terça-feira, 14 de maio de 2024

Brasil vai importar arroz para evitar possível desabastecimento

 


Rio Grande do Sul é responsável por 70% da produção do grão no país 
 
O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos

 

Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional. A informação foi dada na terça-feira (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Trata-se de um dos efeitos das enchentes no Rio Grande do Sul, estado responsável por 70% da produção nacional de arroz. De acordo com o ministro, perdas na lavoura, em armazéns alagados e, principalmente, a dificuldade logística para escoar o produto, com rodovias interditadas, poderia criar uma situação de desabastecimento, elevando os preços no comércio. "O problema é que teremos perdas do que ainda está na lavoura, e algumas coisas que já estão nos armazéns, nos silos, que estão alagados. Além disso, a grande dificuldade é a infraestrutura logística de tirar do Rio Grande do Sul, neste momento, e levar para os centros consumidores", explicou. Os recursos para a compra pública de estoques de arroz empacotado serão viabilizados por meio da abertura de crédito extraordinário.

"Uma das medidas já está sendo preparada, uma medida provisória autorizando a Conab a fazer compras, na ordem de 1 milhão de toneladas, mas não é concorrer. A Conab não vai importar arroz e vender aos atacadistas, que são compradores dos produtos do agricultor. O primeiro momento é evitar desabastecimento", acrescentou o ministro. A medida provisória depende da aprovação, pelo Congresso Nacional, de um decreto legislativo que reconhece a calamidade pública no Rio Grande do Sul e, com isso, suspende os limites fiscais impostos pela legislação para a ampliação do orçamento.

Na primeira etapa, o leilão de compra da Conab, uma empresa pública federal, será para 200 mil toneladas de arroz, que devem ser importados dos países vizinhos do Mercosul, como Argentina, Uruguai e Paraguai, e eventualmente da Bolívia. "Se a gente for rápido na importação, a gente mantém [o preço] estável", garantiu. O restante, até totalizar 1 milhão de toneladas, será importando conforme a avaliação de mercado. Essa cota ainda poderá ser elevada, se for necessário, assegurou o ministro. Fávaro explicou que a Conab só deverá revender o produto no mercado interno diretamente para pequenos mercados, nas periferias das cidades, especialmente nas regiões Norte e Nordeste, para não afetar a relação dos produtores de arroz brasileiros com os atacadistas, que são seus principais clientes.

Em entrevista à Empresa Brasil de Comunicação (EBC), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva havia antecipado a informação de que o país poderia ter que importar arroz e feijão. No entanto, segundo o ministro Fávaro, apenas a importação de arroz será necessária. O Brasil produz cerca de 10,5 milhões de toneladas de arroz, sendo que entre 7 e 8 milhões vêm de produtores gaúchos. O consumo interno anual, de 12 milhões de toneladas, supera a produção nacional, e o país já costuma importar o grão todos os anos.

Com Agência Brasil

Governo suspende parcelas da dívida do RS por três anos

 

 
Medida ainda vai passar pelo Congresso 
 
 
O RS participa de um regime de recuperação fiscal com a União e enfrenta efeitos devastadores das enchentes que atingem a região há cerca de duas semanas

 

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, anunciou nesta segunda-feira (13) a decisão de suspender o pagamento da dívida do Rio Grande do Sul com a União pelo período de 36 meses. Além disso, os juros que corrigem a dívida anualmente, em torno de 4%, serão perdoados pelo mesmo período. O estoque da dívida do estado com a União está em cerca de R$ 100 bilhões atualmente e, com a suspensão das parcelas, o estado disporá de R$ 11 bilhões a serem utilizados em ações de reconstrução. O Rio Grande do Sul é um dos estados que participa de um regime de recuperação fiscal com a União, assinado em 2022, e enfrenta efeitos devastadores das enchentes que atingem a região há cerca de duas semanas.

O anúncio da suspensão da dívida foi feito durante uma reunião com as presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do governador gaúcho, Eduardo Leite, que participou de forma remota, dos presidentes da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), e do Senado Federal, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), do vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Edson Fachin, do vice-presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Vital do Rêgo, além de outros ministros do governo federal, como Rui Costa (Casa Civil) e Paulo Pimenta (Comunicação Social).

Segundo Haddad, a suspensão da dívida e renúncia dos juros está prevista em uma proposta de lei complementar que será enviada ao Congresso Nacional, que precisa aprovar o texto. O projeto de lei prevê que os recursos que o Rio Grande do Sul deveria pagar à União sejam depositados em um "fundo contábil" com aplicação exclusiva em ações de reconstrução da infraestrutura do estado.

Com Agência Brasil

Se necessário, Conab comprará feijão para formação de estoques, diz diretor

 logo conab - PROEXAMES


A Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) avalia ações para aquisição de feijão e posterior formação de estoque público da leguminosa. A medida começou a ser estudada depois da queda dos preços do grão, segundo o diretor-executivo de Política Agrícola e Informações da companhia, Sílvio Porto.

“Percebemos uma queda bastante significativa dos preços recebidos pelo produtor rural, o que não se justifica quando comparado ao volume e preços de igual período do ano passado. Estamos atentos a isso e, se necessário, faremos ação de aquisição de feijão para formação de estoque público e recolocar isso no mercado no segundo semestre”, disse Porto durante webinar para apresentação do oitavo levantamento de safra da estatal, realizada na manhã desta terça-feira. Ele não citou preços.

As ações citadas por Porto são os mecanismos de aquisição do governo federal (AGF) ou leilões de Prêmio para o Escoamento de Produto (PEP) ou Prêmio Equalizador Pago ao Produtor Rural (Pepro).

A Conab é autorizada a acionar estes instrumentos quando os preços de mercado do produto são inferiores aos preços mínimos estabelecidos pela própria companhia – aqueles que cobrem os custos de produção.

Para o Paraná, um dos principais produtores de feijão do País, o preço mínimo para feijão preto é de R$ 159,54 a saca de 60kg até outubro deste ano.

O preço médio apurado no Estado pela Conab era de R$ 242,42/saca ante R$ 344,95/saca, segundo dados disponíveis no site da estatal.

Plataformas digitais precisam ser mais colaborativas em relação a fake news, diz Barroso

 

Ministro Roberto Barroso é eleito presidente do STF; Fachin ...

O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, afirmou nesta terça-feira, 14, que as plataformas digitais precisam ser mais colaborativas no enfrentamento da disseminação de notícias falsas e do deep fake.

“Eu acho que as plataformas digitais precisam ser mais cooperativas no enfrentamento de fake news porque do contrário elas vão contribuir para um decréscimo no processo civilizatório”, afirmou. “As plataformas precisam se comprometer com o enfrentamento do deep fake.”

O ministro destacou que a deliberada difusão de informações falsas é um problema que o mundo inteiro vem enfrentando e frisou que o tema é complexo. “Em alguns casos, é evidente; e em muitos outros casos estão numa linha de fronteira”, disse. “Não é muito fácil você fazer esse controle por algoritmo. Estamos falando de milhões de postagens por dia, portanto não é um controle que possa ser feito via humana. Isso tem que ser feito por algoritmo, com todas as suas dificuldades.”

Ao comentar a difusão de notícias falsas relativas à tragédia no Rio Grande do Sul, Barroso lamentou e lembrou que o debate sobre a regulação das plataformas digitais tem alcance global. “Isso que aconteceu em relação aos eventos do Rio Grande do Sul é uma inominável derrota do espírito. As pessoas difundirem desinformação e se preocuparem com pequenos miúdos proveitos políticos no meio da tragédia, no meio da desgraça.”

Ainda em relação aos eventos no Rio Grande do Sul, o presidente do STF reforçou que a tragédia está relacionada à mudança climática e defendeu a atuação do Judiciário no tema.

“A tragédia no Rio Grande do Sul é claramente é produto da mudança climática e é preciso que isso entre no radar das sociedades e de todo o mundo”, disse. “O Judiciário, num primeiro momento, ficava um pouco alheio a essas matérias por serem consideradas uma questão política. Mas, ultimamente, em todo mundo, a questão ambiental e a interferência do Judiciário vem se intensificando, com muitas razões primeiro”, acrescentou.

Segundo ele, a interferência do Judiciário no tema se justifica porque a questão da mudança climática afeta direitos fundamentais. “No caso do Rio Grande do Sul, direito à vida e direito à habitação.” Além disso, afirmou, a política muitas vezes se move por objetivos de curto prazo, e os danos ambientais que se produzem hoje só terão seus efeitos percebidos em até três décadas.”

Tendo em vista esse intervalo entre as ações que levarão a danos e a concretização deles, argumentou, é necessária uma abordagem intergeracional. “Estamos falando de um conceito novo, muito importante, que é o de Justiça intergeracional. É o compromisso que cada geração tem em não destruir o planeta para a próxima geração.”

O ministro Luís Roberto Barroso participou nesta terça-feira do J20, encontro de representantes das Supremas Cortes e Tribunais Constitucionais dos países do G20, da União Europeia e da União Africana, realizado no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro, no centro da cidade. Foram discutidos temas como cidadania, inclusão social, mudanças climáticas e inteligência artificial.

Decisão do BC de não dar indicação futura sobre juros foi unânime, mostra ata do Copom

 


Selic

Apesar da divisão sobre o tamanho do corte na Selic, todos os membros da diretoria do Banco Central defenderam a adoção de uma política monetária mais contracionista, mais cautelosa e sem indicações futuras sobre os próximos movimentos nos juros, mostrou a ata da última reunião do Comitê de Política Monetária (Copom), divulgada nesta terça-feira, 14.

No documento, o Copom reiterou que a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo “firme compromisso” de convergência da inflação à meta.

Na última quarta-feira, o Copom anunciou uma redução no ritmo de afrouxamento monetário ao fazer um corte de 0,25 ponto percentual na taxa básica de juros, para 10,50% ao ano, após seis quedas consecutivas de 0,50 ponto na taxa. Também foi abandonada a indicação para passos futuros da política monetária.

Racha na decisão sobre o corte

A decisão sobre o corte foi tomada com divergência dos quatro diretores indicados pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que defenderam a manutenção do corte mais forte nos juros básicos, de 0,50 ponto.

A ata divulgada nesta terça-feira abriu detalhes sobre a divisão, afirmando que o grupo majoritário considerou que o cenário esperado não se confirmou em função da desancoragem adicional das expectativas, da elevação das projeções de inflação, do cenário internacional mais adverso e da atividade econômica mais dinâmica do que esperado.

“Para tais membros, o ‘forward guidance’ indicado na reunião anterior sempre foi condicional e houve alteração no cenário em relação ao que se esperava”, disse o documento.

Esses membros, segundo a ata, ressaltaram que muito mais importante do que o eventual custo reputacional de não seguir o ‘guidance’, mesmo que condicional, é o risco de perda de credibilidade sobre o compromisso com o combate à inflação e com a ancoragem das expectativas.

O grupo minoritário, por sua vez, propôs debate sobre o custo de não seguir a indicação dada na reunião anterior, questionando se o cenário mudou a ponto de valer a mudança do ‘guidance’, “o que poderia levar a uma redução do poder das comunicações formais do Comitê”.

“Para tais membros, julgou-se apropriado, tal como em reuniões anteriores, seguir o ‘guidance’, mas reafirmando o firme compromisso com a meta e com a requerida taxa de juros terminal para que o objetivo precípuo do Comitê de convergência da inflação para a meta seja alcançado”, disse.

O Copom reiterou que, para todos os membros, a extensão e a adequação de ajustes futuros na taxa de juros serão ditadas pelo “firme compromisso” de convergência da inflação à meta.

A ata inda ressaltou que o cenário para a inflação se tornou mais desafiador, com aumento das projeções de curto e médio prazos, mesmo condicionadas em uma taxa de juros mais elevada.

Na reunião, o BC apontou como possíveis motivos da desancoragem a piora do cenário externo, os recentes anúncios de política fiscal e uma percepção de agentes econômicos acerca do compromisso da autoridade monetária com o atingimento da meta ao longo dos anos.

Repercussão

Para Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, a mensagem da ata deverá ser bem recebida pelo mercado, pois evidencia o compromisso dos diretores em controlar a inflação e sinaliza uma possível necessidade de interromper o ciclo de queda de juros mais cedo do que o previsto anteriormente.

“Para a próxima reunião, parece haver consenso em adotar uma abordagem mais flexível, possivelmente com um diminuição de 0,25%. É plausível supor que o texto tenha sido objeto de intensa discussão interna, visando transmitir a mensagem de unidade no Banco Central e rejeitando a ideia de uma divisão entre os membros em relação à aceitação de uma inflação mais alta”, avaliou.

Para Helena Veronese, economista-chefe da B.Side, a ata buscou esclarecer as divergências entre os membros do Copom, mas manteve tom duro e de maior cautela. “O tom ainda duro e a preocupação com as expectativas, com o cenário externo e com a resiliência da atividade deixam ainda mais claro a mensagem que o comunicado já havia passado: a Selic terminal certamente será mais alta do que a imaginada no início do ano”, disse.


segunda-feira, 13 de maio de 2024

Brasileira Surf Telecom entra no mercado de telefonia nos EUA

 Surf lider de soluções de conexão para grandes marcas


A empresa brasileira Surf Telecom anunciou nesta segunda-feira, 13, o início da sua operação de telefonia e internet nos Estados Unidos, onde terá o nome de Surf USA. A nova empresa terá como foco os consumidores das regiões da Flórida e de Nova York (onde há maior concentração de brasileiros), mas com cobertura em todo o território.

A Surf Telecom é uma operadora virtual (MVNO, na sigla em inglês). Isto é: ela presta o serviço a partir das redes de outra operadora. Aqui no Brasil, a parceria é com a TIM. Já nos Estados Unidos, usará a rede da T-Mobile.

A Surf atua bastante no setor corporativo, com a oferta de planos de celular personalizados para empresas como Correios, Uber e Pernambucanas, além de times de futebol, que estendem os serviços aos seus usuários finais.

Na visão de Yon Moreira, presidente da Surf Telecom, o objetivo de lançar o negócio nos Estados Unidos é abocanhar uma fatia no mercado de operadoras móveis de lá, que respondem por cerca de 10% de participação no mercado de telefonia norte-americano. Isso, por si só, supera o total de acessos à internet via MVNOs no Brasil, que chegam a 5,2 milhões.

Para se diferenciar, a Surf USA apostará em diferenciais do serviço, como a ativação do plano pré ou pós-pago em menos de um minuto, realizado pelo próprio cliente por meio do aplicativo. Outro é o atendimento por telefone 24 horas por dia, por funcionários falantes de inglês, espanhol e português (em vez de mensagens automáticas), pensando em atender o público latino.

O evento de lançamento da Surf USA aconteceu nesta segunda-feira, no Hotel Mandarin, em Nova York, com participação por vídeo do ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e do presidente da Anatel, Carlos Baigorri, além da presença do presidente da Apex, Jorge Viana.

Conflitos societários

A cerimônia de lançamento da nova empresa nos Estados Unidos aconteceu a despeito de um disputa societária feroz, que voltou a emergir dias atrás. Há poucos dias, a Justiça Federal de São Paulo concedeu uma decisão liminar que permite à Plintron assumir o controle na Surf.

A Plintron é uma multinacional de telecomunicações com origem em Cingapura. Por aqui, ela é dona da Plintron do Brasil, sócia minoritária da Surf que reivindica o direito de assumir o controle da empresa. A anuência para transferência do controle foi vetada pelo conselho diretor da Anatel, mas a liminar derrubou o veto.

Startups israelenses apresentam soluções para energias renováveis no Sul

 


Estudos revelam que o investimento para descarbonizar a indústria brasileira deve alcançar US$ 40 bilhões até 2050 
 
 
José Eduardo Fiates (ao centro), Anastasiya Litvinenko e Juliano Froehner na abertura do evento promovido pela Fiesc

 

 

Uma das bandeiras da Federação das Indústrias de Santa Catarina (Fiesc), a descarbonização, esteve no centro do evento que reuniu indústrias catarinenses e startups israelenses na quarta-feira (27). A Câmara de Assuntos de Energia da Fiesc, em conjunto com a Câmara de Comércio SC-Israel e a Missão Econômica e Comercial de Israel no Brasil, viabilizaram a apresentação de soluções inovadoras na geração e conservação de energias renováveis desenvolvidas por empresas do país do Oriente Médio. A chefe da missão israelense, Anastasiya Litvinenko, explicou que Israel destaca-se em projetos inovadores na área de energias limpas dada sua necessidade de ser autossustentável na produção.

"Somos considerados uma ilha de eletricidade, já que temos pouquíssima integração com sistemas de países vizinhos. Temos a necessidade de aumentar nossa eficiência energética e a meta de sermos cada vez menos dependentes de combustíveis fósseis", destaca. Segundo ela, o país está revisando sua meta de produção de energias renováveis de 17% da matriz até 30% em 2030. O diretor de inovação e competitividade da Fiesc, José Eduardo Fiates, avalia que as similaridades entre Israel e Santa Catarina no que se refere ao ecossistema de inovação de ambos favorecem o desenvolvimento de parcerias de negócio e de novas tecnologias. "Temos muito o que aprender com Israel. Essa aproximação entre o estado de SC e Israel tem potencial para se transformar rapidamente em projetos concretos", afirma.

O evento DemoDay Descarbonização contou com a apresentação de seis empresas de Israel, com soluções inovadoras como a transformação, armazenamento e transporte de hidrogênio, redução de emissões e transformação de metais, produção de amônia com emissão zero de carbono e, ainda, a captura de carbono e sua conversão em gás natural. A Electriq apresentou o primeiro gerador de energia movido a hidrogênio em pó. A solução transforma o hidrogênio em um combustível em pó, facilitando o transporte e o armazenamento do insumo, reduzindo riscos ambientais e de explosões, por exemplo. A inovação apresentada pode ser usada para abastecer canteiros de obras, como backup para infraestruturas críticas, a exemplo de hospitais, geração auxiliar e projetos de microgrid e ainda como postos de abastecimento de veículos elétricos.

A Nitrofix trouxe sua solução para a produção de amônia com emissão de carbono zero. Usada largamente como fertilizante e nas indústrias alimentícia, de produtos de limpeza e higiene e também de equipamentos de refrigeração, a produção atual de amônia é responsável por cerca de 2% da emissão global de gases do efeito estufa. O processo de produção apresentado usa água e ar em vez de combustíveis fósseis, e reduz o gasto de energia pela metade em relação ao método atual. A Helios apresentou sua tecnologia para refinar minério de ferro com emissão direta de carbono zero, reduzindo o consumo de energia em 50% e de custos de produção em 20%. Armazenamento e transporte de hidrogênio também é o foco da tecnologia desenvolvida pela HydroX. Para isso, criou uma solução líquida não-tóxica, não-inflamável e não-explosiva para o armazenamento e transporte de hidrogênio. A H2Pro criou um processo que usa eletricidade para dividir a água em oxigênio e hidrogênio em duas etapas diferentes, sendo a primeira eletroquímica e a segunda baseada em um processo químico termo ativado. A inovação apresentada pela Standard Carbon usa a captura de carbono de emissões por meio de um solvente químico e o transforma em gás natural.

Descarbonização

 
Estudos da CNI revelam que o investimento para descarbonizar a indústria brasileira deve alcançar US$ 40 bilhões até 2050. Investir em projetos de descarbonização pode ser uma alternativa para as indústrias catarinenses gerarem receitas, além de reduzirem suas emissões. Pesquisa da Allied Market Research aponta que o mercado de hidrogênio limpo deve movimentar US$ 5,9 bilhões em 2030, enquanto o mercado de captura, uso e armazenagem de carbono deve alcançar US$ 7 bilhões no mesmo ano. Atenta a essas oportunidades, a federação catarinense lança durante a programação do Radar Reinvenção, em 3 de abril, o Hub de Descarbonização Fiesc. A iniciativa inédita visa mobilizar os setores produtivos, governo, universidades e centros de pesquisa para alcançar uma economia de baixo carbono. O evento DemoDay Descarbonização realizado nesta quarta-feira também contou com a participação do secretário de articulação internacional do governo do estado, Juliano Froehner, do presidente da Câmara de Comércio Santa Catarina-Israel, Daniel Leipnitz, e do presidente da Câmara de Assuntos de Energia da Federação, Manfredo Gouvea Junior.

 

 https://amanha.com.br/categoria/sustentabilidade/startups-israelenses-apresentam-solucoes-para-energias-renovaveis-no-sul