segunda-feira, 8 de maio de 2023

BNDES dobra limite de crédito para micro, pequenas e médias empresas

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Por Rodrigo Viga Gaier

 

RIO DE JANEIRO (Reuters) – O BNDES anunciou nesta segunda-feira que duplicou o limite crédito por cliente de sua linha destinada a micro, pequenas e médias empresas, de 10 milhões para 20 milhões de reais ao ano, informou o banco de fomento.

A decisão ocorre em um momento em que bancos do país têm optado por focar suas carteiras em segmentos com melhores perfis de risco em meio ao ambiente de juros elevados e incertezas sobre o crescimento da economia.

Segundo o BNDES, as empresas de médio porte que possuem faturamento anual de até 300 milhões de reais poderão acessar essa linha até o final de dezembro deste ano.

O objetivo, segundo o BNDES, é reduzir restrições de acesso ao mercado de crédito às micro, pequenas e médias empresas. Com isso, o banco espera que companhias desse porte possam dar continuidade aos seus negócios e à manutenção dos empregos.

Mais cedo, o presidente-executivo do Itaú Unibanco, Milton Maluhy Filho, afirmou em conferências a jornalistas e analistas, que espera uma normalização gradual da inadimplência do segmento pessoa jurídica ao longo dos próximos trimestres. O executivo mencionou ainda que as empresas têm apresentado baixa demanda por crédito de mais longo prazo, voltado a investimentos, e mais procura por linhas de curto prazo, de capital giro.

“As micro, pequenas e médias empresas apresentam, em geral, menor disponibilidade de ativos e, além disso, o seu acesso a crédito é particularmente impactado pela conjuntura econômica”, disse o BNDES em comentários à Reuters.


Galípolo no BC prenuncia Copom mais brando, mas mercado fica dividido sobre magnitude da mudança


Galípolo no BC prenuncia Copom mais brando, mas mercado fica dividido sobre magnitude da mudança

Sede do Banco Central, em Brasília

Por Luana Maria Benedito

 

SÃO PAULO (Reuters) – A confirmação de que o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Gabriel Galípolo, será o indicado do governo para a diretoria de Política Monetária do Banco Central foi recebida pelos mercados financeiros como o primeiro passo em direção a um Copom mais brando no combate à inflação, mas analistas estão divididos quanto ao tempo e à intensidade dessa esperada transição.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou a futura nomeação de Galípolo nesta segunda-feira, destacando que o governo não quer “formar bancada” na cúpula da autarquia, mas busca maior coordenação e harmonia entre políticas fiscal e monetária.

Denilson Alencastro, economista-chefe da Geral Asset, a princípio deu o benefício da dúvida a Haddad e a Galípolo. “Agora é acompanhar se teremos ou não algum tipo de influência política no BC. Quero acreditar que não; o BC presidido pelo Roberto Campos Neto tem sido bastante técnico e a tendência é isso seguir”, disse ele, citando o histórico de Galípolo no mercado financeiro como um fator positivo.

Outros participantes do mercado argumentaram que, embora Galípolo seja bastante alinhado ao governo e possa encorpar discursos mais “dovish” –ou leniente no combate à inflação– dentro do BC, ele não terá o poder de mudar a política monetária da noite para o dia.

“É necessário ressaltar que o Comitê de Política Monetária do Banco Central é formado pelo presidente e mais oito diretores, de maneira que a indicação de apenas um nome não significa que o governo passará a ter controle da condução dos juros do país daí para frente, tendo, no máximo, um voto a seu favor”, disse Matheus Pizzani, economista da CM Capital.

Além de ter confirmado o nome de Galípolo, Haddad disse que Ailton de Aquino Santos, servidor de carreira do BC, será indicado para a diretoria de Fiscalização do órgão. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda terá neste ano mais duas vagas para indicar ao BC, já que em dezembro serão encerrados os mandatos dos diretores de Relacionamento, Cidadania e Supervisão de Conduta, Maurício Moura, e de Assuntos Internacionais e de Gestão de Riscos Corporativos, Fernanda Guardado.

Desta forma, para muitos economistas, a nomeação de Galípolo é apenas uma etapa de uma mudança mais ampla e lenta no viés de política monetária da diretoria do BC.

“Não acho que o Galípolo vai muito para esse lado ideológico e tem noção de que não se pode simplesmente baixar a taxa de juros nesse momento. Mas, embora a maioria do Copom ainda esteja com uma cabeça mais cautelosa, até o final do ano o governo tem mais nomes que vai anunciar. E, se governo quer uma maioria no Copom, é porque o governo quer outra cara para o Copom”, disse Rafael Pacheco, economista da Guide Investimentos.

Alguns economistas se mostram mais pessimistas, interpretando a confirmação de Galípolo como uma interferência política direta no Banco Central, que é independente, e prevendo mudanças mais imediatas na forma de conduzir a taxa de juros.

“Acho que a indicação dele vai na linha de não ter um Banco Central tão independente na prática nos próximos anos; isso que a gente está vendo agora, que é realmente o Banco Central independente, deve sumir”, disse Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, que faz parte da ala do mercado que vê Galípolo como o provável próximo presidente do BC.

“Eu acredito que ele entra muito por conta da sua lealdade às políticas públicas que o Lula quer… e portanto deve já ir bem alinhado com a ideia de baixar a taxa de juros o máximo que der o quão antes possível. Então a minha dúvida é se já no começo do ano que vem os diretores do Banco Central já começam a votar com Galípolo e não mais com Roberto Campos Neto”, alertou Cruz.

Na mesma linha, Alberto Ramos, diretor do grupo de pesquisa macroeconômica para América Latina do Goldman Sachs, disse que “a percepção de que Galípolo eventualmente substituirá Campos Neto tem o potencial de gerar alguns atritos e mal estar no Copom”, ao mesmo tempo que pode gerar “decisões divididas” e “visões diametralmente opostas sobre qual deveria ser a postura adequada” dentro do colegiado.

Alexandre Schwartsman, economista e ex-diretor de Assuntos Internacionais do Banco Central do Brasil, comparou a possível intenção do governo de que Galípolo seja o sucessor de Campos Neto à trajetória de ascensão do ex-presidente do BC Alexandre Tombini dentro da autarquia. Tombini ocupou a chefia da instituição durante a gestão da então presidente Dilma Rousseff, de janeiro de 2011 a meados de 2016.

“Se a história servir de guia, tal indicação revela a intenção do governo de colocar no BC um presidente subserviente, alguém que, como Tombini, está preparado para conduzir a política monetária para outros objetivos que não a meta de inflação”, disse Schwartsman, que foi diretor durante o primeiro governo Lula .

Já Eduardo Moutinho, analista de mercado da Ebury, ponderou que o cenário macroeconômico pode nublar uma análise mais profunda sobre se eventuais cortes da Selic serão resultado de influência política ou de argumentos técnicos que miram unicamente o objetivo de inflação.

“A gente já está vendo uma desaceleração da economia em diversos setores e uma inflação um pouco mais controlada, então uma queda na taxa tem argumentos. Isso torna um pouco mais difícil de avaliar se (as decisões dos) novos membros (do Copom) são puramente pressão da ala política ou uma necessidade real”, disse ele.

Ainda assim, para Moutinho, é inegável que a nomeação de Galípolo “provavelmente será o primeiro passo para uma mudança de postura do Banco Central pra um viés mais ‘dovish'”.

 

Com reestruturação do Confert, País retomará Plano Nacional de Fertilizantes, diz ministro

confert 08 05 2023








São Paulo, 8 – O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse que com a reestruturação do Conselho Nacional de Fertilizantes (Confert), o Brasil vai retomar o Plano Nacional de Fertilizantes (PNF). “Com a reestruturação do Conselho Nacional de Fertilizantes (Confert), presidido pelo vice-presidente e ministro Geraldo Alckmin vamos, enfim, retomar o Plano Nacional de Fertilizantes e trabalhar firmemente para reduzir a dependência externa e o custo dos alimentos”, afirmou Fávaro na sua conta oficial do Twitter.

A reestruturação do Confert, publicada em decreto na última sexta-feira, foi necessária em virtude da recomposição da Esplanada dos Ministérios no governo Lula. O comando do Confert pertencia à extinta Secretaria de Assuntos Estratégicos da Presidência da República, e passou para o MDIC, que presidirá o conselho. A secretaria executiva do colegiado será do Ministério da Agricultura.

O Confert, formado pelo governo, iniciativa privada e sociedade civil, será responsável pela gestão do PNF e é o órgão que poderá fazer resoluções e recomendações ao governo para o cumprimento das metas do plano, assim como monitorar os indicadores de evolução do projeto. É o Confert que definirá quais serão os próximos passos do PNF, aprovará o PNF 2022-2050 e suas revisões periódicas e estabelecerá as metas prioritárias.

Ainda na publicação no Twitter, o ministro afirmou que o PNF reverterá o quadro de elevada dependência externa de adubos do Brasil.

“No governo Lula, estamos intensificando o agronegócio. O Brasil é um maiores produtores de alimentos do mundo e o setor responde por quase metade de todas as nossas vendas externas, mas pagamos um preço alto por isso já que para manter a produtividade das lavouras precisamos importar anualmente cerca de 40 milhões de toneladas de fertilizantes. Vamos reverter essa situação”, escreveu Favaro.

Atualmente, o Brasil importa cerca de 85% do volume consumido anualmente de fertilizantes. A meta do PNF é reduzir a dependência para 50% em 30 anos (até 2050).

 

Haddad confirma Galípolo para diretoria de Política Monetária do BC, cita sugestão de Campos Neto


Crédito: REUTERS/Ueslei Marcelino

Ministro afirmou que partiu do próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a primeira sugestão que colocava o nome de Galípolo como uma opção para ocupar vaga na diretoria da autarquia (Crédito: REUTERS/Ueslei Marcelino)

 

(Reuters) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira que seu secretário-executivo, Gabriel Galípolo, será indicado para a secretaria de Política Monetária do Banco Central.

Haddad afirmou que Ailton de Aquino Santos, servidor de carreira do BC, será indicado para a diretoria de Fiscalização da autarquia. Os nomes ainda precisarão passar pela aprovação do Senado.

Em entrevista a jornalistas em São Paulo, o ministro afirmou que partiu do próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a primeira sugestão que colocava o nome de Galípolo como uma opção para ocupar vaga na diretoria da autarquia.

“O Galípolo foi presidente de banco, é conhecido dos economistas, é coautor de todas as políticas públicas que estão sendo endereçadas ao Congresso Nacional”, disse, acrescentando que o indicado tem a confiança e o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele voltou a defender que haja um afinamento entre as conduções das políticas econômica e monetária.

“Estamos procurando o entrosamento. Todo mundo aqui é testemunha do esforço que está sendo feito, de parte a parte, no sentido de permitir uma coordenação maior das políticas fiscal e monetária, no sentido de integrar mais, de dar uma perspectiva uniforme para o país, um direcionamento único”, disse.

Número dois de Haddad no Ministério da Fazenda, o ex-presidente do Banco Fator conta com a confiança de Lula e é presença recorrente em agendas com o mandatário no Palácio do Planalto. Também tem contato frequente com Campos Neto.

Entre as negociações feitas ativamente pelo secretário estão o novo marco legal das parcerias público-privadas, o arcabouço fiscal e a medida para fechar o cerco a sites chineses de comércio eletrônico –esta última acabou descartada pelo governo após pressão contrária política por se tratar de uma medida impopular.

“Penso que a coordenação (das políticas monetária e fiscal) vai ser favorecida por essa indicação”, disse Haddad.

Ailton de Aquino Santos, por sua vez, é servidor do Banco Central, com atuação como chefe do departamento de Contabilidade, Orçamento e Execução Financeira da Autarquia. Será o único negro da atual diretoria do banco.

 

(Por Bernardo Caram)

 

Qualcomm comprará fabricante israelense de chips automotivos Autotalks


Qualcomm comprará fabricante israelense de chips automotivos Autotalks

Logotipo da Qualcomm

(Reuters) – A Qualcomm disse nesta segunda-feira que comprará a israelense Autotalks, que fabrica chips usados em tecnologia destinada a prevenir acidentes de veículos, enquanto a empresa norte-americana busca aprofundar seus negócios automotivos.

Com o aumento de veículos elétricos e recursos automáticos em carros, o número de chips usados pelas montadoras está aumentando, tornando o mercado automotivo uma área de crescimento importante para o setor.

A Autotalks produz chips dedicados usados na tecnologia de comunicação “veículo para tudo” (V2X) para veículos tripulados e sem motorista para melhorar a segurança nas estradas.

A empresa disse no ano passado que seu “pipeline” de negócios automotivos aumentou para 30 bilhões de dólares, mais de 10 bilhões de dólares desde um anúncio no final de julho.

A empresa creditou o salto ao seu produto Snapdragon Digital Chassis usado por montadoras e seus fornecedores, que pode fornecer tecnologia de direção assistida e autônoma, bem como infoentretenimento no carro e conectividade em nuvem.

A Qualcomm disse nesta segunda-feira que irá incorporar as soluções da Autotalks ao portfólio de produtos Snapdragon Digital Chassis, mas não deu detalhes financeiros do acordo.

A aquisição será feita por meio da unidade Qualcomm Technologies, acrescentou a Qualcomm.

“Temos investido em pesquisa, desenvolvimento e implantação do V2X desde 2017 e acreditamos que, à medida que o mercado automotivo amadurece, uma arquitetura de segurança V2X autônoma será necessária para melhorar a segurança do usuário nas estradas, bem como sistemas de transporte inteligentes”, disse Nakul Duggal, vice-presidente sênior do setor automotivo da Qualcomm Technologies, em um comunicado.

(Por Sheena K Thomas e Shubham Kalia)

 

Mercado Livre tem lucro três vezes maior no 1º trimestre


Crédito: Nacho Doce/Reuters

O Mercado Livre teve lucro líquido de 201,4 milhões de dólares de janeiro ao final de março (Crédito: Nacho Doce/Reuters)

Por Andre Romani

 

SÃO PAULO (Reuters) – O Mercado Livre teve um salto de 208,5% no lucro líquido no primeiro trimestre frente a igual período do ano passado, com avanço de receitas apesar de maiores custos, em especial com tecnologia, informou a companhia nesta quarta-feira.

O Mercado Livre, que opera um marketplace de mesmo nome e uma fintech, o Mercado Pago, teve lucro líquido de 201,4 milhões de dólares de janeiro ao final de março, contra expectativa média de analistas de lucro de 161 milhões, segundo dados compilados pela Refinitiv.

“Foi um resultado muito bem equilibrado”, disse à Reuters o vice-presidente sênior de estratégia, desenvolvimento corporativo, André Chaves. Ele destacou avanços de receita em dólar no Brasil, que representa mais de metade do faturamento da empresa, Argentina e México, bem como entre as divisões financeira e de comércio eletrônico.

O resultado operacional medido pelo lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) foi de 340 milhões de dólares, crescimento de 145% contra igual etapa de 2022. Analistas, em média, esperavam 397,8 milhões de dólares de Ebitda, de acordo com a Refinitv. A margem Ebitda foi de 11,2% no trimestre, ante 6,2% um ano antes.

A receita total da companhia ficou em 3 bilhões de dólares, uma alta 35,1% (58,4% em moeda constante) na base anual. Analistas, em média, projetavam receita de 2,87 bilhões de dólares.

No negócio de comércio eletrônico, a receita teve alta de 31,2% (53,9% em moeda constante), a 1,68 bilhão de dólares, diante de um volume de vendas medido pelo conceito GMV de 9,4 bilhões de dólares, aumento de 23,1% ano a ano.

Enquanto isso, a unidade de serviços financeiros da companhia viu a receita crescer 40,1% (64,3% em moeda local), para quase 1,36 bilhão de dólares. O volume total de pagamentos (TPV) via Mercado Pago foi de 37 bilhões de dólares no trimestre, alta de 46% frente a um ano antes.

A carteira de crédito da companhia atingiu 3 bilhões de dólares, leve alta ante os 2,8 bilhões de dólares no quarto trimestre de 2022, com a inadimplência de até 90 dias caindo de 10,3% para 9,5%.

“Temos continuado a melhorar os modelos de risco e crédito, e elevamos o foco em segmento de menor risco”, disse Chaves. Ele acrescentou que o Mercado Livre manteve uma postura conservadora em relação à originação de crédito, o que impactou o crescimento da empresa, embora tenha voltado a acelerar emissões de cartão de crédito “em algumas partes do negócio”. Março foi o mês de maior emissão em 14 meses.

A alta de lucro veio apesar de aumento dos custos. As despesas com desenvolvimento de produtos e tecnologia foram a 381 milhões de dólares, alta de 62,8% anualmente.

A empresa anunciou investimentos totais de 19 bilhões de reais no Brasil em 2023, alta de 11,5% anualmente, e contratações de cerca de 5,7 mil funcionários, sendo aproximadamente 400 na área de tecnologia e produtos.

As despesas gerais e administrativas subiram cerca de 13,2% em 12 meses, a 180 milhões de dólares.

COMPETIÇÃO

O setor de comércio eletrônico no Brasil ganhou os holofotes no último mês, após o governo federal estudar, e depois voltar atrás, o fim da isenção de impostos sobre remessas de encomendas de até 50 dólares entre pessoas físicas. O movimento mirava varejistas internacionais, em especial asiáticas, que supostamente estavam se beneficiando ilegalmente do benefício para vender produtos mais baratos.

Após a repercussão, a varejista de moda Shein, inclusive, anunciou planos para produzir no Brasil, com um investimento de 750 milhões de reais no país nos próximos anos.

Questionado sobre como o Mercado Livre viu essa discussão e se há temor de um maior cenário competitivo, Chaves disse que a partir do momento que se tem uma logística própria no país, “você consegue garantir que todo os produtos que estão rodando em sua logística própria são itens como nota fiscal”.

“Os jogadores tem que jogar de acordo com as regras. A grande questão aqui no fim das contas é, sendo a regra de 2022 ou de 2023, se outros agentes estavam jogando dentro das regras.”

A companhia disse que menos de 5% de suas vendas no Brasil são “realizadas por pessoas físicas, isentas de pagar tributos de acordo com o Código Tributário Nacional, ou por grandes redes que possuem seu próprio sistema automático de emissão de nota fiscal”. A China representa 0,5% do GMV do Mercado Livre no Brasil, de acordo com Chaves.


 

Ambev e PretaHub vão destinar R$7 milhões a empreendedores negros


Crédito: Ambev / Divulgação

Serão destinados R$ 7 milhões para capacitação, emprego e renda, que fazem parte do foco da empresa cervejeira (Crédito: Ambev / Divulgação)

 

A Ambev, em parceria com a PretaHub, abre inscrições para o Fundo Bora Cultura Preta para incentivar projetos de empreendedores e artistas negros. Serão destinados R$7 milhões para capacitação, emprego e renda, que fazem parte do foco da empresa cervejeira.

Interessados podem se inscrever até o dia 26 de maio. O edital completo e link de cadastro pode ser feito no site do Prosas. Serão contemplados projetos de artes, artes visuais, gastronomia, produção e difusão de conteúdo digital, negócios de impacto nas indústrias criativas, turismo, festivais, moda e literatura.

SPerifas Feira Preta – Evensen Photography

Os projetos serão avaliados por uma banca de profissionais externos e também de colaboradores e representantes do BOCK (Building Opportunities for Colleagues of all Kinds)  – grupo de afinidade racial da Ambev, composto por funcionários de todo o Brasil.

O Fundo Bora Cultura Preta conta com o apoio do Comitê Externo de Diversidade da companhia e da Adriana Barbosa, fundadora da Feira Preta e idealizadora da PretaHub.

O Fundo de Cultura Preta não é só sobre valorizar o potencial criativo da população negra, é também reconhecer o protagonismo intelectual e criativo. Com essa iniciativa, espero que os departamentos de marketing de outras empresas se inspirem e invistam financeiramente em proponentes negros, não apenas pelo cunho social, mas por entender o potencial de consumo de mais da metade da população do país”, afirma Adriana.

O objetivo é contemplar projetos de diversos setores da economia criativa que sejam liderados por pessoas negras, e puxar outras empresas para a pauta – mostrando que estimular a cadeia produtiva também é uma oportunidade para a área de marketing de experiência e de negócios.

“Queremos continuar movimentando o mercado e fomentar iniciativas que vão além de impacto social com recorte racial, mas que estejam focadas na inclusão produtiva e trazem experiências em que as pessoas se tornam protagonistas. Ao conectar essa iniciativa ao Bora, também vamos facilitar o acesso para centenas de brasileiros”, afirma Felipe Santiago, diretor de Patrocínios e Marketing de Experiência da Ambev.

Além do apoio financeiro, a Ambev também deseja impulsionar os produtores em uma jornada de longo prazo. Por isso, os selecionados participarão de um programa de conhecimento da PretaHub, o Afrolab, onde terão acompanhamento, suporte e capacitação.

 

 https://www.istoedinheiro.com.br/ambev-e-pretahub-vao-destinar-r7-milhoes-a-empreendedores-negros/