Atuação:
Consultoria multidisciplinar, onde desenvolvemos trabalhos nas seguintes áreas: fusão e aquisição e internacionalização de empresas, tributária, linhas de crédito nacionais e internacionais, inclusive para as áreas culturais e políticas públicas.
A Escola Nacional de
Administração Pública (ENAP), em parceria com a Endeavor, publicou nesta
quarta (16) a edição 2022 do Índice de Cidades Empreendedoras (ICE).
São Paulo foi eleita novamente a
melhor cidade para empreender levando em conta sete fatores: ambiente
regulatório; infraestrutura; mercado; capital financeiro; inovação;
capital humano; e cultura empreendedora. Na segunda colocação ficou
Florianópolis. A grande surpresa foi Curitiba, que completou o pódio
neste ano e não figurava entre as 10 principais cidades no ano passado.
Brasília, São Bernardo do Campo, Jundiaí e Rio de Janeiro, que estavam no top 10 em 2020, não estão mais.
Veja a lista:
Pelo segundo ano, nenhuma cidade das regiões norte e nordeste aparece entre as principais para se empreender no país.
“No ranking geral o empreendedorismo
continua concentrado em cidades do Sul, Sudeste e Centro-Oeste, mas um
olhar mais aprofundado por área nos permite ver que municípios do
Nordeste e Norte também têm experiências bem-sucedidas relevantes. Essas
experiências podem e devem ser replicadas no contexto pós-pandemia que
vivemos, especialmente porque uma das marcas da atualidade é o
rompimento das barreiras físicas e a instalação permanente dos negócios
digitais no país”, destacou o presidente da Enap, Diogo Costa.
Ao adotar as sanções decididas pela União
Europeia contra a Rússia, a Suíça se posicionou claramente apesar da
neutralidade. Isto traz profundas conseqüências para a política do país
na China e na Europa. Uma análise.
Este conteúdo foi publicado em 07. março 2022 - 10:00
Quando um presidente americano cita o país dos Alpes em meio à
invasão russa da Ucrânia, algo deve ter acontecido. "Até a Suíça pune
a Rússia e apóia a população ucraniana", declarou Joe Biden ao
Congresso.
O jornal "New York Times" também reagiu imediatamente à
decisão do Conselho Federal (o Poder Executivo na Suíça) de aderir às
sanções contra a Rússia escrevendo: "Ao tomar essa decisão, a Suíça
deixa de lado sua longa tradição de neutralidade". Em Moscou, os canais
públicos de mídia também falaj de uma "ruptura significativa" com a
neutralidade. Internamente, o Partido do Povo Suíço (SVP, na sigla em
alemão) expressou sentimentos semelhantes.
De fato, a Suíça
colocou em cheque um dos paradigmas da sua política externa. Mas o que
significa esse passo? O fim da neutralidade helvética? Vamos tentar
esclarecer a questão em sete pontos.
1. Suíça permanece neutra...militarmente
Os editorais
em canais de mídia como o NYT, Russia Today (RT) e do partido SVP são
enganosos: a Suíça permanecerá militarmente neutra, mesmo após a decisão
do Conselho Federal. O direito internacional impõe apenas algumas
obrigações a um Estado neutro: este não pode apoiar nenhum lado com
soldados ou armamentos; não pode colocar seu território à disposição de
nações em conflito e não pode aderir a nenhuma aliança militar. Essas
regras continuam sendo aplicadas.
Assim, a posição da Suíça difere
marcadamente daquela da Suécia, que se declara "neutra" apesar de
estar hoje fornecendo armamentos à Ucrânia e até mesmo flertando com a
adesão à OTAN. Essas duas opções são descartadas pela Suíça.
2. Conselho Federal radicaliza sua política
A
decisão do governo não viola a neutralidade, mas isso a afeta no
sentido mais amplo. A idéia básica por trás disso: um Estado que
pretende se manter neutro em um conflito geralmente se comporta de tal
forma que outros países possam confiar nessa neutralidade. Além disso, a
posição política da Suíça visa possibilitar que ela possa mediar em
conflitos.
Mas não há regras fixas, dizendo o que o país pode
ou não fazer para se manter neutro. Tudo depende do contexto.
Basicamente, a neutralidade não impede que a Suíça represente de forma
robusta seus valores no mundo. Tampouco proibe o país de participar
de sanções econômicas.
Nos últimos 200 anos, a interpretação da
política de neutralidade mudou constantemente. Até 1990, a Suíça não
chegava nem a participar de sanções decididas na ONU. O caso russo não
é, portanto, uma ruptura com a política anterior. No entanto, representa
uma escalada sem precedentes desta política.
3. Neutralidade não é preceito de Estado
A
Constituição Federal suíça não menciona a neutralidade nem
como propósito do Estado, nem nos objetivos da política externa, mas
apenas como um instrumento político. Ela dá maior peso a objetivos como o
respeito aos direitos humanos, promoção da democracia e a coexistência
pacífica dos povos. Se a neutralidade colide com esses valores, a Suíça
tem que pesar os prós e contras.
4. Não sancionar seria uma violação da neutralidade
Em
muitos conflitos não está claro quem é a vítima e quem o transgressor.
Na guerra da Ucrânia, entretanto, a resposta está clara frente
ao direito internacional: a Rússia é o país agressor; a Ucrânia, a
vítima. Vladimir Putin viola dezenas de artigos da Carta das Nações
Unidas. A Ucrânia apenas exerce seu direito à autodefesa. Qualquer
país que não tome uma posição numa situação semelhante se torna cúmplice
do perpetrador.
Isto se aplica à Suíça ainda mais do que a outros
países: 80% do comércio de matérias-primas da Rússia ocorre
na Suíça; 30% de todos os ativos estrangeiros de particulares e empresas
russas estão depositados em bancos suíços. Se a Suíça optasse por não
aplicar as sançõoes, poderia ser vista como uma "aproveitadora"
da guerra. Em outras palavras, sancionar a Rússia não é uma violação da
neutralidade. Pelo contrário: não sancionar seria uma violação da sua
neutralidade.
5. Governo não teve outra escolha
A pressão
internacional aumentava. Se a Suíça não tivesse cedido na questão das
sanções, mesma poderia ter sido até sancionada pelos EUA e União
Europeia. Porém é possível que esta decisão impossibilite o país de agir
como mediador entre as partes na crise da Ucrânia, o que seria um dano
colateral deveras lamentável.
6. O caso é um precedente
Não
importa saber se o Conselho Federal tinha livre-escolha, mas sua
decisão poderá ter consequências para o futuro do país. Pois, em termos
de efeito, a Suíça aderiu à coalizão ocidental liderada pela UE e OTAN.
Este é um precedente para outras catástrofes semelhantes que ameaçam o
mundo. É de se temer que a China, em algum momento, tente anexar Taiwan.
Na lógica do caso russo, a Suíça também teria então de adotar sanções
contra a China caso isso ocorra.
7. Importância de um acordo com a UE
Para
a Suíça, existe o perigo de que a guerra na Ucrânia solidifique ainda
mais o mundo em blocos hostis, política e economicamente. Isto torna a
Europa ainda mais importante para a economia helvética. É, portanto,
ainda mais importante que o Conselho Federal e o Parlamento estabilizem o
mais rápido possível as relações com a UE. Um acordo com o bloco sobre
questões institucionais tornou-se ainda mais urgente como resultado da
invasão de Putin.
Transação amplia em R$ 1 bilhão o faturamento anual da empresa nascida na Serra Gaúcha
Redação
“Agora nossa oferta fica completa”, comemora Neco Argenta, presidente da companhia
A
partir de agora a Sim passa a ser titular de 100% da Querodiesel, que
permanecerá com a mesma razão social e assumirá a gestão e
comercialização de diesel e lubrificantes. A transação vai garantir o
acréscimo de R$ 1 bilhão ao faturamento anual da Sim. A operação aguarda
aprovação final do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade). O
valor do negócio não foi revelado pelas empresas. A aquisição foi
aprovada pelos conselhos das duas companhias e o início da operação
está previsto para os próximos dias. A atividade da operação abrangerá a
gestão da matriz da Querodiesel em Canoas, filiais em Cachoeira do Sul,
Dom Pedrito, Bento Gonçalves e a expansão em Rio Grande.
Além
disso, a Sim assume a indústria de Arla, com a marca Quero Arla, e
também passa a gerir a operação exclusiva da marca Petronas – empresa
petrolífera da Malásia, responsável pela fabricação e comercialização de
diversos produtos, entre eles lubrificantes, os quais a Sim passa a
comercializar com exclusividade no Rio Grande do Sul. A Petronas está
entre as cinco maiores fabricantes de lubrificantes do mundo e presente
em 30 países.
Neco Argenta, presidente da companhia, dá detalhes
sobre a aquisição. "Existia uma parte da cadeia do nosso segmento de
revenda e distribuição de combustíveis que a Sim não atuava – os TRRs e
pequenos nichos justamente atendidos pela Querodiesel. Agora nossa
oferta fica completa".Agindo como Transportador-Revendedor-Retalhista
(TRR), a Sim está autorizada pela Agência Nacional do Petróleo, Gás
Natural e Biocombustíveis (ANP) a adquirir em grande quantidade
combustível a granel, óleo lubrificante acabado e graxa envasados para
depois vender em pequenas quantidades. E também fica responsável pelo
armazenamento, transporte, controle de qualidade e assistência técnica
ao consumidor quando da comercialização de combustíveis.
Desta
forma a Sim passa a atender também os segmentos de agricultura,
transporte, hotelaria, grupos geradores, construção civil, embarcações
marítimas, aquecimento residencial, caldeiras e calefação, oficias
mecânicas, postos de gasolina, centros automotivos, troca de óleo,
auto-peças e moto-peças.
A Querodiesel, empresa fundada em 1979
por Henrique Stefani, Luiz Carlos Stefani e Nilson Schenkel, tem 40 anos
de experiência no mercado de transporte e gerenciamento de combustível,
e é líder no segmento de distribuição TRR no Rio Grande do Sul,
fornecendo óleo diesel, querosene, lubrificantes e Arla 32 diretamente
ao consumidor. Os 140 funcionários da empresa passam a fazer parte do
quadro da Sim Rede de Postos.
JOANNESBURGO (Reuters) – A Comissão de Concorrência da África do
Sul disse na segunda-feira que levou a Meta, dona do Facebook e do
WhatsApp, a um tribunal por abuso de posição dominante no mercado.
Mas um porta-voz do WhatsApp disse que o regulador estava se opondo a ações destinadas a proteger usuários de abusos.
Em comunicado, o regulador acusou a Meta de “abusar de seu domínio ao
se envolver em conduta excludente voltada para impedir que concorrentes
ou concorrentes em potencial entrem, participem e se expandam em um
mercado”.
A comissão disse que a Meta decidiu excluir o GovChat (startup que
conecta governo e cidadãos) e sua unidade #LetsTalk de sua interface de
programação de aplicativos de negócios no WhatsApp. Disse ainda que a
empresa “aplicou seletivamente termos e condições de exclusão que
regulam o acesso à API do WhatsApp Business, principalmente restrições
ao uso de dados”.
O WhatsApp defendeu a exclusão do GovChat, dizendo que a startup não estava cumprindo os termos de serviço da Meta.
“O GovChat se recusou repetidamente a cumprir nossas políticas
projetadas para proteger os cidadãos e suas informações, preferindo
priorizar seus próprios interesses comerciais em detrimento do público”,
disse um porta-voz do Whatsapp. “Continuaremos a defender o WhatsApp de
abusos.”
Funcionários do GovChat não estavam imediatamente disponíveis para comentar.
A Meta está enfrentando ação antitruste de várias autoridades, incluindo de EUA, Reino Unido e União Europeia.
Centro de Distribuição do Magazine Luiza em Louveira (SP)
SÃO PAULO (Reuters) – O Magazine Luiza deve apresentar
uma melhora gradual de seus resultados nos próximos trimestres, em meio a
ajustes que incluem redução de volumes de estoques e retirada de parte
de benefícios a vendedores de seu marketplace diante do cenário
inflacionário do país, afirmou o presidente da companhia, Frederico
Trajano, nesta terça-feira.
Na noite da véspera, a empresa divulgou que sua margem de lucro antes
de juros, impostos, depreciação e amortização (Ebitda) ficou negativa
em 0,1% no quarto trimestre ante 5% positivos no mesmo período de 2020.
As ações da companhia chegaram a despencar mais de 10% no início dos
negócios nesta terça-feira.
“Não estávamos esperando toda essa desaceleração econômica (do final
de 2021) e estamos preparados agora. Este ano as margens vão melhorar
gradualmente”, disse Trajano em conferência com analistas.
“No primeiro trimestre ainda temos ajustes para fazer, ajustes de
capacidade, mas estamos vendo uma melhora em relação ao quarto
trimestre, principalmente a partir de março, e isso vai continuar com o
tempo, à medida que formos tendo sucesso nas iniciativas”, acrescentou.
Segundo Trajano, a empresa tinha uma capacidade de atendimento
dimensionada para um volume de vendas que acabou não ocorrendo no final
do ano passado e com isso a companhia passou a promover ajustes em
custos fixos e variáveis, além de equipe, para dimensionar a estrutura
do grupo “para o volume que o mercado está suportando neste momento”.
Ele não deu detalhes.
Porém, entre as medidas citadas durante a conferência, a empresa
disse que reviu a política de frete grátis, que em setembro oferecia até
100% de desconto para os vendedores na plataforma. A partir de
fevereiro o desconto passou a ser de até 75%. Já a comissão cobrada dos
vendedores teve percentual mantido, mas a empresa agregou uma tarifa de 3
reais a ela, disse o responsável pelo marketplace do Magazine Luiza,
Leandro Soares, “para ficar economicamente viável”.
A rival Americanas também promoveu mudanças em políticas para
vendedores em sua plataforma em fevereiro. A empresa introduziu um
sistema de cobrança de comissão que varia de acordo com a categoria do
produto. Antes, o percentual era aplicado de forma linear.
Grande parte do estoque excessivo que o Magazine Luiza carregou após o
final do terceiro trimestre do ano passado foi reduzida com liquidações
promovidas pela empresa no quarto trimestre e início deste ano. Com
isso, a gerente de relações com investidores, Vanessa Papini, afirmou
que em fevereiro e março os níveis de inventários voltaram a ser “muito
mais adequados”.
Segundo Trajano, o cenário macroeconômico atual não muda a estratégia
do Magazine Luiza de expandir seu ecossistema em torno do marketplace,
oferecendo serviços completos, incluindo financeiros e de publicidade,
para vendedores na plataforma.
Entretanto, na frente de fusões e aquisições, a ordem agora é para
que as equipes se concentrem em seu próprios ativos. “Vamos parar um
pouquinho com novas operações e focar em fazer o melhor com aquilo que
já esta no ecossistema”, disse o presidente do Magazine Luiza.
A empresa promoveu cerca de 20 compras de ativos nos últimos anos, incluindo Netshoes e Kabum!.
Diante da percepção do mercado que a companhia é muito dependente de
categorias de bens duráveis, que têm sido prejudicadas pelo cenário
inflacionário e de queda na renda dos consumidores, Trajano abriu pela
primeira vez a participação das novas categorias no total vendido pelo
Magazine Luiza.
As chamadas categorias de “cauda longa”, que envolvem produtos de
valores menores, mas que fomentam a recorrência de compras na
plataforma, foram responsáveis por 45% das vendas da empresa em 2021,
cerca de 20 bilhões de reais anualizados. As categorias incluem moda e
esporte, casa e decoração, beleza e entrega de alimentos, disse o
executivo.
Iniciar um negócio é uma jornada cheia de obstáculos. Se você for mulher, pode encontrar algumas barreiras a mais.
O Brasil tem mais de 30 milhões de mulheres empreendedoras,
em um universo de 52 milhões de empreendedores, segundo dados do Global
Entrepreneurship Monitor 2020 (GEM). No entanto, apenas 0,04% do volume
investido em startups em 2020 foi para aquelas lideradas por mulheres,
segundo um estudo feito por Distrito, B2mamy e Endeavor.
Para ajudar mulheres que desejam iniciar seu próprio negócio, EXAME
coletou conselhos de algumas empreendedoras que já estão mais à frente
nesse caminho. Veja a seguir:
1 – Não desista
“Meu conselho é: não desista. Por maiores que sejam as dificuldades e
mais árduo que seja o caminho, nós temos força. Você mulher que quer
empreender, se esse é o seu sonho, vá em frente. Eu muitas vezes ouvi
pessoas dizendo que eu não ia conseguir, e eu gostaria muito de ter tido
pessoas me dizendo para ir em frente.”
Iseli Reis, fundadora da Fleximedical
2 - Cuide da saúde mental e aprenda a delegar
“Saúde mental é muito importante. Nós mulheres costumamos sofrer mais
com a síndrome do impostor, sei pois já passei por isso. Você precisa
trabalhar a sua confiança, se você está nessa posição de liderança é
porque você é capaz. Para mim, algumas técnicas como respiração,
escrever sobre conquistas do dia e sobre sonhos e objetivos ajudam
muito. É sempre legal também ter algum tipo de terapeuta que você possa
contar. Você precisa saber delegar e confiar nas pessoas que trabalham
com você. Cuidado para não focar somente nas tarefas operacionais e
esquecer que você é uma líder e precisa levar a empresa para um próximo
nível.”
Juliana Duarte, fundadora da SeTYou
3 – Assuma os perrengues e saiba dizer não
“Tenha resiliência e entenda que os “perrengues” fazem parte: passe
por cima disso e com a cabeça erguida. Tenha foco e saiba a importância
de saber dizer não. Saiba assumir quando consegue, e assumir também
quando não consegue, isso gera confiança. Valide o modelo de negócio,
veja se funciona mesmo, e se não é apenas uma ideia sem aplicação
objetiva. Saiba ouvir os clientes, testar junto com eles e ajustar se
fizer sentido”.
Paula Morais, fundadora da Intera
4 – Apaixone-se pelo problema, não pela solução
“Focar em problemas e não em soluções. As soluções mudam,
mas você deve encontrar um problema pelo qual você seja apaixonada e
queira resolver. Você vai descobrindo muita coisa à medida que coloca as
coisas no ar e aprende com os resultados. E a prancheta aceita tudo,
então quanto antes você colocar as coisas na rua, antes vai ter
respostas, então seja rápida na implementação e crie um mínimo produto
viável”
Flavia Deutsch Gotfryd, fundadora da Theia
5 – Tenha mentores e conecte-se com empreendedoras
“Conecte-se com outras mulheres que estão no mesmo caminho que você.
Em outros ambientes virão muitas objeções, vão dizer que esse caminho
não funciona, que você é louca, então conviver com pessoas que estão
nesse mesmo movimento de empreender te fortalece. Procure também
mentorias. Existem diversas plataformas que você paga relativamente
barato e tem uma mentoria com grandes profissionais, é possível
encontrar até de graça, e essas conversas às vezes valem por meses de
curso.”
Gisele Paula, fundadora do Instituto Cliente Feliz
A pandemia derrubou o movimento nas oito lojas da sorveteria
Nero Gelato, de Vinhedo, no interior paulista. A saída para os empreendedores
Antonio Filho e Camila Cavalcanti foi
A pandemia derrubou o movimento nas oito lojas da
sorveteria Nero Gelato, de Vinhedo, no interior paulista. A saída para
os empreendedores Antonio Filho e Camila Cavalcanti foi apostar no
delivery, que trouxe outros desafios para o casal. Como manter, numa
entrega, a consistência dos gelatos, um tipo de sorvete com ingredientes
frescos e teor reduzido de gordura?
O jeito foi criar uma embalagem de isopor reforçada, com uma película
de plástico capaz de manter a temperatura por 50 minutos. É tempo
suficiente para cruzar cidades inteiras nas praças onde a Nero atua,
como as vizinhas Campinas e Valinhos. Para dar um charme, o kit tem
casquinhas, e recheios extras vão à parte — assim o cliente pode
personalizar o gelato. “O tratamento especial fez os clientes seguirem
com a gente na pandemia”, diz Camila.
Em boa medida, as estratégias compensam a perda de
experiências sensoriais típicas de uma sorveteria. Alguns exemplos são o
cheiro de bolo saindo do forno, já que as casquinhas são produzidas
dentro da loja, as pazinhas de café e até os letreiros para tirar fotos.
“A intenção é que tudo se ligue de alguma forma, e temos de levar essa
boa experiência a qualquer canal de venda”, diz.
Camila Cavalcanti e Antonio Filho, da Nero Gelato: kit para o cliente montar o sorvete em casa (Divulgação/Divulgação)
Com o fim da quarentena, as vendas nas lojas físicas
da Nero voltaram a crescer. A diferença agora, porém, é que o delivery
virou um canal de vendas permanente. Atualmente, o delivery responde por
15% das vendas das cinco lojas com a facilidade. Com a operação de
delivery azeitada, a ambição dos empreendedores é faturar 9,5 milhões em
2022, o dobro do resultado de 2021.