Por Sarah Marsh e Andreas Rinke
BERLIM (Reuters) – A Alemanha apoia a candidatura da União Africana para obter um assento no grupo G20 de grandes economias, disse o chanceler Olaf Scholz na quinta-feira durante sua segunda viagem à África, conforme o Ocidente procura atrair o continente para longe dos rivais em crescimento como a China.
Scholz falava depois de se reunir com o presidente da Comissão da União Africana, Moussa Faki Mahamat, em Adis Abeba na primeira parte de uma viagem de três dias à Etiópia e ao Quênia.
“A África deve desempenhar um papel maior nas relações internacionais, um papel que faz justiça ao continente e à sua população crescente”, disse ele em uma coletiva de imprensa conjunta, observando estar “convencido” de que a União Africana conseguirá um assento no G20 em breve.
O presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, foi o primeiro representante de um Estado membro do G20 a pedir a inclusão
do bloco de 55 países, no ano passado. A África do Sul é atualmente o único membro do continente africano no G20, formado por 19 países e a União Europeia.
A proposta de Ramaphosa recebeu rapidamente o apoio do presidente norte-americano, Joe Biden, e do presidente francês, Emmanuel Macron, em meio a um esforço do Ocidente para se posicionar como parceiro dos países africanos diante da competição crescente com países autoritários como a Rússia e a China.
A China tem tentado expandir sua influência no continente africano pelo financiamento de projetos de infraestrutura.
Uma vaga no G20 daria a uma das regiões de mais rápido crescimento do mundo uma voz mais forte em questões importantes, como as mudanças climáticas.
(Reportagem de Sarah Marsh e Andreas Rinke)
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