segunda-feira, 15 de abril de 2013

Pequenas empresas estrangeiras têm dificuldades com as regras no Brasil



 
 
Os investimentos de grandes empresas no setor de infraestrutura nesta década têm trazido para o Brasil muitos fornecedores que integram a cadeia de suprimentos, especialmente pequenas e médias empresas (PMEs) de origem europeia.

Isso tem elevado a demanda das consultorias para compreender as regras contábeis e financeiras do País, que ainda - lentamente - migram para o padrão mundial de contabilidade (IFRS na sigla em inglês), segundo o diretor da LCC Auditores e Consultores, Marcello Lopes.

"Uma das grandes dificuldades das pequenas e médias empresas da Europa que chegam ao Brasil é analisar as demonstrações financeiras e adequá-las às normas internacionais. A maioria dos profissionais que trabalham nelas não está acostumada e nem preparada com a metodologia contábil das normas internacionais promovidas pela Lei 11.638/07, que normatizou as demonstrações financeiras no Brasil", diz Lopes.

As empresas que mais têm procurados esses profissionais qualificados em sua maioria são das áreas de health care, hotelaria, indústria de embalagens e fabricantes de alimentos.

As principais dificuldades dessas empresas listadas por Lopes, são profissionais capacitados, implementação de controles, gerenciamento de informações adequado e conscientização da importância das informações apresentadas nas demonstrações financeiras.

O especialista explica que as pequenas, médias e empresas limitadas não têm fiscalização, nem divulgam suas informações. 

Logo os profissionais da área contábil não têm habilidades para aplicação das normas promovidas pela Lei 11.638/07.

Com isso, grandes empresas de auditoria dominam o mercado e algumas empresas pequenas auxiliam na organização dessas companhias, para atender todos os requisitos necessários, implementando normas e procedimentos, revisando a escrita contábil e fiscal com a finalidade de adequá-las as novas exigências, para depois passarem por um processo de auditoria.

Em geral os trabalhos dessas empresas abrangem reuniões com a diretoria e briefing para entendimento do que deve ser realizado e um diagnóstico com entrevistas e alguns testes sucintos nas áreas financeira, contábil, fiscal e tributária. 


Fonte: DCI - SP e Fenacon

domingo, 14 de abril de 2013

TRABALHADORES ESTRANGEIROS E NOVOS FLUXOS DE CONHECIMENTO

Trabalhadores estrangeiros também vão contribuir com a educação e o desenvolvimento do País, diz Paes de Barros.

O subsecretário de Ações Estratégicas da Secretaria de Assuntos Estratégicos (SAE), Ricardo Paes de Barros, destacou, nesta quinta-feira (11/04/2013), a importância de estimular a educação e o desenvolvimento do País por meio do fluxo de conhecimento.

Para ele, a entrada de trabalhadores estrangeiros no Brasil vai contribuir também para tornar o Estado e a sociedade mais abertos à inovação, favorecendo um ambiente plural, com respeito à diversidade.

“Ter trabalhadores imigrantes no Brasil vai ajudar a promover a inovação a partir do contraste entre visões distintas, com soluções criativas. Um estado mais aberto leva a um pensamento mais abrangente. É importante que o Brasil se abra mentalmente e tenha maior competição no exterior, atraindo mais indústrias internacionais que possam contratar pessoas com experiência no exterior”, afirmou Paes de Barros.

Durante o seminário ‘Boas Práticas Empresariais, Mobilidade Global e Oportunidades’, promovido pela Secretaria Municipal de Desenvolvimento da cidade de Indaiatuba, em São Paulo, Paes de Barros disse que o tema é prioridade na agenda da SAE. “Estamos fazendo pesquisas com os empresários a respeito da demanda existente para trabalhadores qualificados e apresentando as propostas de melhoria na política migratória brasileira”.

Paes de Barros lembrou, ainda, que “os estrangeiros não podem ser vistos como uma ameaça, e sim como uma oportunidade. Não existe razão ou necessidade para termos uma postura defensiva”.

Para o prefeito de Indaiatuba em exercício, Antônio Carlos Pinheiro, o Seminário foi uma grande oportunidade para debater e esclarecer todas as questões que envolvem o tema. “No mundo de hoje a informação e o conhecimento qualificam as pessoas. Não tenho dúvida de que cada um de nós sairá daqui com mais conhecimento. Precisamos disso para inserir na gestão, pública e privada”.

O seminário ‘Boas Práticas Empresariais, Mobilidade Global e Oportunidades’ atraiu um público de mais de 300 empresários, que discutiram temas como cenário econômico, impactos das medidas governamentais, perspectivas para 2013 e as ameaças e oportunidades comerciais pós-globalização.


(SAE – 11/04/2013)

sexta-feira, 12 de abril de 2013

Brasil adere a acordo de registro global de marcas; Congresso terá de aprovar proposta


 
 
 
A Câmara de Comércio Exterior do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio Exterior recomendou nesta semana a adesão do Brasil ao Protocolo de Madri, por meio do qual é possível solicitar uma marca simultaneamente nos escritórios de registro dos 88 países membros do acordo.

A Casa Civil da Presidência da República formatará a proposta, que precisará receber o aval da presidenta Dilma para seguir ao Congresso.

Se aprovada, as empresas brasileiras poderão fazer um pedido único internacional de registro de marcas, o que pode reduzir custos do procedimento pela metade.

"É apenas o início. Mas é um passo importante. Trata-se de uma medida muito esperada pela indústria", afirmou o secretário de Inovação do ministério do Desenvolvimento, Nelson Fujimoto (foto).

De acordo com ele, o processo pode levar até dois anos para ser finalizado.
A recomendação de adesão envolve ressalvas ao tratado. 

Entre elas, que o recolhimento da taxa de registro de marca seja feito obrigatoriamente pelo Inpi (Instituto Nacional de Propriedade Industrial) e que os documentos sejam produzidos em espanhol e em inglês --o uso do português não está previsto.

Hoje, empresas estrangeiras pedem registro de marca diretamente no Inpi.
 O tempo médio de análise dos pedidos é de dois anos e meio.

O pedido internacional, apesar de único, via Ompi (Organização Mundial da Propriedade Intelectual), é analisado no escritório internacional de cada país membro, seguindo a legislação local.

O registro internacional é importante, pois a marca só tem validade em um país se estiver registrada.
Recentemente, a Apple quase perdeu a marca Iphone no Brasil, registrada anteriormente pela Gradiente no Inpi. 

As duas empresas anunciaram que  entrarão em um acordo sobre a marca.
 
Fonte: redação com agências.
 

Produtores substituem nome de brazilian rum por cachaça em rótulo para exportação


 
 
Os produtores brasileiros de cachaça estão substituindo a denominação genérica brazilian rum pelo nome cachaça nos rótulos dos novos estoques, segundo informação do Instituto Brasileiro da Cachaça (Ibrac). 

Vicente Bastos, presidente da entidade, acredita que em um período de seis meses a um ano a transição estará completa e todas as garrafas à venda nos Estados Unidos trarão a nova designação. 


Em fevereiro, o governo norte-americano divulgou em suas mídias oficiais o reconhecimento do destilado como produto de origem exclusiva brasileira determinando que a medida tenha validade a partir de hoje (11).
Em troca do reconhecimento da cachaça, o governo brasileiro publicou decreto  no final de março definindo o bourbon e o tenessee whiskey como destilados de origem exclusiva dos Estados Unidos. Segundo Vicente Bastos, com o aval para vender cachaça como produto exclusivo nacional, o próximo passo é tornar o destilado popular entre os norte-americanos.
 
A cadeia produtiva da bebida ainda é pequena e ela não é conhecida em larga escala fora do Brasil. “Quem conhece [a cachaça], no máximo ouviu falar de caipirinha. É preciso promovê-la, fazê-la conhecida, investir em divulgação”, diz. Segundo Bastos, a produção de cachaça emprega em torno de 600 mil pessoas no país e exporta em torno de US$ 20 milhões anuais.
 
O Ibrac ainda não tem projeções de quanto as vendas externas podem aumentar com o reconhecimento dos EUA. Atualmente, o Decreto n° 4.062/2001 regulamenta a produção da cachaça brasileira e a fiscalização das unidades fabricantes é feita pelo Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa). De acordo com Vicente Bastos, o setor privado discute a possibilidade de criar um Conselho Regulador formado por associações e produtores para reforçar as garantias de qualidade.
Comex

Empresas brasileiras lideram projetos de desenvolvimento na Venezuela


 
 
 
Sob um calor siderúrgico, centenas de operários venezuelanos trabalham sobre e sob uma área de 140 hectares em Ciudad Piar, no estado Bolívar, a cerca de 700 km a sudeste de Caracas. 

Ao chegar ao terreno, apenas parte desses trabalhadores é visível. 

Outra está a até 7 metros abaixo do solo consolidando a planta da Empresa Básica Socialista Siderúrgica José Inácio Abreu e Lima.

A siderúrgica leva o nome do brasileiro que foi resgatado à história por Hugo Chávez e que comandou o jornal e tropas do Exército de Simón Bolívar no início do século 19. 

Também é brasileira a empresa encarregada do projeto, a Andrade Gutierrez (AG), responsável pela engenharia, suprimento e construção da planta, além de buscar o financiamento de US$ 860 milhões do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e grande parte da maquinaria necessária à obra orçada em U$ 3,8 bilhões.

A aliança estratégica firmada entre Venezuela e Brasil nos governos Chávez e Lula resultou em um incremento substancial da presença das companhias brasileiras no país vizinho, cujo portfólio de obras é estimado em US$ 20 bilhões, divididos entre Odebrecht, AG, Camargo Correia, Queiroz Galvão e Consilux.

Os frutos da aliança foram colhidos em outros ramos da economia, já que o comércio bilateral saltou de US$ 880 milhões em 2003 para cerca de US$ 6 bilhões em 2012.

Como as importações brasileiras foram de apenas US$ 996 milhões no ano passado, a Venezuela foi responsável pelo terceiro superávit da balança comercial brasileira, quase US$ 5 bilhões, só atrás da China e da Holanda (porta de entrada de toda a Europa).

“Viemos para ficar”, salienta João Martins Jr., CEO da Queiroz Galvão na Venezuela.
A empresa desenvolve desde junho de 2010 um projeto com foco no desenvolvimento da soberania alimentar no Vale do Quibor, Estado de Lara. Projeto da Queiroz Galvão no Vale do Quibor, no Estado de Lara, busca a autossuficiência na produção de tomate, pimentão e cebola.

Espartano da Fonseca, CEO em Caracas da Consilux, que desenvolve projeto de habitação no país, aposta em uma melhora das relações comerciais com a eleição de Maduro. 

Para ele, o fato de o atual presidente interino ter sido chanceler por seis anos do governo Chávez, mantendo contato estreito com experiências comerciais ao redor do mundo, deve beneficiar especialmente o modo de pensar do governo.

“A palavra final sempre foi de Chávez, e ele tinha capacidade de gerenciar. 
De uma forma ou de outra, todos os problemas acabavam chegando nele, e ele os resolvia”, afirma Fonseca. 

De acordo com o empresário curitibano, caso eleito, Maduro tem a oportunidade de alterar a dinâmica de trabalho, como a de delegar poderes. 

“Ele tem a possibilidade de inaugurar uma nova forma de gestão com base nas experiências que conheceu”, opina.

Alberto Moreira, presidente da AG na Venezuela, salienta que o momento é de forte comoção pela morte de um líder, mas não de paralisação do país. 

“E a nova eleição também não vai mudar nada. Nós não temos uma ligação política com nenhum lado. As coisas estão acontecendo normalmente na Venezuela”, destaca.

Moreira ressalta que os contratos foram firmados com um país, não com uma pessoa, não havendo razões para temor. 

“Nós confiamos muito na Venezuela”, conclui.
Com a alta do preço do petróleo em 2008 e o apoio do governo brasileiro, diversas empresas brasileiras se animaram a desenvolver projetos na Venezuela. 

Muitas companhias reclamam do atraso nos pagamentos do governo venezuelano, cujas divisas dependem quase que exclusivamente do petróleo. 

Reclamações foram direcionadas ao planejamento das obras, por vezes o responsável direto pela demora na transferência do dinheiro. 

No entanto, para as empresas entrevistadas, a Venezuela permanece sendo uma “terra de oportunidades”.  
 
Fonte: Opera Mundil

Comércio externo deve recuperar-se em 2013, diz Mantega



 
 
O comércio internacional deve se recuperar neste ano após enfraquecer em 2012, afirmou hoje o ministro da Fazenda, Guido Mantega. 
As trocas comerciais chegaram a crescer a taxas anuais de 19%, mas no ano passado despencaram.
Durante palestra em São Paulo, o ministro lembrou que o efeito maior da queda do comércio mundial ocorreu sobre os manufaturados, o que afetou e continuar a afetar a indústria brasileira, que depende de exportações, e da economia argentina.
"Na zona do euro, temos as maiores taxas de desemprego, nos Estados Unidos o desemprego vem se reduzindo gradualmente. Felizmente, diz, no Brasil a taxa está pequena, com falta de mão de obra em diversos setores".
Mas o mercado interno, segundo o ministro, evoluiu de forma melhor. 
Para Mantega, o baixo desemprego e o aumento da massa salarial ajudam a manter mercado consumidor. 
"Nós continuamos tendo mercado consumidor em expansão. 7,8% é o crescimento do consumo do varejo em 12 meses, o que é elevado", disse.
Ele lembrou que em 2012 foram gerados 1,3 milhão de novos empregos.
"Dependemos mais do mercado interno do que do externo. Com base com base no crescimento do mercado interno, temos tido desempenho econômico forte, melhor que a média mundial".
A evolução média do PIB mundial de 2007 a 2012 foi de 3,3%, observou. 
A do Brasil, no mesmo período foi 3,7%.
"Esse crescimento mostra o dinamismo da economia brasileira."
    Fonte: Economia UOL
 

Brasil deve aderir ao Protocolo de Madrid

Registro de marcas


 

 

 

 

A Câmara de Comércio Exterior, do governo federal, recomendou, na última terça-feira (9/4), a adesão do Brasil ao Protocolo de Madri, que irá facilitar o registro das marcas nacionais no exterior. A proposta será enviada pela Casa Civil da Presidência para deliberação do Congresso Nacional.

O registro no exterior é fundamental para as empresas que pretendem investir em outros países. Isso porque a marca só é válida no país em que ela foi registrada. Assim, se a corporação brasileira não registra sua marca nos Estados Unidos, por exemplo, ela pode ser registrada por outra empresa, que poderia até impedir a brasileira de vender naquele mercado.

O Protocolo de Madri é um acordo internacional, administrado pela Organização Mundial da Propriedade Intelectual (OMPI), que permite solicitar o registro da marca nos países membros por meio de um único pedido, reduzindo custos e procedimentos. O Protocolo é válido em 88 países, mais a União Europeia.

Apesar do pedido único, cada país fará o exame da marca para verificar se está de acordo a legislação de seu país. Entre os membros estão alguns dos principais parceiros comerciais do Brasil, como Estados Unidos, Reino Unido, Alemanha e França. Do grupo chamado Bric (Brasil, Rússia, Índia e China), o Brasil é o único que ainda não integra o acordo.

As marcas estrangeiras também poderão ser depositadas no Brasil com mais facilidade. Porém, o número de pedidos do exterior não deve aumentar muito: com base nos dados da OMPI, prevê-se que o Brasil receberá de três a quatro mil pedidos de registro de marcas no primeiro ano, no caso de adesão ao protocolo. Esses números representam menos de 3% do que é depositado anualmente no país.

Com informações da Assessoria de Imprensa do INPI.