Ideia é, além de fidelizar e estreitar relações, melhorar a experiência do consumidor
Atuação: Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
Ideia é, além de fidelizar e estreitar relações, melhorar a experiência do consumidor
O setor varejista, seguindo uma tendência global do varejo, tem apostado nas novas tecnologias de banco de dados para levar soluções e ofertas customizadas para os clientes. Descomplicar a jornada de consumo tem se tornado uma obsessão para muitas empresas. Os dados atrelados a estratégias eficientes estreitam relações, fidelizam e proporcionam vantagens exclusivas. É o caso dos aplicativos próprios que pretendem melhorar a experiência do cliente.
Criado muitas vezes para ser mais um canal de venda, quem o adota quer proporcionar atendimento personalizado, eficiência e qualidade na entrega dos produtos. Além de não ter que pagar as comissões, por vezes consideradas altas, de aplicativos aglutinadores de lojas. Quem possui aplicativo próprio ainda tem o benefício de administrar os dados dos clientes, de grande valia para planejar estratégias de fidelização e experiência. Quem comenta o assunto é o especialista em varejo Ricardo Rocha, CEO de sete startups, entre elas a Blips, que já tem cinco anos de mercado e faturou R$ 85 milhões no ano passado.
Com alta de 2,3%, Estado apresentou desempenho acima da média nacional que recuou no ano passado, aponta KPMG
As fusões e aquisições em Minas Gerais chegaram a 133 no ano passado, segundo pesquisa da KPMG sobre o assunto. Na comparação com 2022, o crescimento no Estado foi de 2,30%, já que naquele ano, o total contabilizado foi de 130 transações.
Minas Gerais ocupa a segunda posição no País em transações desse tipo. A liderança nacional, com 830 fusões e aquisições, foi ocupada por São Paulo, que atingiu 55% do total. O terceiro lugar foi ocupado pelo Rio de Janeiro (98), seguido pelo Espírito Santo (26).
A região Sudeste do Brasil registrou 1.087 fusões e aquisições no ano passado, um recuo de 20% na comparação com 2022, quando foram registradas 1.364 transações. O número mais recente de operações na região corresponde a 72% do total de 1.505 transações realizadas no Brasil em 2023.
Segundo a pesquisa, o Brasil registrou 1.505 fusões e aquisições de empresas em 2023, uma queda de 13% na comparação com 2022, quando foram realizadas 1.728 operações desse tipo. Apesar de 2023 ter registrado menos operações que 2022, e menos também que 2021 (1.963 transações), os números atuais são superiores a períodos anteriores: 1.117 em 2020, 1.231 em 2019, 967 em 2018, 830 em 2017, e 740 em 2016.
O sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil, Guilherme Coimbra, observa que os dados evidenciam que, apesar da retomada de muitas fusões e aquisições, o ano passado foi, conforme previsto, menos aquecido que o anterior. “As razões estão no aumento global de taxas de juros, que afetou a liquidez e a redução do número de transações global, e, também, em função de instabilidades geopolíticas globais”, explica.
Para Coimbra, é possível recuperar o número de transações, em breve, com a melhoria de indicadores econômicos nacionais. “2024 deve ser melhor do que 2023. A gente já vê alguns sinais, como a redução da taxa de juros, além da potencial retomada de IPOs (ofertas públicas iniciais de ações), o que também ajuda muito no número de transações”, diz.
A taxa básica de juros, a Selic, está definida em 11,25% ao ano pelo Comitê de Política Monetária (Copom), do Banco Central (BC). Foi a quinta queda consecutiva. De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, de energia e de combustíveis. Por um ano, de agosto de 2022 a agosto de 2023, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano, por sete vezes seguidas.
Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano. Para o fim de 2025, a estimativa é que a taxa básica caia para 8,5% ao ano e se mantenha nesse patamar em 2026 e 2027.
Coimbra diz que um dos setores que deve se destacar em volume de transações neste ano é o de tecnologia da informação, além do segmento de energia, fruto da transição energética, bem como o de mineração.
“Também deve crescer o segmento das instituições financeiras, os meios de pagamento, pela diversidade e pela tecnologia, tende a ser bastante aquecido”, analisa. Ele observa que Minas Gerais é um estado relevante, com destaque para os setores de mineração e agronegócio, com potencial de crescimento de fusões e aquisições em 2024.
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As autoridades reunidas na 1ª Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20 Brasil discutirão as desigualdades e suas implicações para as políticas macroeconômicas no primeiro painel do evento, que ocorre na manhã desta quarta-feira, 28. A abertura será feita pelo ministro Fernando Haddad, que participa virtualmente porque contraiu covid-19 e está em recuperação.
“As desigualdades cresceram muito nas últimas duas décadas e estão no mesmo nível do início do século 20. Vamos discutir a concentração de renda e as implicações para a economia. Trataremos não somente da desigualdade de riqueza, mas também de gênero e raça”, disse a coordenadora da Trilha de finanças do G20 Brasil e secretária de Assuntos Internacionais do Ministério da Fazenda, Tatiana Rosito.
Em briefing à imprensa, Rosito acrescentou que os grupos de trabalho da Trilha de Finanças analisarão também, nestes próximos dois dias de encontro, exemplos de políticas que têm sido bem sucedidas para tratar essas desigualdades. “Queremos ouvir dos ministros o peso que cada país dá para as desigualdades e as implicações em suas economias”, afirma, acrescentando que nas discussões os participantes devem apresentar sugestões de medidas para mitigar essas desigualdades.
Na segunda sessão do dia, ministros e presidentes de bancos centrais tratarão da economia global – crescimento e desenvolvimento – tema que é tradicional nos encontros do G20. Nessa etapa das discussões, como também já é de praxe, haverá a participação de membros de organismos internacionais como o Fundo Monetário Internacional (FMI) e o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).
Brasília, 28 – O Brasil poderá exportar extrato de carne bovina para Cingapura. A abertura de mercado foi comunicada nesta terça-feira pelas autoridades cingapurianas ao Ministério da Agricultura, informou o ministro da Agricultura, Carlos Fávaro. “É um produto processado de altíssimo valor agregado, que vale mais que carne nobre. Isso gera oportunidades para o campo”, disse Fávaro a jornalistas na terça após reunião com presidente Lula no Palácio do Planalto.
Em nota divulgada nesta quarta-feira, 28, o ministério afirmou que o Brasil recebeu a aprovação sanitária para comercializar o produto no país asiático. No início do mês, Cingapura autorizou a entrada de carnes e produtos derivados de ovinos do Brasil. Em 2023, o país importou aproximadamente US$ 685 milhões em produtos agropecuários brasileiros, de acordo com dados do Ministério.
No ano, o Brasil conquistou 16 novos mercados para produtos agropecuários. Em 2023, as aberturas de mercado chegaram a 78. “Começamos 2024 em ritmo ainda mais acelerado, com o recorde bimestral de aberturas”, afirmou o ministro. Segundo Fávaro, Lula pediu a ele a organização de uma missão empresarial à União Africana.
O presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (Crédito: Agência Brasil)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva assinou nesta terça-feira (27) a exclusão da reoneração gradual de impostos para 17 setores econômicos que constava na Medida Provisória (MP) 1202, editada no final do ano passado. Com isso, esses setores ficam isentos do pagamento de impostos, por enquanto, até que o assunto seja resolvido por meio da tramitação de um projeto de lei de urgência, que ainda será enviado pelo governo federal.
A decisão de Lula já era aguardada e foi fruto de um acordo feito com lideranças do Congresso Nacional, fechado ainda na semana passada. O anúncio da revogação foi feito pelo ministro da Secretaria de Relações Institucionais, Alexandre Padilha. Segundo ele, o texto já foi despachado pelo presidente e estará publicado na edição de quarta-feira (28) do Diário Oficial da União (DOU).
A prorrogação da isenção de impostos foi aprovada pelo Congresso Nacional em 2023, por mais quatro anos, mas o presidente Luiz Inácio Lula da Silva vetou a medida.
Em seguida, o Congresso derrubou o veto presidencial. Mesmo assim, uma nova MP foi editada pelo presidente, já em dezembro, reonerando os mesmos setores, mas de forma gradual até 2027, e incluindo outras medidas para melhorar a arrecadação, como a revogação dos benefícios fiscais do Programa Emergencial de Retomada do Setor de Eventos (Perse) e a limitação no percentual para compensação tributária por decisões judiciais passadas. A revogação do Perse e a compensação por decisões judiciais seguem na MP, mantendo-se em vigor até que o Congresso aprove ou não a medida.
“Hoje [27], assinado pelo presidente Lula, vai estar publicado amanhã [28], o caminho para a continuidade dessa negociação. A retirada, da Medida Provisória, do ponto específico sobre reoneração dos setores econômicos. Isso vai para um projeto de lei em regime de urgência. Vai permitir que a gente possa continuar tratando, no âmbito da MP, os pontos relacionados ao Perse, programa criado na época da pandemia, que já acabou, para os setores eventos, que começa a gerar um impacto muito grande na saúde das contas públicas. E também o tema da compensação tributária, que continua”, afirmou Padilha em vídeo postado nas redes sociais.
Diferentemente da MP, que tem efeito imediato e, por isso, a cobrança dos tributos sobre a folha já retornaria em abril, o projeto de lei, mesmo com urgência, precisa de aprovação prévia e sanção presidencial para começar a valer, e o prazo para isso é incerto.
A edição de uma reoneração gradual dos mesmos setores que haviam tido o benefício prorrogado pelo Congresso gerou um conflito entre legisladores e o governo federal.
Parlamentares de oposição exigiam que o presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), devolvesse a MP 1202/2023 sem nem analisá-la, por entender que o Congresso já havia decidido sobre o tema. No entanto, durante as negociações que se arrastaram ao longo das últimas semanas, o próprio governo recuou prometendo retirar os trechos que causavam o impasse.
Um outro ponto que constava na MP era a reoneração da folha de pagamento de municípios com menos de 156 mil habitantes, que também foi revogada por Lula no texto que será publicado no DOU. Neste caso, o governo não informou quando e se enviará um projeto de lei para retomar a cobrança tributária.
Na semana passada, associações e sindicatos patronais que representam os 17 setores econômicos afetados pela MP que reonerou a folha de pagamento de funcionários lançaram um manifesto em defesa do benefício tributário, aumentando a pressão sobre o governo.
Esses 17 setores, que agora voltam a ser beneficiados com isenção de impostos, são: confecção e vestuário; calçados; construção civil; call center; comunicação; empresas de construção e obras de infraestrutura; couro; fabricação de veículos e carroçarias; máquinas e equipamentos; proteína animal; têxtil; tecnologia da informação (TI); tecnologia de comunicação (TIC); projeto de circuitos integrados; transporte metroferroviário de passageiros; transporte rodoviário coletivo; e transporte rodoviário de cargas.
O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, disse nesta terça-feira. 27, depois de reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva que o governo deverá anunciar em março medidas de auxílio a setores do agro. Citou com possíveis beneficiados a pecuária de corte e os produtores de soja e milho.
“Hoje estamos com a safra brasileira de verão praticamente 40% colhida. A ideia é, antes do final da colheita, para aqueles que tiveram problemas climáticos, problemas de falta de renda, aqueles setores, tenham já medidas anunciadas. Está sendo estruturado com o Ministério da Fazenda, com o BNDES também”, declarou o ministro.
“A ideia é que antes do final da colheita as medidas sejam anunciadas. Mês de março, mês de março a gente deve anunciar”, afirmou Fávaro.
“Estamos estratificando isso para que a gente possa atender e lançar programas e também estudar a prorrogação dos vencimentos dos investimentos que vencem em 2024”, declarou o ministro. “A ideia é ter uma linha de crédito para capital de giro, que dê alguma carência, dois anos de carência, talvez, e mais três anos para amortizar”, disse Fávaro.
Segundo ele, Lula o orientou a construir alternativas para evitar recuperações judiciais e inadimplência na agropecuária por causa da baixa de preços de alguns produtos. Apesar disso, Fávaro disse que não há crise. Seriam ações preventivas, organizadas em um pacote estruturado.
O ministro também disse que o presidente pretende visitar estados onde a agropecuária é forte para lançar obras do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC). Segundo Fávaro, Lula também o instruiu a organizar uma missão empresarial para buscar novos negócios na África.
A diretora-gerente do Fundo Monetário Internacional (FMI), Kristalina Georgieva, elogiou a “reforma tributária histórica” aprovada pelo Brasil, e considerou que a mudança terá impacto positivo nos próximos anos, o que no longo prazo “será potencialmente significativo”. O comentário foi feito em entrevista exclusiva da autoridade à GloboNews.
Georgieva afirmou que a reforma pode elevar o potencial de crescimento do Brasil, com impactos decorrentes positivos para a população. Ela também defendeu um esforço de revisão das despesas, a fim de melhorar a eficiência do gasto público, e argumentou contra um “teto rígido” para se atingir déficit zero no balanço fiscal.
Em outro trecho da entrevista, a diretora-gerente do FMI se disse “otimista” sobre o quadro na Argentina. Na visão dela, o País havia acumulado desequilíbrios muito significativos, o que agora o governo de Javier Milei busca corrigir. Além do combate à inflação, há um esforço para remover barreiras artificiais à economia, como as múltiplas taxas de câmbio, notou. “Temos nos envolvido estreitamente com a Argentina, para cuidar das pessoas mais afetadas”, disse. Georgieva defendeu que seja possível “reestruturar a economia, mas não à custa dos pobres”. E recordou a própria biografia, ao lembrar que em seu país de origem, a Bulgária, enfrentou um quadro econômico difícil, com inflação muito elevada e outros problemas econômicos. “Desejamos o melhor para todos os argentinos”, comentou.