de Inovação (IGI)
entre 132 países. O país subiu cinco posições em relação ao ano passado,
mas está onze posições atrás de sua melhor colocação, 47º, alcançada em
2011. A classificação começou a ser publicada anualmente em 2007.
As
principais fraquezas do país apontadas no ranking são formação bruta de
capital, facilidade para abrir uma empresa, facilidade para obtenção de
crédito e taxa tarifária aplicada. Os maiores avanços do Brasil em
relação aos dados de 2020 se deram nos indicadores de crescimento da
produtividade no trabalho e de gastos totais com software.
Na
avaliação da Confederação Nacional da Indústria (CNI), a colocação
brasileira é incompatível com o fato de o país ser a 12ª maior economia
do planeta, em 2020, e com a realidade de ter um setor empresarial
sofisticado.
Para o presidente da entidade, Robson Andrade, os
investimentos em ciência, tecnologia e inovação são fundamentais para a
competitividade do país no cenário internacional.
"Uma estratégia
nacional ambiciosa, que priorize o desenvolvimento científico,
tecnológico e a inovação para o fortalecimento da indústria, tornará a
economia mais dinâmica, promovendo maior equidade e bem-estar social",
afirmou.
O IGI é um dos principais instrumentos de referência para
dirigentes empresariais, formuladores de políticas públicas e aos que
buscam conhecimentos sobre a inovação no mundo. As diferentes métricas
do ranking podem ser usadas para monitorar o desempenho de um país,
comparando-o com economias da mesma região ou mesmo grupo de renda.
Os trabalhadores por conta própria tiveram o maior impacto
Redação
O afastamento da ocupação atinge 16,2% dos trabalhadores, afetando mais de 13,5 milhões
Estudo
do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) revela que houve
queda de 6,6% na renda habitual e aumento de 0,9% na renda efetiva do
trabalhador brasileiro no segundo trimestre de 2021, na comparação com o
mesmo trimestre do ano passado, o pior momento do mercado de trabalho
durante a pandemia.
O levantamento Retrato dos Rendimentos e Horas Trabalhadas durante a Pandemia
tomou como base os resultados da Pesquisa Nacional por Amostra de
Domicílios (Pnad Contínua) e da Pnad Covid, divulgada pelo Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Segundo a análise do
Ipea, os trabalhadores por conta própria tiveram o maior impacto em
suas rendas, com crescimento de 19,5% na renda efetiva no segundo
trimestre de 2021, na comparação com o mesmo trimestre de 2020.
No
segundo trimestre deste ano, eles receberam 76% do habitual. Os
trabalhadores com carteira do setor privado tiveram aumento de 2% na
renda efetiva, enquanto para os trabalhadores sem carteira, a alta foi
de 6,9%.
"A análise mostra que, apesar da melhora nos rendimentos
no segundo trimestre deste ano, a recuperação ainda é lenta. O
afastamento da ocupação atinge 16,2% dos trabalhadores, afetando mais de
13,5 milhões", disse, em nota, o pesquisador do Ipea e autor do estudo,
Sandro Sacchet.
A Região Nordeste foi a que teve a renda mais
afetada pela segunda onda da pandemia, com queda de 2,6% na renda
efetiva no segundo trimestre de 2021. Na análise por gênero, o
crescimento da renda efetiva das mulheres (1,4%) foi superior ao dos
homens (0,48%), no mesmo período.
De acordo com o estudo, apesar
do grande número de domicílios sem renda do trabalho, no segundo
trimestre de 2021 houve pequena redução nesse percentual, em relação ao
primeiro trimestre deste ano, de 29,3% para 28,5%, o que demonstra lenta
recuperação no nível de ocupação aos patamares anteriores à pandemia
para as famílias de renda mais baixa.
A renda dos jovens adultos
(entre 25 e 39 anos de idade) foi a mais afetada pela pandemia, com
queda de 3,2% nos rendimentos efetivos reais médios no segundo trimestre
deste ano. Em contrapartida, os rendimentos dos ocupados com mais de 60
anos de idade cresceram 1,3% no período, influenciados pela alta
proporção de trabalhadores por conta própria nessa faixa etária.