segunda-feira, 8 de maio de 2023

Haddad confirma Galípolo para diretoria de Política Monetária do BC, cita sugestão de Campos Neto


Crédito: REUTERS/Ueslei Marcelino

Ministro afirmou que partiu do próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a primeira sugestão que colocava o nome de Galípolo como uma opção para ocupar vaga na diretoria da autarquia (Crédito: REUTERS/Ueslei Marcelino)

 

(Reuters) – O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira que seu secretário-executivo, Gabriel Galípolo, será indicado para a secretaria de Política Monetária do Banco Central.

Haddad afirmou que Ailton de Aquino Santos, servidor de carreira do BC, será indicado para a diretoria de Fiscalização da autarquia. Os nomes ainda precisarão passar pela aprovação do Senado.

Em entrevista a jornalistas em São Paulo, o ministro afirmou que partiu do próprio presidente do Banco Central, Roberto Campos Neto, a primeira sugestão que colocava o nome de Galípolo como uma opção para ocupar vaga na diretoria da autarquia.

“O Galípolo foi presidente de banco, é conhecido dos economistas, é coautor de todas as políticas públicas que estão sendo endereçadas ao Congresso Nacional”, disse, acrescentando que o indicado tem a confiança e o aval do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Ele voltou a defender que haja um afinamento entre as conduções das políticas econômica e monetária.

“Estamos procurando o entrosamento. Todo mundo aqui é testemunha do esforço que está sendo feito, de parte a parte, no sentido de permitir uma coordenação maior das políticas fiscal e monetária, no sentido de integrar mais, de dar uma perspectiva uniforme para o país, um direcionamento único”, disse.

Número dois de Haddad no Ministério da Fazenda, o ex-presidente do Banco Fator conta com a confiança de Lula e é presença recorrente em agendas com o mandatário no Palácio do Planalto. Também tem contato frequente com Campos Neto.

Entre as negociações feitas ativamente pelo secretário estão o novo marco legal das parcerias público-privadas, o arcabouço fiscal e a medida para fechar o cerco a sites chineses de comércio eletrônico –esta última acabou descartada pelo governo após pressão contrária política por se tratar de uma medida impopular.

“Penso que a coordenação (das políticas monetária e fiscal) vai ser favorecida por essa indicação”, disse Haddad.

Ailton de Aquino Santos, por sua vez, é servidor do Banco Central, com atuação como chefe do departamento de Contabilidade, Orçamento e Execução Financeira da Autarquia. Será o único negro da atual diretoria do banco.

 

(Por Bernardo Caram)

 

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