segunda-feira, 13 de março de 2023

Nu, Inter&Co, PagSeguro e Mercado Livre dizem não ter exposição ao SVB


Crédito: REUTERS/Nathan Frandino

Instituições financeiras brasileiras com ações listadas nos EUA anunciaram não ter exposição ao Silicon Valley Bank para evitar contágio em seus papéis (Crédito: REUTERS/Nathan Frandino)

 

SÃO PAULO (Reuters) – Algumas instituições financeiras brasileiras com ações listadas no mercado norte-americano anunciaram não ter exposição ao Silicon Valley Bank, a fim de evitar contágio do colapso do banco em seus papéis.

Entre o sábado e esta segunda-feira, Nu Holdings, Inter&Co e PagSeguro afirmaram em comunicados separados que, assim como suas subsidiárias, não possuem qualquer exposição ao SVB, especializado em financiamento a startups de tecnologia.

A Nu Holdings é dona do Nubank, enquanto o Inter&Co possui o banco Inter e a PagSeguro tem o PagBank. Por volta das 13h15 (horário de Brasília), as ações da Nu em Nova York avançavam 3,9%, enquanto Inter tinha queda de 4,45%. Já os papéis da PagSeguro subiam 0,85%.

O Inter tem mais de 25 milhões de clientes no Brasil e nos Estados Unidos e atua em uma série de serviços financeiros. O Nu tem mais de 70 milhões de clientes, com operações presentes no Brasil, México e Colômbia. O Mercado Livre está em 18 países, incluindo Brasil, México, Colômbia e Chile.

O Silicon Valley Bank foi fechado na última sexta-feira por reguladores nos EUA, sendo o maior banco a quebrar naquele país desde a crise financeira de 2008, em meio a um forte declínio nos depósitos de startups na instituição, na esteira de uma seca de financiamento de capital de risco.

O SVB foi produto de décadas de dinheiro barato, com riscos únicos que o tornaram especialmente vulnerável. Preocupações de que outros bancos regionais tenham semelhanças com ele se espalharam rapidamente, o que fez autoridades norte-americanas lançaram medidas de emergência no domingo.

(Por Alberto Alerigi Jr e Paula Arend Laier)

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