quinta-feira, 13 de abril de 2023

Brasil tem produtividade recorde na soja apesar de seca no RS e recuo em fertilizante


Brasil tem produtividade recorde na soja apesar de seca no RS e recuo em fertilizante

Colheita de soja em Caaguazu

Por Roberto Samora

 

SÃO PAULO (Reuters) – A safra de soja do Brasil 2022/23, com colheita já caminhando para o final em várias regiões, foi estimada nesta quinta-feira em recorde de 153,6 milhões de toneladas, de acordo com levantamento da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), que passou a projetar uma produtividade média nunca vista no maior produtor e exportador global da oleaginosa.

A colheita já era prevista em recorde, principalmente por um aumento anual de 5% na área plantada, para 43,5 milhões de hectares. Mas no relatório desta quinta-feira a Conab ajustou para cima o indicador de produtividade média nacional ao maior nível já registrado, em 3.527 kg/hectare.

Isso representa alta de 16,6% ante o ciclo anterior e 1 kg/ha acima da maior marca da história, vista em 2020/21, segundo dados da Conab.

Na previsão do mês passado, a estatal ainda projetava rendimento de 3.479 kg/ha no país. O aumento na colheita por hectare colabora com avanço de 2,2 milhões de toneladas na safra total de soja do país na comparação com o número de março da Conab, garantindo um salto anual de 22,4% para o Brasil no total colhido.

“Aumentou a área em todos os Estados produtores… Produtividade média recorde no país, embora o Rio Grande do Sul tenha sido afetado pela restrição hídrica aliada a altas temperaturas… mas todas as lavouras no (restante do) Brasil foram contempladas por condições favoráveis e chuvas regulares”, disse a analista de Safras da Conab, Candice Santos, ao explicar os números em transmissão pela internet.

Apesar do menor uso de fertilizantes no país no ano passado por conta dos preços altos, a produtividade média registra forte recuperação ante a temporada anterior, quando uma maior parte do Sul foi afetada severamente pela seca.

“As produtividades fora do Rio Grande do Sul, do Paraná pra cima, todos os Estados… estão muito acima das médias normais, relatos de produtividade muito acima das declaradas nas estatísticas da própria Conab… o regime de chuvas e de insolação foi muito bom, isso acabou compensando o menor uso de fertilizantes”, disse o diretor da consultoria Cogo, Carlos Cogo.

Ele lembrou que houve um recuo de 11% nas entregas de adubos em 2022 no Brasil, mas destacou que as reservas de solo evitaram que a produtividade sofresse por falta de fertilizante em um primeiro ano. Para 2023/24, não é esperado grande problema neste aspecto, já que os preços do insumo estão abaixo das máximas de 2022.

Mas também é fator importante no ciclo atual a área plantada com soja, com o maior crescimento anual em nove anos no Brasil em meio à boa rentabilidade da cultura, segundo a consultoria StoneX.

Com o crescimento da safra e boa demanda externa, o Brasil deverá exportar um volume recorde de soja de 94,35 milhões de toneladas, ante 92,99 milhões na previsão de março. O total, se confirmado, representaria forte aumento na comparação com o alcançado na temporada anterior (78,7 milhões de toneladas).

MILHO

Já a safra total de milho do Brasil 2022/23 foi prevista em históricas 124,9 milhões de toneladas, com ligeira alta na comparação com a projeção divulgada no mês passado, segundo a estatal. Em relação à temporada passada, o aumento é de 10,4%.

A Conab projetou a segunda safra de milho em 95,3 milhões de toneladas, ante 95,6 milhões estimados no mês passado, enquanto elevou a previsão da colheita no verão para 27,2 milhões de toneladas e manteve a terceira safra estável em 2,3 milhões de toneladas.

“Esse aumento na produção total é resultado do aumento de área de milho segunda safra em conjunto com uma recuperação da produtividade projetada em campo das três safras. Cabe destacar que a Conab projeta um aumento de 1,8% na área plantada e de 8,4% na produtividade do setor”, disse o relatório.

A Conab ainda manteve a previsão de exportação de milho do Brasil em recorde de 48 milhões de toneladas para 2022/23, o que apagaria a melhor marca da história do ano anterior, de 46,6 milhões de toneladas.

Para a safra total de grãos e oleaginosas 2022/23, a previsão atual é de 312,5 milhões de toneladas, contra 309,9 milhões na estimativa de março, avanço de cerca de 15% na comparação anual, com impulso das colheitas de soja e milho.

A Conab ainda fez ajuste na safra de algodão do Brasil para 2,73 milhões de toneladas da pluma, ante 2,78 milhões na previsão de março, mas ainda um aumento anual de 7,1%.


Lavoro registra lucro líquido de US$ 50 milhões no 1º semestre fiscal de 2023

Lavoro | A maior distribuidora de insumos agrícolas da América Latina

 

 

A Lavoro, uma das maiores varejistas de insumos agrícolas do Brasil e que em 1º de março começou a negociar suas ações na bolsa de valores norte-americana Nasdaq, registrou um lucro líquido de US$ 50 milhões no primeiro semestre fiscal de 2023, encerrado em 31 de dezembro de 2022. O valor representa um crescimento de 68% em comparação aos US$ 29,8 milhões contabilizados em igual período do ano anterior.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ajustado aumentou 88% no semestre, para US$ 118,5 milhões. A margem Ebitda ajustado avançou 2,6 pontos porcentuais, saindo de 8,7% no primeiro semestre fiscal de 2022 para 11,4% em igual período de 2023. Este resultado, de acordo com a empresa, foi impulsionado pela combinação de crescimento orgânico das operações de distribuição, no Brasil e na América Latina, maior contribuição de insumos nos resultados combinados e adição de quatro empresas adquiridas.

A receita cresceu 45% na mesma base de comparação, atingindo US$ 1,042 bilhão, “impulsionada principalmente pelo aumento das vendas agrícolas no varejo, refletindo a expansão orgânica e inorgânica de Lavoro e o aumento das vendas dos produtos de marca própria da empresa”, segundo comunicado da companhia. Já o lucro bruto aumentou 70%, somando US$ 213,1 milhões.

Com os resultados, a companhia conseguiu ampliar suas margens de lucro. A margem bruta (relação entre o lucro bruto e a receita) aumentou de 17,4% no primeiro semestre fiscal de 2022 para 20,4% no período correspondente de 2023. O incremento, de acordo com a varejista de insumos, se deu principalmente pelo crescimento da receita da Crop Care (negócio de produtos biológicos e fertilizantes especiais) e sua maior contribuição para as vendas de Lavoro, além de sinergias obtidas após aquisições recentes de empresas, melhoria do mix de preços e crescimento das vendas de produtos de maior margem.

A margem líquida – relação entre o lucro líquido e a receita – cresceu 0,7 ponto porcentual, saindo de 4,1% para 4,8%. “O resultado foi parcialmente afetado pelo aumento das despesas financeiras no período, impulsionado principalmente pelo aumento dos juros sobre empréstimos, devido ao aumento dos níveis de empréstimos e direitos creditórios, bem como pelo avanço das taxas básicas de juros no Brasil”, explicou a empresa.

 A Lavoro informou que as despesas operacionais foram de U$ 111,1 milhões, 49,6% superiores aos US$ 74,3 milhões registrados um ano antes.

O incremento das despesas se deu, de acordo com a varejista, pela contratação de novos representantes técnicos de vendas (RTV), abertura de novas lojas, que ainda estão amadurecendo, e pela estratégia da empresa de fortalecer sua estrutura corporativa e administrativa, “visando aprimorar os controles corporativos, absorver a forte atividade de M&A (aquisições) e sustentar a expansão geográfica”.

A Lavoro começou a negociar ações na Nasdaq após a conclusão, em 28 de fevereiro, da combinação de negócios com o TPB Acquisition Corporation I, acordo que foi anunciado em setembro do ano passado. Com a operação na Nasdaq, a empresa passou a ser a primeira distribuidora de insumos agrícolas latino-americana listada nos EUA.

“Lavoro é o maior varejista de insumos agrícolas no Brasil, mas acreditamos que temos apenas aproximadamente 10% de participação no mercado brasileiro, o que representa uma tremenda oportunidade de longo prazo que pretendemos capitalizar”, disse no comunicado o CEO da Lavoro, Ruy Cunha. “Essas altas taxas de crescimento, quando combinadas com as vantagens de margem que desfrutamos de nosso negócio de soluções integradas de Crop Care (insumos) e a futura penetração de outros serviços, criam condições para uma expansão significativa de margens nos próximos anos. Esperamos aumentar o crescimento do Ebitda ajustado a taxas muito além do crescimento de nossa receita”.

Para o ano de 2023, a Lavoro informou que projeta uma receita pro forma de US$ 2,740 bilhões, ante uma receita líquida pro forma combinada no primeiro semestre fiscal de US$ 1,1 bilhão, 26% maior do que em igual intervalo do ano anterior. A companhia explicou que o crescimento da receita pro forma assume que a Lavoro era proprietária de suas empresas adquiridas para os períodos atuais e anteriores completos, para fins de comparação.

A Lavoro também projeta Ebitda ajustado pro forma de US$ 210 milhões em 2023, ante US$ 125,2 milhões apenas no primeiro semestre fiscal de 2023, e margem Ebitda ajustado pro forma de 7,7%, abaixo dos 11,3% apurados no primeiro semestre.

Em 31 de dezembro de 2022, a Lavoro contava com 215 lojas e cerca de mil representantes técnicos de vendas, que atendiam mais de 72 mil clientes.

UBS contrata JPMorgan para explorar IPO de negócios domésticos do Credit Suisse, diz blog


UBS Logo : valor, histria, png, vector



ZURIQUE (Reuters) – O UBS contratou o JPMorgan para avaliar uma possível oferta pública inicial dos negócios domésticos do Credit Suisse, publicou o blog suíço especializado Inside Paradeplatz nesta quinta-feira.

No mês passado, o UBS comprou o Credit Suisse por 3 bilhões de francos como parte de uma fusão de emergência arquitetada pelas autoridades suíças. O negócio foi acertado com uma promessa de apoio do Estado suíço da ordem de 200 bilhões de francos.

Falando em assembléia geral de acionistas na semana passada, o vice-presidente do UBS Lukas Gaehwiler disse que “todas as opções estão sobre a mesa” em relação aos negócios domésticos do Credit Suisse. O executivo também disse que o banco continuará a operar sob sua antiga marca na Suíça no futuro próximo.

Representantes do UBS e do Credit Suisse não comentaram o assunto.

 

Lula terá reunião com presidente da State Grid na China para falar de investimentos

Veja nova foto oficial de Lula como presidente


A agenda de Luiz Inácio Lula da Silva em Pequim na sexta-feira, 14, teve a inclusão de uma reunião com o presidente da State Grid, a companhia de eletricidade da China, Zhang Zhigang. O encontro é para falar de investimentos.

Este será o primeiro compromisso do dia de Lula, que terá na parte da tarde encontro com o presidente Xi Jinping, no Grande Palácio do Povo. No encontro, devem ser assinados cerca de 20 acordos bilaterais.

Com a State Grid, Lula será acompanhado de seus ministros. Logo depois, o presidente brasileiro se encontra com o presidente da Assembleia Popular Nacional da China, Zhao Leji, no Grande Palácio do Povo, acompanhado de comitiva de deputados e senadores. O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, está na comitiva de Lula.

Após esta reunião, Lula participa de uma cerimônia de colocação de flores no Monumento aos Heróis do Povo, na Praça Tiananmen, a praça da Paz Celestial.

A State Grid tem diversos projetos no setor de energia do Brasil. Um deles foi arrematar um lote de linhas de transmissão em Goiás, num leilão da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) em 2020, com contrato de 30 anos. Em outro projeto, uma subsidiária do grupo fechou acordo com a mineira Cemig para projetos de energia solar.

Para 2023, o grupo chinês promete investir no mundo o valor recorde de US$ 77 bilhões em projetos de transmissão de energia e sistemas de estocagem de energia.

 

 

Haddad, sobre taxação: é preciso garantir tratamento igual a empresas do Brasil e exterior

Haddad deve apresentar proposta de novo marco fiscal nesta quinta; veja o  que se sabe sobre o projeto

 

 

Após a polêmica envolvendo a taxação de produtos importados, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que é preciso garantir igualdade de tratamento entre empresas estrangeiras e brasileiras. “E isso não está acontecendo hoje”, afirmou, em entrevista ao portal Metrópoles antes de embarcar com a comitiva presidencial de Xangai para Pequim, na China.

Segundo o ministro, há muita “desinformação” sobre o assunto e não há planos de aumentar impostos, nem de “acabar” com o comércio eletrônico.

Nesta semana, a Fazenda confirmou que vai acabar com a isenção de até US$ 50 para o envio de mercadorias do exterior entre pessoas físicas.

O movimento foi realizado após reclamação de varejistas brasileiros sobre uma possível concorrência desleal de sites estrangeiros, que estariam usando de forma inapropriada a vantagem tributária para pessoa física.

“Ninguém está pensando em aumentar imposto. O que está se reclamando por parte de algumas empresas é que está havendo concorrência desleal por alguns sites, não por todos. Isso está sendo investigado e pode ser coibido”, disse Haddad à Globonews.

Em entrevista ao portal Metrópoles, o ministro reconheceu que “há empresas que cumprem a legislação brasileira e empresas que não cumprem” e defendeu a regulação igualitária para todas. “A concorrência tem de ser leal, entre empresas brasileiras e estrangeiras.”

Nesse ambiente, conforme Haddad, o papel do Estado é garantir isonomia, com igualdade de tratamento para todas as empresas. Assim, corrigir essa distorção não significa aumentar imposto ou ter preconceito contra alguma empresa. “Há um pleito que é legítimo de proibir o contrabando.”

Segundo ele, sem corrigir essas distorções, o resultado é o aumento do desemprego, pois as empresas que pagam impostos precisam demitir por não conseguir competir com as estrangeiras. Perguntado sobre a Shein, Haddad disse que não conhece a empresa, e costuma apenas comprar livros na Amazon.

O ministro disse ainda que foi procurado “por uma dessas empresas” afirmando que quer pagar os impostos de forma correta no Brasil.


quarta-feira, 12 de abril de 2023

França: Nenhum porto é deficitário no Brasil; portos devem continuar com Estado

VISTA AÉREA DO PORTO DE SANTOS O MAIOR PORTO DA AMÉRICA LATINA. | Cidade  santos, Porto de santos, Santos


 

 

O ministro de Portos e Aeroportos, Márcio França, disse nesta quarta-feira, 12, que nenhum porto público no Brasil é deficitário atualmente e defendeu que a administração dos portos continue com o poder público.

“Não faz sentido o Porto de Santos ter R$ 2,5 bilhões aplicados em fundos para ganhar dinheiro com especulação financeira e o porto necessitar de obras de infraestrutura”, afirmou, em participação no Fórum da Associação Brasileira da Infraestrutura e Indústrias de Base (Abdib).

França criticou duramente o governo anterior em suas tentativas de privatização de autoridades portuárias. “Se fosse uma ideia com parâmetros internacionais, diríamos que nós não fizemos, mas não existe no mundo, apenas exemplos frustrados”, completou.

O ministro, no entanto, afirmou que o governo vai respeitar o contrato firmado no processo da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). “Estamos respeitando o assunto de Vitória”, assegurou.

França criticou duramente o governo anterior em suas tentativas de privatização de autoridades portuárias. “Se fosse uma ideia com parâmetros internacionais, diríamos que nós não fizemos, mas não existe no mundo, apenas exemplos frustrados”, completou.

O ministro, no entanto, afirmou que o governo vai respeitar o contrato firmado no processo da Companhia Docas do Espírito Santo (Codesa). “Estamos respeitando o assunto de Vitória”, assegurou.

 

Dólar fecha abaixo de R$5 pela 1ª vez desde junho de 2022 com otimismo de investidores

 


Dólar fecha abaixo de R$5 pela 1ª vez desde junho de 2022 com otimismo de investidores

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SÃO PAULO (Reuters) – O otimismo em relação ao cenário de inflação e de juros no Brasil, somado ao ambiente positivo no exterior, fez o dólar estender as perdas ante o real nesta quarta-feira, com a moeda norte-americana atingindo o menor valor de fechamento desde junho do ano passado.

Pela manhã, o Departamento do Trabalho dos Estados Unidos informou que o índice de preços ao consumidor subiu 0,1% no mês passado, desacelerando após avançar 0,4% em fevereiro. O resultado elevou a expectativa de que o Federal Reserve não seja agressivo em sua próxima decisão de política monetária, o que deu força a ativos de maior risco, como o real.

No Brasil, permaneceu no mercado o otimismo com o controle da inflação, após dados favoráveis do Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) na terça-feira, e em relação ao novo arcabouço fiscal. O resultado foi mais um dia de pressão de baixa para a moeda norte-americana.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,9408 reais na venda, em baixa de 1,34%. Esta é a menor cotação desde 9 de junho de 2022, quando havia fechado em 4,9166 reais. Desde junho do ano passado o dólar não encerrava abaixo de 5 reais.

Na B3, às 17:21 (de Brasília), o contrato de dólar futuro de primeiro vencimento caía 1,42%, a 4,9530 reais.

Nas últimas semanas, avaliações positivas sobre o novo arcabouço fiscal já vinham retirando força do dólar ante o real, com investidores vendo risco menor de descontrole da dívida pública no Brasil.

Na sessão de terça-feira, a divulgação de dados favoráveis do IPCA –que subiu 0,71% em março, ante 0,84% em fevereiro– e a percepção de que o novo arcabouço fiscal pode ser mais robusto já haviam levado o dólar a recuar mais de 1%.

Nesta quarta-feira, o otimismo continuou, inclusive com o auxílio do exterior.

“O índice de preços dos EUA veio benigno, a inflação está cedendo e o Federal Reserve deve fazer apenas mais um aumento de juros. Aqui no Brasil, o dólar estava exagerado em função das dúvidas em relação ao governo. Agora estamos vendo a moeda norte-americana abaixo de 5 reais”, pontuou o diretor da consultoria Wagner Investimentos, José Faria Júnior.

“Como o juro americano está parando na faixa de 5% ao ano, e o Brasil tem taxa de 13,75% ao ano, o juro real ficará muito elevado ainda. Por enquanto, ainda teremos um diferencial de câmbio bastante elevado”, acrescentou Faria Júnior.

Este diferencial de juros tem favorecido a entrada de recursos no Brasil, o que contribui para a queda das cotações. Com a expectativa positiva em relação ao arcabouço, investidores também têm retirado nas últimas semanas prêmios de risco dos preços, o que se traduz na queda do dólar.

Profissionais ouvidos pela Reuters nos últimos dias têm afirmado que a queda pode continuar, com a moeda norte-americana se estabilizando em patamares ainda mais baixos, caso o andamento do novo arcabouço fiscal seja favorável.

No exterior, o dólar também recuava nesta quarta-feira ante outras divisas de países emergentes, embora o real fosse o destaque do dia.

Às 17:21 (de Brasília), o índice do dólar –que mede o desempenho da moeda norte-americana frente a uma cesta de seis divisas– caía 0,57%, a 101,540.

Durante a tarde, o Banco Central informou que o fluxo cambial para o Brasil na primeira semana de abril foi positivo em 2,553 bilhões de dólares.

Mais cedo, o BC vendeu todos os 16.000 contratos de swap cambial tradicional ofertados em rolagem.

(Por Fabrício de Castro)