quinta-feira, 1 de agosto de 2024

Nicarágua e China inauguram rota marítima comercial direta

 


O assessor presidencial para as relações entre Nicarágua e China, Laureano Ortega, filho do presidente Daniel Ortega e da vice-presidente Rosario Murillo, durante um evento de entrega de ônibus chineses em Manágua, em 17 de novembro de 2023 - PRESIDENCIA NICARAGUA/AFP

 

O governo da Nicarágua inaugurou, nesta quinta-feira (1º), uma rota comercial direta com a China para expandir o intercâmbio econômico entre os dois países, conforme relatado por um veículo de mídia alinhado ao governo.

O anúncio foi feito no porto de Corinto, no Pacífico, cerca de 150 km a noroeste de Manágua, onde chegou na quarta-feira o navio mercante Sunny Fortune, de bandeira panamenha, o primeiro de três embarcações mensais previstas em um acordo de intercâmbio comercial com a China.

O assessor presidencial responsável pelas relações entre Nicarágua e China, Laureano Ortega, filho do presidente Daniel Ortega e da vice-presidente Rosario Murillo, liderou o evento junto com funcionários chineses e nicaraguenses e afirmou que este “é um evento transcendental” para o país da América Central.

“Este é um grande feito para nosso país e continuaremos trabalhando para que isso seja apenas o início de muito mais, com maior frequência e mais operações”, comentou Laureano Ortega, conforme citado pelo portal El19digital.

Ele acrescentou que, além de abrir a rota, o Sunny Fortune transportou máquinas para a construção do Aeroporto Internacional de Punta Huete, ao norte de Manágua, que o governo da Nicarágua concedeu à empresa chinesa CAMC.

Em dezembro de 2023, China e Nicarágua concordaram em elevar suas relações ao nível de “parceria estratégica”, após uma ligação entre Ortega e o presidente chinês, Xi Jinping.

 

Nicarágua e China iniciaram em janeiro um Tratado de Livre Comércio.

 

Em 2021, Manágua estabeleceu relações com a China após romper com Taiwan, considerado por Pequim como território próprio cujo controle deve ser retomado, até mesmo pela força, se necessário.

Desde então, a segunda maior economia mundial tem apoiado o governo nicaraguense, alvo de sanções dos Estados Unidos e de países europeus após os protestos de 2018 contra Ortega que deixaram mais de 300 mortos, segundo a ONU.

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