terça-feira, 25 de abril de 2023

Campos Neto diz que BC não é culpado pelas mazelas do país e defende nível de juros


Crédito: REUTERS/Amanda Perobelli

Em audiência no Senado, ele disse que as expectativas dos agentes para a inflação são muito importantes e é preciso ter certeza de que elas estão ancoradas (Crédito: REUTERS/Amanda Perobelli)

Por Bernardo Caram

 

BRASÍLIA (Reuters) – Em meio a críticas do governo à atuação do Banco Central, o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, afirmou nesta terça-feira que a autarquia não é culpada pelas mazelas do país e argumentou que o combate à inflação é o maior instrumento social que existe.

Em audiência pública na Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado, ele defendeu o atual nível de juros no país e disse não saber quando a Selic cairá, apesar de o enfrentamento à alta de preços estar “no caminho certo”.

“O presidente tem direito de falar sobre juros, em nenhum momento reclamei sobre isso, minha função é explicar de forma técnica como o Banco Central enxerga isso, o BC não é culpado pelas mazelas que o país passa, o BC é ator e está no mesmo barco que o governo sempre, tem que trabalhar de forma harmônica com o governo”, disse.

Campos Neto afirmou que a autarquia faz trabalho técnico com quadro altamente capacitado e busca cumprir sua tarefa com o menor custo possível para a sociedade.

“A gente tem um trabalho grande para fazer de reversão de expectativas para que a gente tenha condições de fazer o juro cair de forma saudável”, disse.

Ao negar que o BC faça atuação política, Campos Neto afirmou que “nunca na história deste país” a autarquia fez um movimento tão forte de alta de juros como no período eleitoral de 2022. Se essa atuação não tivesse sido feita, segundo ele, a inflação em 2023 teria ficado próxima a 10%, não em 5,8%, o que exigiria níveis ainda mais altos de juros hoje.

O convite para comparecimento de Campos Neto ao Senado para dar explicações sobre o atual patamar da taxa básica de juros no país, inalterado em 13,75% ao ano desde setembro, foi aprovado em março, em meio a ataques do governo à condução da política monetária.

Nos últimos meses, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma série de críticas ao BC, sob o argumento de que o elevado nível de juros no país contrai excessivamente a atividade e pode resultar em uma crise de crédito. Ele também questionou o sistema de metas para a inflação.

Na apresentação, o presidente do BC afirmou que a taxa real de juros (diferença entre a Selic e o nível de inflação) no Brasil é alta, mas é menor do que a observada no passado. Acrescentou ainda que se o BC não tiver credibilidade, cortes na Selic podem gerar restrição de crédito e alta no juro para períodos mais longos.

JURO COMPATÍVEL

O presidente do BC disse que o núcleo de inflação (que elimina elementos voláteis) está rodando em 7,8% em 12 meses, patamar “bastante alto”, apesar de ponderar que o Brasil tem hoje uma inflação mais baixa do que a média de outros países.

“A gente está com juro que é compatível com esse tipo de problema, entendemos que está funcionando e está caindo a inflação. Ter atuado antes funcionou e a agente precisa esperar para ver os próximos números e acontecimentos para ver qual é o curso de ação”, afirmou.

“Eu não tenho capacidade de dizer quando isso (queda de juros) vai acontecer porque eu sou um voto de nove, mas eu acho que a gente tem explicado que é um processo técnico que tem seu tempo e as coisas têm caminhado no caminho certo”, acrescentou.

Campos Neto argumentou que o BC suaviza os efeitos da política monetária na economia ao alongar seu horizonte de atuação para controlar a inflação com o menor custo possível, mas ponderou que esse alongamento precisa ser feito com credibilidade.

Em meio a discussões no governo sobre ampliação da atuação do BNDES e mudanças na forma de remuneração dos financiamentos do banco de fomento, Campos Neto disse que níveis elevados de crédito subsidiado tendem a aumentar a taxa neutra de juros –aquela que não estimula nem contrai a atividade.

O presidente do BC acrescentou que o nível de crédito direcionado, linhas que são reguladas pelo governo, é alto no Brasil, o que diminui a potência da política monetária e exige mais juros em momentos de alta da inflação.

Campos Neto ressaltou, ainda, que as expectativas de inflação estão piorando no país há 14 semanas. O mais recente boletim Focus do BC, que capta projeções de mercado, aponta para inflação de 6,04% neste ano, 4,18% em 2024 e 4,00% em 2025.

A meta da inflação para 2023 é de 3,25%, com tolerância de 1,5 ponto para mais ou para menos. Para 2024 e 2025, o patamar estabelecido é de 3%, com a mesma margem. Em março, o IPCA registrou alta acumulada em 12 meses de 4,65%, mas analistas de mercado esperam que o índice volte a acelerar até o fim do ano.

Campos Neto afirmou que o BC persegue a meta de inflação, que não é definida pela autarquia. A meta é estabelecida pelo Conselho Monetário Nacional, composto pelos ministros da Fazenda e do Planejamento e pelo presidente do BC.

Na apresentação, Campos Neto disse que o arcabouço fiscal apresentado pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, vai na direção certa e remove risco de uma piora grande na trajetória da dívida pública.

“Não tem mágica no fiscal, infelizmente não tem bala de prata, se a gente não tiver as contas em dia, não tiver uma perspectiva, a gente não consegue melhorar”, afirmou.

Haddad tem argumentado que o esforço do governo para mostrar responsabilidade fiscal oferece ao BC uma abertura para cortar os juros.

 

Inflação e demanda lenta ainda são principais temores de varejistas em todo o mundo, mostra pesquisa


Inflação e demanda lenta ainda são principais temores de varejistas em todo o mundo, mostra pesquisa

Loja em Londres

BARCELONA (Reuters) – Apesar dos sinais iniciais de que os aumentos de preços estão desacelerando, os varejistas em todo o mundo ainda estão preocupados com a redução dos gastos do consumidor por conta da inflação, de acordo com uma pesquisa com membros do setor realizada pelo Boston Consulting Group.

Na Europa, os varejistas estão lutando contra a desaceleração das vendas, já que os consumidores, pressionados pelas altas contas de energia, gastam menos com roupas e compram alimentos mais baratos.

No geral, o aumento do custo dos produtos, a queda nos gastos do consumidor e as cadeias de suprimentos imprevisíveis foram as principais preocupações dos 561 executivos, diretores e gerentes de varejo globais entrevistados pelo BCG para um relatório publicado nesta terça-feira, no início da conferência do Congresso Mundial de Varejo.

É provável que a transferência de custos mais altos para os compradores se torne mais difícil: 72% dos entrevistados disseram esperar que os consumidores sejam mais sensíveis ao preço este ano.

“Isso limita as opções que os varejistas têm para recuperar e combater os altos custos de insumos e cria novas dificuldades que os varejistas devem combater, como mudar o comportamento do consumidor para produtos e segmentos de clientes específicos”, disse o BCG no relatório.

Além de aumentar os preços e renegociar com os fornecedores, os varejistas precisam ser criativos para os compradores retornarem, com muitos investindo em programas de fidelidade, promoções de preços e melhorias na experiência do cliente online, constatou a pesquisa.

Os autores do relatório disseram que os varejistas devem investir em inteligência artificial para aprimorar suas estratégias de preços e marketing usando algoritmos e aprendizado de máquina.

A Ásia foi um ponto positivo em termos de expectativas dos varejistas, com 76% dos entrevistados esperando que a economia da região cresça este ano após a reabertura da China após os longos bloqueios pela Covid-19.

Os varejistas estavam mais otimistas em relação à América do Norte do que à Europa, com 68% prevendo crescimento na primeira e 54% na segunda.

(Por Helen Reid)


segunda-feira, 24 de abril de 2023

Ativistas climáticos picham escritórios de bancos dos EUA na véspera de reuniões anuais


Ativistas climáticos picham escritórios de bancos dos EUA na véspera de reuniões anuais

Fachada do Citibank pichada por ativistas em Nova York

Por Tatiana Bautzer

 

NOVA YORK (Reuters) – Ativistas climáticos picharam mensagens nos escritórios do Citigroup Inc C.N e do Bank of America Corp. BAC.N no Bryant Park de Nova York nesta segunda-feira, acusando os bancos de serem “criminosos climáticos”, um dia antes das instituições realizarem suas reuniões anuais de acionistas.

“Os maiores bancos do mundo investem centenas de bilhões de dólares em novas infraestruturas de combustível fóssil”, disse Jim Gordon, um dos manifestantes no lado de fora do escritório do Citigroup, no centro de Manhattan. “Não sou geralmente uma pessoa que gosta de ir às ruas e fazer coisas assim, mas eu tenho netos e estou apavorado pelo futuro deles”, afirmou Gordon.

Atrás de Gordon, um funcionário do Citigroup limpava a pichação nas janelas – em vermelho, com mensagens como “Criminoso climático” e “Salve a Amazônia”.

O Bank of America se recusou a comentar. O Citi não respondeu ao pedido por comentário em um primeiro momento.

Seis pessoas haviam sido presas durante os atos em Nova York, segundo uma porta-voz dos manifestantes. O Departamento de Polícia de Nova York disse que os protestos estavam em andamento e não havia um número final de pessoas presas.

Os manifestantes representam grupos como Climate Organizing Hub, Extinction Rebellion, Green Faith, Oil and Gas Network e Stop the Money Pipeline, disseram eles, em um comunicado.

Os maiores bancos dos EUA forneceram 1 trilhão de dólares para projetos de combustível fóssil desde 2016, disseram os manifestantes. Eles também pretendem realizar atos na reunião anual do banco JPMorgan Chase & Co.

 

Após polêmicas com taxação, Shein abre escritório em São Paulo


Crédito: Divulgação / Shein

Localizado na avenida Brigadeiro Faria Lima, o escritório ocupa uma área de mais de 1600 m² do edifício Vera Cruz Plaza (Crédito: Divulgação / Shein)

 

 

A Shein, varejista global de moda, beleza e lifestyle, acaba de inaugurar seu primeiro escritório no Brasil a fim de consolidar sua operação local e reforçar atuação no mercado nacional. Após polêmicas trazidas pelo governo brasileiro sobre taxas no envio de compras internacionais, a marca também anunciou investimento e criação de empregos no país.

Localizado na avenida Brigadeiro Faria Lima, o escritório ocupa uma área de mais de 1600 m² do edifício Vera Cruz Plaza.


“Ter um endereço para chamar de nosso é algo muito simbólico para uma marca global que vem trabalhando ativamente para consolidar sua operação localmente. Estabelecer um escritório que possa abrigar nosso time é mais um passo dentro da nossa estratégia que busca fortalecer e cada vez mais ampliar nossa atuação no país”, destaca Felipe Feistler, General Manager da Shein no Brasil.

 

A marca de fast fashion também anunciou, na última quinta-feira (20), investimento de R$750 milhões no Brasil nos próximos três anos para aumentar a competitividade de fabricantes têxteis brasileiras, por meio de tecnologias e treinamento.

Segundo a empresa, o objetivo é que as fábricas possam modernizar seus modelos de produção.

A Shein ganhou maior repercussão após o governo brasileiro passar a exigir a taxação de compras de até US$ 50 de pessoas físicas, sob argumento de que varejistas chinesas estariam usando esse recurso para deixar de pagar taxas de câmbio.

“Tudo o que pedimos foi: regras claras e igualdade de condições para que possamos competir de forma justa, e acho que todos estão felizes do jeito que está indo”, disse o presidente do conselho da empresa para a América Latina, Marcelo Claure.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/apos-polemicas-com-taxacao-shein-abre-escritorio-em-sao-paulo/

 

Indústria é setor que mais ganha com reforma tributária, mas todos ganham, diz secretário



Indústria é setor que mais ganha com reforma tributária, mas todos ganham, diz secretário

Secretário extraordinário de reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, ao lado do ministro da Fazenda, Fernando Haddad



BRASÍLIA (Reuters) -A indústria é o setor que mais será beneficiado pela reforma da tributação sobre o consumo, disse nesta segunda-feira o secretário extraordinário de reforma tributária do Ministério da Fazenda, Bernard Appy, ponderando que todas as áreas da economia sairão ganhando com a mudança das regras defendida pelo governo.

Em evento promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Máquinas e Equipamentos (Abimaq), Appy argumentou que a indústria sofre mais atualmente do que outros setores com distorções do sistema.

“As pessoas dizem ‘essa é uma reforma para beneficiar a indústria’. Não, não é uma reforma para beneficiar a indústria, é uma reforma para corrigir distorções. O setor mais prejudicado pelas distorções atuais é a indústria”, disse, citando a cumulatividade do sistema, o custo dos investimentos e a burocracia.

“Significa que os outros setores não vão ser beneficiados? Vão, vão ser beneficiados, todos os setores da economia brasileira são beneficiados pela reforma tributária, mesmo na hipótese conservadora de impacto sobre crescimento”, acrescentou.

Na apresentação, o secretário reafirmou que a reforma em articulação pelo governo, fruto de debates em torno de propostas que já tramitam no Congresso, terá modelo desenhado para manter a carga tributária do país inalterada.

 

(Por Bernardo CaramEdição de Luana Maria Benedito e Alexandre Caverni)



O que é a memecoin PEPE e por que ela está em alta


Crédito: Reprodução/Twitter

Ativos deste tipo são extremamente voláteis e arriscados, alertam especialistas (Crédito: Reprodução/Twitter)

 

 

O PEPE é uma nova “memecoin” (criptomoeda criada a partir de memes) que está chamando a atenção dos investidores de criptoativos. Inspirada no personagem “Pepe the Frog” que viralizou na internet, a moeda foi lançada em meados de abril e já teve valorização de mais de 21.000% nos últimos dias, gerando altos lucros para quem investiu cedo nela.

Os criadores do ativo afirmam que a cripto seria “a maior memecoin de todas” e que ela irá substituir as memecoins mais conhecidas do mercado, como o Dogecoin e a Shiba Inu, ambas ligadas ao meme Doge, um cachorro da raça Shiba Inu. No momento, a PEPE é um token negociável apenas na exchange descentralizada Uniswap, através do par PEPE/ETH.

O que é o PEPE?

“A PEPE é uma “memecoin” (criptoativo baseado em memes) e como tal, na grande maioria dos casos, não possui um roadmap claro para seu desenvolvimento futuro e pouca (ou nenhuma) funcionalidade específica em seu projeto”, afirma Bruno Diniz, sócio da Spiralem Innovation Consulting e professor de inovação financeira nos cursos de MBA da USP ESALQ.

Por que ela está em alta?

Há diversos fatores que explicam a alta de uma criptomoeda, mas geralmente as pessoas gostam de embarcar em brincadeiras, como as memecoins, o que explica o seu sucesso e popularidade. No caso da PEPE ela é explicada por ser um meme conhecido há muitos anos, porém é impossível prever até quando ela irá se sustentar.

“O mercado de cripto é recheado de modismos e contrassensos. Quando o impacto da moeda é significativamente alto faz com que uma parcela relevante do mercado adquira esse ativo e seu preço suba. Não significa que seu preço se sustente no patamar que outrora tenha atingido ou que efetivamente tenha algum valor real de mercado uma vez que, quando o mercado se dá conta que se trata de um ativo sem uma utilidade direta ou valor real algum, seu preço cai drasticamente (estourando a bolha)”, afirma Lucas Sharau, especialista em mercados financeiros e assessor na iHUB Investimentos.

Segundo Diniz, é comum ver grandes comunidades de entusiastas de memes adquirindo o ativo sem nenhum objetivo específico inicial a não ser apoiá-lo. “Contudo, é comum vermos articulações dos chamados esquemas de ‘pump-and-dump’, onde um grupo infla artificialmente o preço de um ativo para aumentar sua demanda e depois vendem suas posições, derrubando o preço”, alerta.

“Ativos deste tipo são extremamente voláteis e arriscados, pois como não há fundamento, os compradores podem estar sendo vítimas de um movimento orquestrado por grupos que realizam manipulação de mercado em um ambiente onde há baixa regulamentação no sentido de prevenir tais ações. Vimos isso em outros momentos recentes com memecoins como a Shiba Inu”, analisa o sócio da Spiralem Innovation Consulting.

Cuidados ao investir em cripto

Por serem ativos muito voláteis e sujeitos à especulação extrema, ao avaliar criptos é importante que o investidor busque informações sobre a proposta da criptomoeda e sua função esperada (elementos conhecidos como “tokenomics”), bem como o histórico dos criadores e o plano de longo prazo desenvolvido para esses ativos.

“Esse procedimento não garante o sucesso, mas já mitiga os casos mais óbvios de fraudes e tokens puramente especulativos. A PEPE, desde seu lançamento, já se assumiu como um token que não se leva a sério. Algumas pessoas surfaram uma onda recente de alta valorização, mas a sustentabilidade disso se perpetuar no longo prazo é baixíssima dadas as características mencionadas”, afirma Diniz.

A falta de liquidez da moeda também pode ser um problema. “A liquidez se refere à capacidade de comprar e vender um ativo rapidamente sem afetar significativamente seu preço. Se uma criptomoeda tem baixa liquidez, pode ser mais difícil para os investidores encontrar compradores dispostos a comprar suas moedas e, como resultado, pode ser difícil vender a criptomoeda a um preço justo. Isso pode levar a flutuações de preço significativas e até mesmo a perdas significativas para os investidores”, avalia Eric Magnin Chammas, COO da KRYP.TOOLS, plataforma americana SaaS (Software as a Service) para quem investe em criptoativos.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/o-que-e-a-memecoin-pepe-e-por-que-ela-esta-em-alta/

 


quinta-feira, 20 de abril de 2023

Haddad sobre e-commerce: governo seguirá países desenvolvidos, com imposto digital à empresa

 

Quem é Fernando Haddad, ministro da Fazenda de Lula?

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira, 20, que o governo pretende solucionar a questão da taxação do e-commerce seguindo o exemplo de países desenvolvidos, com um imposto digital. O ministro também disse que a alternativa atende a sinalização do presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, que pediu uma solução administrativa negociada com o comércio eletrônico.

“Quando o consumidor comprar, ele estará desonerado de qualquer recolhimento de tributo. Será feito pela empresa sem repassar nenhum custo adicional”, declarou. Questionado sobre a garantia de que não haverá repasse, Haddad afirmou que é “compromisso deles”, em referência às empresas que aderiram ao plano de conformidade.

A declaração foi dada após reunião do ministro com representantes da varejista chinesa Shein, em São Paulo.

De acordo com o ministro, a Shopee já havia endereçado uma carta ao governo afirmando que iria aderir ao plano, sinalização também feita pela AliExpress, que fez uma reunião com o secretário-executivo do ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo.

O ministro ponderou que ainda há etapas a cumprir e que, se necessário, podem ocorrer gradações das medidas para incorporar essas transações para dentro da ordem legal tributária brasileira. Ele reiterou, porém, que o princípio do plano já está estabelecido: o jogo justo.

À tarde, Haddad se reúne com representantes do Instituto para Desenvolvimento do Varejo (IDV). “O que as redes brasileiras pleiteavam é o que foi oferecido hoje em contrapartida, condições justas”, pontuou o ministro.

Na próxima semana, segundo Haddad, a pauta também será discutida com governadores em uma reunião que está pré-agendada.