segunda-feira, 11 de março de 2024

TSE inaugura centro para enfrentar desinformação em cooperação com plataformas de redes sociais

 Presidente do TSE recebe representantes de organizações ...


Nesta terça-feira, 12, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) inaugura o Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e Defesa da Democracia (CIEDDE). O centro é mais uma medida do TSE para combater a veiculação de notícias falsas, discursos de ódio, preconceituosos e antidemocráticos que podem afetar as eleições. Em 27 de fevereiro, o tribunal aprovou as regras para o pleito municipal deste ano, dentre elas a proibição de deepfake na criação de conteúdo falso que pode prejudicar as campanhas eleitorais.

O objetivo do CIEDDE é promover uma cooperação mais efetiva entre a Justiça Eleitoral, os órgãos públicos e as plataformas de redes sociais e comunicação para assegurar o cumprimento das regras estabelecidas pelo plenário do TSE. Para isso, haverá uma troca de informações entre os integrantes do centro, a fim de agilizar a comunicação entre as entidades e implementar ações preventivas.

Comandado pelo presidente do TSE, ministro Alexandre de Moraes, o CIEDDE deve, segundo o tribunal, colaborar para a proteção de liberdade de escolha dos eleitores e promover educação em cidadania fundamentada nos valores democráticos e na igualdade de direitos. Já os Tribunais Regionais Eleitorais receberão auxílio do centro para regular o uso de inteligência artificial nas eleições e combater as fake news.

O órgão ainda será responsável por oferecer cursos sobre os temas, realizar campanhas educativas e sugerir alterações normativas que fortaleçam a Justiça Eleitoral. O CIEDDE será inaugurado às 16h30 na sede do TSE e contará também com outros integrantes do tribunal, como o secretário-geral Cleso Fonseca, o diretor-geral Rogério Galloro e o assessor-chefe da Assessoria Especial de Enfrentamento à Desinformação José Fernando Chuy.

Também serão designados dois juízes auxiliares da presidência do TSE à composição do centro, que deve ainda convidar a Procuradoria-Geral da República (PGR), o Ministério da Justiça e Segurança Pública, o Conselho da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para a assinatura de Acordos de Cooperação Técnica.


Banco do Brasil firma parceria para testar pagamentos offline com Drex

 


R$ 2,4 bilhões: saiba como ter acesso a dividendos como os que o Banco do Brasil paga hoje

Agência do Banco do Brasil (Crédito: Divulgação)

 

Usar uma pulseira, um cartão de plástico ou o próprio celular para fazer pagamentos com moedas virtuais sem estar conectado a internet. Basta uma aproximação entre dispositivos para transferir o valor do pagador para o recebedor de forma criptografada.

Já testada em países como Gana e Tailândia, a solução tecnológica começará a ser estudada no Brasil. O Banco do Brasil (BB) e a empresa Giesecke+Devrient Currency Technology (G+D) firmaram acordo de cooperação técnica que prevê o uso do Drex, versão digital do real desenvolvida pelo Banco Central, para pagamentos offline.

A G+D é uma empresa global que fornece soluções para segurança digital, plataformas financeiras e tecnologia monetária. A companhia também atua no desenvolvimento de projetos mundiais de moedas digitais de Bancos Centrais, como o Drex. O Banco do Brasil participa oficialmente do projeto-piloto do Drex.

Assinado após meses de negociação, o acordo pretende desenvolver soluções adaptadas à realidade brasileira para transações com o Drex sem internet, que complemente as transações com dinheiro, cartões e Pix. Segundo o Banco do Brasil, a solução em estudo foi apresentada no programa Laboratório de Inovações Financeiras e Tecnológicas (Lift Challenge), promovido pelo Banco Central brasileiro.

Segundo o Banco do Brasil, a solução de pagamento offline permitirá a exploração de novas utilizações para o Drex. Caso os testes sejam bem-sucedidos, será possível desenvolver modelos de uso da moeda digital criptografada em transações cotidianas, como pequenas compras no comércio, pagamentos de serviços e mesada, por exemplo.

Outra vantagem, conforme o BB, será a ampliação do Drex a pessoas com dificuldade de acesso à internet, sem inclusão financeira ou que vivam em locais com infraestrutura precária. Pessoas sem contas bancárias podem carregar carteiras digitais em um dispositivo, que pode até ser um acessório como pulseira ou anel, e fazer transações seguras em comércios locais. As transferências dos dados criptografados entre as contas são garantidas pelo protocolo de segurança criado pela G+D.

Uso de dinheiro

Mesmo com a maior inclusão da população no sistema bancário e com a popularização do Pix, o uso do dinheiro em espécie continua expressivo no Brasil. Pesquisa recente da Tecban, empresa de tecnologia bancária e de soluções financeiras, identificou que 29% dos brasileiros usam o dinheiro físico como uma das principais formas de pagamento. Nas classes C, D e E esse número sobe para 32%. Na Região Nordeste, o índice chega aos 40%.

Entre os motivos pela preferência pelo papel moeda, informou a pesquisa, estão a falta de conta ou cartão de crédito e dificuldades de conexão com a internet. Segundo o BB, uma solução que permita pagamentos sem conexão com a internet, de forma prática, segura e simples, tem potencial para se tornar um meio de pagamento alternativo ao dinheiro em espécie, além de popularizar o Drex.


sexta-feira, 8 de março de 2024

Feminicídio: Brasil teve uma mulher morta a cada 6 horas em 2023

 


Feminicídio: Brasil teve uma mulher morta a cada 6 horas em 2023
(Foto: Pexels)                        6 horas,         6 horas

 

 

Em 2023, o Brasil enfrentou uma triste realidade: a cada seis horas, uma mulher perdeu a vida vítima de feminicídio. De acordo com um estudo divulgado nessa quinta-feira (7) pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, o país registrou 1.463 casos desse tipo de crime no ano passado.  

Esse número representa um aumento de 1,6% em relação ao mesmo período do ano anterior e é o maior desde a criação da lei do feminicídio, em 2015. Nos últimos nove anos, o Brasil contabilizou pelo menos 10.655 feminicídios.

O estudo também revelou que Mato Grosso foi o estado com a maior taxa de feminicídio em 2023, com 2,5 mortes para cada 100 mil mulheres. Acre, Rondônia e Tocantins empataram em segundo lugar, com uma taxa de 2,4 mortes por 100 mil. Enquanto Acre e Tocantins viram um aumento de, respectivamente, 11,1% e 28,6%, Rondônia conseguiu reduzir a taxa de feminicídios em 20,8%.

O Distrito Federal ocupou a terceira posição, com uma taxa de 2,3 feminicídios a cada 100 mil mulheres, um aumento de 78,9% entre 2022 e 2023.

Subnotificação: Um problema a ser enfrentado – 6 horas

Os estados com as menores taxas de feminicídio foram Ceará (0,9 por 100 mil), São Paulo (1,0 por 100 mil) e Amapá (1,1 por 100 mil). No entanto, apesar dos números aparentemente positivos do Ceará, o Fórum Brasileiro de Segurança Pública alerta para um problema grave: a subnotificação.

“Desde a tipificação da lei, a Polícia Civil do Ceará tem reconhecido um número muito baixo de feminicídios quando comparado com o total de homicídios de mulheres ocorridos no estado. Isso nos leva a crer que estamos diante de uma expressiva subnotificação. Em 2022, por exemplo, de um total de 264 mulheres assassinadas, apenas 28 casos receberam a tipificação de feminicídio, 10,6% do total”, alerta o Fórum.

Os dados apresentados na pesquisa apontam para o contínuo crescimento da violência baseada em gênero no Brasil, sendo o feminicídio a evidência mais clara dessa realidade. “Apesar do enfrentamento à violência contra a mulher ter sido um tema importante na campanha de 2022, nem todos os governadores têm dado a atenção necessária ao tema”, conclui o estudo. A luta contra o feminicídio no Brasil continua, e é fundamental que essa questão seja tratada com a seriedade que merece.

 

 


American Airlines compra 90 jatos da Embraer e fortalece aviação regional nos EUA

 


 

 

A fabricante brasileira de aeronaves Embraer anunciou nessa segunda-feira (5) que recebeu uma encomenda de até 133 jatos da American Airlines, a maior companhia aérea dos Estados Unidos. O negócio, que pode chegar a US$ 7 bilhões, é um dos maiores já fechados pela empresa sediada em São José dos Campos (SP).
 
 A American Airlines, que opera voos para mais de 350 destinos em 50 países, pretende usar os jatos da Embraer para ampliar a conectividade entre mercados menores e sua malha aérea global. A companhia também busca modernizar e simplificar sua frota, substituindo as aeronaves de até 50 assentos por modelos maiores e mais eficientes.

O pedido inclui 90 jatos do modelo E175, com 76 assentos e configuração de duas classes, além de direitos de compra de outros 43 jatos do mesmo tipo. As entregas devem começar no segundo semestre de 2024 e se estender até 2026. O valor referente aos pedidos firmes será incluído na carteira de pedidos da Embraer no primeiro trimestre de 2024.

O E175 é um dos modelos mais populares da família de jatos comerciais da Embraer, que também inclui o E190, o E195 e o E170. Desde 2013, o E175 tem 88% de participação de mercado no segmento de aviação regional nos Estados Unidos, com 837 aeronaves vendidas, incluindo as 90 encomendadas hoje.

“Na última década, investimos fortemente na modernização e simplificação de nossa frota, que é a maior e a mais jovem entre todas as companhias aéreas dos Estados Unidos”, disse o CEO da American Airlines, Robert Isom. “Este pedido continuará a fortalecer nossa frota com as mais novas e mais eficientes aeronaves, para seguirmos oferecendo aos nossos clientes a melhor malha aérea, com confiabilidade operacional recorde.”

O presidente e CEO da Embraer Aviação Comercial, Arjan Meijer, comemorou o acordo e destacou a parceria de longa data entre as duas empresas.

“O E175 é a verdadeira espinha dorsal da aviação regional dos Estados Unidos, conectando todos os cantos do país. O E175 é uma das aeronaves de maior sucesso do mundo e foi aperfeiçoado com uma série de modificações que melhoraram o consumo de combustível em 6,5%. Assim, essa aeronave moderna, confortável, confiável e eficiente continua a entregar a conectividade da qual os Estados Unidos dependem diariamente. Este é o maior pedido de E175 já realizado pela American Airlines e agradecemos a contínua confiança em nossos produtos e pessoas”, afirmou.

 

 https://www.cbnvale.com.br/american-airlines-compra-90-jatos-da-embraer-e-fortalece-aviacao-regional-nos-eua/

 

Após aquisição, JDE quer explorar oportunidades no Norte e Nordeste

08/03/2024

Expansão Nacional
 
 A compra das marcas de café e chá do Grupo JAV abre um leque de oportunidades de crescimento para a JDE no Brasil, marcando a entrada da companhia em um novo segmento e reforçando sua atuação nas regiões Norte e Nordeste. "A aquisição da Maratá está alinhada diretamente à nossa estratégia de expansão nacional e diversificação de portfólio, de acordo com a nossa visão de oferecer um café e um chá para cada xícara. Além disso, é uma oportunidade para entrarmos no mercado brasileiro de chás com uma marca já consolidada", comenta, em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News, André Maurino, Diretor Presidente da JDE Brasil. A operação, concluída em janeiro deste ano, envolve as marcas Maratá, Café Puro e Chá Castellari.

Novas Praças na Mira

  Segundo o presidente, a companhia está estudando estratégias para impactar ainda mais os consumidores do Norte e Nordeste. Além de conquistar o paladar de um novo perfil de público em sua operação, a JDE pretende expandir a distribuição das marcas da Maratá - processo que também será feito nas demais marcas do portfólio, como L'OR e Pilão. "Atualmente, a JDE é líder de mercado na região Sudeste, com ênfase nos estados de São Paulo e Rio de Janeiro, nos quais o café Pilão possui liderança em vendas. Com a aquisição da Maratá, a JDE passará a comandar também o mercado de café nos estados da Bahia e Sergipe, nos quais o grupo possui grande influência na comercialização de bebidas na região Nordeste", comenta André.

Café Mais Premium
 
  Nesta fase inicial após a aquisição, a fabricante está focada no entendimento do novo negócio e, posteriormente, definirá um plano de crescimento no Brasil considerando as operações de forma integrada. Para 2024, o planejamento também inclui intensificar a diversidade de produtos das marcas, lançar campanhas de publicidade de L'OR e Pilão e seguir investindo em cafés especiais. "Acreditamos que a 'premiunização' do mercado de cafés continuará sendo uma forte tendência nos próximos anos, pois ela vem impulsionando a diversificação de categorias no mercado cafeeiro e mostrando o quanto as preferências dos consumidores pelo café estão sendo aprimoradas para além do cafezinho tradicional", analisa o presidente.

Mercado de Cafés

  Para André, ainda há espaço para crescimento da categoria no Brasil, impulsionada pela crescente demanda por cafés especiais, inovação, expansão do mercado fora do lar e conscientização sobre saúde. "O brasileiro é um dos maiores consumidores de café do mundo, tanto em volume quanto em variedade de produtos, incluindo café torrado e moído, solúvel, em cápsulas, entre outros." A estratégia da JDE para acompanhar esse crescimento passa pela educação de varejistas, shoppers e consumidores. "Com os varejistas e shoppers, trabalhamos em nosso projeto de Gestão de Categoria, batizado por nós de 'Coffee Transformation', que proporciona uma melhor organização das gôndolas de café", explica. O objetivo é melhorar a identificação e visibilidade dos produtos, além de esclarecer as diferenças de cada item. 
 
 https://www.gironews.com/informacoes-de-fornecedores/expansao-nacional-74355/

O que mudou nos dividendos da Petrobras e por que as ações estão desabando

 


As ações da Petrobras operam em queda de mais de 10% nesta sexta-feira, 8. Os investidores repercutem o balanço do 4º trimestre de 2023 da companhia e reagem principalmente à decisão da estatal de não distribuir dividendos extraordinários.

O Conselho de Administração da  estatal autorizou a e distribuição de dividendos equivalentes a R$ 14,2 bilhões, referentes ao resultado da companhia no quarto trimestre de 2023, mas decidiu reter todo o potencial de dividendos extraordinários, diferente do ocorrido em 2022.

“O balanço em si já veio mais fraco, decepcionou. Mas o que chamou bastante a atenção foi o dividendo. O presidente da Petrobras já havia falado que a ia revisitar isso, que direcionaria parte disso para futuros investimentos, especialmente para energia limpa”, descreve o estrategista-chefe do Grupo Laatus, Jefferson Laatus.

“Apesar dos sólidos resultados operacionais e, ainda que inferior, uma decente distribuição recorrente, acreditamos que isto ficará em segundo plano para um mercado, que a partir da decisão da empresa em não pagar dividendos extraordinários, se debruçará intensamente sobre a sua alocação de capital”, avaliou a equipe de análise da Ativa.

Evolução dos dividendos pagos pela Petrobras


Em 2022, a empresa desembolsou R$ 194,6 bilhões em dividendos, enquanto em 2023 foram pagos R$ 98,1 bilhões em dividendos. Ou seja, uma queda de 49,5%, mostra levantamento da Elos Ayta Consultoria.

Nos últimos três anos, a estatal distribuiu dividendos vultosos. Em 2022, a empresa foi a maior distribuidora de dividendos aos seus acionistas na América Latina e nos EUA. “O volume de dividendos somados da estatal entre 2010 e 2020 foi de R$ 59,2 bilhões, um valor inferior ao desembolsado em 2021, quando a empresa pagou R$ 72,7 bilhões”, diz Einar Rivero, sócio-fundador da consultoria.

Apesar de um declínio no lucro em 2023, a Petrobras segue como uma das empresas mais lucrativas do mercado global de petróleo. Segundo a Elos Ayta, a companhia brasileira manteve em 2023 a posição de segunda empresa mais rentável em ranking com 13 petroleiras. “Seu lucro em dólares no ano de 2023 foi de US$ 25,7 bilhões, ficando atrás apenas da Exxon Mobil, que registrou um lucro de US$ 36,0 bilhões no mesmo período”, afirma Rivero.

O que disse a Petrobras

Segundo o presidente da Petrobras, Jean Paul Prates, a política de dividendos da companhia tem sido aperfeiçoada para a companhia elevar seus investimentos.

Prates disse em carta publicada junto ao balanço divulgado pela companhia, que os dividendos referentes ao exercício de 2023 “é um valor que se reverte para a sociedade brasileira”.

De acordo com Prates, além dos dividendos, o país também se beneficia com a arrecadação de impostos, com a estatal em 2023 pagando R$ 240 bilhões em tributos, e os sucessivos recordes de valor de mercado desde que assumiu a gestão da companhia, em janeiro de 2023.

Segundo a companhia, a distribuição proposta para o exercício de 2023 está alinhada à Política de Remuneração aos Acionistas aprovada em 28 de julho do ano passado, que prevê que, em caso de endividamento bruto igual ou inferior ao nível máximo de endividamento definido no plano estratégico em vigor (atualmente US$ 65 bilhões), a Petrobras deverá distribuir aos seus acionistas 45% do fluxo de caixa livre.

Os dividendos complementares do quarto trimestre serão pagos em duas parcelas iguais nos meses de maio e junho de 2024 no valor de R$ 1,09894844 por ação preferencial e ordinária. Sendo a primeira parcela, no valor de R$ 0,54947422 por ação preferencial e ordinária e a segunda parcela, no valor de R$ 0,54947422 por ação preferencial e ordinária.

A data de corte será dia 25 de abril de 2024 para os detentores de ações de emissão da Petrobras negociadas na B3 e o record date será dia 29 de abril de 2024 para os detentores de ADRs negociadas na New York Stock Exchange (NYSE). A Petrobras informou que os dividendos serão pagos em maio e junho, ainda sem data definida.

 

 https://istoedinheiro.com.br/o-que-mudou-nos-dividendos-da-petrobras-e-por-que-as-acoes-estao-desabando/

Dirigente do BCE vê economia na direção certa, mas fala em confiança antes de cortar juros

 Mesmo com inflação em queda, Banco Central Europeu não ...


Dirigente do Banco Central Europeu (BCE) e presidente do BC da Estônia, Madis Müller afirmou que a economia da zona do euro está se movendo “na direção certa”, com a inflação arrefecendo gradualmente rumo à meta de 2%. Contudo, Müller esclareceu que a decisão de manter o nível restritivo da política monetária reflete a “necessidade de maior confirmação sobre a tendência de queda dos preços antes de começar cortes de juros”.

“É possível que esse sentimento suficiente de confiança surja com base nos indicadores econômicos dos próximos meses”, escreveu o dirigente, em comunicado divulgado nesta sexta-feira, acrescentando que uma “queda dos juros é provável no futuro”.

Segundo ele, as negociações salariais em andamento na maior parte dos países europeus serão importantes para determinar se o crescimento dos salários ajudará ou dificultará o processo de desinflação.

Assim como a presidente do BCE, Christine Lagarde, Müller destacou que irá monitorar eventual pressão dos salários sobre a inflação de serviços ou se haverá alívio nos repasses de preços, tendo em vista as margens elevadas de lucros corporativos.

O dirigente também reiterou as projeções econômicas do banco central, que preveem retorno da inflação à 2% no próximo ano e estagnação da atividade. No entanto, Müller apontou que o “provável” relaxamento monetário deve apoiar investimentos em empresas e no mercado imobiliário, assim como a queda da inflação deve elevar a renda doméstica real e ampliar gastos com consumo, ajudando a impulsionar a recuperação econômica.