quinta-feira, 12 de maio de 2022

Fuga das techs: Tiger Global perde 70% do que acumulou em 21 anos - Fundo de hedge teve perdas acima da média por causa de sell-out em empresas de tecnologia

Fuga das techs: Tiger Global perde 70% do que acumulou em 21 anos

Fundo de hedge teve perdas acima da média por causa de sell-out em empresas de tecnologia
Nasdaq: tombo de ações vira peso para fundos mais expostos ao segmento (Divulgação/Daniel Barry)
Nasdaq: tombo de ações vira peso para fundos mais expostos ao segmento (Divulgação/Daniel Barry)
Por Karina SouzaPublicado em 10/05/2022 19:30 | Última atualização em 10/05/2022 19:30Tempo de Leitura: 3 min de leitura

O flagship de hedge fund do fundo Tiger Global vive dias de horror com a fuga dos investidores de papéis de tecnologia na bolsa. A firma perdeu US$ 17 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano – quase dois terços do que acumulou desde 2001 — de acordo com cálculos da LCH Investments feitos para o Financial Times. A situação atual do fundo chama a atenção dos investidores, que chegam a classificar as perdas como “de tirar o ar”, para a mídia norte-americana, já que marca uma das maiores quedas para um fundo de hedge na história.

A queda acompanha a aversão de investidores ao risco de empresas de tecnologia na bolsa norte-americana – setor priorizado pelo fundo e que rendeu ganhos durante a pandemia. Um cenário totalmente diferente em 2022: companhias como Microsoft e JD.com, investidas pelo fundo, passaram a ter momentos difíceis na bolsa neste ano. Além delas, outros nomes conhecidos como Sea Ltd. (dona da Shopee) e Nu Holdings também estavam entre os maiores investimentos do fundo no último ano. Reforçando o óbvio: todas passaram por momentos amargos na bolsa em 2022. 

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Se a correção dos valores de empresas de tecnologia no pós-pandemia já era, em alguma medida, prevista pelo mercado no início do ano, o “combo” atual de aumento significativo dos juros pelo Fed e

 Nasdaq: tombo de ações vira peso para fundos mais expostos ao segmento (Divulgação/Daniel Barry)

 

 

O flagship de hedge fund do fundo Tiger Global vive dias de horror com a fuga dos investidores de papéis de tecnologia na bolsa. A firma perdeu US$ 17 bilhões nos quatro primeiros meses deste ano – quase dois terços do que acumulou desde 2001 — de acordo com cálculos da LCH Investments feitos para o Financial Times. A situação atual do fundo chama a atenção dos investidores, que chegam a classificar as perdas como “de tirar o ar”, para a mídia norte-americana, já que marca uma das maiores quedas para um fundo de hedge na história.

A queda acompanha a aversão de investidores ao risco de empresas de tecnologia na bolsa norte-americana – setor priorizado pelo fundo e que rendeu ganhos durante a pandemia. Um cenário totalmente diferente em 2022: companhias como Microsoft e JD.com, investidas pelo fundo, passaram a ter momentos difíceis na bolsa neste ano. Além delas, outros nomes conhecidos como Sea Ltd. (dona da Shopee) e Nu Holdings também estavam entre os maiores investimentos do fundo no último ano. Reforçando o óbvio: todas passaram por momentos amargos na bolsa em 2022. 

Se a correção dos valores de empresas de tecnologia no pós-pandemia já era, em alguma medida, prevista pelo mercado no início do ano, o “combo” atual de aumento significativo dos juros pelo Fed e de guerra da Ucrânia tornou tudo ainda muito mais complicado. Nos Estados Unidos, a segunda-feira foi amarga na bolsa, que teve recordes de baixa. Dentro desse bolo, empresas de tecnologia já perderam mais de US$ 1 trilhão em valor de mercado em três sessões.

 Apesar de surpreendente pelo tamanho do tombo, as perdas do fundo não acontecem de forma isolada. Ainda segundo o Financial Times, os fundos de hedge perderam US$ 4 trilhões nos últimos anos, que incluem os US$ 12 bilhões perdidos pelo grupo Bridgewater no auge da pandemia em 2020 e as perdas de US$ 7 bilhões do Melvin Capital por causa da GameStop. 

À onda do pessimismo, se soma o gestor Alister Hibbert, da BlackRock, que comunicou nesta terça-feira as piores perdas do fundo de hedge de todos os tempos. Segundo informações da Bloomberg, o BlackRock Strategic Equity Hedge Fund caiu 13% neste ano até abril. A empresa também tinha papéis de tecnologia como principais apostas, principalmente Microsoft e Mastercard.

No Brasil, o cenário caminhava na contramão até 2020. Apesar da configuração diferente do que se tem hoje nos Estados Unidos, executivos de bancos estavam deixando cargos para se tornarem sócios de fundos de ações, por exemplo. Mesmo assim, é impossível deixar de notar as perdas: a Locaweb, uma das principais representantes do setor no país, viu o preço da ação encolher 14% em um único pregão – o de ontem. 

O que fica, depois das perdas, é uma questão a respeito da confiança que as casas – teoricamente criadas com base nesse atributo – poderão oferecer em tempos tão turbulentos. E como agentes como fundos de pensão e seguradoras, que contribuem em larga medida para o setor, devem se comportar daqui para frente. 


https://exame.com/exame-in/fuga-das-techs-tiger-global-perde-70-do-que-acumulou-em-21-anos/

 

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Inflação: BV não vê luz no fim do túnel

Inflação: BV não vê luz no fim do túnel

Roberto Padovani, economista-chefe do BV, prevê valorização do dólar nos próximos meses e projeta moeda a R$ 5,50
Roberto Padovani: economista-chefe do BV (Divulgação/BV)
Roberto Padovani: economista-chefe do BV (Divulgação/BV)
Por Guilherme GuilhermePublicado em 09/05/2022 11:57 | Última atualização em 09/05/2022 12:00Tempo de Leitura: 7 min de leitura

A inflação brasileira está no maior nível em quase 20 anos e segue sem dar indícios de que já chegou ao pico. Roberto Padovani, economista-chefe do BV, espera que, em algum momento, a alta de preços comece a ceder diante dos apertos monetários no Brasil e no mundo --  "o problema é em qual ritmo".

"Estamos assustados, pois a inflação não está dando sinais de desaceleração. O Brasil não cumpriu o teto da meta de inflação no ano passado, provavelmente não cumprirá neste ano e a meta do ano que vem está sob risco. Serão três anos com a inflação acima do teto, o que é preocupante", afirmou Padovani em entrevista à EXAME Invest

A alta de juros nos Estados Unidos, onde a inflação se tornou a maior preocupação do ano passado para cá, deve contribuir para o resfriamento de preços ao longo do tempo, segundo o economista. A percepção do economista é de que o Federal Reserve (Fed) tentará controlar a inflação sem gerar uma recessão da maior economia do mundo. "A dúvida é se vão conseguir."

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Além do potencial efeito recessivo, Padovani prevê que os juros mais altos nos Estados Unidos devem seguir pressionando o dólar para cima no mundo. "O diferencial de juros é uma variável muito

 

 

A inflação brasileira está no maior nível em quase 20 anos e segue sem dar indícios de que já chegou ao pico. Roberto Padovani, economista-chefe do BV, espera que, em algum momento, a alta de preços comece a ceder diante dos apertos monetários no Brasil e no mundo --  "o problema é em qual ritmo".

"Estamos assustados, pois a inflação não está dando sinais de desaceleração. O Brasil não cumpriu o teto da meta de inflação no ano passado, provavelmente não cumprirá neste ano e a meta do ano que vem está sob risco. Serão três anos com a inflação acima do teto, o que é preocupante", afirmou Padovani em entrevista à EXAME Invest.  

A alta de juros nos Estados Unidos, onde a inflação se tornou a maior preocupação do ano passado para cá, deve contribuir para o resfriamento de preços ao longo do tempo, segundo o economista. A percepção do economista é de que o Federal Reserve (Fed) tentará controlar a inflação sem gerar uma recessão da maior economia do mundo. "A dúvida é se vão conseguir."

Além do potencial efeito recessivo, Padovani prevê que os juros mais altos nos Estados Unidos devem seguir pressionando o dólar para cima no mundo. "O diferencial de juros é uma variável muito importante para o comportamento das moedas", afirmou.

 O economista, porém, não espera que altas adicionais na taxa de juros brasileira sejam suficientes para conter a apreciação do dólar no Brasil. "Quando fazemos as contas, vemos o dólar próximo de R$ 5,50."

Confira a entrevista com Roberto Padovani, economista-chefe do BV.

 

O mercado projeta Selic de 13,25% para o fim do ano. É o suficiente para controlar a inflação? 

 

A inflação vai desacelerar. O problema é em qual ritmo. A inflação subiu no ano passado com preços de energia e alimentos. Hoje, ela está espalhada. A cada 10 itens 8 estão subindo de preço. O núcleo da inflação, que desconta preços mais voláteis, está rodando a 8%. O IPCA no ano passado fechou a 10,1% e já está perto 13%. A situação está piorando, porque além da disseminação da inflação, estão havendo novos choques. O petróleo voltou a subir e problemas climáticos estão afetando a oferta agrícola. 

Estamos assustados, pois a inflação não está dando sinais de desaceleração. O Brasil não cumpriu o teto da meta de inflação no ano passado, provavelmente não cumprirá neste ano e a meta do ano que vem está sob risco. Serão três anos com a inflação acima do teto, o que é preocupante. 

 

O mercado tem precificado altas de juros mais fortes nos Estados Unidos. Qual deve ser o efeito do aperto monetário? Poderemos ver uma queda do PIB americano? 

Quem decidirá isso será o próprio Fed. Se os juros passarem de 2,5% será um aperto monetário para valer. A impressão é de que o Fed quer fazer isso. Vão colocar o juro acima de 2,5% porque o desemprego nos Estados Unidos está no menor nível em 70 anos, a economia está aquecida e a inflação ao consumidor está a 8,5%. É chocante o que está acontecendo. Não faz sentido o juro estar abaixo do neutro, sendo que a pressão inflacionária é a mais preocupante em 30 anos nos Estados Unidos. 

O Fed terá que fazer o aperto monetário, mas vão avaliar as condições econômicas. Se o aperto econômico for muito forte, a tendência é diminuírem o ritmo. A intenção será levar o juro a ponto de a inflação cair sem gerar recessão. A dúvida é se vão conseguir. 


https://exame.com/invest/mercados/inflacao-bv-nao-ve-luz-no-fim-do-tunel/

 

Superintendência do Cade recomenda aprovação de venda da Extrafarma para Pague Menos

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SÃO PAULO (Reuters) – A Superintendência-Geral do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) recomendou a aprovação da venda da rede de farmácias Extrafarma para a Pague Menos.

A superintendência recomendou que a Extrafarma venda cerca de 3% da rede para eliminar preocupações relativas à concorrência em algumas áreas, disse a Pague Menos em fato relevante nesta segunda-feira. O acordo ainda precisa ser votado pelo tribunal do Cade até setembro.

O diretor financeiro da Pague Menos, Luiz Novais, disse à Reuters em entrevista que o fechamento do negócio, que trará mais de 350 lojas depois da venda ordenada pelo Cade, deve acelerar a expansão da rede. A Extrafarma tem quase 400 lojas e deve vender pouco mais de 10 para cumprir a decisão do Cade.

“A aquisição equivale a três anos de crescimento orgânico”, afirmou Novais. A Pague Menos deve abrir 120 lojas este ano.

A Pague Menos deve pagar metade dos 700 milhões de reais acertados com o proprietário da Extrafarma, a Ultrapar, depois da aprovação do Cade. O restante será pago em duas parcelas anuais. A Pague Menos não precisará emitir dívida ou ações para o pagamento, que deve ser executado com o caixa, afirmou Novais.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/superintendencia-do-cade-recomenda-4/

 

MRV procura sócio para subsidiária americana AHS, diz diretor financeiro


MRV procura sócio para subsidiária americana AHS, diz diretor financeiro

MRV procura sócio para subsidiária americana AHS, diz diretor financeiro

Por Tatiana Bautzer

 

 

SÃO PAULO (Reuters) – A MRV&Co está procurando um sócio para sua subsidiária americana AHS Residential que financie sua expansão, afirmou o diretor financeiro, Ricardo Paixão Rodrigues, em entrevista à Reuters.

A MRV terá reuniões com investidores para discutir o projeto esta semana em Nova York, durante uma conferência com empresas latino-americanas organizada pelo Itaú BBA, unidade de banco de investimento do Itaú Unibanco.

O acordo privado de investimento, conhecido como “private placement”, financiaria a expansão da AHS e seria o primeiro passo antes de um IPO da unidade, afirmou o diretor.

Fundada em 2012 e adquirida pela MRV in 2019, a AHS Residential constrói, aluga e revende complexos de apartamentos em Estados do sul dos Estados Unidos, Flórida, Texas e Georgia. 

 No ano passado, a AHS vendeu 7 projetos com 1.486 apartamentos num valor potencial de venda de 350 milhões de dólares. Dez projetos em construção devem ter mais de 3 mil unidades disponíveis cujo valor potencial de venda pode atingir 915 milhões de dólares, segundo o balanço de dezembro da MRV.

A AHS tem ainda um banco de terrenos suficiente para produzir mais de 7 mil unidades habitacionais.

A MRV está procurando um investidor externo para financiar a expansão porque a AHS cresceu mais rápido do que a expectativa inicial e também porque a desvalorização do real dificultou o financiamento do crescimento nos EUA pela holding brasileira. “Financiar esse crescimento não caberia no nosso balanço”, disse Rodrigues.

Segundo o balanço de dezembro da MRV, a AHS Residential era avaliada em 474 milhões de dólares em dezembro. A MRV tinha uma capitalização de mercado na semana passada de 5,17 bilhões de reais, pouco superior a 1 bilhão de dólares.

O CFO da MRV disse que um novo investidor diluiria a MRV, que hoje tem 94,5% da subsidiária, para acelerar o crescimento. Não está previsto nenhum pagamento aos acionistas e o private placement seria puramente primário.

Rodrigues preferiu não revelar o montante de investimento desejado e a participação acionária que a MRV oferecerá. Depois que a empresa tiver atingido um tamanho maior, a MRV poderá considerar um IPO da unidade norte-americana, disse o diretor financeiro.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/mrv-procura-socio-para/

 

Itaú Unibanco desacelera concessões de crédito para conter inadimplência


Crédito: REUTERS/Sergio Moraes

Itaú gera mais crédito e receitas, compensa provisões e lucro sobe 15% no 1º tri (Crédito: REUTERS/Sergio Moraes)

 

Por Aluisio Alves

 

SÃO PAULO (Reuters) -O Itaú Unibanco está desacelerando concessões de crédito, após forte alta liderada por linhas de maior risco no primeiro trimestre incrementarem suas margens, mas também as provisões para perdas esperadas com inadimplência.

“Perspectivas não são boas olhando para frente; a gente tem sido muito proativo na redução e nos ajustes de concessão”, disse nesta segunda-feira o presidente-executivo do banco, Milton Maluhy Filho, durante teleconferência com analistas sobre os resultados do primeiro trimestre.

Linhas como cartão de crédito (+41,5%), crédito pessoal (+26,8%) e para pequenas e médias empresas (+29%) lideraram a expansão de 13,9% em 12 meses até março da carteira de empréstimos, para 1,03 trilhão de reais, surpreendendo o próprio banco.

Por um lado, essa expansão fez as margens com clientes evoluírem 23,9% ano a ano, para 20 bilhões de reais, refletindo também o efeito da alta do juro sobre os passivos.

Mas por outro, o índice de inadimplência subiu 0,1 ponto percentual na base sequencial e 0,3 ano a ano, a 2,6%, tendência que deve se prolongar ao longo de 2022, segundo Maluhy Filho, e levar o banco a ampliar a provisão para perdas com calotes em 69,5% no comparativo anual.

Esse conjunto levou o Itaú um lucro recorrente de 7,36 bilhões de reais de janeiro a março, 15% maior no comparativo anual, mas em linha com a projeção média de analistas consultados pela Refinitiv, de 7,35 bilhões de reais.

Analistas apontaram que, apesar da piora da qualidade da carteira, o Itaú fez melhor do que os rivais nesse item. Mas o resultado também foi beneficiado por fatores como o crescimento de seguros, que ajudou a receita com serviços da instituição crescer 9,6%, enquanto as despesas administrativas evoluíram 3,8%, em nível bem inferior do que o IPCA no período, de 11,3%.

Eduardo Rosman e equipe, do BTG Pactual, consideraram o resultado em linha com o esperado e mantiveram a ação do banco como uma das preferidas do setor no Brasil. Avaliação similar veio de Jörg Friedemann e equipe, do Citi, que reiteraram recomendação de compra para o papel, apesar do lucro do Itaú ter tido também ajuda de pagamento de menor alíquota de imposto.

Ainda assim, em outro dia de forte volatilidade da bolsa, a ação do Itaú caía 1,5% às 13h10 (horário de Brasília), enquanto o Ibovespa cedia 1%.

No conjunto, o retorno recorrente sobre o patrimônio do Itaú subiu 1,9 ponto percentual, para 20,4%, nível que Maluhy diz que deve se manter nos próximos trimestres. O executivo também reforçou que a política de distribuir 25% do resultado do banco aos acionistas será mantida.

O grupo manteve suas projeções de desempenho para 2022, com Maluhy Filho defendendo que a política de “guidance” deve ser coerente.

O resultado vem após o rival Bradesco ter anunciado semana passada aumento de 4,7% no lucro do trimestre, sobre um ano antes, refletindo maiores receitas com crédito e controle de despesas. O banco também revisou várias de suas premissas de resultados para o ano.

E o Santander Brasil havia anunciado no final de abril lucro trimestral 1,3% maior, mesmo após as provisões para perdas com empréstimos avançarem 45,9% no período.

(Com reportagem adicional de Gabriel Araújo e André Romani, edição Alberto Alerigi Jr.)

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/itau-unibanco-desacelera-concessoes/

quarta-feira, 4 de maio de 2022

Reuters remove agência russa Tass de plataforma de conteúdo


Reuters remove agência russa Tass de plataforma de conteúdo

Logotipo da agência de notícias russa TASS em uma placa em São Petersburgo


Por Kenneth Li e Guy Faulconbridge

 

(Reuters) – A Reuters removeu a Tass de seu marketplace de conteúdo voltado a clientes institucionais, segundo uma mensagem da empresa à equipe nesta quarta-feira, em meio a críticas crescentes sobre como a agência de notícias estatal da Rússia está retratando a guerra na Ucrânia.

“Acreditamos que disponibilizar o conteúdo da Tass no Reuters Connect não está alinhado com os Princípios de Confiança da Thomson Reuters”, escreveu Matthew Keen, presidente-executivo interino da Reuters, em um memorando interno nesta quarta-feira.

Os Princípios de Confiança da Reuters, criados em 1941 em meio à Segunda Guerra Mundial, obrigam a Reuters a agir com integridade, independência e isenção de vieses.

A Tass não comentou imediatamente.

A agência de notícias russa foi acusada por alguns meios de comunicação ocidentais e grupos de liberdade de imprensa de espalhar falsas alegações e propaganda sobre a guerra na Ucrânia.

No início de março, a agência de fotos Getty Images cortou os laços com a Tass, de acordo com uma reportagem da Forbes. A matéria cita a declaração de um porta-voz da Getty dizendo que “para garantir a integridade do conteúdo que distribuímos, exigimos que parceiros e colaboradores cumpram”. A Tass não respondeu imediatamente a um pedido de comentário, segundo a Forbes.

O Reuters Connect permitia que usuários, principalmente organizações de notícias, acessassem e compartilhassem o conteúdo da Tass. A ferramenta também oferece conteúdo da Reuters News e de cerca de 90 outros veículos, incluindo Variety, USA Today e CNBC.

A parceria da Tass com a plataforma Reuters Connect foi firmada em 2020. De acordo com o comunicado de imprensa divulgado na ocasião, o acordo da Tass com a Reuters Connect oferecia aos clientes “acesso a notícias de última hora e vídeos exclusivos; vídeos sobre o Kremlin e o presidente russo, Vladimir Putin, bem como vídeos de destaque e notícias gerais”.

Desde a invasão da Ucrânia, a parceria gerou fortes críticas nas redes sociais. Uma reportagem do Politico, publicada em 20 de março, citou jornalistas não identificados da Reuters dizendo que estavam envergonhados com a associação da empresa com a Tass.

A Reuters é de propriedade da empresa de notícias e informações Thomson Reuters.

(Por Kenneth Li e Guy Faulconbridg)

 

Mulheres Positivas: projeto da TIM abre 50 vagas de emprego para mulheres


No Brasil, as mulheres representam apenas 20% da força de trabalho em tecnologia da informação e comunicação — e a TIM quer mudar isso 
 
 
 
  (Getty Images/nortonrsx)
 
 
 
 
 
 

 

Para aumentar a força de trabalho das mulheres no mercado de tecnologia, a TIM está oferecendo cursos de profissionalização e mais de 50 vagas de emprego exclusivas para mulheres na área de tecnologia.

As vagas de emprego e os cursos profissionalizantes são oferecidos através da plataforma Mulheres Positivas. O objetivo é fomentar, na semana do Dia Internacional de Meninas em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), a presença de mais mulheres nesse setor. No Brasil, elas representam apenas 20% da força de trabalho em TIC, ante 25% no mundo.

Atualmente, 59 empresas participam do projeto liderado pela TIM. A Google Cloud é uma das 

 

Para aumentar a força de trabalho das mulheres no mercado de tecnologia, a TIM está oferecendo cursos de profissionalização e mais de 50 vagas de emprego exclusivas para mulheres na área de tecnologia.

As vagas de emprego e os cursos profissionalizantes são oferecidos através da plataforma Mulheres Positivas. O objetivo é fomentar, na semana do Dia Internacional de Meninas em Tecnologia da Informação e Comunicação (TIC), a presença de mais mulheres nesse setor. No Brasil, elas representam apenas 20% da força de trabalho em TIC, ante 25% no mundo.

Atualmente, 59 empresas participam do projeto liderado pela TIM. A Google Cloud é uma das companhias que aderiram recentemente ao movimento e acaba de oferecer no app o curso "Conceitos básicos de nuvem com Google Cloud".

 A série de workshops feitos por mulheres traz conceitos e noções básicas de nuvem, big data e aprendizado de máquina, além de mostrar onde e como o Google Cloud é utilizado.

"A TIM entende que as empresas têm papel importante para a transformação dessa realidade. É preciso investir em ações de capacitação, desenvolvimento e estimular o acesso de mulheres em áreas de tecnologia", explica Giacomo Strazza, head de desenvolvimento, educação e inclusão no RH da TIM.

Strazza ainda destaca que o projeto visa conscientizar o mercado de tecnologia como um todo para oferecer mais oportunidades às mulheres que desejam trabalhar na área.

"É igualmente importante que a nuvem também seja um gerador de oportunidades e, em particular, para mulheres que historicamente têm tido menos presença no mercado de tecnologia", afirma Priscila Sergole, gerente para experiência do cliente em Google Cloud e líder do projeto de workshops para o Mulheres Positivas.

O aplicativo Mulheres Positivas

Criado pela empresária Fabi Saad, o app Mulheres Positivas oferece, além das vagas nas empresas parceiras, cursos de capacitação também desenvolvidos pelas companhias participantes. O download e acesso a esses conteúdos é gratuito para toda a sociedade e clientes TIM navegam na plataforma sem consumir seu pacote de dados.

A ferramenta já conta com 200 mil downloads. Tecnologia é a segunda área de maior interesse entre as usuárias que acessam vagas, sendo 65% dessas buscas para cargos de entrada, como analistas.

Os conteúdos mais procurados são de tecnologias digitais, programação, Java, criação de sites, experiência do usuário (UX) e UI Design, computação em nuvem e desenvolvimento em Python.

 

Como se inscrever no projeto Mulheres Positivas

As mulheres que desejam ingressar no mercado de tecnologia ou que querem aprender mais sobre essa área no geral, podem realizar a inscrição através da plataforma oficial do programa.

 

 

 https://exame.com/carreira/mulheres-positivas-projeto-da-tim-abre-50-vagas-de-emprego-para-mulheres/