Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
SÃO PAULO (Reuters) – A Americanas apresentou uma nova proposta a
credores financeiros, agora com um aporte maior em dinheiro por seus
acionistas de referência, da ordem de 10 bilhões de reais, mas não houve
acordo até o momento, informou a varejista nesta terça-feira.
Em meados de fevereiro, a Americanas propôs uma injeção de capital em
dinheiro de 7 bilhões de reais com suporte dos acionistas Jorge Paulo
Lemann, Carlos Sicupira e Marcel Telles. A oferta, na ocasião, também
foi rejeitada.
A Americanas disse nesta terça-feira que foram realizadas novas reuniões com credores financeiros nos últimos dois dias.
Ambos os valores propostos pela empresa incluem financiamento de 2 bilhões de reais já aportado.
Além do aumento de capital, a proposta de fevereiro ainda incluía a
conversão de dívidas financeiras de cerca de 18 bilhões de reais, parte
em capital e parte em dívida subordinada, e, adicionalmente, uma
recompra de dívida de 12 bilhões de reais.
A Americanas indicou no fato relevante desta terça-feira que esses
termos foram mantidos, à medida que disse que a nova oferta teve
“estrutura similar” à anterior.
A Americanas negocia com credores uma saída financeira, após entrar
em recuperação judicial com dívidas que superam os 40 bilhões de reais,
na esteira da revelação de um rombo contábil de cerca de 20 bilhões de
reais no início deste ano.
Órgão explicou que iniciativa se dá porque
há autoridades supostamente envolvidas no caso, assim como servidores
públicos federais
A
Controladoria-Geral da União (CGU) informou nesta terça-feira (7/3) que
decidiu abrir uma Investigação Preliminar Sumária (IPS) para coletar
elementos e analisar fatos recentemente divulgados pela imprensa sobre
os presentes que teriam sido doados pelo governo da Arábia Saudita à
família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). A IPS é procedimento
investigativo de caráter preparatório e não punitivo.
O órgão explicou que a iniciativa se dá porque há autoridades
supostamente envolvidas no caso, assim como servidores públicos de mais
de um órgão federal. A CGU chama atenção para a complexidade da apuração
e diz que a medida tem amparo no art. 4º, inciso VIII, do Decreto nº
5.480/2005 (que dispõe sobre o Sistema de Correição do Poder Executivo
Federal).
O que é IPS
Procedimento investigativo de caráter preparatório e não punitivo, a
IPS pode resultar em três pontos: arquivamento (em caso de ausência de
indícios do cometimento de infração administrativa pelo servidor público
federal);
a instauração de Processo Administrativo Disciplinar (PAD), para
responsabilização dos servidores possivelmente envolvidos; ou a
celebração de Termo de Ajustamento de Conduta (TAC), caso se entenda que
a infração tem menor potencial ofensivo.
Informações e documentos produzidos no curso da investigação são de
acesso restrito até o arquivamento do processo ou a publicação do TAC ou
do julgamento do PAD decorrente da Investigação Preliminar Sumária. É o
que consta, ressaltou a CGU nos termos da Lei de Acesso à Informação e
de sua regulamentação.
Entenda o caso das joias
A Receita Federal reteve joias avaliadas em R$ 16,5 milhões que
estavam na mochila de um assessor do então ministro de Minas e Energia,
Bento Albuquerque, quando ele desembarcou no Aeroporto de Guarulhos,
vindo da Arábia Saudita, em 26 de outubro de 2021. O caso foi revelado
pelo jornal “O Estado de S.Paulo”. No conjunto de peças valiosas, havia
colar, um par de brincos, anel e relógio. O veículo mostrou ainda que
houve ao menos oito tentativas, envolvendo três ministérios que foram
acionados, para tentar reaver as joias apreendidas.
Ao jornal “Folha de S.Paulo”, Bento Albuquerque disse que as joias
seriam presentes do governo saudita a Jair Bolsonaro e à
ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro e que iriam compor o acervo
histórico da Presidência. À reportagem, o ex-ministro afirmou ser praxe a
troca de presentes em eventos internacionais, mas que Bolsonaro e
Michelle não compareceram, e a comitiva trouxe as caixas dadas como
presente pelo governo saudita.
No Instagram, a ex-primeira-dama negou ser a destinatária do
presente: “Quer dizer que ‘eu tenho tudo isso’ e não estava sabendo? Meu
Deus! Vocês vão longe mesmo hein?! Estou rindo da falta de cabimento
dessa impressa [sic] vexatória”.
A General Motors (GM) interrompeu as demissões na fábrica de
São José dos Campos, no interior paulista, após protesto dos
trabalhadores, que cruzaram os braços por uma hora e meia na entrada do
turno da manhã. Segundo comunicado do sindicato dos metalúrgicos da
região, a montadora se comprometeu a não demitir até o dia 19 de abril,
quando uma nova reunião entre as partes será realizada.
O acordo foi fechado após três horas de negociações entre a GM e o sindicato.
A empresa prometeu também avaliar o cancelamento das demissões de 30
funcionários, conforme número atualizado, anunciadas desde a
sexta-feira, 3.
O sindicato diz que as demissões foram feitas sem negociação prévia.
Na reunião desta terça-feira, os representantes da montadora
justificaram os cortes à necessidade de readequar a produção da fábrica,
onde são montados os modelos S10 e Trailblazer.
Além das demissões, a GM vai dar férias coletivas na fábrica entre 27
de março e 13 de abril, período no qual a produção dos veículos estará
suspensa.
Em São José dos Campos, onde também produz motores e transmissões, a GM emprega aproximadamente 4 mil funcionários.
Procurada, a montadora não se manifestou até o fechamento deste texto sobre os ajustes na fábrica do interior paulista.
Wizard comprou a marca Topper da Alpargatas e agora deve R$ 266 milhões, de acordo com a dona da Havaianas
Seu Dinheiro
O empresário Carlos Martins - Imagem: Nilton Fukuda / Estadão Conteúdo
Depois de frequentar o seleto clube dos bilionários nos últimos anos, o empresário Carlos Wizard Martins agora faz parte de outro grupo: o dos brasileiros inadimplentes. Isso porque o empresário deixou de pagar a Alpargatas (ALPA4) pela compra da marca Topper, fechada em 2019.
Quem informou o calote de Wizard, que é dono de empresas como a rede
de produtos naturais Mundo Verde, foi a própria dona da Havaianas. O
valor da dívida? R$ 266 milhões.
Wizard não realizou o pagamento da primeira parcela do preço
remanescente da aquisição da participação na marca Topper. Ele deveria
ter pago R$ 89,7 milhões no último dia 6 de março, de acordo com a
Alpargatas.
A Alpargatas vendeu a Topper e a Rainha no Brasil para Carlos Wizard
em 2016. Dois anos mais tarde, o empresário adquiriu os direitos da
Topper na Argentina e no resto do mundo.
É justamente essa segunda parte do negócio que Wizard deixou de
pagar, de acordo com a dona da Havaianas. Assim, a Alpargatas decidiu
entrar com processo de execução judicial contra o empresário.
Já o empresário decidiu contestar o negócio e abriu um procedimento
de arbitragem para discutir um eventual descumprimento do acordo.
Do clube dos bilionários para o dos devedores
Carlos Wizard entrou para o "clube dos bilionários" em 2013, quando
vendeu a rede de ensino de idiomas Wizard por R$ 1,95 bilhão.
Desde então, vem investindo em uma série de negócios, como a rede de
produtos naturais Mundo Verde e a IMC (MEAL3), dona da rede de
restaurantes Frango Assado e que opera as redes KFC e Pizza Hut no
Brasil.
TÓQUIO (Reuters) – A nota de crédito da Nissan foi
reduzida para o status de “junk” pela S&P nesta terça-feira, com a
agência de classificação de risco afirmando que os resultados da
montadora japonesa permanecerão mais fracos do que o esperado
anteriormente, dada a perspectiva de outro ano difícil em 2023.
A S&P cortou a nota da Nissan em um nível, para BB+ ante BBB-,
movimento que colocou a companhia abaixo do grau de investimento.
Mas a agência afirmou que a perspectiva para a nota da empresa é
estável diante do risco limitado à lucratividade e expectativas de que a
montadora vai manter disciplina financeira conservadora e um balanço
sólido.
“A performance da companhia tem sido fraca por mais de três anos”,
afirmou a S&P em comunicado, acrescentando que o impacto dos
problemas na cadeia de fornecedores deverá continuar em 2023.
“Também esperamos no segundo semestre do ano uma demanda mais fraca
por veículos novos nos Estados Unidos e Europa pressionando os preços de
venda”, acrescentou a agência de classificação de risco.
A cooperativa afirma que "dívida líquida" é de R$ 724 milhões e não de R$ 1 bilhão
Redação
Segundo nota da Languiru, informações que a imprensa divulgou
sobre passivo da cooperativa contém imprecisões e estão "fora de
contexto"
A
Languiru afirmou que as notícias veiculadas na imprensa sobre uma
dívida da ordem de R$ 1 bilhão com bancos tomam por base informações
distorcidas e divulgadas "fora de contexto". Na semana passada, a
publicação digital especializada Brazil Journal informou que a
cooperativa de Teutônia (RS) teria enviado para alguns bancos um
documento pedindo alongamento das dívidas, que totalizariam cerca de R$ 1
bilhão – valor que, em outros veículos de imprensa, constou em patamar
ainda mais alto: R$ 1,8 bilhão. Em nota oficial enviada a AMANHÃ, a
cooperativa apresentou uma série de contestações – a começar pela cifra
envolvida, que seria inferior aos montantes divulgados.
Segundo
o documento, a Languiru contraiu dívidas, assim como tantas outras,
visando à continuidade de suas operações. A dívida bruta em 30 de
novembro somava R$ 826,8 milhões, porém, o valor líquido correspondia a
R$ 723,8 milhões, em obrigações classificadas em curto e longo prazos.
"Além disso, importante esclarecer que a participação da dívida líquida
sobre o faturamento representa 28,7%, sendo que no ano de 2022, até o
mês de novembro (mesma base), esse já somava R$ 2,5 bilhões. Sobre o
montante da dívida publicado, que supostamente se aproximaria de R$ 1,8
bilhão, percebe-se claramente que se trata de uma inverdade,
demonstrando que a publicação se baseou em interpretação oportunista e
de má-fé, em desfavor da cooperativa e seu dirigente", informa a nota.
"Feitas essas colocações, o conselho de administração alerta sobre a
importância da análise acerca das informações e números divulgados pela
imprensa regional. O relatório divulgado trata-se de um material prévio
(objeto de análise específica por empresa terceira, contratada por uma
Instituição financeira), tendo a divulgação pela mídia regional ocorrido
fora de contexto", sustenta a Languiru.
"A Languiru tem
enfrentado um cenário extremamente desafiador pela elevação do custo dos
insumos, estiagem rigorosa no Rio Grande do Sul com redução substancial
na oferta de produtos locais, elevação drástica da taxa Selic e redução
do poder de compra dos consumidores", teria escrito o presidente Dirceu
Bayer na correspondência aos bancos descrita em reportagens. O plano
sugerido pela Languiru prevê o alongamento do prazo médio para sete
anos, sendo os dois primeiros de carência, com a manutenção das taxas de
juros aplicadas. "Informamos que documentos prévios, realizados
por terceiros, para fins específicos de uma instituição financeira, os
quais foram encaminhados unicamente para algumas Instituições
financeiras, foram disseminados e divulgados, sem autorização, em
mídias, causando um enorme prejuízo à imagem da Cooperativa Languiru. O
conteúdo do referido estudo foi divulgado fora do contexto em que foi
produzido, gerando interpretações maldosas e distorcidas", esclarece a
nota enviada ao Portal AMANHÃ.
"É público e notório que a
Cooperativa Languiru, assim como muitas outras empresas, está
atravessando momentos de dificuldades financeiras, o que já foi
amplamente compartilhado com seus associados e comunidade, não podendo
se falar em falta de transparência, muito menos de um fato novo. Visando
a superação de tal momento, medidas austeras e estratégicas estão sendo
adotadas para que a cooperativa possa atravessar mais este momento.
Entretanto, ao contrário do que ocorre com outras empresas, que também
estão passando por dificuldades financeiras, somente a Languiru está
sendo foco de exaustivos questionamentos e divulgações excessivas pela
imprensa, o que acaba prejudicando e comprometendo a saúde financeira e a
credibilidade da Languiru", destaca a nota.
A Languiru é a 128ª
maior empresa da região e também a 55ª maior do Rio Grande do Sul, de
acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com
o apoio técnico da PwC. No ranking exclusivo das cooperativas de
produção, a Languiru ocupa a 23ª colocação.
Comissão de Valores
Mobiliários questionou a empresa sobre reportagem do Valor Econômico que
afirma que "a Americanas agora sinaliza aporte de R$ 10 bilhões" e que
"credores devem abrir conversas" (Crédito: REUTERS/Ueslei Marcelino)
SÃO PAULO (Reuters) – A Americanas respondeu a questionamentos
da CVM afirmando que até o momento não há proposta para um aporte de 10
bilhões de reais na companhia, segundo comunicado enviado ao mercado
nesta sexta-feira.
A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) questionou a empresa sobre
reportagem do Valor Econômico que afirma que “a Americanas agora
sinaliza aporte de 10 bilhões de reais” e que “credores devem abrir
conversas”.
“Até o momento, não há proposta de aporte no valor de 10 bilhões de
reais, seja por parte da companhia ou de seus acionistas de referência,
tal como consta da mencionada reportagem”, afirmou a Americanas no
comunicado.
(Por Alberto Alerigi Jr. Edição de Flávia Marreiro)