quarta-feira, 31 de janeiro de 2018

A marca brasileira que ganhou o mundo

 

A grife alagoana Martha Medeiros conquista famosos com sua renda artesanal e DNA de sustentabilidade

 


Estrelas aprovam: Acima, a atriz Sofia Vergara (1), a top model Izabel Goulart (2) e a cantora Ivete Sangalo (3), que usaram os vestidos da grife em ocasiões de grande visibilidade, como no encerramento da Copa do Mundo de 2014 (Crédito:Divulgação)
Há algo em comum nos guarda-roupas de celebridades como a cantora Beyoncé, as atrizes Jessica Alba e Patricia Arquette, a modelo colombiana Sofia Vergara e a cantora brasileira Ivete Sangalo: todas vestem as roupas da alagoana Martha Medeiros, que ganhou fama por suas rendas artesanais e hoje exporta para 35 países. Nos Estados Unidos, por exemplo, é revendida na Bergdorf Goodman, famosa loja de departamento de luxo de Nova York. Os negócios ganharam ainda mais holofotes depois que Sangalo apareceu com um vestido da marca no encerramento da Copa de 2014 e Vergara, uma das mais bem-pagas de Hollywood, ligou pessoalmente para Martha pedindo um vestido para o seu casamento, em 2015. Um modelo com sua etiqueta pode custar mais de R$ 50 mil. São cinco lojas próprias em áreas nobres em Maceió, São Paulo, na badalada Trancoso e, desde o ano passado, em Melrose Place, reduto dos principais nomes mundiais da moda em Los Angeles. “A meta é abrir a próxima em Nova York”, disse Martha, em entrevista à DINHEIRO.
Martha Medeiros: “Não acredito em nada que seja só para ganhar dinheiro sem mudar a vida das pessoas” (Crédito:Divulgação)
Tão notória quanto os números da marca é a trajetória da própria fundadora. A designer, que começou na moda ainda criança fazendo roupas para bonecas e as vendendo em um centro de artesanato em Maceió, abriu sua primeira loja na década de 80, na época um negócio multimarcas. Ao longo dos anos, fez faculdade e aperfeiçoou seus conhecimentos em moda e elegeu a renda sua matéria-prima predileta, sempre aliada a tecidos nobres e locais, como algodão 100% nacional. O passo seguinte foi criar peças por conta própria, “que sempre esgotavam rapidamente na loja”, conta. Foi a deixa para criar a marca que leva seu nome, há nove anos. “Eu vendia em feira, trabalhava como sacoleira, mas tinha a ideia fixa de tirar a cara de toalha de mesa da renda brasileira e fazer luxo com ela. Consegui”, orgulha-se.

Sem revelar o faturamento, o CEO da grife, Gélio Medeiros, que também é filho da estilista, afirma que o ritmo das vendas tem crescido 30% ao ano, em média. “É um resultado excelente em um cenário de turbulências econômicas”, afirma. “Até em Los Angeles o balanço do primeiro ano de funcionamento da loja foi acima das expectativas. Tivemos um retorno que esperávamos somente em dois ou três anos”, diz ele. Segundo Martha, seu filho foi o responsável pela expansão da marca. “Eu cuido da criação, mas Gélio é quem tem a visão de negócios.” Parte do sucesso da Martha Medeiros é, naturalmente, a renda, com forte tradição no Nordeste brasileiro. O tipo usado nas confecções é principalmente o Renascença, considerado o de melhor caimento e qualidade por ser fino e delicado. O processo de sua trama é inteiramente artesanal e as peças chegam a demorar de semanas a mais de um ano para ficarem prontas, dependendo do tamanho da roupa.
Visão empreendedora: o CEO da marca e filho de Martha, Gélio Medeiros (à esq.), expandiu os negócios internacionais, abrindo uma loja em Melrose Place, em Los Angeles
Finalizadas, essas rendas vão para a fábrica com 110 funcionários, no bairro da Barra Funda, em São Paulo. Se no início 100% das peças eram produzidas sob encomenda, hoje essa proporção caiu para 28%. São quatro mil peças produzidas por ano, segundo Gélio. Mas cada uma delas continua sendo montada individualmente, como em um ateliê. “A exclusividade, o bom acabamento e muitas vezes o apelo regional são ingredientes que têm tudo a ver com o que se considera luxo hoje”, diz Ana Paula Tozzi, CEO da AGR Consultores, empresa que analisa diversos segmentos de mercado.

De fato, o diferencial do “feito a mão” e “o que só o Brasil tem” é o que tem aberto as portas do mercado internacional para as grifes brasileiras, como aconteceu com marcas como Isabela Capeto e Ronaldo Fraga. Segundo a Associação Brasileira de Estilistas (Abest), que tem um programa de internacionalização da moda brasileira, as exportações de marcas brasileiras em 2017 somaram US$ 13,8 milhões. O número ainda é pequeno, mas representa um crescimento de 38,7% em relação a 2016.
Do sertão para o mundo: renda artesanal transforma a vida de mulheres no sertão nordestino e vira queridinha de personalidades como a atriz Jessica Alba (foto à esquerda)
 
 

Na produção da Martha Medeiros, toda a confecção da renda acontece no sertão nordestino, onde quase 400 rendeiras trabalham organizadas em cooperativas em pequenas cidades às margens do Rio São Francisco. “Não é só comprar e vender. Fico perto delas, ensino, faço com que tenham orgulho do que produzem e tento melhorar suas condições de vida.” Atenta em atrelar seu produto à sua história pessoal, Martha toca projetos sociais com as rendeiras que prestam serviços à empresa. Uma das ações, a campanha “Primavera no sertão”, em parceria com a marca francesa de champanhe Perrier-Jouët, promoveu um engajamento de suas clientes no qual cada publicação na rede social Instagram com fotos de flores e as hashtags das marcas recebia R$ 1 de doação da Perrier-Jouët. Os recursos obtidos, de R$ 150 mil, foram usados para perfurar poços artesianos na Paraíba, levando água potável para a região.
As parcerias com marcas e pessoas influentes têm sido constantes. Uma delas é com Luiza Trajano, presidente do Conselho de Administração da rede Magazine Luiza. Trajano, que também lidera um grupo de 50 mulheres executivas para ações ligadas a educação e empreendedorismo, ajudou a criar uma metodologia para as rendeiras que une produtividade e boas condições de trabalho. “Martha me convidou para conhecer as mulheres das quais ela comprava renda e agora volto todo ano para o sertão. É muito bom ver o empoderamento delas, ver como o trabalho transforma suas vidas e também como a renda artesanal ganha as passarelas do Brasil e do mundo”, anima-se Luiza. “Eu só acredito no empreendedorismo social”, diz Martha. E prossegue. “Não acredito em nada que seja só para ganhar dinheiro sem mudar a vida de todas as pessoas envolvidas”, diz ela.

SAP compra empresa de software dos EUA por US$2,4 bi


A empresa alemã está passando por uma transição estratégica, visando acelerar o desenvolvimento de sua plataforma em nuvem

 





Walldorf, Alemanha – A principal empresa de tecnologia europeia SAP anunciou uma aquisição por 2,4 bilhões de dólares nos Estados Unidospara ajudá-la a aumentar as receitas de sua plataforma em nuvem e o presidente-executivo Bill McDermott disse que simplificará seu negócio geral este ano para reforçar as margens.

A empresa alemã está passando por uma transição estratégica, visando acelerar o desenvolvimento de sua plataforma em nuvem S/4 HANA, que agora conta com 7.900 clientes, e afastar os usuários de softwares vendidos sob licença e instalados em escritórios e fábricas.

A mudança aumentou as margens nos últimos anos porque o modelo de negócios em nuvem é baseado em assinaturas que levam mais tempo para serem pagas – em contraste com o pagamento antecipado de licenças de software, que vinha impulsionando o negócio há décadas.

Mas McDermott disse à Reuters que a estratégia agora está dando frutos, depois que a SAP estabilizou suas margens operacionais no quarto trimestre em 35,2 por cento.

A aquisição da norte-americana Callidus, que vende softwares, em um acordo anunciado nesta terça-feira, ajudará a SAP na sua ambição de se tornar líder de mercado no chamado software de front-office usado em vendas e marketing, tendo como base sua força em softwares de back-office que são utilizados pelas empresas para manter o controle sobre operações multinacionais à distancia.

Como a Callidus já está na nuvem, ajudará a SAP a atingir a meta de ter receitas “previsíveis” entre 70 a 75 por cento do total em 2020. Em 2017, as receitas previstas cresceram 1 ponto percentual para 63 por cento das receitas totais.

A SAP disse que espera uma receita total entre 24,6 e 25,1 bilhões de euros (30 bilhões a 31 bilhões de dólares) em 2018, em linha com as estimativas de analistas ouvidos pela Thomson Reuters.

Mas a empresa também espera que as margens aumentem mais rapidamente este ano. A receita deve crescer cerca de 5 a 7 por cento, excluindo os efeitos de conversão cambial, enquanto o lucro operacional deve aumentar de 8 para 11 por cento.

A SAP prevê um lucro operacional entre 7,3 bilhões e 7,5 bilhões de euros, acrescentando que a implementação de novas regras contábeis (IFRS 15) adicionará 200 milhões de euros aos lucros da empresa.

 https://exame.abril.com.br/negocios/sap-compra-empresa-de-software-dos-eua-por-us24-bi/

Boeing continua em “conversas ativas” com a Embraer, diz CEO


Muilenburg sugeriu que poderia fechar um acordo que daria à empresa capacidade adicional em "ascensão vertical"

 




Nova York – O executivo-chefe da Boeing, Dennis Muilenburg, disse que continua em “conversas ativas” com a Embraer, mas não deu mais detalhes sobre as negociações. Muilenburg sugeriu que poderia fechar um acordo que daria à empresa capacidade adicional em “ascensão vertical”.

Para analistas, o acordo fazia sentido ao acrescentar pequenos jatos, engenheiros e receita com serviços, então a sinalização de que o pacto poderá englobar tudo, desde helicópteros até drones comerciais e militares, adiciona um novo ingrediente às negociações.


Fonte: Dow Jones Newswires.

Brasil está pronto para ter seu Macron, diz Guillaume Liegey


Estrategista da campanha do presidente francês acredita que há espaço no Brasil para aliar tecnologia e diálogo e renovar a forma de mobilizar os eleitores

 





São Paulo – Uma campanha eleitoral eficiente, que use big data para aproximar o político da população, como a que elegeu Emmanuel Macron na França, pode ser replicada no Brasil. Quem diz isso é Guillaume Liegey,  presidente da Liegey Muller Pons, empresa de tecnologia que coordenou a campanha do mais jovem presidente francês.

Liegey esteve em São Paulo nesta quarta-feira (31) para a Latin America Investment Conference do banco de investimentos Credit Suisse. E fez considerações sobre alguns dos principais candidatos à presidência no Brasil: “Em relação ao Bolsonaro, eu não conheço suas ideias, mas sei que ele é radical, e um radical é muito bom em animar as próprias bases, mas terá muita dificuldade em mobilizar qualquer outra pessoa num segundo turno”.

“O Alckmin certamente sabe muito sobre campanhas políticas, e não dá para menosprezar o tempo que ele vai ter na TV. E, por fim, eu acredito, sim, que alguém como Luciano Huck poderia ter uma chance. Tudo pode acontecer”, avalia.

Segundo VEJA, ele já se encontrou com representantes do movimento Agora!, que tem entre seus quadros um possível pré-candidato à presidência, o apresentador Luciano Huck. O apresentador voltou a articular uma candidatura após a divulgação do Datafolha nesta quarta, segundo a coluna da jornalista Vera Magalhães no Estadão.

O caminho das pedras

 

Em sua fala, Liegey destacou que Brasil e França têm muitas diferenças, mas que o país vive, em 2018, um cenário muito parecido com o francês no ano passado: uma desconfiança generalizada da política, e um contexto em que partidos grandes e consolidados estão reticentes em adotar novas estratégias de campanha.

Para a plateia de investidores e empresários, Liegey detalhou a chave do sucesso da campanha de Macron, que se espelhou na estratégia bem-sucedida e pioneira de Barack Obama nos Estados Unidos, da qual o estrategista francês participou como coadjuvante.

“Quando eu coloquei meu nome na lista para participar da campanha de Obama, algumas horas depois um completo desconhecido me ligou perguntando se eu estaria disposto a bater de porta em porta em algum lugar de Nova York. Eu pensei: ir de porta em porta, em pleno século 21? E por que Nova York, se estou em Boston?”, narra.

Mas ele aceitou a proposta mesmo assim, e pôde aprender em primeira mão sobre o que funcionou para Obama: Nova York era um dos chamados “swing states”, estados que não têm uma preferência política histórica definida, e que, portanto, são cruciais nas eleições nacionais.

A visita às casas dos eleitores tinha dois propósitos: um deles era incentivar as pessoas a votarem, dar a elas informações sobre como fazê-lo (já que nos EUA o voto não é obrigatório). A outra era escutar o eleitor, e isso fez toda a diferença, diz Liegey, já que os políticos costumam falar muito e escutar pouco.

Aplicando o que aprendeu com Obama na campanha de Macron, a empresa de Liegey mapeou, com auxílio de tecnologia, os lares onde os eleitores não tinham uma opinião formada sobre seus candidatos, e enviou voluntários com um questionário de oito perguntas sobre suas principais demandas, medos, sonhos e esperanças. Esse movimento ficou conhecido como a “grande marcha” de Macron e seus apoiadores pelo país.

“Eu me espanto com o número de afiliados que os partidos têm no Brasil, e mesmo assim não existe esse tipo de mobilização. Quando você faz um discurso, um comício, você só está falando com quem já vai votar em você, é um desperdício de dinheiro. O François Hollande gastou quase um terço do seu orçamento de campanha em uma estratégia que não lhe trouxe um voto sequer”, pontua o estrategista.

Ele afirma que, para uma campanha desse tipo funcionar, é preciso aceitar que haverá fatores fora do controle do candidato, mas acreditar que é possível mudar o que estiver ao seu alcance. “É preciso descobrir os 20% a 30% dos eleitores que mudam de ideia, e focar sua estratégia neles. Não garanto que é isso que vai levar o candidato a vencer a eleição, mas garanto que isso aumenta o número de votos”.

 https://exame.abril.com.br/brasil/brasil-esta-pronto-para-ter-seu-macron-diz-guillaume-liegey/


Setor agrícola do Mercosul rejeita proposta de acordo da Europa


Brasil e Argentina são os países do Mercosul que mais procuraram abrir suas economias

Comissão Europeia elevou sua oferta de abertura de seu mercado de 70 mil toneladas para 99 mil toneladas; impasse já dura 19 anos.

Produtores agropecuários do Mercosul se recusam a aceitar a proposta feita pela União Europeia de abertura de seu mercado e alertam que acordo final entre os dois blocos pode ficar desequilibrado. 

Na noite de segunda-feira, em Bruxelas, a Comissão Europeia elevou sua oferta de abertura de seu mercado de 70 mil toneladas para 99 mil toneladas de carnes no Mercosul. O tema era central para destravar o impasse no processo que já dura 19 anos. 

A proposta, que está sendo alvo de negociações hoje em Bruxelas por parte do chanceler Aloysio Nunes Ferreira, foi alvo de dura crítica por parte das entidades que representam o setor agropecuário no Mercosul, entre eles a Associação Brasileira das Indústrias Exportadores de Carnes (Abiec), a Confederação Nacional da Agricultura (CNA) e a Sociedade Rural Brasileira.

“A oferta de 99 mil toneladas de carne não cumpre o mandato de 2010 e não contempla a ambição do setor no Mercosul”, disseram os grupos, que ainda apontaram para a “falta de informação” sobre o restante das condicionalidades. “A oferta não atende às expectativas do setor agropecuário do Mercosul”, insistiram as entidades, num documento assinado por Gedeão Silveira Pereira e enviado aos ministros dos quatro países.

A demanda do setor é de que a cota seja estabelecida inicialmente em 100 mil toneladas e que haja um incremento anual até atingir 160 mil toneladas por ano. 


Transparência


O setor agropecuario também criticou a falta de “transparência” do processo. Em Bruxelas, os negociadores do Mercosul não informaram aos produtores sobre a nova oferta. 

“Confiávamos que os governos do bloco buscariam um acordo amplo e equilibrado, que trouxesse reais benefícios para os produtores rurais sul-americanos e causariam o mínimo de dano possível”, disseram as entidades na carta. “Em vista à nova oferta da EU, essa realidade infelizmente parece estar mais distante”, apontaram. 

“Não somente temos sido privados de conhecer a realidade das negociações, mas também estamos receosos do que pode ser concedido pelos nossos governos em termos de acesso de produtos subsidiados ao nosso mercado, em prol de um fechamento de acordo a qualquer custo”, afirmaram. 

“Nesse momento crucial do processo negociador, todas as cartas precisam ser colocadas na mesa, com transparência”, cobrou o setor. “Afinal, o setor privado será o real impactado com os termos negociados pelos nossos governos”, completaram as entidades. 

O governo brasileiro garante que o setor privado tem sido informado com frequência de todos os passos da negociação e que sempre existe representantes de empresas nas cidades onde ocorrem as negociações (O Estado de S.Paulo, 31/1/18)

 

UE apresenta nova oferta e melhora acesso para carne do Mercosul

 


A União Europeia (UE) apresentou ontem à noite ao Mercosul nova oferta para entrada de carne bovina e etanol com tarifa de importação menor, visando destravar a barganha final para o acordo de livre comércio birregional, que será o maior da história dos dois blocos.

O Valor apurou que o sentimento entre certos negociadores é de que a oferta europeia tem potencial de levar à conclusão do acordo, após 19 anos de negociações.

A oferta para carne bovina passou para cota variando entre 90 mil e 100 mil. A oferta anterior era de 70 mil toneladas. O volume exato era mantido em sigilo em Bruxelas, até que o Mercosul discuta a oferta hoje de manhã na embaixada do Paraguai.

Foi durante o jantar oferecido ontem pelos comissários de Comércio, Cecilia Malmström, e da Agricultura, Phil Hogan – Foto -, aos ministros de Relações Exteriores do Mercosul que a nova oferta agrícola europeia foi colocada na mesa.

O jantar durou duas horas, no prédio central da Comissão Europeia. O presidente da Comissão, Jean-Claude Juncker, apareceu no encontro, ilustrando a importância que os europeus dão à conclusão do acordo até o fim de março.

As ofertas europeias sempre têm condicionalidades. Hogan insistiu à tarde, depois de uma reunião dos ministros europeus de Agricultura, que a barganha final com o Mercosul "não é apenas sobre carne, e temos nossos interesses ofensivos". Hogan deixou claro que, primeiro, há limites na concessão que a UE pode fazer para a entrada de carne bovina. E segundo, há condições.

Embora o Mercosul tenha colocado na mesa uma "oferta final", em dezembro, em Buenos Aires, em Bruxelas a posição europeia é de que ainda há muito a ser negociado. A União Europeia quer ganhar mais acesso do que o Mercosul ofereceu até agora tanto para produtos industriais, incluindo liberalização mais rápida para entrada de seus carros, como também para produtos agrícolas como lácteos, vinhos, bebidas, passando por serviços marítimos, regras de origem e proteção de indicação geográfica.

Além disso, embora o Mercosul tenha reduzido o prazo para liberalizar boa parte dos produtos, de 15 para 10 anos, os europeus continuam destacando a importância de "acordo ambicioso". Diante da resistência demonstrada por vários ministros de Agricultura ao acordo com o Mercosul, o comissário procurou tranquilizá-los, dizendo que a qualidade do acordo será privilegiada em relação à rapidez para concluí-lo.

Ao mesmo tempo, documento da União Europeia diz que as negociações entre os dois blocos estão se aproximando do final do jogo, e podem ser concluídas até março próximo. A avaliação é de que, se não der agora, tudo ficará para 2019, diante do período eleitoral no Brasil.

Segundo a UE, o acordo com o Mercosul tem um valor comercial muito elevado - "três vezes o valor do acordo com o Japão e oito vezes o valor do acordo com o Canadá" , de acordo com a comissária do Comércio do bloco europeu.

Hoje haverá reunião de ministros do Mercosul com comissários da UE durante quase todo o dia, em Bruxelas. Em seguida, os técnicos continuarão as reuniões durante a semana, para tentar acelerar a barganha final.

No jantar na Comissão Europeia, os comissários de Agricultura e de Comércio convidaram os ministros de Relações Exteriores do Mercosul, mas deixaram de fora outros ministros do bloco do Cone Sul que se encontram em Bruxelas, como os ministros de Agricultura e Indústria da Argentina, e o novo ministro do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços (Mdic), Marcos Jorge de Lima, causando certa irritação no bloco.

Hogan chegou a brincar, dizendo que a UE talvez fosse servir carne irlandesa para os representantes do Mercosul. Hogan é originário da Irlanda, país que mais faz campanha contra o acordo birregional, precisamente por causa do temor de perder fatias do mercado de carne bovina.

Uma delegação de pecuaristas irlandeses voltou a denunciar o que diz ser impacto negativo da negociação, estimando que o preço da carne bovina poderá cair 16% e custar € 5 bilhões aos produtores europeus (Assessoria de Comunicação, 30/1/18)

FS Bioenergia anuncia duplicação da 1ª usina de etanol de milho do Brasil


FS Bioenergia anuncia duplicação da 1ª  usina de etanol de milho do Brasil

A FS Bioenergia, a primeira usina de etanol 100% do milho do Brasil, anuncia a duplicação da planta de Lucas do Rio Verde. Com obras já iniciadas, a companhia realizará um investimento de R$350 milhões, gerando 720 empregos diretos e indiretos na ampliação. A planta, inaugurada em agosto de 2017, vem apresentando bons resultados e desenvolvimento, e vem surpreendendo positivamente tanto nas vendas de DDGS e etanol quanto na distribuição dos mesmos.

“Somos pioneiros na produção de etanol 100% do milho no Brasil e estamos extremamente satisfeitos com os resultados que obtivemos desde a inauguração da planta, em agosto de 2017. Com a ampliação da usina poderemos acompanhar a crescente demanda por nossos produtos, além de colaborar ainda mais com o desenvolvimento econômico e social do estado do Mato Grosso e do País”, afirma Henrique Ubrig, presidente da FS Bioenergia.

Com a ampliação da planta, a previsão é que sejam moídas 1 milhão e 300 mil toneladas de milho por ano, levando a uma produção anual, após o término das obras, de 530 milhões de litros de etanol, 400 mil toneladas de farelo de milho, 15 mil toneladas de óleo de milho e capacidade de cogeração de energia de 132MW/h, suficiente para abastecer uma cidade de cerca de 55 mil habitantes.

Com a produção do farelo de milho, o chamado DDG (grãos secos por destilação, na sigla em inglês), há um aproveitamento de 100% da matéria prima utilizada na planta, tornando-a sustentável, além de rentável em diversas frentes de mercado. Ainda com foco em sustentabilidade e meio ambiente, a FS Bioenegia participará da formação de uma floresta de 30 mil hectares de eucaliptos plantados a fim de assegurar o fornecimento de biomasssa, principal fonte de energia das instalações da companhia.

A planta conta com equipamentos de última geração, que opera por meio de um circuito fechado. Para trabalhar com essa tecnologia, a FS Bioenergia capacitou todos os funcionários da planta, investindo no desenvolvimento do seu capital humano e agregando valor à mão de obra local.

O crescimento da demanda de etanol no Brasil tende a continuar forte neste ano, com uma expectativa de crescimento de 30%, segundo o Banco Pine. Um reflexo desse cenário é a aprovação do programa RenovaBio, em dezembro do ano passado. Por meio dessa movimentação de mercado, a FS Bioenergia reforça seu compromisso de ajudar a atender à crescente demanda pelo combustível no País e se aproximar ainda mais do principal estado produtor de milho do Brasil (Setor Energético, 30/1/18)

Etanol de milho avança no Centro-Oeste



O Centro-Oeste encontrou no etanol um caminho para verticalizar parte de sua crescente produção de milho, que em sua maior parte vai para exportação. Agricultores, usinas de cana e investidores estrangeiros estão tirando do papel projetos de usinas do biocombustível à base do cereal que deverão acrescentar mais de 1 bilhão de litros de capacidade até 2019, volume equivalente a quase um mês de consumo de etanol hidratado (usado diretamente nos tanques dos veículos) no país.

Ao menos seis usinas do gênero deverão ser construídas ou ampliadas em 2018 na região, a partir de cerca de R$ 2 bilhões em investimentos. Quando todas estiverem operando a pleno vapor, sua demanda por milho deverá superar 3 milhões de toneladas por ano, ou cerca de 6% da safra do Centro-Oeste. Hoje, as usinas que usam milho para fabricar etanol demandam aproximadamente 1 milhão de toneladas – 2% da oferta da região.

O número de projetos deverá aumentar, já que há três usinas de cana (duas em Mato Grosso e uma em Goiás) realizando estudos para apostar no etanol de milho e um grupo de produtores goianos com a mesma intenção.

"Para os próximos cinco anos, acredito que deveremos estar com 3 bilhões de litros de etanol de milho por ano, pelo que temos levantado com os empresários. As usinas estão em implantação ou com projetos ‘flex’, que já usam a cana e incluirão o milho como matéria-prima", afirma Ricardo Tomczick, presidente-executivo da União Nacional do Etanol de Milho (Unem).

Essa onda é impulsionada pela abundância de milho, pela queda dos juros e pelas boas perspectivas para o consumo de etanol combustível no país. Nos últimos meses, a demanda tem crescido porque os motoristas estão trocando a gasolina, mais cara, pelo etanol hidratado. Mas as perspectivas são de que a retomada do crescimento, aliada ao incentivo oferecido pelo programa RenovaBio, alavanquem o consumo de combustíveis como um todo.

"A queda dos juros é importante porque o setor é de capital intensivo", diz Paulo Motta Júnior, CEO da CerradinhoBio. A empresa vai erguer, ao lado de sua usina de cana em Chapadão do Céu (GO), uma unidade de etanol de milho com capacidade para até 230 milhões de litros por safra a partir de 550 mil toneladas de milho, além de 150 mil toneladas de DDG (subproduto do processamento do milho que é utilizado como ração).

Com aporte de R$ 280 milhões – 70% captados com bancos -, a companhia aproveitará parte da estrutura existente, como a energia gerada do bagaço de cana. Segundo Luciano Fernandes, sócio e presidente do conselho, a companhia quer aproveitar a "vocação" para grãos da região, que registra um dos maiores rendimentos de milho do país.

Mas o principal polo de etanol de milho deverá ser também no maior produtor nacional do grão: Mato Grosso. O Estado abriga quatro usinas de etanol, três delas "flex". A única que usa só milho é a da FS Bioenergia, que começou a operar em julho e acabou de começar a expandir sua capacidade, segundo Henrique Ubrig, presidente da companhia.

A empresa investirá R$ 350 milhões no novo projeto, para duplicar a estrutura e retirar gargalos industriais. Segundo Ubrig, surpresas positivas surgiram no primeiro semestre de operação, como um bom mercado para a venda de DDG e uma demanda aquecida em Paulínia (SP).

A demanda por DDG foi o chamariz para que o pecuarista Marcos Cerqueira cogitasse investir na área. Seu projeto, a Santa Clara Álcool de Cereais, foi elaborado quatro anos atrás, mas houve atrasos no licenciamento ambiental, e a construção deverá ter início apenas neste ano.

Cerqueira construirá a usina em Vera (MT), colado a Sorriso, que terá capacidade menor que a das demais, mas poderá usar outros grãos além do milho, como sorgo granífero e arroz quebrado – que não vai para consumo humano. Ele não revelou o valor do aporte, mas disse que 65% dele será com capital próprio.

O perfil de investidores é tão diversificado que na lista há até cooperativas de produtores originalmente criadas para comercializar insumos. Uma delas é a catarinense Coprodia, que já tem uma usina de cana em Campo Novo do Parecis (MT) e começou a construir ao lado uma usina de etanol de milho com aporte de R$ 400 milhões.

Outra é a Alcooad, formada por 15 produtores de grãos ligados à Cooperativa Agroindustrial Deciolândia (Cooad), que está buscando capital com fundos constitucionais do governo para iniciar as obras este ano. Eles estimam um investimento de R$ 450 milhões para erguer uma usina capaz de produzir 200 milhões de etanol a partir de 500 mil toneladas de milho. "Para os produtores, a usina é uma opção a mais de cliente", afirma Marcelo Alves, diretor da Alcooad.

Um dos projetos ‘greenfield’ mais adiantados está em Sinop (MT), onde a paraguaia Inpasa está investindo R$ 500 milhões em uma unidade já anunciada pelo governador Pedro Taques como a maior usina de etanol de milho do país.

"Usineiros de cana de Mato Grosso estão fazendo cálculos para ver se compensa processar milho, já que o retorno do investimento é rápido, de três anos", diz Glauber Silveira, vice-presidente da Abramilho, que representa produtores de milho (Assessoria de Comunicação, 30/1/18)


Oferta adicional terá de ser vendida a outros mercados


A expansão da oferta de etanol no Centro-Oeste gerada pelos investimentos em curso ou projetados não será totalmente absorvida pela demanda regional, o que forçará as empresas a buscarem novos mercados para seu produto.

"O problema aqui não é produzir etanol. É como levá-lo a outros mercados a preços competitivos", diz Jorge dos Santos, diretor executivo do Sindalcool-MT, que representa as usinas mato-grossenses.

O consumo de etanol hidratado dos três Estados do Centro-Oeste e do Distrito Federal representa cerca de 13% do total nacional. O auge foi em 2015, quando alcançou 2,3 bilhões de litros – abaixo da capacidade instalada prevista para operar em 2019, de mais de 3 bilhões de litros.

Enviar o etanol para o Sudeste, por exemplo, esbarra nos elevados custos logísticos, enquanto buscar um caminho para o Norte ainda é difícil pela falta de infraestrutura. Segundo Santos, o frete atualmente para Paulínia (SP) está em torno de R$ 0,31 por litro, quase 20% do preço do etanol. "O frete tem que ser no máximo 5%, senão não compensa".

Os investidores em etanol de milho estão buscando formas para lidar com o problema. A CerradinhoBio já utiliza um terminal próprio de transbordo ferroviário para escoar o etanol que produz a partir da cana pela ferrovia entre Rondonópolis e Santos, da Rumo.

Já a FS Bioenergia quer insistir em uma saída para o Norte, apostando na pavimentação da BR 163 para alcançar o porto de Miritituba (PA), no Tapajós. "Talvez dê até para chegar ao Nordeste via cabotagem", afirma Henrique Ubrig, presidente da empresa. Embora tenha escoado parte de sua produção para Paulínia, Ubrig concorda que o frete ainda é "caro"


 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/fs-bioenergia-anuncia-duplicacao-da-1-usina-de-etanol-de-milho-do-brasil.html

O Brasil Precisa Decretar Reorganização Judicial Já




Todos os candidatos para 2018 até agora possuem como agenda prioritária salvar o Estado.

Não querem admitir ou pior, nem sabem que o Estado, desde as prefeituras, governos estaduais e governo federal estão quebrados, totalmente quebrados.

Todos os candidatos estão em estado de negação, achando que “privatizar tudo”, aumentando o número de multas, tornando o Estado mais eficiente, poderão ainda fazer um “turn around” derradeiro, sem calote nem reestruturação de dívidas.

Isso não existe, passamos o ponto de um “turn around”, o Patrimônio Negativo Acumulado ultrapassa R$ 22 trilhões, não tem como recuperar um rombo desse sem aumentar impostos a níveis impossíveis e inaceitáveis.

Mais inacreditável são estes candidatos convidarem para serem Ministros da Fazenda de seus governos justamente aqueles que por ação ou omissão quebraram o Brasil, como Gustavo Franco com Amoêdo, Persio Arida com Alckmin, Armínio Fraga com Luciano Huck.

Numa reorganização, engenheiros e administradores depois de uma análise de viabilidade identificam o lado podre do Estado, e tentam pelo menos salvar a parte boa do Estado. (Ela existe, sim.)

Financeiros avisam os credores do Estado que seus investimentos em títulos públicos foram para o ralo, e que talvez recuperem 20%, e olhe lá.

Avisam todos os aposentados públicos e privados que as contribuições previdenciárias sumiram.

E que podem no máximo receber salários mínimos para quem não tem família, posses ou capacidade de trabalhar, para que ninguém morra de fome em consequência do sumiço das contribuições.

Lula e Ciro Gomes ainda vendem o peixe que ninguém será prejudicado, que está sobrando dinheiro para pagar a todos, uma mentira.

Se não decretarmos Reestruturação Judicial do Estado, já, os mais espertos ficarão com 100% do que o Estado lhes deve, e o restante, nós, ficaremos com nada, zero, vocês sabem disso.

Não dá para passar o Brasil a limpo sem uma Reorganização Judicial do Estado.
Precisamos decretar falência já, lamber as feridas, e começar de novo com o pé direito.


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quinta-feira, 25 de janeiro de 2018

Em Davos, Petrobras destaca substituição da dívida


Estavam previstos vencimentos de US$ 15,2 bilhões neste ano, US$ 11,3 bilhões em 2019 e US$ 12,5 bilhões em 2020

 

 


Davos – A Petrobras diminuiu de US$ 48,1 bilhões para US$ 27,6 bilhões as dívidas com vencimento entre 2018 e 2020, informou o presidente da empresa, Pedro Parente, presente em Davos para acompanhar a reunião do Fórum Econômico Mundial e participar de encontros com dirigentes de grandes grupos petrolíferos.

Estavam previstos vencimentos de US$ 15,2 bilhões neste ano, US$ 11,3 bilhões em 2019 e US$ 12,5 bilhões em 2020. Os novos valores são US$ 5,9 bilhões, US$ 11,3 bilhões e US$ 10,4 bilhões – posições indicadas em 30 de setembro. O custo médio das dívidas foi reduzido de 6,2% para 5,9%.

No período recente de maiores dificuldades, a Petrobras teve acesso reduzido ao mercado financeiro internacional. O problema foi atenuado, por algum tempo, com empréstimos chineses. Vencida a pior fase da crise, a empresa retornou ao mercado. Crédito mais fácil e mais barato foi usado para substituir os empréstimos obtidos em piores condições. Com isso foi possível diminuir o custo e, ao mesmo tempo, alongar o perfil da dívida.

A presença da Petrobras em Davos, tradição mantida por muitos anos, foi abandonada no período de maiores dificuldades. O retorno de apenas um participante – no caso, o presidente – custou US$ 100 mil. A reunião do Fórum Econômico Mundial proporciona uma oportunidade especial de encontro, com discussões e troca de informações importantes, para executivos das maiores companhias do setor.

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

 https://exame.abril.com.br/negocios/em-davos-petrobras-destaca-substituicao-da-divida/

Monsanto defenderá patente da Intacta no Brasil, dizem advogados

O advogado que representa a Monsanto disse que a empresa apresentará argumentos até 22 de março

 





São Paulo – A Monsanto tem dois meses para apresentar às autoridades brasileiras argumentos em defesa de sua patente Intacta RR2 Pro, disseram advogados da empresa à Reuters, após o Instituto Nacional da Propriedade Industrial (INPI) afirmar que a patente da companhia deve ser declarada nula.

O advogado que representa a Monsanto, Luiz Henrique do Amaral, disse que a empresa apresentará argumentos até 22 de março em resposta a um parecer técnico do INPI que sugeriu a anulação da patente da semente Intacta.

A Advocacia Geral da União citou a reavaliação do INPI nos autos de uma ação movida em novembro contra a Monsanto por produtores de soja do Mato Grosso. O parecer revisado pode desencadear anos de litígio entre a companhia e as autoridades no Brasil, maior exportador global de soja.

“Qualquer decisão judicial que suspenda pagamentos de royalties pode ser alvo de recurso pela Monsanto”, disse Amaral. Ele não quis estimar quanto tempo pode ser necessário até uma decisão final sobre o caso.

O advogado que representa a Associação de Produtores de Soja e Milho do Estado do Mato Grosso (Aprosoja), Sidney Pereira de Souza Junior, disse que o caso “está andando rápido” e que uma decisão pode sair em dois anos.

Ele disse que, depois de a Monsanto apresentar sua defesa, o tribunal pode conceder uma liminar ordenando a suspensão da cobrança de royalties da Intacta enquanto o caso é deliberado.

Amaral disse que depois de um processo de aprovação de patente que durou 10 anos, pareceu “surpreendente” o INPI reverter seu parecer em algumas semanas, com base em opiniões de especialistas que não participaram da avaliação original.

O INPI disse em nota que emitiu sua opinião técnica no caso com base nos argumentos da Aprosoja e que a própria Monsanto ainda não se posicionou nos autos do processo.

Os direitos de propriedade intelectual são cruciais para a Monsanto, que também enfrenta obstáculos regulatórios para obter aprovação de sua aquisição pela Bayer, um acordo de 63,5 bilhões de dólares que pode criar a maior empresa de sementes e pesticidas do mundo.

As ações da Monsanto estão sendo negociadas com um grande desconto em relação ao preço ofertado pela Bayer, de 128 dólares, refletindo incertezas ligadas à aprovação do negócio por autoridades anti-truste ao redor do mundo, inclusive no Brasil, o segundo maior mercado da Monsanto.

Cerca de 96,5 por cento da área plantada com soja no Brasil é ocupada por sementes geneticamente modificadas.

A demanda global por sementes transgênicas, incluindo soja e milho, deverá aumentar para 36,5 bilhões de dólares em 2021, ante os 21,5 bilhões de dólares de 2015, de acordo com a Zion Research.

A Intacta é geneticamente modificada para tolerar o herbicida glifosato e para resistir a lagartas. A Monsanto obteve a patente da Intacta em 2012 e vem cobrando royalties sobre a semente desde 2013. 

A proteção da patente se estende até 2022.


 https://exame.abril.com.br/negocios/monsanto-defendera-patente-da-intacta-no-brasil-dizem-advogados/

Mercosul-UE: Única reforça pleitos do setor em reunião com Blairo Maggi



 Produtores e governos discutem estratégias para aumentar venda de produtos brasileiros na Europa


O setor sucroenergético mais uma vez enfatizou a sua posição frente às negociações entre Mercosul e União Europeia (UE) durante um encontro que reuniu representantes de diferentes entidades do agronegócio brasileiro com o ministro da Agricultura, Blairo Maggi, na última segunda-feira (22/01), em Bruxelas.

Na oportunidade, a assessora sênior da presidência da União da Indústria de Cana-de-Açúcar (UNICA) para Assuntos Internacionais, Geraldine Kutas, defendeu os interesses dos produtos sucroenergéticos brasileiros no Acordo que vem sendo discutido com os europeus, como a extinção da tarifa de 98 euros por tonelada de açúcar exportada, a adoção de uma quota de 600 mil toneladas para etanol combustível e o acesso livre do álcool industrial embarcado para a UE.

“Destacamos a importância da inclusão destes pontos como forma de fortalecer o comércio internacional e o desenvolvimento econômico”, afirma a executiva da UNICA.

Açúcar

Em relação à questão do açúcar, Géraldine Kutas esclarece que o Brasil espera uma contrapartida da UE. “Todas as cotas do produto oferecidas pelo bloco europeu aos seus parceiros comerciais com quem tem acordo de livre comércio são com tarifa zero. Nossa proposta é que isso se aplique ao Brasil também", explica. Apesar da oferta europeia para o açúcar brasileiro ser muito baixa (100 mil toneladas) em relação à atual (410 mil toneladas), os produtores europeus defendem a retirada do produto das negociações.

“Alegam que a abertura do comércio impactaria negativamente seus negócios e insistem em afirmar que o governo brasileiro subsidia a produção local. Mas dados da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), nos últimos cinco anos, indicam que Europa apoiou o setor de açúcar 20 vezes mais. Não existem subsídios desta natureza em nosso país, nem por meio de normas regulatórias nem por financiamentos para artificialmente impulsionar competitividade”, ressalta a representante da indústria canavieira.


Etanol

 
Sobre o etanol, Géraldine esclarece que a tarifa de importação atual, na prática, impede que o consumidor europeu tenha acesso ao etanol de cana brasileiro, considerado o mais sustentável do ponto de vista ambiental. A UE propôs uma cota de 600 mil toneladas cobrando 6,4 centavos de euros por litro de etanol não-desnaturado e 3,4 centavos de euros por litro do produto desnaturado. 

“O pleito do Brasil é uma quota de 600 mil toneladas para o biocombustível e um acesso livre, com tarifa zero, para etanol utilizado para outros fins. Com maior abertura comercial, os europeus também poderiam se beneficiar com a redução dos preços do biocombustível”, frisa.

O encontro com o ministro Blairo Maggi teve como pauta principal as exportações de carne para Europa. Também participaram das discussões executivos da Confederação Nacional da Agricultura (CNA), Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (ABIEC), Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA) e da Agência Brasileira de Promoção de Exportações e Investimentos 


(Apex-Brasil) (Única, 24/1/18)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/mercosul-ue-unica-reforca-pleitos-do-setor-em-reuniao-com-blairo-maggi.html

Fusão criaria líder absoluta em grãos no Brasil


Fusão criaria líder absoluta em grãos no Brasil

Os US$ 30 bilhões que a ADM estaria disposta a pagar para fundir suas operações com as da rival Bunge não serviriam ‘apenas’ para criar uma máquina de agronegócios do porte da Cargill, que desde o início do século passado lidera o segmento no mundo. A tacada, se confirmada, daria às americanas uma posição mais do que privilegiada no Brasil onde o potencial de expansão da produção de culturas como soja e milho é inigualável e país no qual, de olho no esperado aumento da demanda global por alimentos, todas as grandes tradings multinacionais têm feito investimentos bilionários.

Juntas, ADM e Bunge seriam líderes absolutas em originação e exportação de grãos a partir do Brasil. Segundo fontes consultadas, também teriam capacidade de armazenagem duas vezes maior que a da Cargill e quatro vezes superior à da Louis Dreyfus Company (LDC). Dentro do quarteto conhecido como ‘ABCD’, portanto, abriria no ‘celeiro do mundo’ uma dianteira difícil de ser perdida em áreas-chave desse mercado, no qual a produção de biocombustíveis a partir de culturas agrícolas também ganha peso.

Em soja, carro-chefe do agronegócio brasileiro, Bunge e ADM foram responsáveis, no ano passado, pelo embarque de 9,4 milhões e 7,6 milhões de toneladas, respectivamente. Mas a Cargill ‘roubou’ a coroa da Bunge no país nessa frente ao menos provisoriamente, com o embarque de 9,6 milhões de toneladas. Com ativos totais de R$ 17,5 bilhões e receita líquida de R$ 32,3 bilhões em 2016, conforme dados disponíveis no Valor PRO, a Bunge ainda encerrou 2016 como a maior empresa do setor agrícola do Brasil. A Cargill não divulga seus resultados no país, mas os bilhões de reais que registra serão mais do que suficientes para garantir margens melhores em um negócio no qual escala é fundamental.

Em praticamente todos os portos brasileiros, a empresa resultante de uma união de ADM e Bunge também teria posição de destaque. Em Vila do Conde (PA), no Arco Norte, região onde a Cargill anunciou investimentos de mais de R$ 400 milhões no fim de 2017, ADM e Bunge movimentaram em 2016 cerca de 70% de toda soja e milho, ou 3,3 milhões de toneladas. Em Santos, a chinesa Cofco perderia a liderança (2,9 milhões de toneladas) para Bunge (2,8 milhões de toneladas) e ADM (2,1 milhões). O mesmo cenário se repetiria em São Francisco do Sul (SC), Tubarão (ES), Salvador (BA) e Itaqui (MA). Em Rio Grande (RS) a liderança da Cofco não seria alcançada, mas ADM e Bunge ganhariam distância mais confortável de Cargill e Marumbeni na segunda posição.

Tomando-se como base a safra 2015/16, que foi prejudicada por problemas climáticos, a fusão de ADM e Bunge elevaria a originação de grãos da dupla a 24 milhões de toneladas, ante 10 milhões de toneladas da Cargill, 8,4 milhões da Cofco e 6,1 milhões de toneladas da LDC. Esses volumes foram muito maiores em 2016/17, quando o clima foi quase ideal e a colheita brasileira de soja e milho alcançou o recorde de 212 milhões de toneladas.

Segundo analistas e representantes de tradings, ainda que em números operacionais a possível união entre ADM e Bunge seja significativa no país, não se trata de um caso de concentração, dada a pulverização do segmento. Mesmo que se juntem, as duas ficariam com ‘apenas’ 23% do mercado brasileiro de originação de grãos, por exemplo, o que pode ser considerado pouco para que o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) decida impor restrições. ‘Estamos longe da concentração que vemos no mercado de proteína animal, por exemplo’, diz Luis Oliveira, sócio para agricultura da Bain & Company, referindo-se ao domínio da JBS, Marfrig e Minerva no mercado brasileiro de carnes.

Mas Oliveira ressalva que o impacto de uma compra ou fusão entre as duas poderá ter implicações localizadas. Em Mato Grosso, por exemplo, ADM e Bunge ficariam com 47% da capacidade e processamento de grãos, de 12 milhões de toneladas – a fatia da Bunge chega a 30% e a da ADM é de  17%. ‘Mas se o produtor do Mato Grosso se sentir ameaçado, pode andar mais um pouco e esmagar sua soja em Mato Grosso do Sul’.

O interesse da ADM pela Bunge – que ainda está ns mira da Glencore – pegou o mercado de surpresa, mas é considerado natural e pertinente. Estrategicamente, a ADM, que passou a investir mais em produtos de maior valor agregado nos últimos anos, ganharia escala em seu ‘core business’ na América do Sul, na Europa e na Ásia e reduziria custos. ‘Na América do Sul seriam negócios complementares’, diz uma fonte. Outra fonte afirma que é possível que a sobreposição de ativos como plantas de processamento e armazenagem exija a venda ou fechamento de alguns deles. Foi o que fez a ADM décadas atrás, em um processo de consolidação de seus terminais portuários na região do Golfo dos EUA. O cenário de baixa rentabilidade do segmento, na época, era semelhante ao observado de hoje

 (Assessoria de Comunicação, 24/1/18)
http://www.brasilagro.com.br/conteudo/fusao-criaria-lider-absoluta-em-graos-no-brasil-.html

Louis Dreyfus adere ao blockchain


Louis Dreyfus adere ao blockchain

 

A Louis Dreyfus Company (LDC), uma das principais tradings agrícolas do mundo, e um grupo de bancos concluíram o primeiro negócio com commodity agrícola usando a base de dados compartilhados blockchain, em mais um sinal de como a tecnologia digital encaminha-se para transformar a maneira como as matérias-primas são compradas e vendidas.

O blockchain, originalmente idealizado para processar negócios com bitcoins, é uma espécie de livro contábil eletrônico que armazena o registro das operações em blocos digitais. Os negociantes de commodities esperam que a tecnologia leve a formas mais seguras, rápidas e baratas de compensar as transações. Comercializadoras de petróleo e petrolíferas vêm testando ativamente plataformas baseadas no blockchain.

A LDC e a Shandong Bohi Industry, uma processadora agrícola chinesa, junto com os grupos financeiros ING, Société Générale e ABN Amro testaram uma plataforma digital baseada no blockchain para vender 60 mil toneladas de soja dos Estados Unidos à China em dezembro.

As tradings esperam que a tecnologia simplifique o trabalhoso processo de troca de contratos, letras de crédito, inspeções e outras burocracias por e-mail ou fax que existem atualmente. "Nossas expectativas eram grandes, mas os resultados foram ainda melhores", disse Robert Serpollet, chefe de operações comerciais da LDC, destacando que o processamento dos documentos levou cerca de 20% do tempo que levaria para fazer o mesmo em papel.

Outros benefícios são a possibilidade de monitorar o progresso da operação em tempo real, a verificação dos dados e a redução do risco de fraude. "Os benefícios de custo são significativos", disse o chefe mundial de financiamento de negócios de commodities do ING, Anthony van Vliet, acrescentando que um teste com uma trading de petróleo permitiu economias de 25% a 30%.

Para que o uso de blockchain realmente decole é crucial que seja adotada de forma generalizada por tradings, bancos financiadores e outros participantes da cadeia de fornecimento, segundo o LDC e o ING.

A plataforma baseada em blockchain da transação de soja já havia sido usada anteriormente para vender um carregamento de petróleo, um negócio envolvendo a trading Mercuria e os bancos ING e Société Générale. Posteriormente, petrolíferas como a BP e a Shell, comercializadoras como a Gunvor e a Mercuria, e os bancos financiadores formaram um consórcio para desenvolver ainda mais a plataforma baseada em blockchain.

Paralelamente, a BP vem testando uma plataforma de blockchain com a petrolífera italiana Eni e a Wien Energie, da Áustria; e a Cargill opera uma tecnologia piloto de blockchain para acompanhar a procedência de perus, o que permite informar o consumidor sobre onde as aves foram criadas.

No negócio de venda de soja americana, participaram ainda duas empresas de navegação, que emitiram os certificados necessários, e o Departamento de Agricultura dos EUA (USDA), que mostrou como incluir certificados fitossanitários 

(Assessoria de Comunicação, 24/1/18)

 http://www.brasilagro.com.br/conteudo/louis-dreyfus-adere-ao-blockchain-.html



Ao lançar pré-candidatura, Lula diz que não respeitará a Justiça


Em discurso durante reunião da Executiva Nacional do PT, o ex-presidente disse ainda que está em curso uma tentativa de criminalização do PT

 



São Paulo – Um dia depois de ser condenado pelo Tribunal Regional Federal da 4.ª Região (TRF-4) a 12 anos e 1 mês de prisão, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não respeitará a decisão da Justiça.

Em ato político que aprovou sua pré-candidatura ao Palácio do Planalto, nesta quinta-feira, 25, Lula conclamou os militantes a defendê-lo nas ruas e pregou o enfrentamento político.

“Esse ser humano simpático que está falando com vocês não tem nenhuma razão para respeitar a decisão de ontem”, afirmou o ex-presidente, em reunião da Executiva Nacional do PT, em São Paulo.

“Quando as pessoas se comportam como juízes, sempre respeitei, mas quando se comportam como dirigentes de partido político, contando inverdades, realmente não posso respeitar. Se não perderei o respeito da minha neta de 6 meses, dos meus filhos e perderei o respeito de vocês.”

Lula chegou a se comparar a Jesus Cristo, ao afirmar que ele foi condenado à morte. “E olhe que não tinha empreiteira naquele tempo”, disse.

Logo em seguida, porém, o ex-presidente se corrigiu. “Eu sei que a imprensa vai dizer ‘Lula se compara a Jesus Cristo’. Longe disso”.

Com a voz que ficou embargada algumas vezes, o ex-presidente disse que manterá as caravanas pelo Brasil, mas conclamou o PT e os movimentos sociais a ajudá-lo no embate nas ruas.

“Espero que a candidatura não dependa do Lula. Que vocês sejam capazes de fazê-la, mesmo se acontecer alguma coisa indesejável, e colocar o povo brasileiro em movimento”, insistiu o ex-presidente.

Vai recorrer

 

O ex-presidente afirmou que sua defesa vai recorrer “naquilo que for possível” sobre a decisão do TRF-4. “Eles tomaram uma decisão política com o objetivo que eu não volte à Presidência”, disse.

Segundo ele, a decisão unânime dos desembargadores foi para valorizar a categoria dos juízes. “Não consigo outra explicação, porque se encontrassem um crime que cometi, não estaria aqui pedindo desculpas para vocês. O julgamento de ontem foi mais valorizar a categoria dos juízes, o corporativismo do que crime que estava em julgamento, porque não havia crime.”

Segundo Lula, os desembargadores construíram um cartel para decisão unânime por 3 a 0 no TRF-4. “Só ontem descobri que era um cartel, tinham que chamar o Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica)”, disse.

O ex-presidente disse também que está com a consciência tranquila, diferente dos juízes, segundo ele.
“Eles sabem que condenaram um inocente. Mas não sofri tanto, porque sempre acreditei que iria ser do jeito que foi. Obviamente que não estou feliz, mas duvido que alguns deles que me julgaram estão com consciência tranquila como estou hoje com vocês.”


 https://exame.abril.com.br/brasil/lula-acusa-trf-4-de-cartel-e-diz-que-vai-batalhar-ate-o-fim/

Dois Novos Petz - Petz Abre Novas Unidades no Interior de São Paulo


Dois Novos Petz
  A rede de produtos para pets abre em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, sua 64ª operação no Brasil. A unidade conta com mais de 1200m² e oferece um mix de mais de 20 mil produtos nacionais e importados, além de estacionamento capaz de oferecer 57 vagas para carro e mais 10 para motocicletas. 
 
As inaugurações não param por aí. No próximo dia 04 de fevereiro, a Petz chega em São Carlos, também no interior de São Paulo. A unidade terá mais de 900m² de estrutura e também trabalhará com todo o portfólio da rede. A unidade de São José do Rio Preto está localizada na Av. Pres. Juscelino K. de Oliveira, 400, enquanto a unidade de São Carlos está na Av. Francisco Pereira Lopes, 1701 - Parque Santa Monica. 
 

http://www.gironews.com/redes-shopping/dois-novos-petz-46396/

segunda-feira, 22 de janeiro de 2018

“BB” com perspectiva negativa


Classificações da Petrobras, segundo a agência, também refletem sua forte ligação com o risco soberano do Brasil

 


Rio de Janeiro – A Fitch manteve o rating da Petrobras em “BB”, com perspectiva negativa, refletindo o forte incentivo do governo brasileiro para apoiar a empresa devido a sua importância estratégica para o país, informou nesta segunda-feira agência de classificação de risco em nota ao mercado.

As classificações da Petrobras, segundo a Fitch, também refletem sua forte ligação com o risco soberano do Brasil, já que a empresa é controlada pela União.

 https://exame.abril.com.br/negocios/fitch-mantem-rating-da-petrobras-em-bb-com-perspectiva-negativa/

Por atender mal, empresas brasileiras perdem R$ 400 bi


65% dos consumidores se dizem frustrados quando as empresas deixam de entregar experiências de compras relevantes e personalizadas

 




São Paulo – Encontrar um item que estava procurando ou receber um serviço que atenda diretamente uma necessidade encantam qualquer consumidor. Para as empresas, o desafio é entender o que os clientes estão buscando e oferecer experiências personalizadas. Quem não consegue, acaba perdendo a compra para o concorrente.

E essa perda não é pequena. No ano passado, as companhias brasileiras perderam 401 bilhões de reais com o mal atendimento, ou a falta de ofertas adequadas às necessidades dos consumidores, de acordo com a pesquisa Global Consumer Pulse, feita pela Accenture Strategy e divulgada em primeira mão pelo site EXAME.

O estudo ouviu 25 mil consumidores no mundo todo, incluindo mais de 1.300 brasileiros.

De acordo com a pesquisa, 65% dos consumidores se dizem frustrados quando as empresas deixam de entregar experiências de compras relevantes e personalizadas. Por isso, 47% dos clientes acaba optando por um concorrente.

No Brasil, 66% dos entrevistados disse que tem maior probabilidade de comprar de empresas que sempre personalizam experiências. Além disso, 49% dariam grande valor a serviços que identificassem suas necessidades intuitivamente ao longo do tempo.

Como exemplo, empresas podem desenvolver mecanismos para repor, de maneira inteligente, itens que estão perto de acabar. Cerca de 83% dos brasileiros usariam esse tipo de serviço.

Entender a necessidade dos clientes e oferecer produtos e serviços que atendam melhor cada público fica mais fácil com a inteligência artificial, que coleta dados sobre os hábitos de compra dos consumidores. No entanto, mesmo entre os que aprovam a tecnologia, mais de um terço (34%) dos brasileiros acham um pouco assustador quando a tecnologia começa a antecipar e interpretar corretamente as suas necessidades, por exemplo.

Isso leva a um conflito para as empresas: por mais que os consumidores queiram experiências mais personalizadas, ainda não confiam o suficiente nas empresas para passar dados pessoais a elas.

Mas há solução. A ampla maioria dos consumidores brasileiros (93%) alega que é extremamente importante que as empresas protejam a privacidade de suas informações pessoais. Outros 89% afirmam ser frustrante dar-se conta de que não se pode confiar no uso adequado de seus dados por algumas companhias. Cerca de 80% esperam que as empresas conquistem sua confiança sendo mais abertas e transparentes sobre como manejam suas informações.


 https://exame.abril.com.br/negocios/por-atender-mal-empresas-brasileiras-perdem-r-400-bi/

Walmart negocia venda de participação em unidade brasileira

As negociações são com a firma de private equity Advent International Corp e outros fundos, segundo fonte

 





São Paulo – O fundo de investimento americano Advent está em conversas com a rede varejista Walmart para comprar parte das operações da companhia no Brasil. Com quase 500 lojas no País e faturamento de R$ 29,6 bilhões, segundo dados de 2016, a gigante americana do varejo iniciou um processo de reestruturação numa tentativa de melhorar seu desempenho no mercado brasileiro.

A notícia de que Advent e Walmart se aproximaram foi publicada neste domingo, 21, na coluna do jornalista Lauro Jardim, de O Globo, que informou que a gestora teria interesse em adquirir 50% da companhia no Brasil.

O jornal O Estado de S. Paulo apurou que o formato de uma possível sociedade entre as duas partes ainda está em discussões preliminares e não há uma definição de como essa transação pode ser fechada. Fontes a par do assunto afirmaram que o Advent estuda há algum tempo como entrar nesse modelo de negócios no Brasil. Procurados pelo jornal, Advent e Walmart não comentam o assunto.

Pressionada pela matriz nos Estados Unidos por conta de seu baixo desempenho no Brasil, a rede colocou em marcha um processo de reestruturação, que inclui fechamentos de lojas que tinham resultados deficitários, mudança de seus principais executivos e uma reforma do conceito de hipermercado e supermercados.

Com 470 lojas no País, a varejista anunciou no fim do ano passado investimentos da ordem de R$ 1,5 bilhão para reformar unidades de hipermercados e supermercados no Brasil e fazer a conversão das bandeiras – Nacional e Big, líderes no Sul do País, e Bompreço, no Nordeste, para Walmart. A expectativa é que esses investimentos sejam concluídos nos próximos três ou quatro anos.

Fontes de mercado familiarizadas com o assunto afirmaram que a rede tem até o fim do ano que vem para voltar a gerar bons resultados no mercado brasileiro.

Expansão


Com apetite para negócios no Brasil e na América Latina, o Advent tem considerado diversos setores para crescer na região. Nos últimos três anos, a gestora entrou em importantes operações no Brasil, que incluem a compra de fatia no laboratório Fleury e a consolidação na área de distribuição de produtos químicos, com a quantiQ, que pertencia à Braskem. Eles também fecharam negócios para avançar no setor de autopeças e em operações financeiras.

Com a recessão, o fundo tem buscado oportunidades em setores com potencial de crescimento no País. No ano passado, também investiu pesado na compra de ações da rede de ensino Estácio. A gestora, que participou da consolidação da Kroton/Anhanguera no passado, quer replicar o mesmo modelo no grupo carioca de educação. 

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.