terça-feira, 31 de maio de 2022

Natura &Co: CFO assume diálogo com mercado após tombo de 70% na B3

Mudança ocorre após críticas do mercado sobre comunicação da companhia
Guilherme Castellan, da Natura &Co, vai unir função de CFO e relações com investidores: experiência no mercado financeiro e AB Inbev (Divulgação/Natura &Co)
Guilherme Castellan, da Natura &Co, vai unir função de CFO e relações com investidores: experiência no mercado financeiro e AB Inbev (Divulgação/Natura &Co)
Por Graziella ValentiPublicado em 31/05/2022 09:24 | Última atualização em 31/05/2022 09:41Tempo de Leitura: 7 min de leitura

A Natura &Co, dona também das marcas Avon, The Body Shop e Aesop, ouviu e entendeu as queixas do mercado. Guilherme Castellan, que está à frente da diretoria financeira global desde julho de 2021, agora assume também a área de relações com investidores. Longe de ser uma medida burocrática, o movimento é parte da reação da companhia aos últimos eventos na sua rotina com os acionistas não controladores.

O objetivo é que Castellan, com seus quase 20 anos de experiência no mercado financeiro no Brasil e nos Estados Unidos e como executivo do grupo AB Inbev, estabeleça uma dinâmica nova e mais próxima ao mercado. Gerir expectativa é algo que conhece bem e, por vir de fora do grupo, traz um olhar fresco para o assunto. Antes de assumir a cadeira na Natura &Co, foi o CFO e relações com investidores da unidade asiática do grupo de bebidas, responsável pelo IPO de 2019 em Hong Kong, que avaliou o negócio em mais de US$ 40 bilhões. Com o anúncio de hoje, a companhia retoma o modelo que tinha até 2019, com o mesmo executivo na liderança financeira e de relações com investidores.

"A primeira coisa importante para ressaltar é que a gente escutou o mercado, de maneira transparente, e a ideia é reforçar muito a comunicação. A Natura &Co sempre presou pela governança e pelo ESG. Acho que minha experiência, de companhia pública na Ásia, com diversos tipos de investidores ajudará muito nessa tarefa. E acredito que o investidor local quer mesmo essa conexão mais próxima com o grupo", disse Castellan, em exclusiva ao EXAME IN.

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Guilherme Castellan, da Natura &Co, vai unir função de CFO e relações com investidores: experiência no mercado financeiro e AB Inbev (Divulgação/Natura &Co)
 
 

 

A Natura &Co, dona também das marcas Avon, The Body Shop e Aesop, ouviu e entendeu as queixas do mercado. Guilherme Castellan, que está à frente da diretoria financeira global desde julho de 2021, agora assume também a área de relações com investidores. Longe de ser uma medida burocrática, o movimento é parte da reação da companhia aos últimos eventos na sua rotina com os acionistas não controladores.

O objetivo é que Castellan, com seus quase 20 anos de experiência no mercado financeiro no Brasil e nos Estados Unidos e como executivo do grupo AB Inbev, estabeleça uma dinâmica nova e mais próxima ao mercado. Gerir expectativa é algo que conhece bem e, por vir de fora do grupo, traz um olhar fresco para o assunto. Antes de assumir a cadeira na Natura &Co, foi o CFO e relações com investidores da unidade asiática do grupo de bebidas, responsável pelo IPO de 2019 em Hong Kong, que avaliou o negócio em mais de US$ 40 bilhões. Com o anúncio de hoje, a companhia retoma o modelo que tinha até 2019, com o mesmo executivo na liderança financeira e de relações com investidores.

"A primeira coisa importante para ressaltar é que a gente escutou o mercado, de maneira transparente, e a ideia é reforçar muito a comunicação. A Natura &Co sempre presou pela governança e pelo ESG. Acho que minha experiência, de companhia pública na Ásia, com diversos tipos de investidores ajudará muito nessa tarefa. E acredito que o investidor local quer mesmo essa conexão mais próxima com o grupo", disse Castellan, em exclusiva ao EXAME IN.

 Desde o terceiro trimestre de 2021, quando a receita líquida consolidada da companhia caiu 8,5%, para R$ 9,5 bilhões, os investidores começaram a castigar as ações da Natura &Co, preocupados especialmente com o desempenho de Avon. De lá para cá, a sensação de acionistas relevantes consultados é que a companhia se fechou. Essa dificuldade de diálogo foi alvo de críticas. Para alguns, o entendimento é de que isso agravou a "percepção" de crise, fazendo-a parecer maior.

Em julho de 2021, a ação da empresa chegou a superar os R$ 61, com a empresa avaliada em aproximadamente R$ 83 bilhões na B3. Hoje, os papéis são negociados abaixo de R$ 17 – a companhia vale menos de R$ 23 bilhões. É uma perda superior a 70% em relação ao pico histórico. Na mínima, o papel bateu em R$ 15,15.

Na opinião de Castellan, o crescimento da Natura &Co, com as diversas marcas e modelos de negócios, tornou o entendimento da empresa mais complexo. "Quem não segue a companhia há muito tempo e não está tão familiarizado com a história, não entende muito bem. Uma das grandes coisas que vamos tentar mudar é trazer uma comunicação mais clara, simples e direta sobre cada uma das unidades", afirma. A ideia é dar um direcionamento mais claro sobre a rentabilidade e o caminho de cada uma.

Apesar das frustrações entre o fim de 2021 e começo deste ano, não faltou tentativa da empresa de alertar o mercado sobre o cenário. Desde outubro do ano passado, o presidente global da Natura &Co, Roberto Marques, inclusive em duas entrevistas exclusivas ao EXAME IN, apontava a dificuldade do ambiente macroeconômico, brasileiro e global: uma combinação de demanda mais fraca, com inflação elevada nas matérias-primas da indústria.

A decepção com a rotina da empresa em relação ao mercado alcançou o ápice pouco antes da divulgação do balanço do primeiro trimestre deste ano. Ao iniciar uma conversa sobre a “temperatura dos números” com analistas, a companhia acabou revelando demais e teve de antecipar receita e Ebitda do período. Somente no pregão do dia em que a conversa ocorreu, as ações caíram 15,5%.

O número, que já não era dos mais animadores — uma queda 12,3%, para R$ 8,2 bilhões de receita líquida consolidada — ficou ainda mais amargo com a trapalhada. O Ebitda, que no terceiro trimestre de 2020 chegou a quase R$ 1,5 bilhão, somou apenas R$ 515 milhões de janeiro a março deste ano, depois de encolher 38% na comparação anual. E na divulgação do balanço, veio novo ajuste negativo dos papéis. Mais uma vez, um balde de água fria com os guidances dados na teleconferência sobre os resultados e com o tom da empresa. Mas nada que deveria ter surpreendido quem estava próximo da empresa, mesmo com todos os desafios no diálogo.

Investidores relevantes, como o fundo Verde, de Luis Stuhlberger, destacaram em carta aos cotistas (ou conversas) que o desempenho da carteira no mês passado sofreu, entre outras razões, pela posição em Natura &Co. Até onde o EXAME IN apurou, porém, nenhum grande fundo mudou a crença no negócio, mas muitos estavam bastante insatisfeitos com a dinâmica — ou a falta dela — da companhia com o mercado. "Não se consegue mais falar em profundidade com o C-level", disse um gestor, com ações da fabricante de produtos de higiene e beleza. Desde a aquisição da Avon, o grupo é o 4º maior do mundo no setor.

Quem acompanha o negócio de perto, nem mesmo acha que Avon seja um caso grave ao ponto de tirar tanto valor do negócio, mas acreditam que a empresa não está sendo hábil o suficiente para demonstrar de um jeito positivo o trabalho realizado. Os ajustes na operação internacional da marca, que sabidamente demandava uma profunda reestruturação de negócios e revitalização de nome, machucaram o desempenho consolidado, mas a crença é que o caminho está na direção correta.

 

 https://exame.com/exame-in/natura-co-cfo-assume-dialogo-com-mercado-apos-tombo-de-70-na-b3/


Dois diretores de empresa brasileira de investimentos verdes são condenados em Londres



 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

Por Kirstin Ridley

LONDRES (Reuters) – Dois diretores de empresas por trás de um esquema fraudulento de investimento verde no Brasil foram condenados na terça-feira por um júri de Londres por fraudar cerca de 2 mil investidores de cerca de 37 milhões de libras (47 milhões de dólares).

 Dois diretores de empresa brasileira de investimentos verdes são condenados em LondresAndrew Skeene e Omari Bowers foram considerados culpados de três acusações de conspiração de fraude e uma de má conduta durante a liquidação de uma empresa em Londres, disse o Escritório de Fraudes Graves do Reino Unido (SFO).

A data da sentença deve ser definida na quarta-feira.

Timur Rustem, sócio-gerente do escritório de advocacia Rustem Guardian que representa Skeene, se disse desapontado com o veredicto e que seu cliente considera um recurso. Um advogado de Bowers não estava imediatamente disponível para comentar.

 Os dois homens apresentaram a Global Forestry Investments, que estabeleceu três esquemas brasileiros de investimento em árvores de teca, como um esquema de investimento para proteger a floresta amazônica e apoiar comunidades locais.

Mas a diretora do SFO, Lisa Osofsky, disse que uma investigação de sete anos expôs uma intrincada rede de transferências de dinheiro, documentos falsos e identidades inventadas usadas para “enganar pensionistas e poupadores de seu dinheiro sob o falso pretexto de proteção ambiental”.

O SFO, que disse que sua equipe viajou ao Brasil duas vezes durante a investigação e agradeceu ao Ministério Público Federal brasileiro e outros órgãos pela ajuda durante a investigação.

Bowers e Skeene dizem em sua página do LinkedIn que cofundaram a Global Forestry Investments há cerca de 15 anos, comprando terras no Brasil para o “plantio e colheita sustentável de árvores de teca para fins de investimento”.

A empresa afirmava ter escritórios em São Paulo, Londres, Dubai e Abu Dhabi.

 

https://www.istoedinheiro.com.br/dois-diretores-de-empresa/

Novo 'Queridinho' do Varejo


O Avanço dos Formatos de Proximidade no Brasil


Novo 'Queridinho' do Varejo

Texto: Luís Henrique Moreira

  Estar mais próximo do consumidor virou uma das principais estratégias de expansão do varejo. Grandes grupos, como GPA e Carrefour, vêm amadurecendo suas operações há alguns anos, porém, diversas outras empresas supermercadistas, e algumas startups, chegaram com planos ousados para ocupar um espaço na vizinhança dos shoppers. E o movimento começa a ultrapassar os limites do canal supermercado. A Leroy Merlin, por exemplo, anunciou no início deste mês seu plano para abrir até 150 unidades de seu formato express até 2024, com um investimento bilionário no formato. Além dela, em um projeto lançado no fim de 2019, a Telhanorte também aposta em suas bandeiras Telhanorte Já e Tumelero Já.

Na Mira do Mercado Internacional

  Tanto chamou atenção a expansão do modelo no Brasil, que no final de 2020 a rede Oxxo chegou ao país, por meio de uma joint-venture entre a Femsa e Raízen, com um plano ousado de expansão - abrir 500 unidades em 3 anos. O ritmo de expansão atual vem confirmando essa projeção. Em março deste ano, a Oxxo inaugurou sua 100ª loja no país e já confirmou que, em 2022, vai iniciar a operação de mais 200 pontos de venda - com foco nas regiões Sul e Sudeste, tendo a cidade de São Paulo como protagonista neste plano.

O Fenômeno das Lojas Autônomas

  Ainda carente de informação, e até mesmo de viabilidade que garanta a perenidade de boa parte das lojas, o formato das lojas autônomas é o que mais cresce em número de inaugurações. Um levantamento do Jornal Giro News, realizado no segundo semestre de 2021, avaliando o plano de expansão das principais redes deste modelo, apontou que o Brasil terá, até 2025, cerca de 110 mil unidades em operação. A expansão será conduzida por dois setores: startups que viram este mercado como oportunidade na pandemia, com o isolamento social, e supermercadistas tradicionais que identificam potencial no formato.

Mudança de Hábito

  Outro ponto importante é o movimento de tendência do consumo que as pesquisas começam a apontar. O relatório Consumer Insights, publicado este ano pela Kantar, revelou que pela primeira vez nos últimos três anos, as compras de abastecimento representaram menos da metade do volume total comprado pelo brasileiro. A participação, que era 52,6% em 2019, passou para 49,6% no ano passado, dando lugar a compras de proximidade e urgência. Segundo dados, o pequeno varejo conquistou 7,6 milhões de novos lares compradores e representou o maior valor total gasto (23,6%). Por sua vez, o e-commerce ficou positivo em ganho de penetração (3,6%). As compras online, inclusive, têm influência também nesse investimento em proximidade.

Extensão Logística

  Estar próximo do consumidor vai além de ser uma opção mais prática e rápida como ponto físico de venda. O Carrefour, por exemplo, passou a utilizar suas lojas de uma maneira geral como uma extensão logística para o digital. Ou seja, o objetivo é estar mais próximo, mas, também, ser mais rápido em compras realizadas online. O grupo já conta com novo sistema de entregas, o In Store Picking, em que a separação dos pedidos é feita nas gôndolas da loja e não mais em sides stores (pequenos centros de distribuição). No modelo, que já é realizado em diversas unidades em São Paulo, Rio de Janeiro, Minas Gerais, Distrito Federal, Paraná e Rio Grande do Sul, as compras realizadas via app ou e-commerce são entregues em duas horas.
 

https://www.gironews.com/supermercado/novo-queridinho-do-varejo-68451/



 

quarta-feira, 18 de maio de 2022

Goldman corta a projeção de crescimento da China em 2022 para 4%


Crédito: REUTERS/Eloisa Lopez/File Photo

Vista de Pequim (Crédito: REUTERS/Eloisa Lopez/File Photo)


HONG KONG (Reuters) – Os analistas da Goldman Sachs disseram nesta quarta-feira que estavam reduzindo sua previsão de crescimento do PIB da China 2022 para 4%, de 4,5%, como resultado dos danos à economia relacionados à Covid-19 no segundo trimestre deste ano.

É mais provável que a economia da China não atinja do que ultrapasse seu objetivo, acrescentaram eles.

“Mesmo esta projeção de menor crescimento incorpora a suposição de que a Covid estará amplamente sob controle no futuro, que o mercado imobiliário melhorará a partir daqui, e que o governo forneça uma compensação substancial através de gastos com infraestrutura nos próximos meses”, escreveram eles.

A atividade varejista e industrial da China caiu drasticamente em abril, uma vez que os lockdowns contra a Covid-19 confinaram trabalhadores e consumidores a suas casas afetaram gravemente as cadeias de fornecimento.

(Reportagem de Alun John em Hong Kong)

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/goldman-corta-a-projecao/

 

 

Média diária de casos de Covid-19 aumenta para 22.805

 

A média de infeções aumentou de 14.400 para 22.805 casos diários em Portugal e o Norte regista um índice de transmissibilidade (Rt) do coronavírus de 1,30, o mais alto de todas as regiões, indica hoje o INSA.

Média diária de casos de Covid-19 aumenta para 22.805

País INSA 

 

Segundo o relatório semanal do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) sobre a evolução da covid-19 no país, o Rt - que estima o número de casos secundários de infeção resultantes de cada pessoa portadora do vírus -- atingiu os 1,23 a nível nacional e 1,24 em Portugal continental no período entre 09 e 13 de maio.

Os dados hoje divulgados avançam ainda que o número médio de casos diários de infeção a cinco dias passou dos 14.400 para os 22.805 em Portugal, sendo ligeiramente mais baixo (21.980) no continente.

Por regiões, a Madeira é a única que apresenta um Rt abaixo do limiar de 1, apesar de ter registado um aumento de 0,86 para 0,99.

Este indicador é mais alto no Norte, que passou de 1,17 para 1,30, seguindo-se Lisboa e Vale do Tejo com 1,23, o Centro com 1,17, o Algarve com 1,15, os Açores com 1,14 e o Alentejo com 1,13.

"Todas as regiões, à exceção da região autónoma da Madeira, apresentam a média do índice de transmissibilidade (cinco dias) superior a 1, o que indica uma tendência crescente" de novas infeções, alerta o INSA.

De acordo com o documento, todas as regiões registam também uma taxa de incidência bastante superior a 960 casos por 100 mil habitantes em 14 dias, sendo a mais elevada nos Açores (2.933,1), seguindo-se o Centro (2.797,2), o Alentejo (2.678,5), o Norte (2.505,9), Lisboa e Vale do Tejo (1.888), o Algarve (1.842,1) e a Madeira (962,1).

O INSA estima que, desde o início da pandemia e até 13 de maio, Portugal tenha registado 4.118.509 casos de infeção pelo coronavírus SARS-CoV-2 que provoca a covid-19.

 

 https://www.noticiasaominuto.com/pais/1999058/media-diaria-aumenta-para-22805-casos-de-covid-19?utm_medium=email&utm_source=gekko&utm_campaign=night

quinta-feira, 12 de maio de 2022

TSE e Spotify fecham acordo para combate à desinformação nas eleições


TSE e Spotify fecham acordo para combate à desinformação nas eleições

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Por Beatriz Garcia

 

 

SÃO PAULO (Reuters) – O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) e o Spotify anunciaram nesta quinta-feira um acordo de colaboração mútua para combater a desinformação, visando o período eleitoral.

O Spotify vai atuar por meio “da promoção de conteúdos confiáveis, alfabetização midiática e capacitação, bem como de identificação e contenção de casos e práticas de disseminação da desinformação”, segundo nota pública no site do órgão federal.

De acordo com o acordo, assinado pelas partes na segunda-feira, será disponibilizado um canal de comunicação para denúncia de conteúdos a serem analisados de acordo com as regras do Spotify. O TSE e os Tribunais Regionais Eleitorais (TREs) poderão usar esse meio para enviar ordens judiciais, diz a nota.

A plataforma de streaming de áudio vai disponibilizar também um recurso online que servirá como centro para informações relevantes sobre o processo eleitoral, incluindo um link para direcionar usuários para a página oficial do TSE na internet e materiais sobre serviços da justiça eleitoral, diz o comunicado.

Desde o ano passado, o TSE tem adotado uma série de medidas com o objetivo de combater a disseminação de informações falsas e que possam comprometer as eleições deste ano.

O órgão já assinou memorandos de entendimento para fazer frente a eventual desinformação na disputa eleitoral com plataformas incluindo Facebook, WhatsApp e Instagram, Google, Twitter e TikTok.

O acordo entre TSE e Spotify ainda envolve treinamentos de produção de conteúdo pela plataforma às equipes do TSE e dos TREs. Na outra ponta, o tribunal federal diz que “se compromete a disponibilizar informações e relatórios sobre o desenvolvimento das eleições que possam ser importantes para o Spotify”, sem dar mais detalhes.

A parceria dura até 31 de dezembro, após o fim das eleições deste ano.

(Por Beatriz Garcia; edição de André Romani)

 

 https://exame.com/future-of-money/criptomoeda-cai-96-e-criador-apresenta-plano-de-recuperacao/

De R$186 bilhões a zero: criptomoeda LUNA perde 96% do valor em 3 dias

De R$186 bilhões a zero: criptomoeda LUNA perde 96% do valor em 3 dias

Projeto se demonstrou insustentável e fez com que a LUNA despencasse para quase zero. Criador pediu que investidores “aguentem firme”
LUNA saiu de US$ 119 para US$ 1 (Getty Images/D-Keine)
LUNA saiu de US$ 119 para US$ 1 (Getty Images/D-Keine)
Por Mariana Maria SilvaPublicado em 11/05/2022 09:49 | Última atualização em 11/05/2022 10:46Tempo de Leitura: 4 min de leitura

As criptomoedas do ecossistema Terra continuam seu movimento de queda livre nesta quarta-feira, 11. Enquanto a LUNA apresenta perdas de impressionantes 96%, a stablecoin UST se distancia cada vez mais do seu objetivo de acompanhar o valor do dólar norte-americano, ao ser cotada em US$ 0,44.

Tudo isso ocorreu em meio a uma série de fatores que favoreceram o que já podemos chamar de desastre. A começar pelo próprio modelo de funcionamento das criptomoedas na rede Terra.

A UST é uma stablecoin – criptomoeda estável – feita para acompanhar o valor do dólar norte-americano. Mas diferentemente de suas concorrentes, ela não possui reservas na moeda fiduciária. Ao invés disso, se utiliza de um modelo algorítmico engenhoso para garantir a paridade com o dólar: para cada UST emitida, um dólar em LUNA é queimado, ou seja, deixa de existir.

A LUNA é a segunda criptomoeda da rede, criada para ajudar a UST nesta missão. Apesar de ser um “personagem secundário” no ecossistema Terra, a LUNA chegou a bater recordes de preço acima dos US$ 100 no início de 2022, boa parte disso gerada pelo sucesso da UST e o aumento em sua demanda.

No entanto, a felicidade dos investidores de UST e LUNA durou pouco, já que o modelo apresentava alguns riscos. Um deles é a chance do token LUNA perder muito valor e sua "queima" não ser 

 

 

As criptomoedas do ecossistema Terra continuam seu movimento de queda livre nesta quarta-feira, 11. Enquanto a LUNA apresenta perdas de impressionantes 96%, a stablecoin UST se distancia cada vez mais do seu objetivo de acompanhar o valor do dólar norte-americano, ao ser cotada em US$ 0,44.

Tudo isso ocorreu em meio a uma série de fatores que favoreceram o que já podemos chamar de desastre. A começar pelo próprio modelo de funcionamento das criptomoedas na rede Terra.

A UST é uma stablecoin – criptomoeda estável – feita para acompanhar o valor do dólar norte-americano. Mas diferentemente de suas concorrentes, ela não possui reservas na moeda fiduciária. Ao invés disso, se utiliza de um modelo algorítmico engenhoso para garantir a paridade com o dólar: para cada UST emitida, um dólar em LUNA é queimado, ou seja, deixa de existir.

A LUNA é a segunda criptomoeda da rede, criada para ajudar a UST nesta missão. Apesar de ser um “personagem secundário” no ecossistema Terra, a LUNA chegou a bater recordes de preço acima dos US$ 100 no início de 2022, boa parte disso gerada pelo sucesso da UST e o aumento em sua demanda.

No entanto, a felicidade dos investidores de UST e LUNA durou pouco, já que o modelo apresentava alguns riscos. Um deles é a chance do token LUNA perder muito valor e sua "queima" não ser suficiente para lastrear a UST. Foi o que começou a acontecer com a queda de preços generalizada do mercado cripto na última semana.

 A pressão vendedora na UST acabou fazendo com que a stablecoin perdesse a sua paridade com o dólar, gerando pânico e busca por liquidez no mercado. Com isso, o Anchor, principal protocolo de DeFi do blockchain Terra, perdeu bilhões de dólares em poucos dias.

Para reverter a situação e continuar assegurando a paridade da UST com o dólar, mais unidades de LUNA precisariam ser emitidas, aumentando ainda mais a oferta da cripto no mercado. No entanto, a demanda por LUNA também era pequena, levando em conta o cenário pessimista do mercado como um todo. O aumento na oferta pressionou ainda mais o seu preço para baixo, gerando um loop de queda para todo o protocolo e suas criptomoedas nativas.

Enquanto isso, as palavras “Terra” e “LUNA” viraram o assunto do momento no Twitter. Mais de 200 mil publicações nesta quarta-feira, 11, cobraram os criadores do projeto por um plano para salvar o ecossistema Terra do colapso. Na rede social, Do Kwon, um dos cofundadores, chegou a pedir que os investidores “aguentem firme”.

Na manhã desta quarta-feira, 11, o cofundador revelou o seu plano de recuperação para UST e LUNA: emitir mais LUNA.

"Antes de qualquer outra coisa, o único caminho a seguir será absorver a saída de investidores da stablecoin que querem deixar o projeto antes que a UST possa começar a se recuperar. Não há como contornar isso", disse ele no Twitter.

A ideia é que a emissão de LUNA seja multiplicada em quatro vezes, para que mais investidores de UST pudessem vender suas moedas. Kwon reconheceu que isso poderá empurrar o preço da LUNA, que já despenca 96%, ainda mais para baixo.

“Naturalmente, isso tem um alto custo para os detentores de UST e LUNA, mas continuaremos a explorar várias opções para trazer mais capital para o ecossistema e reduzir o excesso de oferta na UST”, acrescentou.

Além disso, o plano inclui uma revisão no modelo da UST, para que ela possa ter lastro no futuro. Todas as mudanças propostas por Kwon foram colocadas em votação na comunidade Terra, e em poucas horas, o plano está perto de ser aprovado pela maioria.

São necessários cerca de 114 milhões de votos a favor, contados a partir da quantidade de tokens LUNA de investidores. Até o momento, são mais de 92 milhões de votos sim, 33 milhões de abstenções e nenhum voto contrário. A votação se encerra em sete dias.

No entanto, após as publicações de Do Kwon, as criptomoedas despencaram ainda mais. A UST saiu de US$ 0,50 para US$ 0,40, enquanto a LUNA saiu de US$ 4,10 para US$ 1,15. É importante lembrar que a LUNA chegou a ser cotada em US$ 119,18.

 

 https://exame.com/future-of-money/criptomoeda-cai-96-e-criador-apresenta-plano-de-recuperacao/