quarta-feira, 16 de dezembro de 2015

Somos Educação vende escolas de idioma Wise Up e You Move




Divulgação
Wise Up
Wise Up: a informação foi antecipada pelo blog Primeiro Lugar On-line
 
Da REUTERS


São Paulo - A Somos Educação, ex-Abril Educação, informou nesta terça-feira ter fechado acordo de venda da Central de Produções GWUP, dona das redes de ensino de idiomas Wise Up e You Move, para o empresário Flávio Augusto da Silva por 398 milhões de reais.

A operação foi feita por meio da subsidiária Editora Ática. A Abril Educação havia adquirido a Wise Up em 2013 em uma operação que envolveu 100 por cento do grupo Ometz, de Silva, por 877 milhões de reais.

Fundada em 1995 no Rio de Janeiro, a Wise Up encerrou o terceiro trimestre com 66 mil alunos, queda de 8 por cento frente a mesma etapa do ano passado. A rede de escolas de idiomas encerrou o período com 272 franquias, queda de 23 por cento ano contra ano.

A Somos Educação afirmou que os efeitos da venda no resultado financeiro estão em fase de apuração pela companhia e serão registrados no balanço do quarto trimestre.

As ações da Somos Educação fecharam em queda de 0,44 por cento nesta terça-feira, enquanto o Ibovespa fechou em alta de 0,28 por cento.

Representantes da Somos Educação não comentaram o motivo da venda da companhia ou deram mais detalhes sobre a operação.


BTG põe seguradora à venda após recusa do mercado




REUTERS/Denis Balibouse
Ex-CEO e ex-controlador do BTG Pactual, André Esteves
Ex-CEO e ex-controlador do BTG Pactual, André Esteves: banco enfrenta recusas após sua prisão
Aline Bronzati e Eduardo Rodrigues, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O BTG Pactual colocou sua seguradora à venda, na esteira do programa de desinvestimentos que acionou para captar recursos, segundo apurou o Broadcast, serviço em tempo real da Agência Estado.

A companhia, cujas operações estão hoje concentradas na Pan Seguros, chegou a liderar o segmento de seguro garantia no Brasil, foco de sua atuação, mas já enfrenta recusa de clientes e tem sido deixada de lado também por algumas corretoras de seguros, após a prisão de André Esteves no âmbito da Operação Lava Jato, conforme fontes de mercado.

Estaria à venda, porém, somente a operação de seguros do BTG Pactual que foi incorporada à Pan Seguros, controlada pelo banco em sociedade com a Caixa Econômica Federal.

A operação de resseguros, que inclui a resseguradora da instituição e a Ariel Re, baseada em Londres e Bermuda, e também a seguradora de vida e previdência não estariam no pacote, conforme fontes próximas ao banco.

O entendimento, conforme as mesmas fontes, é de que são negócios em linha com a atividade principal do BTG, embora sejam intrínsecos à atividade securitária. Ainda assim, segundo as mesmas fontes, o banco tem recebido e ouvido propostas de interessados na resseguradora.

Mas enquanto o BTG não encontra uma solução para a sua seguradora e resseguradora, a equipe destes braços da instituição já está se oferecendo para trabalhar em outros locais, segundo fontes ouvidas pelo Broadcast.

Ao final de outubro, a seguradora do BTG, hoje concentrada na Pan, ultrapassou os R$ 300 milhões em prêmios de seguros, mais do que dobrando sua produção ante o mesmo período de 2014 e ultrapassando a líder do setor, a JMalucelli, pela primeira vez, segundo a consultoria Castiglione com dados da Superintendência de Seguros Privados (Susep).

No entanto, após alcançar o topo do ranking, começou a sofrer recusas por parte de clientes que, depois da prisão de Esteves, estão preferindo fechar negócios com outras seguradoras. Algumas corretoras já não estão mais sequer oferecendo cotação da Pan Seguros.

"É uma intervenção branca. Os clientes não falam que não querem nem nós falamos para não usarem, mas solicitam cotações de outras seguradoras e não as do BTG Pactual", conta um executivo de uma corretora de seguros.
 

Troca


A Pan Seguros também deixou de ser a principal emissora de seguro garantia da Bradesco Seguros. Em seu lugar, entrou, de acordo com fontes, a Swiss Re.

Executivo próximo ao BTG alega que a troca ocorreu pelo fato de a companhia ter atingido limite regulatório por conta da emissão de uma apólice de cerca de R$ 4 bilhões para a Petrobrás. Uma fonte do setor esclarece, porém, que ainda havia limite junto ao cliente, neste caso, a Bradesco Seguros. O que teria sido atingido era o teto junto à petroleira apenas.

Procurado, o BTG Pactual não comentou. A Swiss Re e a Caixa, sócia do BTG na Pan Seguros, não se manifestaram. A Bradesco Seguros informou que desconhece o assunto. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Fitch tira selo de bom pagador do Brasil




Matt Lloyd/Bloomberg
Sede da Fitch Ratings em Londres
Sede da Fitch Ratings em Londres: agência cortou a nota do Brasil para grau especulativo
São Paulo - A agência de classificação de risco Fitch Ratings cortou hoje a nota do Brasil de BBB- para BB+, o que significa perda do selo de bom pagador.

A nota continua com perspectiva negativa, o que deixa a porta aberta para novos cortes.

É a segunda agência que rebaixa a nota de crédito da dívida do país para grau especulativo este ano, depois da Standard & Poor's em setembro. 

O Ibovespa já estava caindo e ampliou as perdas, enquanto o dólar subia mais de 2% cotado a R$ 3,95. A decisão era esperada pelo mercado, mas deve significar retirada de recursos do país.
Parte dos fundos de investimento internacionais exige o selo de bom pagador de pelo menos duas das três grandes agências para direcionar seus recursos.

O Brasil ainda é grau de investimento pela Moody's, mas a nota está apenas um degrau acima do nível especulativo e foi colocada em revisão há uma semana.
 

Contexto


O mercado amanheceu turbulento por vários fatores, entre elas o envio ontem pelo governo de alteração da meta fiscal de 2016 de 0,7% para 0,5%, com possibilidade de abater investimentos, o que na prática permitiria um superávit zero.

A decisão é uma derrota do ministro da Fazenda, Joaquim Levy, que se disse "ligeiramente ofuscado". Uma reportagem do jornal Valor Econômico afirma que ele já acertou sua saída do governo, o que também desanimou o mercado.

Na tarde de hoje, Levy permaneceu em silêncio ao ser questionado se permanece no cargo. Disse que o rebaixamento é sério e indica que nem tudo que precisa ser feito "está sendo feito no passo necessário".

Também pesa a perspectiva generalizada de que o Federal Reserve, banco central americano, vai aumentar os juros pela primeira vez desde 2006, o que prejudica o fluxo de recursos para países emergentes. A decisão será anunciada às 17h (horário de Brasília).
 

Justificativa


Segundo a Fitch, o rebaixamento reflete uma recessão maior do que a esperada, desenvolvimentos fiscais adversos e o aumento da incerteza política.

O comunicado cita o aumento no desemprego, o aperto no crédito, a confiança deprimida e a alta da inflação como fatores que prejudicam o consumo.

Ele também cita as incertezas políticas, os problemas da construção civil e os efeitos das investigações da Lava Jato como fatores que afetam o investimento dentro de um cenário externo que continua difícil.

A previsão da agência é de queda do PIB de 3,7% em 2015 e 2,5% em 2016, com possibilidade de déficit fiscal acima de 10% neste ano e em média acima de 7% em 2016 e 2017.

O comunicado também diz que "as repetidas mudanças nas metas fiscais minaram a credibilidade da política fiscal" e que "o início recente de procedimentos de impeachment contra a presidente Rousseff está aumentando a incerteza em um ambiente político já difícil e levando a continuidade do impasse político".
 

Respostas


O Ministério da Fazenda lançou nota em que "reitera a confiança na capacidade da economia brasileira de retomar um ciclo de crescimento" e diz que o governo e o ministério "estão engajados em atacar os desequilíbrios fiscais existentes, buscando um orçamento 2016 robusto que proporcione sustentabilidade à dívida pública".

O Banco Central disse que "o Brasil possui robustos colchões de liquidez para atenuar ajustes nos preços de ativos e para mitigar excessiva volatilidade no mercado" e que "esses colchões garantem uma sólida posição de liquidez internacional, visto que as reservas internacionais do país são cerca de dez vezes maiores que o estoque da divida soberana externa".

Veja na íntegra as notas da Fitch (em inglês), da Fazenda (em PDF) e do Banco Central.
A primeira agência a promover o Brasil para grau de investimento foi a Standard & Poor's, em abril de 2008. Em seguida vieram as decisões da Fitch, em maio do mesmo ano, e da Moody's, em setembro de 2009.

terça-feira, 15 de dezembro de 2015

Fachin libera voto sobre validade das regras de impeachment



REUTERS/Ueslei Marcelino
Jurista Luiz Edson Fachin durante sabatina no Senado, em Brasília. 12/05/2015
Luiz Edson Fachin: Fachin é relator da ação na qual do PCdoB, questiona a validade da lei que regulamentou as normas de processo e julgamento do impeachment


O ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), entregou aos demais ministros da Corte uma prévia do voto que vai proferir no julgamento de amanhã (15) sobre a validade das regras do processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff.

Fachin é relator da ação na qual do PCdoB, partido da base aliada do governo, questiona a validade da Lei 1.079/50, que regulamentou as normas de processo e julgamento do impeachment, e alguns artigos do Regimento Interno da Câmara dos Deputados.

Na semana passada, o ministro antecipou que adotaria a medida para facilitar o debate durante o julgamento.

Antes da sessão das turmas do Supremo, Fachin entregou um envelope lacrado a cada ministro. O voto contém cerca de 100 páginas.

O julgamento está marcado para as 14h de amanhã. A sessão vai começar pela leitura do relatório da ação. Em seguida, será aberto prazo de 30 minutos para que PT, PSDB, DEM, PSOL e a União Nacional dos Estudantes (UNE) se manifestem sobre a ação.

Os partidos e a UNE foram autorizados pelo ministro a se manifestar no processo. Após as manifestações, os ministros começam a votar.

Na quarta-feira (9), ao decidir suspender a tramitação do pedido de impeachment, Fachin disse que vai propor o rito que deverá ser seguido pelo Congresso Nacional. Segundo o ministro, seu voto permitirá que o processo possa continuar sem questionamentos sobre sua legalidade.

O pedido de impeachment da presidenta Dilma Rousseff foi aceito, no início deste mês, pelo presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha aceitou o pedido protocolado pelos advogados Hélio Bicudo, Miguel Reale Junior e Janaína Paschoal.


Fusões e aquisições em 2016 podem somar R$ 150 bilhões


Fabrice Coffrini/AFP
Credit Suisse
Credit Suisse: o economista-chefe do banco, Nilson Teixeira, comentou que o Brasil deve enfrentar uma profunda recessão no biênio 2015 e 2016
Ricardo Leopoldo, do Estadão Conteúdo
Cynthia Decloet e Fernanda Guimarães, do Estadão Conteúdo


São Paulo - O volume de operações de fusões e aquisições (M&A) em 2016 deve ficar em torno de R$ 150 bilhões, praticamente em linha ao registrado em 2015 (R$ 142 bilhões), previu Flavio Mourão, responsável pelo Departamento de Investment Banking do Credit Suisse, durante almoço realizado com a imprensa em São Paulo.

"Este ano, vimos que as operações foram motivadas por consolidação, busca de liquidez e reorganização de dívidas e provavelmente 2016 será dessa forma", observou.

De acordo com ele, as operações devem se concentrar na área de energia (óleo e gás), energia elétrica e infraestrutura.

Ele pontuou que o setor de mineração e aço deve ter movimentação de M&A prejudicada pela queda nos preços das commodities, mas não descartou o fechamento de alguma operação no segmento.


PIB


O economista-chefe do banco, Nilson Teixeira, comentou que o Brasil deve enfrentar uma profunda recessão no biênio 2015 e 2016, com uma queda do PIB de 3,7% e 3,5%, respectivamente.

"No próximo ano, deverá continuar o cenário de queda do consumo das famílias, dos investimentos e do nível de atividade", destacou.

Ele estima que a inflação deve atingir 10,8% neste ano e não apresentar forte redução em 2016. Teixeira prevê uma taxa de 8% para o ano que vem.

Em função de uma conjuntura marcada por muitas incertezas, com recessão intensa e diversas dúvidas de ordem política, ele prevê ainda que o Banco Central não deverá elevar a Selic no curto prazo.

"Ao considerar um BC independente, é possível avaliar que, caso ocorra um processo de impedimento ou turbulência política, parece mais adequado não alterar (os juros) até haver clareza maior do resultado desse processo", disse.

"A autoridade monetária, num cenário como esse, evita um início de ciclo de aperto monetário."

O presidente do Credit Suisse no Brasil, José Olympio Pereira, disse que em seus 30 anos de carreira nunca se deparou com uma unanimidade do empresariado em relação ao pessimismo sobre o Brasil como o que existe neste momento.

"No entanto eu tenho convicção de que o diagnóstico da forma que iremos voltar aos trilhos está claro, mas falta vontade política para implementar uma mudança de trajetória", disse.

Olympio destacou que se esse diagnóstico for implementado, ele funcionará e ajudará o Brasil a ter uma rápida virada.

Bovespa Mais


O Credit Suisse mostra certo otimismo em relação às emissões de ações com esforços restritos em um ambiente de alta aversão ao risco e de dificuldade para a colocação de uma oferta inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no âmbito da instrução 400, de esforços amplos de distribuição.

Assim, Mourão disse que o banco "talvez consiga no início do ano a primeira operação(com esforços restritos)".

A modalidade de emissão com esforços restritos para ações recebeu aval da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) no ano passado.

Neste ano não foi feito nenhum IPO com essas características, mas já foram realizadas três ofertas subsequentes (follow on).

A Valid foi a primeira. General Shopping e Gerdau Metalúrgica a seguiram.

A primeira, no entanto, o controlador subscreveu a totalidade da oferta. Na segunda, os controladores compraram uma parte das ações ofertadas.

As emissões com esforços restritos foram criadas para driblar a alta volatilidade do mercado, já que são mais céleres e não ficam presas às janelas de oportunidade entre os resultados trimestrais, como as operações via instrução 400.

A oferta com esforços restritos é limitada aos investidores qualificados, sendo oferecida a 75, mas com apenas 50 investidores nacionais podendo realizar a subscrição. Em relação aos estrangeiros, não foi imposta uma limitação.

Para a realização de um IPO com esforços restritos a companhia precisa ter o registro na autarquia na categoria A, que é aquela que permite a emissão de qualquer valor mobiliário, incluindo ações.

Pelo entendimento em relação à dispersão acionária, a BM&FBovespa estabeleceu que os IPOs realizados no âmbito da modalidade de esforços restritos deverão ser listados no Bovespa Mais, que é o segmento de acesso da bolsa.

A bolsa brasileira foi palco de apenas um IPO neste ano, a da Par Corretora, em junho. Para 2016, Mourão disse que é difícil prever se haverá alguma oferta, mas afirmou que poderá, sim, haver uma janela de oportunidade.

Assim, disse, o banco trabalha com algumas empresas que miram um IPO, de forma a estarem prontas caso alguma janela surja no mercado.


Renúncia de Cunha pode desencadear operação de guerra pelo impeachment


 
Peemedebista seria sucedido por Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE), apontado como moralmente inatacável e opositor do petismo.

Quem lida com armas sabe: nada pior e mais perigoso do que um tiro que sai pela culatra. Ele acaba atingindo o autor do disparo.            A operação Catilinárias, aparentemente um AI-13 tentando salvar Dilma, parece estar caminhando para se encaixar na definição. Segundo o assessor de um deputado muito próximo a Eduardo Cunha (PMDB-RJ) ouvido por este Sul Connection, a renúncia dele da Presidência da Câmara, além de vir acompanhada de revelações bombásticas sobre a Lava-Jato, também aceleraria o rito do impeachment. O sucessor de Cunha seria o deputado Jarbas Vasconcelos (PMDB-PE). Vasconcelos sempre foi um desafeto do carioca na bancada peemedebista. Entretanto, é apontado como moralmente inatacável e aceleraria o impedimento de Dilma Rousseff (PT).

Neste momento Brasília pega fogo. Circula a informação que o ministro Henrique Eduardo Alves (PMDB-RN), ex-Presidente da Câmara, estaria muito próximo de ter um mandado de prisão expedido contra si. Alves é aliado do vice-Presidente Michel Temer. O próprio nome da operação denunciou sua intenção: destruir os que estariam "conspirando" contra Dilma Rousseff (PT).

A coletiva de Cunha deve ocorrer logo após o almoço. Se realmente os boatos se confirmarem, Brasília ficará ainda pior do que Roma após Nero incendiá-la.

PMDB É VARRIDO PELA LAVA JATO!


PMDB PODER


A Polícia Federal, autorizada pelo Ministro Teori Zavaski do STF acaba de invadir os “cafofos” de  Eduardo Cunha, presidente da Câmara dos Deputados, de dois dos principais lugares-tenentes de Renan Calheiros –  Deputado Federal Aníbal Gomes e o ex-presidente da Transpetro, Sergio Machado – e o “protegido” maior de Dilma e Sarney, Senador Edson Lobão.

A Polícia Federal cumpre 53 mandados de busca e apreensão em casas de políticos, sedes de empresas, escritórios de advocacia e até mesmo e  diretórios de partidos políticos.