A
Languiru afirmou que as notícias veiculadas na imprensa sobre uma
dívida da ordem de R$ 1 bilhão com bancos tomam por base informações
distorcidas e divulgadas "fora de contexto". Na semana passada, a
publicação digital especializada Brazil Journal informou que a
cooperativa de Teutônia (RS) teria enviado para alguns bancos um
documento pedindo alongamento das dívidas, que totalizariam cerca de R$ 1
bilhão – valor que, em outros veículos de imprensa, constou em patamar
ainda mais alto: R$ 1,8 bilhão. Em nota oficial enviada a AMANHÃ, a
cooperativa apresentou uma série de contestações – a começar pela cifra
envolvida, que seria inferior aos montantes divulgados.
Segundo o documento, a Languiru contraiu dívidas, assim como tantas outras, visando à continuidade de suas operações. A dívida bruta em 30 de novembro somava R$ 826,8 milhões, porém, o valor líquido correspondia a R$ 723,8 milhões, em obrigações classificadas em curto e longo prazos. "Além disso, importante esclarecer que a participação da dívida líquida sobre o faturamento representa 28,7%, sendo que no ano de 2022, até o mês de novembro (mesma base), esse já somava R$ 2,5 bilhões. Sobre o montante da dívida publicado, que supostamente se aproximaria de R$ 1,8 bilhão, percebe-se claramente que se trata de uma inverdade, demonstrando que a publicação se baseou em interpretação oportunista e de má-fé, em desfavor da cooperativa e seu dirigente", informa a nota. "Feitas essas colocações, o conselho de administração alerta sobre a importância da análise acerca das informações e números divulgados pela imprensa regional. O relatório divulgado trata-se de um material prévio (objeto de análise específica por empresa terceira, contratada por uma Instituição financeira), tendo a divulgação pela mídia regional ocorrido fora de contexto", sustenta a Languiru.
"A Languiru tem enfrentado um cenário extremamente desafiador pela elevação do custo dos insumos, estiagem rigorosa no Rio Grande do Sul com redução substancial na oferta de produtos locais, elevação drástica da taxa Selic e redução do poder de compra dos consumidores", teria escrito o presidente Dirceu Bayer na correspondência aos bancos descrita em reportagens. O plano sugerido pela Languiru prevê o alongamento do prazo médio para sete anos, sendo os dois primeiros de carência, com a manutenção das taxas de juros aplicadas. "Informamos que documentos prévios, realizados por terceiros, para fins específicos de uma instituição financeira, os quais foram encaminhados unicamente para algumas Instituições financeiras, foram disseminados e divulgados, sem autorização, em mídias, causando um enorme prejuízo à imagem da Cooperativa Languiru. O conteúdo do referido estudo foi divulgado fora do contexto em que foi produzido, gerando interpretações maldosas e distorcidas", esclarece a nota enviada ao Portal AMANHÃ.
"É público e notório que a Cooperativa Languiru, assim como muitas outras empresas, está atravessando momentos de dificuldades financeiras, o que já foi amplamente compartilhado com seus associados e comunidade, não podendo se falar em falta de transparência, muito menos de um fato novo. Visando a superação de tal momento, medidas austeras e estratégicas estão sendo adotadas para que a cooperativa possa atravessar mais este momento. Entretanto, ao contrário do que ocorre com outras empresas, que também estão passando por dificuldades financeiras, somente a Languiru está sendo foco de exaustivos questionamentos e divulgações excessivas pela imprensa, o que acaba prejudicando e comprometendo a saúde financeira e a credibilidade da Languiru", destaca a nota.
A Languiru é a 128ª maior empresa da região e também a 55ª maior do Rio Grande do Sul, de acordo com o ranking 500 MAIORES DO SUL, publicado pelo Grupo AMANHÃ com o apoio técnico da PwC. No ranking exclusivo das cooperativas de produção, a Languiru ocupa a 23ª colocação.
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