quarta-feira, 6 de novembro de 2024

Alckmin garantiu que regulamentação do Mover sai nos próximos dias, diz presidente da Anfavea

 


A indústria de automóveis aguarda a publicação nos próximos dias da regulamentação final do Mover, como é chamado o programa de incentivos a montadoras lançado no fim do ano passado. São aguardadas definições de metas de eficiência energética e de reciclagem dos componentes dos carros a serem observadas pelas montadoras para que os carros paguem menos impostos. Carros menos poluentes vão pagar alíquotas mais baixas.

Presidente da Anfavea, a associação das montadoras, Márcio de Lima Leite disse hoje que não sabe exatamente a data, mas que recebeu do vice-presidente Geraldo Alckmin, que também chefia o ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, a garantia de que a regulamentação sai “nos próximos dias”.

Segundo Leite, há grande expectativa dos fabricantes pela publicação da regulamentação, já que as empresas precisam conhecer as regras para levar adiante o ciclo de investimentos, que passa de R$ 130 bilhões.

Durante a apresentação dos resultados do setor referentes a outubro, o presidente da Anfavea falou também que a entidade tem sido cautelosa nas previsões para o ano que vem, a serem divulgadas em dezembro, em razão do aumento dos juros.

A expectativa no mercado é de que os juros de referência, a Selic, subam 0,5 ponto porcentual ao fim, nesta quarta, da reunião do Comitê de Política Monetária (Copom).

“Quando falamos a médio prazo, há, sim, uma grande preocupação com a taxa de juros. Taxa de juros elevada não combina com a indústria. Naturalmente há um arrefecimento da indústria”, comentou Leite.

terça-feira, 5 de novembro de 2024

BNDES lança serviço que agiliza crédito a micro e pequenas empresas

 BNDES - O banco nacional do desenvolvimento


O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) anunciou nesta terça-feira (5) o lançamento do serviço BNDES Crédito Digital. Pelo serviço, micro e pequenas empresas poderão ter acesso a crédito de instituições financeiras parceiras de forma ágil e fácil.

“Sicredi e BTG já iniciaram a operacionalização da nova solução em suas plataformas digitais”, informou em nota o BNDES. A solicitação do crédito poderá ser feita nos aplicativos para os dispositivos móveis das instituições parceiras e também por meio de seus respectivos internet bankings.

O financiamento poderá ser obtido com uma taxa fixa a partir de 1,49% ao mês e prazos de até 60 meses. De acordo com o BNDES, as empresas obtêm, assim, flexibilidade para aplicar os recursos na compra de insumos, no pagamento da folha de pessoal e em investimentos com total previsibilidade do valor das parcelas. O procedimento de contratação leva apenas alguns minutos e o dinheiro cai na conta no mesmo dia.

A inovação é parte dos esforços voltados para a democratização do acesso ao crédito, diz o BNDES. “Pela primeira vez, a oferta de soluções do banco será visualizada diretamente pelo cliente final, o que aumentará substancialmente a visibilidade da marca do BNDES junto ao segmento das micro e pequenas”, acrescenta.

O lançamento do novo serviço envolveu investimento de R$ 1 bilhão. Espera-se que, nos próximos meses, outras instituições financeiras credenciadas no BNDES iniciem a operacionalização.

Também está prevista a integração de diferentes produtos FGI (Fundo Garantidor para Investimentos), com o objetivo de complementar as garantias oferecidas pelas empresas e aumentar as chances de aprovação dos pedidos de crédito.

Engie: lucro líquido ajustado cai 28,2% no 3º trimestre para R$ 666 milhões

 

Logo ENGIE Brasil – Logos PNG

A Engie Brasil Energia reportou lucro líquido de R$ 666 milhões no terceiro trimestre deste ano, redução de 28,2% em comparação com o observado em igual período de 2023.

O resultado reflete a venda parcial de participação na Transportadora de Gás Associado (TAG) e aumento de custos com material e serviços de terceiros, atenuados pela redução de custos com compra de energia elétrica para o portfólio e resultado positivo nas operações no mercado de curto prazo.

No período, a empresa viu ainda o efeito dos cortes de geração por restrições sistêmicas, o curtailment, que no trimestre ficou em média em 14% nas usinas da companhia.

O Lucro Antes de Juros, Impostos, Depreciação e Amortização (Ebitda, da sigla em inglês) totalizou R$ 1,7 bilhão, queda de 5,8%.

A receita líquida da companhia no período foi de R$ 2,5 bilhões, elevação 0,9%, na mesma base de comparação.

Ao final de setembro, a dívida líquida da companhia totalizou R$ 19,1 bilhões, montante 24,8% maior do que o observado no mesmo intervalo de 2023. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e Ebitda ajustado, ficou em 2,7 vezes, alta de 0,6 ponto porcentual (p.p.) em comparação com igual período do ano passado.

Segundo o diretor Financeiro e de Relações com Investidores da Engie, Eduardo Takamori, o aumento na dívida é decorrente do volume maior de investimentos feitos pela companhia no período. Somente no trimestre os aportes somaram R$ 1,9 bilhão, e no acumulado do ano totalizam R$ 7,5 bilhões. “Buscamos alavancar aproveitando balanço robusto e momento de mercado”, afirmou.

Megainvestimento de R$ 522 bilhões promete tornar o Nordeste uma das regiões mais importantes do mundo, gerar 30 mil empregos e transformar o Brasil líder global na produção do combustível do futuro

 


Nordeste na mira de um plano ambicioso: investimentos no combustível do futuro promete ultrapassar R$ 522 bilhões e revolucionar os setores de energia no mundo

O Nordeste brasileiro está prestes a se tornar um polo global no setor de hidrogênio verde. O estado do Rio Grande do Norte desponta com um megainvestimento que promete transformar a produção de combustível do futuro. Serão R$ 111 bilhões de investimentos destinados a projetos desse tesouro escondido que visam alavancar a economia local e fortalecer a matriz energética do país. Este avanço trará inovação e colocará o estado na liderança do setor de hidrogênio verde (H2V) no Brasil.

Esse cenário é o resultado de pelo menos seis projetos em andamento, que prometem gerar até 5 GW de energia, posicionando o Rio Grande do Norte como um player importante no mercado de H2V. Segundo a Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Secretaria de Desenvolvimento Econômico do RN (Sedec), o total de investimentos previstos pode ultrapassar US$ 20 bilhões, ou cerca de R$ 111 bilhões na cotação atual.

Esses projetos, baseados em fontes de energia renovável como eólica e solar, estão em diferentes estágios de desenvolvimento e licenciamento que pode transformar a economia da região e criar mais de 30 mil novos empregos nos próximos anos.

Investimentos em hidrogênio verde no Nordeste podem chegar a US$ 90 bilhões ( aproximadamente R$ 522 bilhões de reais) e gerar 30 mil empregos

Entre os seis projetos, três já estão avançando para a fase de licenciamento ambiental. Além disso, o estado está focado na viabilização do Porto-Indústria, que será fundamental para o escoamento da produção de hidrogênio verde. Essa infraestrutura será crucial para garantir que o estado consiga atender à demanda crescente por energia limpa. O Nordeste é uma das regiões mais promissoras para a produção de H2V, graças às suas condições climáticas e geográficas, favoráveis à geração de energia renovável.

Os números são impressionantes. Apenas na região do Nordeste, os investimentos em hidrogênio verde podem chegar a US$ 90 bilhões. O Rio Grande do Norte, que já lidera a produção de energia eólica no Brasil, quer assumir também a liderança no setor de H2V. O estado conta com o projeto do Complexo Industrial Alto dos Ventos, em Macau, com investimento de US$ 2,5 bilhões, aproximadamente R$ 14,5 bilhões. Esse complexo, liderado pelas empresas Nordex e Acciona, terá uma capacidade de produção de 1 GW de hidrogênio verde em uma área de 10 hectares.

Outros estados do Nordeste, como Ceará, Piauí e Bahia, também estão mirando o hidrogênio verde como uma alternativa econômica sustentável. O estudo “Hidrogênio Sustentável: Perspectivas para o Desenvolvimento e Potencial para a Indústria Brasileira”, da CNI, destacou a importância da região para o avanço do combustível do futuro. O Ceará, por exemplo, lidera com 27 projetos voltados para o desenvolvimento do hidrogênio verde. Esse movimento coloca o Nordeste em uma posição estratégica no cenário global de energias renováveis.

No Rio Grande do Norte, os três projetos em fase de licenciamento estão localizados nas cidades de Areia Branca, Macau e Pedra Grande. Segundo Hugo Fonseca, secretário adjunto de Desenvolvimento Econômico, o foco é atrair investimentos que permitam explorar as áreas com maior potencial de produção de H2V. Contudo, os detalhes dos projetos permanecem confidenciais, pois estão em fase de acordos preliminares e memorandos de entendimento. Empresas como Neoenergia, Enterprize e Maturati Participações estão envolvidas nas negociações.

Estado conta com um Marco Legal que define as diretrizes para a produção do combustível do futuro (H2V) no Brasil

As condições para o sucesso no Rio Grande do Norte são favoráveis. A abundância de recursos naturais, como água e energia renovável, facilita a implementação da cadeia de produção de hidrogênio verde. Além disso, o estado conta com um Marco Legal que define as diretrizes para a produção de H2V no Brasil. A Assembleia Legislativa do RN está desenvolvendo uma regulação local para o setor, com o objetivo de impulsionar ainda mais os investimentos no estado.

Outro destaque é o Centro de Excelência em Formação Profissional para Hidrogênio Verde, o primeiro do Brasil, inaugurado em fevereiro deste ano. Essa instituição visa qualificar profissionais para atuar em todas as etapas da cadeia produtiva de H2V, desde a geração de energia até a aplicação prática. A mão de obra qualificada será essencial para atender à crescente demanda do setor, fortalecendo a posição do estado como líder na produção de hidrogênio verde.

O desenvolvimento do Porto-Indústria Verde também avança, com localização já definida entre Caiçara do Norte e Galinhos. O projeto é fundamental para o escoamento e exportação do combustível do futuro produzido no estado. O governo do Rio Grande do Norte já solicitou a autorização ao Ministério dos Portos e Aeroportos para iniciar o processo de licenciamento ambiental, um passo crucial para a viabilização do porto.

Construção do Porto-Indústria Verde contará com investimentos do BNDES

Com um investimento de R$ 5,6 bilhões, o Porto-Indústria Verde será desenvolvido em uma área de 13 mil hectares, seguindo o modelo de Parceria Público-Privada (PPP). A expectativa é que o porto se torne um centro estratégico para a exportação de hidrogênio verde e outros produtos sustentáveis. O processo de licenciamento ambiental do porto tem custo estimado de R$ 12 milhões, e parcerias com o BNDES e o Ministério dos Portos estão sendo negociadas para garantir o apoio financeiro necessário.

O Porto-Indústria Verde será um marco no desenvolvimento econômico e sustentável do estado, consolidando o Rio Grande do Norte como um dos principais produtores de hidrogênio verde no Brasil. O porto, além de escoar a produção de H2V, também será um ponto estratégico para a exportação de outros produtos derivados de fontes renováveis. Com as operações previstas para iniciar por volta de 2030, o estado tem uma oportunidade única de se destacar no mercado global de energia limpa.

Hidrogênio Verde: O tesouro escondido do Nordeste que vai revolucionar a energia renovável no mundo

O Nordeste brasileiro está em uma posição privilegiada para se tornar líder mundial na produção de hidrogênio verde. Com investimentos bilionários, um ambiente favorável e apoio governamental, o Rio Grande do Norte desponta como protagonista da revolução energética.


 

PF indicia fuzileiro e irmão por crime contra a democracia em ameaças à família de Moraes

 Emblema da Polícia Federal


A Polícia Federal indiciou o fuzileiro naval Raul Fonseca de Oliveira e seu irmão Oliverino de Oliveira Júnior no caso das ‘ameaças violentas’ e perseguição ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, e de sua família. A corporação imputa a dupla crime de abolição ao Estado Democrático de Direito – que prevê pena de quatro a oito anos de prisão.

As investigações contra os irmãos por supostos crimes de ameaça e perseguição ainda estão em andamento, no bojo de um outro inquérito. Este não tramita no gabinete de Moraes, que se declarou impedido para relatar o caso.

Já a apuração sobre crime contra o Estado de Direito continuou sob a alçada do ministro em razão da conexão com os inquéritos das fake news e dos atos golpistas de 8 de Janeiro. Agora os achados da PF serão encaminhados ao procurador-geral da República Paulo Gonet, a quem cabe denunciar ou não os investigados.

No relatório final da investigação, encaminhado ao STF nesta segunda, 4, a PF indicou Raul Fonseca de Oliveira e Oliverino de Oliveira Júnior, “com emprego de grave ameaça, buscaram atingir o ministro do STF para, assim, restringir o exercício da atividade jurisdicional”, incidindo no artigo 359 L do Código Penal.

O inquérito foi aberto após os irmãos enviarem uma série de e-mails ao trabalho da esposa de Moraes, em abril. A PF verificou que os investigados enviaram 41 mensagens para Viviane Barci de Moraes. Para tanto, Raul e Oliverino criaram diversas contas de e-mail, com vistas a encobrir quem de fato praticava os crimes, segundo os investigadores.

Raul Fonseca de Oliveira e Oliverino de Oliveira Júnior foram presos preventivamente no final de maio, a pedido da Procuradoria-Geral da República.

Ao requerer as diligências, o chefe do Ministério Público Federal Paulo Gonet destacou as mensagens encaminhadas pelos investigados, ‘com referências a comunismo e antipatriotismo’.

Segundo ele, os diálogos indicavam o intuito de, ‘por meio de graves ameaças a familiares do ministro Alexandre de Moraes, restringir o livre exercício da função judiciária’ do ministro.

As ameaças foram consideradas graves pelos investigadores. Elas tinham como alvo, em especial, a filha do ministro do STF.

O Estadão apurou que as mensagens citavam inclusive uma bomba e o itinerário da filha de Moraes. As informações foram levantadas em uma avaliação especial de segurança feita pela Secretaria de Segurança do Supremo e encaminhadas à Polícia Federal.

Itaú registra maior lucro trimestral da história dos bancos de capital aberto no Brasil

 


Agência do Itaú Unibanco no Rio de Janeiro

 

O resultado impressionante divulgado pelo Itaú Unibanco na noite de segunda, 4, em seu balanço do 3º tri foi o maior lucro nominal trimestral da história dos bancos brasileiros. O Itaú ocupa agora as quatro primeiras posições da lista, elaborada pela consultoria Elos Ayta apenas com as instituições de capital aberto.

O Banco do Brasil é outro destaque no ranking dos 10 bancos com maior lucro nominal em períodos de três meses: aparece em cinco posições, a maior delas com o registro de R$ 8,97 bilhões no segundo trimestre de 2024.

Entre os maiores números, o mais antigo foi registrado em dezembro de 2022, também pelo Banco do Brasil. Veja o ranking completo no gráfico:

 

 

O estudo da Elos Ayta destaca o fato das quatro primeiras posições serem ocupadas por quatro balanços seguidos divulgados pelo Itaú desde o final de 2023 até agora. “Este desempenho robusto demonstra a capacidade do banco de manter uma trajetória ascendente de crescimento e rentabilidade, mesmo em um contexto econômico que pode ter seus desafios”, afirma.

Por que um desempenho tão impressionante?

“É número de banco em ascenção”, comenta sobre o resultado o estrategista-chefe da RB Investimentos, Gustavo Cruz. “Se a gente fosse comparar seria com uma fintech para ter retornos tão altos assim, mas o Itaú recorrentemente consegue manter.” Cruz destaca a força da carteira de crédito e a queda da inadimplência sobre o resultado do banco.

“Cresce com uma qualidade muito boa então quando a gente fala de de inadimplência da carteira ou qualidade da Carteira de crédito”, concorda o analista da Levante Investimentos, Matheus Nascimento.

O economista Bruno Corano, da Corano Capital, também comenta a construção de carteira de crédito “bem posicionada”, e fala também no atual patamar da Selic. “Infelizmente [o Brasil] tem um juros muito alto e um sistema de crédito ainda muito lucrativo para as instituições de punitivo para a população.”

O estudo da Elos Atyla destaca outros pontos de força do Itaú Unibanco: uma diversificação de linhas de receita, adoção de novas tecnologias e a gestão de risco do banco. “A capacidade de navegar pelas nuances da economia brasileira e internacional, mantendo a eficiência operacional, foi fundamental”, diz o relatório.

Nvidia ultrapassa a Apple e volta a ser empresa mais valiosa do mundo, avaliada em US$ 3,4 trilhões

 


Com avanço de mais de 2% nas ações nesta terça-feira, 5, a Nvidia voltou a ser a companhia mais valiosa do mundo, segundo monitoramento do Companies MarketCap, ultrapassando o valor de mercado da Apple no começo desta tarde.

Por volta de 13h15 (de Brasília), a gigante dos semicondutores era avaliada em US$ 3,416 trilhões, enquanto a fabricante de iPhones tinha market cap de US$ 3,363 trilhões. Market cap é o valor de uma empresa baseado no valor de suas ações no mercado.

 

(crédito: reprodução/Companies MarketCap)

 

Nesta terça, as ações de empresas de semicondutores subiam em bloco, e os ganhos foram impulsionados após a divulgação do Índice de Gerentes de Compras (PMI, na sigla em inglês) de serviços dos EUA em outubro, medido pelo instituto ISM.

Na comparação anual, a Nvidia se valorizou em mais de 200%, e já chegou a ser a empresa mais valiosa do mundo, mas perdeu valor de mercado em meio a uma correção em agosto.

Dow Jones Industrial

A Nvidia entrou no lugar da Intel no índice Dow Jones Industrial Average nesta semana. A Intel ocupava a posição há 25 anos. A mudança destacou o movimento no mercado de semicondutores e marcou um revés para a Intel.

Outrora a força dominante na fabricação de chips, a Intel cedeu nos últimos anos sua vantagem de fabricação para a rival TSMC e perdeu a oportunidade do “boom” da inteligência artificial generativa após passos em falso, incluindo a decisão de não investir na OpenAI, dona do ChatGPT.

As ações da Intel caíram 54% este ano, tornando a empresa a de pior desempenho do índice e deixando-a com o menor preço de ações no Dow, que é ponderado por preço.