sexta-feira, 30 de agosto de 2024

Em evento da XP, ex-diretores do BC criticam comunicação confusa da autarquia

 

Ficheiro:Banco Central do Brasil logo.png – Wikipédia, a ...

A comunicação recente do Banco Central (BC) foi criticada nesta sexta-feira, 30, em painel da Expert, evento da XP Investimentos, que reuniu ex-diretores da autarquia, além do ex-presidente Gustavo Franco. A avaliação é de que, após ruídos gerados no mercado, a direção do BC fez uma inflexão, num esforço de reforçar que não está comprometida com a próxima decisão sobre os juros.

Essa percepção de ajuste na comunicação ficou mais clara nas declarações dadas mais cedo pelo presidente do BC, Roberto Campos Neto, reforçando a posição data dependent da autoridade monetária.

Ex-diretor de política econômica do Banco Central (BC), Carlos Viana, chefe de pesquisas da Kapitalo, julgou que a comunicação do BC tem sido confusa. A “prova cabal” de que ela não está azeitada, pontuou, foi a correção “intraday” feita por um mesmo “policymaker”. Ainda que sem mencionar o nome, ele se referiu ao diretor de Política Monetária, Gabriel Galípolo, que na quinta-feira da semana passada declarou ter tido fala mal interpretada pelo mercado por sua culpa, deixando claro que o BC não hesitaria em subir o juro se necessário.

Na mesma linha, Fernanda Guardado, ex-diretora de assuntos internacionais do BC, avaliou que a comunicação recente tem tido acidentes ou falhas de interpretações. Para ela, que é chefe de pesquisa macroeconômica para América Latina do BNP Paribas Brasil, o BC busca agora trazer a interpretação dos agentes de mercado de volta para a mensagem da ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, que indicou a possibilidade de os juros tanto subirem quanto ficarem estacionados nos atuais 10,5% ao ano.

Lembrando que o regime de metas de inflação depende de coordenação das expectativas, Gustavo Franco disse que se preocupa quando ouve que existe um problema de comunicação no BC. “Quando isso acontece, você não tem um problema de comunicação, você tem um problema”, afirmou o ex-presidente do BC e sócio da Rio Bravo Investimentos.

Na esteira das declarações dadas nesta sexta-feira por Campos Neto, apontando erro na precificação da curva de juros de curto prazo, e o aviso de que o ciclo de alta de juros, se acontecer, será gradual, os participantes do painel avaliaram que uma alta de juros de 0,25 ponto porcentual está a caminho. Viana ponderou, no entanto, que a comunicação vem mudando muito.

Gustavo Franco destacou que se nada acontecer do lado fiscal, como uma sinalização clara de controle de despesas públicas, a alta de juros vai ganhar força, aumentando a irritação no Palácio do Planalto, referindo-se ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, um crítico do trabalho de Campos Neto.

O sócio da Rio Bravo lembrou que, antes da autonomia da instituição, os presidentes da República não reclamavam publicamente dos chefes do BC porque sabiam que seriam questionados sobre por que, simplesmente, não os demitiam. “Agora que não pode demitir, pode reclamar abertamente”, assinalou.

Novos concursos do Ibama e ICMBio terão mais de 800 vagas; veja cargos

 


Prédio do ICMbio - Crédito: Divulgação/ICMbio

O Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos autorizou concursos públicos com 460 vagas para o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis) e 350 para o ICMBio (Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade).

Para o Ibama serão destinadas 330 vagas para o cargo de analista ambiental e 130 para analista administrativo.

Já para o ICMBio, serão 230 vagas para analista ambiental e 120 para analista administrativo.

Todos os cargos exigem nível superior dos interessados.

Os concursos serão realizados pelos próprios órgãos, que terão o prazo de seis meses para a publicação do edital.

Segundo a pasta, a antecedência mínima entre as publicações dos editais e as realizações das primeiras provas dos certames é de dois meses.

Embraer celebra 35 anos na Bolsa de Valores de SP (B3) com toque de sino e valorização recorde

 


(Imagem: Divulgação / Embraer)

 

A Embraer comemorou nesta quinta-feira (29), um marco significativo: 35 anos de negociação de suas ações na bolsa de valores de São Paulo, a B3. O evento contou com a presença de representantes da empresa, que realizaram o tradicional toque do sino, marcando o início das atividades do mercado de capitais, na capital paulista. Em seguida, uma série de apresentações foi realizada para investidores, destacando o desempenho e as perspectivas da companhia.

Segundo a empresa, desde o início de 2023, as ações da fabricante de aviões apresentaram valorização de mais de 200%, refletindo a confiança do mercado na empresa. Esse crescimento expressivo é resultado de uma combinação de fatores, incluindo a recuperação do setor aéreo e a forte demanda por aeronaves.

Embraer celebra 35 anos na Bolsa de Valores de SP (B3) com toque de sino e valorização recorde
(Foto: Reprodução / Embraer)

Investimento e plano de expansão 35 anos

Além da valorização das ações, a Embraer anunciou recentemente um investimento de R$ 2 bilhões, acompanhado da contratação de 900 novos funcionários. Esse investimento é parte de um plano ambicioso de expansão, que visa fortalecer a posição da Embraer no mercado global e atender ao aumento da demanda por suas aeronaves.

Durante o mês de agosto, a Embraer está realizando diversas atividades em celebração aos 55 anos de fundação da empresa.

Alckmin diz que talvez governo consiga mais R$ 5 bi para estender depreciação acelerada

 Alckmin será ministro, depois de coordenar equipe de ...


O vice-presidente da República, Geraldo Alckmin, reafirmou nesta sexta-feira, 30, que o governo está nas tratativas para conseguir ampliar o volume de recursos e estender por mais dois anos o programa de depreciação acelerada, lançado para incentivar os investimentos em máquinas e equipamentos na indústria. “Talvez a gente consiga mais R$ 5 bilhões para estendê-lo e ampliar seu escopo”, disse o vice-presidente e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços.

Alckmin reforçou que o País conta com um parque industrial envelhecido, o que confere um bom momento para investimentos. “Estamos com quase 84% da capacidade aproveitada de operação. Reduziu a ociosidade e precisa comprar máquina”, comentou ele, participante de evento da Semana Nacional de Engenharia, em São Paulo.

O chefe do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) ainda salientou que a nova lei de depreciação acelerada entra em vigência em setembro, com R$ 3,4 bilhões em créditos financeiros para este ano e 2025.

O benefício visa a apoiar as compras de máquinas e equipamentos ao permitir que as empresas possam abater dos impostos em apenas dois anos, ao invés de até 20 anos, os investimentos feitos em bens de capital.

Campos Neto repete que há percepção de que está para começar período de desaceleração global

 Campos Neto reconhece que juros são altos

O presidente do Banco Central (BC), Roberto Campos Neto, repetiu nesta sexta-feira que há uma percepção no mercado financeiro de que está para começar um processo de desaceleração da economia global. Ele citou sinais de desaceleração nos Estados Unidos e na China, com potencial impacto no ritmo de desinflação global, para explicar a postura do BC de ganhar tempo para decidir qual será o próximo passo da política monetária.

“Hoje, tempo é importante para entender como o processo de desinflação está se dando”, comentou Campos Neto, em participação na Expert, evento da XP Investimentos. “Há uma percepção de que vamos entrar em um período de desaceleração global”, acrescentou o banqueiro central, emendando que o mercado passou a esperar que o Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) comece a cortar sua taxa de juro em setembro. “O mercado espera cortes do Fed em setembro, de 0,25 ou 0,50 ponto porcentual. O mundo se prepara para a queda dos juros americanos”, disse.

Assimetria em balanço de riscos não é guidance

O presidente do Banco Central disse ainda que a assimetria no balanço de riscos para a inflação mencionada por vários membros do Comitê de Política Monetária (Copom) na ata da reunião de julho não equivale a uma sinalização sobre a decisão que será tomada a respeito da Selic em setembro.

Campos Neto reiterou que o Banco Central “fará o que for preciso para levar a inflação para a meta”, mas destacou que o Copom preferiu não apresentar guidance – ou seja, sinalizar qual será sua próxima decisão – “por entender que o momento requer flexibilidade”.

“É importante que o guidance tenha um valor esperado positivo e quando o Banco Central está muito dependente de dados é importante às vezes ter mais flexibilidade”, acrescentou. “Assimetria não é guidance. Nós dependemos de dados”, insistiu o banqueiro central.

Shopping Iguatemi entra com ação de despejo contra a Americanas

 

americanas – brand center americanas

O Shopping Iguatemi entrou com uma ação de despejo na Justiça contra as Americanas, para reaver dívidas de aluguéis. A ação envolve a loja da varejista no endereço do Iguatemi na avenida Brigadeiro Faria Lima, na capital paulista, e seu valor é de R$ 2.978.737,80. Desde o início de 2023, a Americanas está em recuperação judicial.

O processo, proposto pela Condomínio Shopping Center Iguatemi, que administra as comercializações de espaços do empreendimento, tramita na 33ª Vara Cívil do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

O pedido teve entrada no dia 2 de julho deste ano, e, segundo a última movimentação, de quarta-feira, 28, está pronto para análise do juiz.

A loja em questão fica em um dos pontos mais valorizados pelo comércio na cidade de São Paulo.

O contrato de aluguel é de 1981 e a loja fica logo na entrada do shopping, à direita de quem acessa o empreendimento à pé, em um modelo conhecido no mercado como “âncora”, devido à sua grande metragem.

Embora a Americanas seja alvo de vários processos de despejo por falta de pagamento de aluguéis, segundo consulta feita pela reportagem no site do TJ-SP, o ponto do Shopping Iguatemi não possui dívidas dessa natureza atualmente, diz a varejista.

“A Americanas segue pagando seus fornecedores rigorosamente em dia e sem atrasos”, disse a Americanas, em nota.

A varejista diz que a unidade do Shopping Iguatemi permanece aberta e que já apresentou a sua defesa na ação de despejo.

“A Americanas reitera que os créditos concursais referentes à recuperação judicial estão devidamente endereçados no cronograma de pagamentos já em execução”, informa a empresa.

A lista de credores divulgada em junho pela Americanas indica oito créditos devidos a CNPJs atrelados a Condomínio Shopping Center Iguatemi. Além da Faria Lima, existem pendências em Campinas, São José do Rio Preto e Ribeirão Preto (no Estado de São Paulo), além do Rio de Janeiro (RJ), Campina Grande (Paraíba), Fortaleza (Ceará) e Maceió (Alagoas). O montante chega a R$ 1,081 milhão, sendo que o maior valor é o da loja da Faria Lima, de R$ 662.273,73.

Procurado, o Shopping Iguatemi informou que não comenta processos em andamento.

Recuperação judicial

A Americanas entrou com pedido de recuperação judicial em 19 de janeiro de 2023. A dívida da empresa é de aproximadamente R$ 43 bilhões. Essa dívida é composta por obrigações com uma variedade de credores, incluindo bancos, fornecedores e detentores de títulos de dívida.

Entre os principais credores bancários estão instituições financeiras de grande porte, como o Banco do Brasil, Bradesco, Itaú Unibanco e Santander, além de outros bancos e instituições financeiras nacionais e internacionais.

A dívida com fornecedores também representa uma parcela significativa do passivo da empresa.

Pablo Marçal é multado em R$ 30 mil por associar Guilherme Boulos a cocaína, sem provas

 

Foto do(a) deputado(a) Guilherme Boulos

O empresário e influenciador Pablo Marçal (PRTB), candidato à Prefeitura de São Paulo, foi multado pelo Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) em R$ 30 mil por associar, sem provas, o deputado federal Guilherme Boulos (PSOL-SP), também candidato, ao uso de cocaína. Procurada para comentar a decisão, a assessoria do candidato do PRTB não respondeu.

Na decisão desta quarta-feira, 28, o juiz Rodrigo Marzola Colombini, da 2ª Zona Eleitoral da capital paulista, afirmou que Marçal utilizou as redes sociais para espalhar propaganda eleitoral negativa e inverídica contra o oponente.

A ação foi apresentada por Boulos e por sua coligação à Prefeitura, a “Amor por São Paulo”, formada pelo PSOL e mais sete partidos, entre os federados à sigla e coligados. O pedido se baseia em um vídeo publicado no perfil do Instagram do ex-coach no qual ele diz que Boulos “é um drogado” e que “já foi preso portando droga”.

Além do processo que originou a multa, tramita no TRE-SP uma ação em que Guilherme Boulos solicita direito de resposta nas redes sociais de Marçal pela insinuação de que seria usuário de drogas. O pedido de Boulos para aparecer nas redes do ex-coach, por ora, está suspenso.

Na decisão, Colombini ressaltou que a liberdade de expressão é assegurada pela Constituição, mas não é um direito absoluto e se limita ao “campo da crítica de índole política”.

Segundo o juiz, “mensagens com conteúdo dessa natureza devem ser desestimuladas, pois reduzem o debate político à violência verbal, ao invés de incentivar um ambiente saudável de discussão baseada em fatos e propostas construtivas para a sociedade”.

O vídeo citado na ação não foi a única ocasião em que Marçal insinuou que Guilherme Boulos é usuário de cocaína. No dia 8 de agosto, durante o primeiro debate entre candidatos à Prefeitura, promovido pela TV Band, Marçal precedeu uma pergunta ao deputado federal com um gesto no nariz, insinuando o uso da substância.

Antes do encontro, ele havia prometido que, durante o programa, exibiria as provas de que dois candidatos na disputa eleitoral em São Paulo eram usuários de drogas. Nenhuma prova, contudo, foi apresentada durante a exibição do debate da Band.

No embate entre candidatos seguinte, promovido pelo Estadão, Marçal voltou a fazer a insinuação, replicando os trechos em suas redes sociais. Guilherme Boulos falou sobre os ataques durante sua participação no programa Roda Viva na segunda-feira, 26, indo às lágrimas ao citar que suas filhas foram afetadas com a insinuação de que o pai era usuário de drogas.

“Eu nunca usei e eu desafio o Pablo Marçal, que diz que tem prova, a presente agora”, afirmou Boulos. “Olha o nível que chega, olha o esgoto que chega. Foi nesse contexto que eu mencionei as minhas filhas”, completou o candidato do PSOL.

BC vende U$1,5 bi em leilão à vista e Campos Neto atribui intervenção a fluxo atípico

 


Sede do Banco Central, em Brasília

Por Fernando Cardoso

 

(Reuters) – O Banco Central vendeu 1,5 bilhão de dólares nesta sexta-feira em leilão à vista da moeda norte-americana realizado entre as 9h30 e 9h35, informou a autarquia em comunicado, com o presidente do BC, Roberto Campos Neto, afirmando que a ação se deu para lidar com um “fluxo atípico” de dólares decorrente de um rebalanceamento de índice do mercado.

O BC havia anunciado a realização do leilão na véspera, acrescentando que a venda seria referenciada na taxa Ptax e que seriam vendidos até 1,5 bilhão de dólares.

O leilão ocorreu após quatro dias de forte alta do dólar à vista, que chegou a 5,6227 reais na quinta-feira, acumulando elevação de 2,61% nas últimas quatro sessões.

Em evento promovido pela XP Investimentos, Campos Neto disse que as atuações ocorrem em momentos de disfuncionalidade no mercado, indicando ainda que se for preciso fazer mais intervenções no câmbio, “assim faremos”.

“A gente está tendo um movimento de fluxo atípico por um rebalanceamento de um índice… cabe ao BC mapear qual o tamanho desse desbalanceamento, quanto precisa para suprir esse fluxo que é atípico, e a gente também está olhando a diferença do que a gente entende que é um descolamento muito grande dos fundamentos, às vezes por critério de liquidez, às vezes por ruídos de curto prazo”, disse.

A afirmação se deu em meio ao rebalanceamento do Morgan Stanley Capital International, um dos principais índices de referência para investidores que aplicam em bolsas de valores internacionais.

Campos Neto ressaltou que o Banco Central tem reservas suficientes para fazer intervenções cambiais quando for necessário.

Esta foi a segunda intervenção no câmbio realizada pelo BC desde o início do mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, sendo a primeira no mercado à vista.

O BC não interveio no mercado quando o dólar chegou a superar os 5,85 reais durante a sessão de 5 de agosto.

A instituição, por outro lado, entrou no mercado em 1º de abril deste ano, quando o dólar estava em 5,0888 reais, ofertando 20.000 contratos de swap cambial (1 bilhão de dólares). Na época, o BC informou que a operação buscava atender parte da demanda gerada pelo resgate do título NTN-A3, previsto para 15 de abril.

Como a NTN-A3 era indexada ao dólar, o vencimento estava gerando demanda adicional por hedge (proteção) no mercado de câmbio. A venda de swap cambial é uma operação cujo efeito é equivalente à oferta de dólares no mercado futuro.

Após iniciar a sessão desta sexta em tendência de queda, refletindo certa cautela no exterior e na espera do leilão, o dólar passou a disparar novamente frente ao real.

A moeda norte-americana atingiu a mínima da sessão logo após o fim do leilão, às 9h40 (-0,72%), mas não sustentou a queda e passou a avançar logo depois, chegando a subir mais de 1% em um determinando momento.

Às 12h57, o dólar à vista subia 0,19%, a 5,6333 reais na venda.

Desemprego cai para 6,8% em julho, menor taxa da história para o mês

 


Pessoas olham avisos de vagas de emprego no centro de São Paulo

A taxa de desemprego caiu para 6,8% em julho, segundo divulgou o IBGE nesta sexta-feira, 30. Essa foi a menor taxa para um trimestre encerrado em julho na série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua do IBGE, iniciada em 2012.

O desemprego recuou 0,7 ponto percentual em relação ao trimestre de fevereiro a abril (7,5%) e caiu 1,1 ponto percentual frente ao mesmo trimestre móvel de 2023 (7,9%).

O número de desempregados no país caiu para 7,4 milhões, menor contingente de pessoas procurando por uma ocupação no país desde o trimestre encerrado em janeiro de 2015.

O número total de trabalhadores bateu novo recorde, chegando a 102,0 milhões. Houve recordes tanto no número de empregados com carteira quanto no contingente dos sem carteira de trabalho assinada: 38,5 milhões e 13,9 milhões, respectivamente.

O resultado foi idêntico à mediana das previsões de analistas colhidas pelo Projeções Broadcast. O intervalo das estimativas ia de 6,7% a 7,0%.

A menor taxa de desemprego de toda a série histórica foi registrada em 2014, quando chegou a 6,5%. Veja gráfico abaixo:

A taxa de desocupação (6,8%) no trimestre encerrado em julho de 2024
A taxa de desocupação ficou em 6,8% no trimestre encerrado em julho de 2024

Massa de rendimentos cresce

O rendimento médio real das pessoas ocupadas foi de R$ 3.206, com estabilidade frente ao trimestre móvel anterior e alta de 4,8% na comparação anual.

Já a massa de rendimentos, que é a soma das remunerações de todos os trabalhadores, chegou a R$ 322,4 bilhões, mostrando altas de 1,9% no trimestre e de 7,9% na comparação anual.

O resultado evidencia a força do mercado de trabalho no país em um momento em que o Banco Central tem reiterado surpresa com a força da atividade econômica.

O BC tem reforçado em sua comunicação que o mercado de trabalho tem apresentado dinamismo maior do que o esperado. Nesta semana, o presidente da autoridade monetária, Roberto Campos Neto, apontou que já há sinais “ainda incipientes, mas mais claros” de que o aperto no emprego possa estar sendo transmitido para os preços de serviços “de uma forma mais prolongada”.

O BC se reunirá em meados de setembro para deliberar sobre os juros e a aposta do mercado é de alta da taxa Selic, atualmente em 10,5% ao ano.

quinta-feira, 29 de agosto de 2024

PF vê indícios de empresa de ônibus ser cliente de fintech usada pelo PCC para fugir de penhora

 

UPBus Qualidade em Transportes

A empresa UPBus, que presta serviço de transporte público na capital paulista, é suspeita de ser cliente de uma fintech para escapar de possíveis penhoras, aponta trecho da Operação Concierge, deflagrada nesta quarta-feira, 28, pela Receita Federal, Polícia Federal e Ministério Público Federal (MPF). A empresa já é investigada no âmbito da Operação Fim da Linha por suposta lavagem de dinheiro para o Primeiro Comando da Capital (PCC) e está sob intervenção da Prefeitura de São Paulo, ao lado de outra empresa, a Transwolff, depois de determinação das 1ª e a 2º Varas de Crimes Tributários, Organização Criminosa e Lavagem de Bens e Valores da Capital.

De acordo com a investigação da PF, pessoas físicas e jurídicas teriam criado contas invisíveis nas operadoras de pagamentos T10 Bank e I9Pay para evitar rastreamento das autoridades públicas, o que permite lavagem de dinheiro e evita bloqueio de valores. As fintechs, segundo a PF, mantinham-se hospedadas em instituições financeiras de grande porte autorizadas pelo Banco Central (Bonsucesso e Rendimento). O método é chamado de “conta bolsão”, o que era utilizada pela facção criminosa PCC. Procuradas, a T10 Bank não respondeu até a publicação desta matéria. A I9Pay negou as acusações. Os bancos afirmaram que colaboram com as autoridades (leia mais abaixo). O Estadão não conseguiu contato com a defesa da UPBus. O espaço está aberto para manifestação.

A motivação para criação de subconta junto ao T10 Bank, suspeitam os investigadores, é a dívida milionária da empresa com a União. A operação financeira, portanto, seria para evitar possíveis bloqueios judiciais. “O fato de a empresa UPBus possuir mais de R$ 61 milhões em débitos tributários inscritos em dívida ativa da União, justificaria (indícios) a utilização dos ‘serviços’ fornecidos pela T10 Bank, de ‘impenhorabilidade’ de suas contas bancárias”, diz trecho da investigação citada na decisão da juíza Valdirene Ribeiro de Souza Falcão, da 9ª Vara Criminal Federal de Campinas, que determinou prisões preventivas, temporárias e buscas e apreensões.

“A autoridade policial explica que por se tratar de uma conta bolsão, a seguinte informação deve ser entendida como: a empresa UPBus Qualidade em Transportes S.A. enviou, por meio de suas contas, R$ 3.011.419,98 para clientes que mantêm uma subconta na T10 Bank. Além disso, a UPBus recebeu, nas contas referidas, R$ 1.554.231,00 que tiveram como origem clientes da T10 Bank. Essas transações ocorreram no curto período de tempo de 14 de setembro de 2023 a 30 de novembro de 2023?, cita trecho da decisão.

A UPBus é apontada como a 11ª no ranking de maiores remetentes da T10 Bank. “Observou-se, portanto, que ao que tudo indica a subconta da UPBus no T10 Bank serviu como intermediária à movimentação dos recursos, quebrando a cadeia de análise do percurso dos recursos, considerando que, para o sistema financeiro oficial, a conta era titularizada pelo T10 Bank e não pela UPBus”, diz trecho do documento.

Como funcionava suposto esquema, segundo a investigação

De acordo com a Receita Federal, uma pessoa física A tem uma conta de pagamento garantida aberta com a fintech e comanda suas operações através de um aplicativo digital. A fintech, por sua vez, tem uma conta corrente, do tipo bolsão, em seu próprio nome em um banco comercial. A pessoa física A, de seu aplicativo, comanda uma transferência de R$150 mil para pessoa física B. Como a pessoa física A não tem vínculo com o banco comercial, seu nome não aparecerá no extrato, mas sim a fintech, titular da conta. A transferência para pessoa física B aparece no extrato tendo como origem a fintech e não a pessoa física A. Neste esquema, a pessoa física A é invisível a um bloqueio judicial e pode manter seu patrimônio livre de restrições.

Quando a Justiça determinava bloqueio de bens de um investigado, por exemplo, não havia como rastrear contas pelo fato de ficarem invisíveis. “As fintechs serviram aos interesses de pessoas jurídicas sonegadoras contumazes que, por causa de suas altas dívidas tributárias, fraudavam a execução fiscal usando as fintechs especialmente pelo oferecimento de uma ‘conta garantida'”, diz a Receita.

A Operação Concierge atingiu pessoas físicas e jurídicas localizadas nas cidades de São Paulo, São Caetano do Sul, Osasco, Barueri, Santana de Parnaíba, Embu-Guaçu, Jundiaí, Valinhos, Paulínia, Campinas, Americana, Sorocaba, Votorantim, Ilhabela e Belo Horizonte (MG).

A UPBus foi alvo da operação Fim da Linha deflagrada em abril último, ao lado da Transwolff. As empresas são acusadas de serem criadas com o dinheiro do PCC. A operação do primeiro semestre deste ano foi a maior já feita até hoje contra a infiltração do crime organizado no poder público municipal no País. Trata-se do resultado de uma investigação de quatro anos feita pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Ministério Público de São Paulo (MP-SP), pela Receita Federal e pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Na ocasião, foi decretado o bloqueio de R$ 684 milhões em bens dos investigados para o ressarcimento das vítimas e em razão de danos coletivos provocados pela atuação das empresas. À época, a defesa da UPBus informou que a origem financeira é lícita e comprovaria o fato no decorrer das investigações.

Com a palavra, a Inove Global Group

Os advogados do Inove Global Group ainda não tiveram acesso integral ao conteúdo da investigação. A empresa nega veementemente ter relação com os fatos mencionados pelas autoridades policiais e veiculados pela imprensa. Também ressalta total disposição em colaborar com as investigações. Importante ressaltar que o Inove Global Group é uma empresa de tecnologia ligada a meios de pagamento. E não uma Instituição financeira e nem banco digital.

Com a palavra, o BS2 (antigo Banco Bonsucesso)

O Banco BS2 informa que está colaborando com fornecimento de informações à Polícia Federal e Receita Federal relativas a movimentações financeiras de um cliente. Estamos prestando todos os esclarecimentos demandados pelas autoridades competentes e reafirmamos nossa atuação em conformidade com a regulamentação vigente.

Com a palavra, o Banco Rendimento

O Banco Rendimento segue todas as regulamentações do Banco Central e órgãos competentes, também aplicadas desde o início da relação com a T10 Bank, onde todas as avaliações recomendadas foram executadas. No momento da operação realizada hoje, o Banco Rendimento já não prestava mais os serviços mencionados para a T10 Bank. O Banco Rendimento está colaborando com as investigações.

BNDES assina contrato com organizações negras para financiar ‘Pequena África’, no Rio

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O Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) assinou na quarta-feira, 28, um contrato com um consórcio de organizações negras para financiar de forma não reembolsável e capitalizar projetos de valorização da região conhecida como “Pequena África”, na região central do Rio de Janeiro. Serão R$ 10 milhões aportados pelo BNDES e advindos do seu Fundo Cultural, e outros R$ 10 milhões captados com instituições privadas.

O consórcio em questão é formado pelo Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (CEAP), pela PretaHub e pela Diaspora.Black. Participaram do evento, na sede do BNDES no Rio, a ministra da Igualdade Racial, Anielle Franco, a diretora Socioambiental do Banco, Tereza Campello, e o presidente da Embratur, Marcelo Freixo, além do Conselheiro Estratégico do Centro de Articulação de Populações Marginalizadas (Ceap), Ivanir dos Santos e representantes das referidas organizações.

A iniciativa está inserida em um plano de ação proposto pelo BNDES no Grupo de Trabalho Interministerial, coordenado pelos ministérios da Cultura e da Igualdade Racial, e motivado pelo reconhecimento do sítio arqueológico Cais do Valongo como Patrimônio Cultural Mundial pela Unesco em 2017. O Brasil recebeu cerca de quatro milhões de africanos escravizados, durante os mais de três séculos de escravização de pessoas negras.

Além da proposta de ações de fortalecimento da memória africana na região, o projeto vencedor do edital irá articular uma rede de instituições do território e mapear outros territórios representantes da memória e herança africanas no Brasil para futuras ações. A ideia, segundo Campello, é fortalecer a memória viva. Mas há, também, a intenção de se construir um museu.

A promessa de um museu sobre a herança africana e cultura afro-brasileira foi feita pelo presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, em sua posse no cargo ainda em fevereiro de 2023. Pouco mais de dois meses depois, em maio daquele ano, a instituição anunciou que a inauguração do centro cultural está prevista para 2026.

“As pessoas nos perguntam muito sobre o museu. Vamos fazer toda uma discussão sobre o museu vivo e reforma arquitetônica. A gente acaba ficando congelado na discussão estrutural, que tem que ser feita e está em processo de construção. Mas queria lembrar que começamos algo muito inovador, que vai mudar totalmente o resultado final, que é escutar a região. Estamos entregando hoje, ao assinar o contrato, o que a gente chama de primeira fase”, disse Tereza Campello.

Magazine Luiza lança parcelamento sem juros em 21 vezes

 

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O Magazine Luiza lançou uma promoção com parcelamento em 21 vezes sem juros. A campanha vai até sábado, 31 de agosto, e é válida para os clientes que comprarem no site, aplicativo e na loja com o Cartão Luiza ou Cartão Magalu. Para pagamento com outros cartões de crédito, o parcelamento pode ser feito em até 10 vezes sem juros.

Na propaganda veiculada na televisão, a “Lu”, influenciadora digital da companhia, usa o slogan “Faz um 21” – bordão usado na antiga propaganda da Embratel. A campanha segue, segundo a varejista, a tendência de trazer referências dos anos 90 para os dias atuais.

O anúncio segue o plano já anunciado pelo CEO da companhia, Frederico Trajano, no Expo Magalu, evento da empresa. Ele disse que a companhia iria retomar com força a concessão de crédito e afirmou que, hoje, 40% de tudo o que a companhia vende nas lojas é financiado com crédito próprio da varejista, por meio do crediário e do cartão de crédito da Luizacred, financeira em parceria com o Itaú.

Ainda neste mês, a empresa lança crédito pré-aprovado para 3 milhões de clientes na internet. “Vocês lembram do carnezinho gostoso que ficou famoso? Então, nós vamos lançar agora o carnezinho gostoso na internet também”, afirmou Trajano na ocasião.

Operação federal resgata 593 pessoas submetidas a trabalho escravo

 

O que é trabalho escravo - Repórter Brasil

 

Servidores de seis órgãos públicos que participam da quarta edição da Operação Resgate libertaram 593 pessoas encontradas em condições semelhantes ao trabalho escravo ao longo do último mês. Entre as vítimas, há, ao menos, 18 crianças ou adolescentes submetidos ao trabalho infantil ilegal – 16 delas eram forçadas a realizar serviços em condições degradantes, sem receber qualquer quantia em troca.

Os resgates ocorreram em 11 (AM, DF, GO, MG, MS, MT, PA, PE, RJ, RS e SP) das 27 unidades federativas brasileiras, entre os dias 29 de julho e 28 de agosto. Os maiores números de ocorrências foram registrados em Minas Gerais (292 pessoas libertadas), São Paulo (142), Pernambuco (91) e Distrito Federal (29). Já as atividades econômicas com maior incidência de trabalho escravo foram a agricultura (especificamente os cultivos de cebola, café e alho), a construção civil e serviços (restaurantes, bares e condomínios).

Clínica de reabilitação

Um dos casos que mais chamou a atenção dos fiscais ocorreu em Pernambuco, onde 18 pacientes de uma clínica de reabilitação para dependentes químicos eram submetidos a trabalho forçado. “Todos eram pacientes internados e realizavam as atividades laborais compulsoriamente, como parte do processo de internação”, comentou o coordenador-geral de Fiscalização para Erradicação do Trabalho Análogo ao de Escravo e Tráfico de Pessoas, André Roston, do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), ao apresentar, hoje (29), o balanço preliminar da Operação Resgate IV.

“A clínica tinha 63 internos e simplesmente não tinha nenhum empregado registrado. Toda a mão de obra, todo o funcionamento do estabelecimento era extraído do trabalho forçado de parte dos internos, a título de isso fazer parte da reabilitação”, acrescentou Roston, explicando que os 18 resgatados na clínica realizavam, gratuitamente, de atividades administrativas ao serviço de porteiro, vigilância e preparação de alimentos, entre outros.

Operação Resgate  IV

A Operação Resgate IV, de combate ao trabalho escravo e ao tráfico de pessoas, é resultado do esforço concentrado de seis instituições: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), Ministério Público do Trabalho (MPT), Ministério Público Federal (MPF), Defensoria Pública da União (DPU), Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF).

Este ano, foram libertadas 11,6% mais pessoas do que na edição anterior, de 2023, quando 532 trabalhadores foram resgatados.

A operação também resultou no resgate da pessoa mais idosa já encontrada na condição de escravizada.

Uma senhora de 94 anos de idade foi resgatada em Mato Grosso, na casa de uma família para a qual ela trabalhou por 64 anos, sem salário. Impedida de constituir família e de estudar, ela continuava cuidando da atual patroa, de 90 anos e com Alzheimer.

Segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, a trabalhadora poderá permanecer morando na casa onde passou os últimos anos, com todas as despesas pagas pela família da empregadora, que terá de custear inclusive um cuidador de idosos e um salário-mínimo mensal à senhora.

Outro caso de trabalho escravo doméstico foi identificado no estado de São Paulo. Uma mulher, hoje com 58 anos, foi encontrada na casa de uma família para a qual trabalhava desde seus 11 anos de idade. “Ela foi levada para a casa onde passou a trabalhar graças a uma tutela judicial provisória que nunca se tornou definitiva, supostamente para ser integrada em um novo lar, mas passou a trabalhar compulsoriamente, em condições análogas à escravidão, até ser libertada no âmbito da Operação Resgate”, afirmou o coordenador-geral de fiscalização.

Outro aspecto destacado durante a apresentação dos resultados foi a libertação de trabalhadores estrangeiros. Em Anta Gorda (RS), quatro trabalhadores argentinos foram encontrados sem documentos pessoais ou visto para o trabalho, em condições degradantes na extração, corte e carregamento de lenha de eucalipto.

Em Mato Grosso do Sul, as equipes de fiscalização tiveram que usar caminhonetes com tração, lanchas e até um helicóptero para chegar aos dois estabelecimentos onde 13 paraguaios foram flagrados em situação degradante, submetidos à servidão por dívida.

“O isolamento geográfico, a dificuldade de acesso das equipes de fiscalização, contribuem para a vulnerabilização dos trabalhadores”, comentou Roston.

Até o momento, os responsáveis por submeter os trabalhadores a condições semelhantes à escravidão já tiveram que desembolsar mais de R$ 1,91 milhão apenas para saldar verbas rescisórias.

Segundo o coordenador, os órgãos responsáveis seguem buscando o pagamento de outros deveres trabalhistas e custos.

“Este valor total vai ser maior, pois ainda há muitas equipes em campo, realizando as cobranças dos pagamentos. E se não conseguirmos os pagamentos neste ciclo operacional, teremos, eventualmente, a judicialização destas cobranças”, acrescentou o coordenador destacando a importância de punir também financeiramente os responsáveis.

“O principal motor da exploração do trabalho escravo é o fato de que há um grande benefício econômico ao se adotar esta estratégia de violação dos direitos humanos para exploração do trabalho. No cerne, emprega-se o trabalho escravo contemporâneo porque esta ainda é uma conta economicamente benéfica para os exploradores”, concluiu Roston.

BRAZIL JOURNAL: Azzas anuncia saída de Rony Meisler e de outros fundadores da Reserva



Rony Meisler, cofundador da Reserva. (Crédito:Divulgação)

A Azzas 2154 anunciou a saída de Rony Meisler e dos outros três fundadores da Reserva que lideravam a unidade de negócios de vestuário, a AR&Co, desde a aquisição da marca carioca pela Arezzo em agosto de 2020.

A saída de Rony já era especulada pelo mercado desde que ele vendeu mais de R$ 80 milhões em ações da companhia no início do ano passado, mas a saída dos quatro fundadores ao mesmo tempo é que foi uma surpresa.

A Azzas disse que o negócio de vestuário agora será liderado por Ruy Kameyama, que hoje é membro do conselho de administração da Azzas e antes já era conselheiro do Soma. A AR&Co é responsável pelas marcas Reserva, Reserva Mini, Oficina, Reserva Ink, Reserva Go, Reversa, Simples, Baw e Foxton.

Leia a reportagem completa no Brazil Journal.

 

Ações da Azul desabam mais de 20% com preocupações sobre dívida

 


Companhia aérea reafirmou uma série de negociações que havia divulgado anteriormente envolvendo ações para melhoria de sua estrutura de capital e citou que notícia publicada na véspera pela Bloomberg sobre a empresa foi "mal interpretada"

 

 

Azul espera emitir US$ 200 milhões em títulos garantidos pelo governo

As ações da Azul desabavam mais de 20% na bolsa paulista nesta quinta-feira, 29, renovando mínimas históricas, em meio a preocupações de investidores com eventuais estratégias que a companhia aérea possa buscar para lidar com suas dívidas.

De acordo com reportagem da Bloomberg News publicada na quarta-feira, 28, citando pessoas familiarizadas com o assunto, a Azul estaria avaliando opções que vão desde uma oferta de ações até a apresentação de um pedido de recuperação judicial para fazer frente às obrigações de dívida que se aproximam.

A companhia também está trabalhando ativamente para realizar uma combinação de negócios com a Gol para convencer os credores de que uma nova entidade combinada teria níveis de dívida mais baixos e melhores perspectivas de crescimento, de acordo com a Bloomberg News.

Outro lado

A Azul se posicionou na tarde desta quinta-feira reafirmando uma série de negociações que havia divulgado anteriormente envolvendo ações para melhoria de sua estrutura de capital e citou que notícia publicada na véspera pela Bloomberg sobre a empresa foi “mal interpretada”.

A Azul não mencionou nenhuma das alternativas citadas pela Bloomberg em fato relevante divulgado hoje. Em vez disso, a empresa citou uma série de ações que a empresa já havia divulgado anteriormente, como negociações para uma combinação de negócios com a rival Gol e que tem capacidade de captação de recursos utilizando a unidade Azul Cargo como garantia primária em montante de até 800 milhões de dólares.

“A companhia está em negociações ativas com seus principais ‘stakeholders’ para otimizar a estrutura de equity acordada no plano de otimização de capital do ano passado. Em linhas gerais, os ‘stakeholders’ estão demonstrando apoio e as negociações estão avançando na direção de melhores resultados para todas as partes”, afirmou a Azul no fato relevante.

Repercussão na bolsa

Por volta de 11h45, os papéis desabavam 21,38%, a 5,7 reais, pior desempenho com folga do Ibovespa, que cedia 0,74%. Na mínima até o momento, chegaram a 5,35 reais.

Analistas do UBS BB lembraram em relatório a clientes nesta quinta-feira que um plano de reestruturação da ordem de 800 milhões de dólares foi fechado com arrendadores, com parte do pagamento ocorrendo com emissão de ações a 36 reais.

Ao mesmo tempo, Alberto Valerio e equipe acrescentaram que a Azul tem feito esforços para lançar uma nova debênture e aumentar sua liquidez.

quarta-feira, 28 de agosto de 2024

Paraná terá política de créditos de biodiversidade

 


O objetivo do programa – inédito no mundo – é, em comum acordo com o setor privado, compensar a pressão ambiental causada pela operação de empresas e indústrias 
 
 
Em um primeiro momento, como projeto-piloto, 25 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) paranaenses serão beneficiadas com o crédito
 
 

O Paraná será o primeiro estado no mundo a instituir uma política de créditos de biodiversidade como forma de compensar a pressão causada por empresas e indústrias. O regramento jurídico que vai balizar a ação está em fase de elaboração pelo governo estadual em parceria com a Coalizão Life de Negócios e Biodiversidade, organização voltada para conservação do meio ambiente. A intenção é apresentar o projeto em outubro, durante a Conferência das Nações Unidas sobre Biodiversidade (COP 16) em Cali, na Colômbia.

O objetivo do programa é, em comum acordo com o setor privado, compensar a pressão ambiental causada pela operação de empresas e indústrias. Em um primeiro momento, como projeto-piloto, 25 Reservas Particulares do Patrimônio Natural (RPPNs) paranaenses serão beneficiadas com o crédito, que será revertido em ações e projetos dentro das Unidades de Conservação (UCs). Inicialmente, a política vai beneficiar RPPNs previamente selecionadas, seguindo critérios técnicos. Mas a intenção é ampliar, chegando também aos parques municipais, estaduais e federais na sequência. A ideia é implementar efetivamente a política ambiental já em 2025.

A Coalizão Life foi lançada em dezembro de 2022 durante a COP 15 da Biodiversidade em Montreal, no Canadá. Ela é formada por um grupo de empresas comprometidas em acelerar a inserção da biodiversidade nos negócios, através de ações concretas e soluções transformadoras desenvolvidas pelo Instituto Life. Como membro da coalização, a instituição se torna protagonista da transformação dos modelos de negócios inserindo a biodiversidade como resposta à emergência ambiental global e mitigação dos efeitos das mudanças climáticas. Integram o grupo associações empresariais como Grupo Boticário, Itaipu Binacional, Klabin, Suzano e Permian Global, entre outros.

 

 https://amanha.com.br/categoria/sustentabilidade/parana-tera-politica-de-creditos-de-biodiversidade

Edital de R$ 1,2 bi do Fust e BNDES levarão internet a 20 mil escolas até 2026, diz ministro

 Grupo de Juscelino Filho, indiciado pela PF, controla ...


O ministro das Comunicações, Juscelino Filho, afirmou que o lançamento de edital de renúncia fiscal anunciado nesta quarta-feira, 28, e a contribuição do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) garantem as condições necessárias para levar internet a 20 mil escolas públicas até 2026.

“Nossa estratégia fará diferença no ambiente local, na educação, para as próximas gerações, com esse ambiente conectado”, disse ele, durante o lançamento do edital de seleção da renúncia fiscal do Fundo de Universalização dos Serviços de Telecomunicações (Fust), com previsão de até R$ 1,2 bilhão para equipar parte das unidades escolares nos próximos 28 meses.

O ministro destacou que o uso do Fust para essa finalidade foi possível pela colaboração do Congresso Nacional. Instituído pela Lei nº 9.998/2000 para cobrir custos de universalização de serviços de telecomunicações, o fundo começou a ser utilizado para projetos de conectividade a partir de 2023.

Conforme o edital lançado nesta quarta, a renúncia fiscal será concedida às prestadoras de serviços de telecomunicações que apresentarem projetos focados na conectividade nas escolas e na inclusão digital. A contraprestação será a redução da contribuição ao Fust devida pela prestadora.

Participação do BNDES

Juscelino Filho apontou que outra frente que colabora com os objetivos da pasta é a participação do BNDES. “Conseguimos evoluir em um projeto do edital não reembolsado, que está finalizado. Já sabemos quem ganhou e quem vai começar agora a executar esses projetos”, afirmou.

O resultado citado foi divulgado pelo BNDES na semana passada. O edital selecionou as empresas que vão implementar a infraestrutura e monitorar o funcionamento de conectividade em 1.396 escolas públicas nas regiões Norte e Nordeste, o que deve alcançar cerca de 500 mil alunos.

Escolas Conectadas

O programa Escolas Conectadas tem como objetivo levar internet de banda larga e sinal de Wi-Fi para todas as escolas públicas de ensino básico do Brasil.

O programa faz parte da Estratégia Nacional de Escolas Conectadas (Enec), que foi lançada em setembro de 2023 e conta com um investimento total de R$ 8,8 bilhões.

O projeto articula as políticas de conectividade de escolas para além do uso do Fust, reunindo ainda o Programa Aprender Conectado, a Lei de Conectividade (Lei 14.172/2021), o Wi-Fi Brasil, os Programas Norte e Nordeste Conectados, a Política de Inovação Educação Conectada (PIEC), o Programa Banda Larga nas Escolas Públicas Urbanas (PBLE) e o Programa de Atendimento de Escolas Rurais.

Com a saída da Apib, MPI propõe suspensão da mesa de conciliação sobre marco temporal

 Sul-mato-grossense, Eloy Terena assume Secretaria Executiva ...


O secretário-executivo do Ministério dos Povos Indígenas (MPI), Eloy Terena, sugeriu que a mesa de conciliação sobre o marco temporal seja suspensa até a União dialogar com a Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), que anunciou nesta quarta-feira, 28, sua saída da comissão que busca um acordo sobre o tema. A entidade deixou o Supremo acompanhada de demais representantes indígenas sob gritos de “demarcação”. Eloy manifestou preocupação com a saída da entidade, mas ressaltou que a pasta não deixará a mesa.

A entidade que representa os povos originários se retirou da mesa de conciliação porque que esperava a suspensão da lei 14.701/2023, que regulamenta a temporalidade para demarcação de terras indígenas considerando a promulgação da Constituição Federal em 5 de outubro de 1988, em meio ao processo conciliatório, o que não foi deliberado pelo Supremo. A saída da mesa estava em análise pela Apib desde a primeira reunião do colegiado.

“A comunidade internacional assiste com preocupação os ataques indígenas. É inadmissível que os povos indígenas sejam submetidos a um processo de conciliação fora da lei com este nível de pressão, chantagem e humilhação. Não vamos nos submeter a mais uma violência do Estado brasileiro com conciliação forçada. A Apib não encontra ambiente para prosseguir na mesa de conciliação, pois não há garantia de acordo que resguarde a autonomia dos povos indígenas”, disse uma representante da Apib em leitura de manifesto da associação.

“A lei está em vigor agora, impedindo que a União promova a demarcação de certos territórios. Não é uma questão superada”, afirmou a advogada Eloísa Machado, que representa a Apib. “Como se vai dar seguimento a uma audiência de conciliação se os povos indígenas não querem que seja feita essa conciliação?”, questionou. “Estamos falando sobre uma lei evidentemente inconstitucional que permanece sobre uma mesa de conciliação”, criticou Machado.

A Apib também requeria poder de veto em caso de votação dos encaminhamentos da mesa de conciliação, e não votação por maioria, como prevê as diretrizes do colegiado. “Alerto para a gravidade da ausência dos povos indígenas aqui e para responsabilidade de fazer conciliação na ausência dos povos indígenas. As normas internacionais demandam presença dos povos indígenas no debate de seus direitos”, argumentou Machado. “Não presença decorativa e sim presença com condições”, acrescentou. A advogada refutou também a possibilidade de a representação dos povos indígenas ser substituída por outras representações e não pela Apib.

O juiz auxiliar do ministro Gilmar Mendes, Diego Veras, afirmou que a saída da Apib da mesa de conciliação não levará ao esvaziamento do colegiado. “Não entendemos os motivos reais se mostramos todas garantias asseguradas. A vontade de todos os lados é levada em conta na conciliação e sempre se busca formação de consenso, mas alguns temas podem exigir poder de maioria. A Apib impõe aqui poder de veto, o que não é possível em democracia”, alegou Veras.

Segundo Veras, o ministro Gilmar Mendes afirmou que a saída da Articulação do colegiado “não significa que não teremos outros indígenas na comissão”. “Acolhemos tudo o que foi pedido pela Apib na formação da comissão com os cinco integrantes que foram indicados presentes na mesa Lamentamos a posição da Apib, mas já contávamos que isso poderia ocorrer. Falas políticas não serão aceitas aqui”, afirmou após a saída da Apib do colegiado.

Antes da saída dos representantes dos povos indígenas da sala da Segunda Turma do Supremo, o ministro da Advocacia-Geral da União (AGU), Jorge Messias, fez um apelo por diálogo e pela participação dos povos indígenas na audiência desta quarta-feira.

“Tenho plena confiança no Supremo pela condução desse processo. Nós temos um conflito real, uma decisão tomada pelo Supremo e uma decisão tomada pelo poder Legislativo. Meu apelo pelo diálogo é sabendo que há questões fundamentais para os povos indígenas que não temos condições de manejar, mas existem outros tantos temas que temos condição de trabalhar”, afirmou.

Messias ainda disse que a participação de todas as lideranças indígenas é essencial para “um correto encaminhamento de pacificação social”. “Poderemos desdobrar soluções dentro dos limites constitucionais. Existem elementos que não são objeto de negociação, vai se falar pouco da própria tese do marco temporal, nós teremos condições de avançar”, disse o AGU.

Antes dele, o juiz auxiliar do ministro Gilmar Mendes, Diego Veras, disse que o marco temporal “é discussão ultrapassada para todos”. Ele também destacou que “todos são substituíveis e ninguém é obrigado a comparecer”.

Messias também disse que a mesa de conciliação pode “construir ferramentas de gestão para concepção de políticas públicas” que poderão ser utilizadas pelo Ministério dos Povos Indígenas e pela Funai para assegurar os direitos dos povos originários. Ele exemplificou que podem ser discutidos, por exemplo, limites da responsabilização da União e dos proprietários na desintrusão das terras indígenas.

Governo prevê que corte de R$25,9 bi em 2025 atingirá principalmente INSS e BPC

 


INSS

O corte de R$ 25,9 bilhões de anunciado pelo governo para fechar as contas de 2025 a partir da revisão de cadastros e programas atingirá principalmente desembolsos do INSS e o Benefício de Prestação Continuada (BPC), informou nesta quarta-feira, 28, o Ministério do Planejamento e Orçamento, argumentando que as estimativas são conservadoras apesar de haver incerteza sobre as projeções.

Dados apresentados pela pasta mostram que do valor total da economia de verbas, 7,3 bilhões de reais serão provenientes da implementação do sistema de concessão de benefícios do INSS, o Atestmed, além de medidas cautelares e administrativas na Previdência.

Em outra frente, a pasta prevê uma redução de 6,4 bilhões de reais a partir da reavaliação de pagamentos e revisão de cadastros do BPC, pago a pessoas com deficiência e idosos de baixa renda. Outros 3,2 bilhões de reais virão de revisões em benefícios por incapacidade, além de 1,9 bilhão de reais com mudanças em regras do Proagro e 1,1 bilhão do seguro defeso (pago a pescadores).

“Toda projeção é incerta, há uma incerteza associada. A questão é que temos estimativas que são as melhores que conseguimos gerar com base nas informações existentes… Boa parte das evidências corroboram nossas estimativas”, disse o secretário de Monitoramento e Avaliação de Políticas Públicas do Planejamento, Sergio Firpo.

“Temos sido conservadores em diversos desses números, mas é óbvio que existe incerteza”, acrescentou.

No conjunto das medidas, há ainda uma previsão de corte de 6,1 bilhões de reais com o que o governo classificou como “reprogramação” e “realocação”, que diz respeito a economias ainda não operacionalizadas com o Bolsa Família, gastos de pessoal e outros ajustes no Proagro.

“Isso ainda não foi pactuado… Esse é um processo em construção”, afirmou Firpo sobre o Bolsa Família. “Mesma coisa para (despesa de) pessoal e Proagro.”

O corte de 25,9 bilhões de reais foi anunciado em julho pela equipe econômica em meio a questionamentos de analistas econômicos sobre a capacidade do governo de cumprir a meta de déficit primário zero em 2024 e 2025.

Arcabouço fiscal

O secretário-executivo do Planejamento, Gustavo Guimarães, argumentou nesta quarta que a legislação resguarda o arcabouço fiscal mesmo que nem toda a economia com a revisão de programas seja alcançada. Em caso de frustração, segundo ele, o governo teria que promover congelamentos de despesas para cumprir o limite de despesas.

Já o secretário-executivo do Ministério da Fazenda, Dario Durigan, afirmou que o governo trabalha nessa e em outras frentes para assegurar que os objetivos do arcabouço fiscal sejam alcançados.

“Não estamos acabando com nenhum programa como um todo, mas dentro dos programas existentes estamos fazendo um esforço para revisar cada um dos itens, para que de fato a gente economize 25,9 bi ano que vem”, disse.

Os técnicos da equipe econômica ressaltaram que parte da reavaliação de gastos já está em pleno funcionamento. Em uma delas, uma revisão de 258 mil benefícios por incapacidade de trabalhadores resultou em uma cessação de 133 mil benefícios neste ano, o que vai gerar 1,3 bilhão de reais em economia ainda em 2024.

terça-feira, 27 de agosto de 2024

Embraer vende Super Tucanos para a Força Aérea do Uruguai

 


Embraer vende Super Tucanos para a Força Aérea do Uruguai
(Foto: Divulgação / Embraer)    Força Aérea do Uruguai

 

 

A Embraer anunciou nesta segunda-feira (26), a venda de até seis aeronaves A-29 Super Tucano para a Força Aérea Uruguaia (FAU). O contrato inclui a aquisição de uma aeronave e o compromisso para a compra de mais cinco unidades, com entregas previstas a partir de 2025. O acordo também contempla equipamentos de missão, um pacote logístico integrado e um simulador de voo.

Com essa aquisição, o Uruguai se junta ao Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Paraguai como a sexta nação sul-americana a operar o A-29 Super Tucano.

Essa venda faz parte do programa de renovação da frota e expansão da capacidade operacional da FAU. A aeronave é reconhecida por sua flexibilidade operacional e é usada em diversas missões, como controle de atividades ilícitas, monitoramento de fronteiras, reconhecimento e treinamento avançado. Atualmente, mais de 160 Super Tucanos operam na América do Sul, enfrentando os desafios de diferentes ambientes, desde a Amazônia até os desertos e montanhas da região.

Reforço na vigilância e defesa aérea do Uruguai

O presidente e CEO da Embraer Defesa & Segurança, Bosco da Costa Jr, expressou seu orgulho pela decisão da FAU, destacando que o A-29 Super Tucano é uma referência mundial em seu segmento. “Com essa aquisição, o Uruguai passará a contar com capacidades diferenciadas que contribuirão significativamente para a vigilância de suas fronteiras e o aumento da prontidão operacional da FAU”, afirmou.

O chanceler uruguaio, Omar Paganini, enfatizou que a compra faz parte dos esforços do país para fortalecer sua capacidade de vigilância aérea e resposta a ameaças tecnológicas. O ministro da Defesa Nacional, Armando Castaingdebat, complementou dizendo que essa aquisição representa um grande salto nas capacidades de defesa do Uruguai e na resposta às necessidades de controle de sua soberania territorial.

O comandante da FAU, General do Ar Luis H. De León, destacou a importância da compra, lembrando que desde 1981 o país não adquiria novas aeronaves de combate. 

O A-29 Super Tucano

O A-29 Super Tucano é líder mundial em sua categoria, com mais de 260 unidades entregues e 18 forças aéreas ao redor do mundo utilizando a aeronave. Conhecido por sua confiabilidade, robustez e baixos custos operacionais, o Super Tucano é capaz de realizar uma ampla gama de missões, incluindo suporte aéreo, patrulha, operações especiais e treinamento avançado.

A aeronave é equipada com tecnologia de ponta, permitindo a identificação precisa de alvos e operando em ambientes austeros, incluindo pistas não pavimentadas. A simplicidade de manutenção e a resistência estrutural fazem do Super Tucano uma escolha eficiente e econômica para forças aéreas que buscam uma plataforma multimissão versátil e comprovada.

Justiça de SC manda Meta bloquear anúncios falsos com marca da Havan

 


Rede social tem prazo de 48 horas para tirar do ar anúncios que usam a varejista catarinense e imagens de seu dono, Luciano Hang, de forma fraudulenta; multa pode chegar a R$ 20 milhões

 

 


A Justiça de Santa Catarina determinou que a Meta bloqueie em até 48 horas anúncios com a marca da Havan e de seu proprietário, o empresário Luciano Hang, que não tenham sido contratados por contas oficiais da varejista, sob pena de multa de até R$ 20 milhões.

No processo, a Havan disse que a Meta lucra com anúncios fraudulentos que usam a imagem da varejista e de Hang, “sem se responsabilizar pela veracidade e risco”, levando vítimas a ajuizarem ações contra a cadeia de lojas.

A decisão emitida na segunda-feira, 26, obriga a Meta a aceitar anúncios que contenham a imagem da Havan ou de Luciano Hang apenas se contratados por páginas oficiais da empresa, previamente identificadas em uma lista anexada ao processo. Em caso de descumprimento, está prevista multa diária no valor de R$ 200 mil por anúncio ilícito, com limite total de até R$ 20 milhões.

Procurada nesta terça-feira, 27, a Meta disse que não vai se manifestar. A empresa pode recorrer da decisão.

A juíza Joana Ribeiro, da 2ª Vara Cível da Comarca de Brusque (SC), considerou que o processo de contratação de anúncios nas plataformas da Meta não é seguro o suficiente para evitar crimes que afetam anunciantes e consumidores vítimas dos golpes.

Segundo a magistrada, “não é crível” que a Meta possa vender publicidade de uma forma “que não seja segura às empresas que sustentam seu modelo de negócio”.

“Seria como se um canal de televisão fizesse uma propaganda de que é possível comprar um celular na Havan por 500 reais, paga por um sujeito ou empresa, sem que o contratante comprove a condição jurídica de efetivo representante da Havan”, afirmou a juíza.

Em nota, a Havan disse que a decisão “é um marco na proteção dos direitos da varejista e do empresário, que há muito tempo vêm sendo prejudicados por golpes digitais.”

Neste ano, o serviço de checagem de fatos da Reuters desmentiu três anúncios em redes sociais da Meta que usavam a imagem de Luciano Hang para aplicar golpes. Em todos eles há indício de uso de inteligência artificial para simular a voz do empresário.

Dois deles foram veiculados em maio, em meio às enchentes no Rio Grande do Sul, com promessas de promoções ou doações. As vítimas dos golpes acabaram pagando por itens inexistentes ou pelo suposto frete de produtos.