sexta-feira, 10 de maio de 2013

Os desafios da sustentabilidade nas pequenas cidades


Para falarmos de sustentabilidade em pequenas cidades, precisamos levar em conta que o primeiro passo é uma palavrinha bem básica, mas que no nosso país ganha contornos complexos: educação

Julianna Antunes, Share

É relativamente confortável para pessoas engajadas falar de sustentabilidade quando se tem por trás alguma estrutura para suportar essa opção. É claro que as grandes cidades do Brasil estão muito atrasadas em relação a isso. Mas se houver disposição, é possível, sim, viver uma vida sustentável em uma metrópole brasileira.

Se pensarmos em pequenas cidades, grandes problemas nos vêm à mente: esgoto, saneamento básico, educação, respeito aos direitos do cidadão... Isso para não alongar a lista. Como imaginar coleta seletiva em locais que, se tiver uma coleta de qualquer natureza, a população já estará no lucro? Como priorizar transporte público se não há como se locomover pela cidade e seu entorno a não ser de carro? Como falar de sustentabilidade para pessoas que aceitam passivamente o desrespeito claro às leis?

Sim, é muito difícil falar de sustentabilidade quando não se tem o mínimo. Difícil, mas não impossível. Nesses casos, nossa atitude conta muito mais do que políticas públicas. Não me consta que consumo responsável, por exemplo, dependa do governo. Não me consta que fechar a torneira enquanto escova os dentes dependa de alguma lei. Não me consta que mobilização para criação de cooperativas de lixo seja algo inviável.

A questão é que para falarmos de sustentabilidade em pequenas cidades, precisamos levar em conta que o primeiro passo é uma palavrinha bem básica, mas que no nosso país ganha contornos complexos: educação. Educação para a sustentabilidade. Complexo porque se ficarmos esperando por programas educacionais das prefeituras ou estados, vamos simplesmente esperar por nada.

É aí que eu desafio as empresas. Quando falo de educação sustentável em pequenas cidades, falo do dever cívico delas. Sejam empresas de commodities, que se instalam no local por questões estratégicas, sejam empresas de bens de consumo que vendem seus produtos para consumidores de todo país e devem usar o alcance de sua comunicação e logística para levar conhecimento a pessoas que de tão carentes de cidadania, acham estranho você pedir por favor e obrigado. Sim, isso é sustentabilidade.

Maternidade e carreira: como as empresas podem auxiliar suas colaboradoras


De acordo com o IBGE, quanto mais instruídas, mais tarde as mulheres decidem pela maternidade


As mulheres já ocupam um grande espaço no mercado profissional e estão cada vez mais independentes. Segundo dados do IBGE, de 2011, elas representam 46,1% da população economicamente ativa.

No entanto, ainda há a famosa dúvida que aflige as mulheres: Como conciliar Maternidade e Carreira?
Ainda, de acordo com o IBGE, quanto mais instruídas, mais tarde as mulheres decidem pela maternidade; entre as sem instrução ou com ensino fundamental incompleto, a idade média para ter filhos era menor (25,4 anos) do que das mulheres com ensino superior (30,9 anos). Hoje as mulheres têm priorizado a carreira e planejam melhor o momento ideal para engravidar.

Algumas decidem deixar o mercado de trabalho durante o primeiro ano de vida de seus filhos, já que consideram pequeno o prazo da licença maternidade. A questão é que retomar as atividades depois de um longo período pode ser complicado, visto que a competitividade para conquistar e se manter em um bom emprego é grande.

Focadas em construir uma trajetória profissional de sucesso, as mulheres buscam cada vez mais se preparar através de capacitações técnicas e programas de autodesenvolvimento com a finalidade de adquirir experiência e construir um diferencial competitivo capaz de sustentá-las no mercado de trabalho.

Contudo, muitas empresas têm optado em instaurar programas de benefícios para as suas funcionárias: horário flexível, creches dentro da empresa, licença de seis meses, sites corporativos com dicas sobre maternidade e enfermeiras disponíveis 24 horas para tirar dúvidas.

Oferecer benefícios que tranquilizem as mulheres em relação à maternidade e associá-los a outras políticas que visem o bem-estar delas dentro da empresa é fundamental para criar um ambiente onde elas mantenham o equilíbrio entre carreira e vida pessoal. Desta forma, a empresa criará circunstâncias favoráveis ao bom desempenho da colaboradora  e tanto enquanto mãe como exercendo seu papel de profissional.

Administradores

Preocupados, empresários anulam o ufanismo de Mantega e apostam em crescimento do PIB abaixo de 2%




Luz vermelha – É cada vez mais difícil compreender como Guido Mantega permanece à frente do Ministério da Fazenda. Há anos sem conseguir acertar uma previsão ou adotar medidas certeiras de combate à crise econômica, Mantega vê sua credibilidade despencar, mas sabe que continua no cargo por imposição de seu ex-patrão, o lobista fugitivo Luiz Inácio da Silva.

Com a inflação causando seguidos estragos na economia nacional, o ministro alegou que em maio a situação será diferente, mas não é isso que esperam os analistas do mercado financeiros, já tomados pelo pessimismo em relação a uma guinada da economia.

Índices oficiais têm mostrado que as previsões de avanço do PIB em 2013 despencam semanalmente, mas Mantega insiste em afirmar que a situação está sob controle e que a economia verde-loura crescerá na casa dos 3,5%, mas empresários estão céticos em relação a esse cenário.

Reunidos com o ministro da Fazenda, em Brasília, empresários dos trinta mais importantes setores da economia previram que o crescimento do PIB neste ano ficará entre 1,5% e 2%. Considerando que o quinto mês do ano mal começou, essa previsão desastrosa pode cair ainda mais. Se isso se confirmar, a economia deverá repetir o mesmo fiasco de 2012, quando registrou crescimento de 0,98%, causando enormes prejuízos à campanha da presidente Dilma Rousseff rumo à reeleição.

É exatamente nessa instabilidade econômica que Lula montou sua plataforma político-eleitoral e vem tentando desestabilizar sua sucessora como forma de se cacifar para a corrida presidencial do próximo ano.

Desautorizado pelos números oficiais, Mantega teima em mentir sobre a economia brasileira




Parafuso solto – Guido Mantega, que ainda está ministro da Fazenda, consegue a proeza de balbuciar inverdades sobre a economia, ser desmentido em seguida pelos números oficiais e insistir na própria fala. Mantega, que na quinta-feira (9) discorreu sobre o tema à bancada petista na Câmara dos Deputados, disse que a inflação começa a arrefecer e que a economia dá sinais de crescimento.

Muito pior do que as mentiras disparadas por Mantega é a decisão da presidente Dilma Rousseff de mantê-lo no cargo. A inflação não apenas está fora de controle, como já provoca um efeito cascata que vem contaminando outros setores. Isso porque a percepção inflacionária está levando os empresários à adoção de um generalizado aumento de preços, inclusive no setor de serviços. Guido Mantega afirma que medidas estão sendo adotadas pelo governo para evitar essa contaminação, mas novamente os palacianos estão atrasados.

No tocante à recuperação da economia, o discurso embusteiro de Mantega resulta de um acordo com a presidente Dilma Rousseff, que precisa manter o otimismo da população, mesmo que à base de mentiras, como forma de blindar seu projeto de reeleição. 

As apostas do governo para liquidar a herança maldita deixada por Lula têm sido equivocadas e adotadas com muito atraso, o que leva à inocuidade. A solução, que o governo resiste em adotar, está na implementação de medidas estruturantes, definitivas e de longo prazo, que exigiriam em algum momento um posicionamento impopular por parte da presidente, o que não acontecerá até a eleição de 2014. 

Enquanto isso, o governo insiste em reverter a crise, que meramente caseira, a partir do consumo interno. Com o cenário econômico atual, esse tipo de solução faz com que a inflação fique cada vez mais fora do controle.

quinta-feira, 9 de maio de 2013

Aberta inscrição para o prêmio alemão que seleciona jovens cientistas internacionais

 
 
 
O Ministério da Educação e Pesquisa da Alemanha abriu nesta quinta-feira as inscrições para a 5ª edição do concurso "Green Talents", uma premiação global que escolhe 25 jovens pesquisadores de todo o mundo que desenvolvam soluções inovadoras na área de desenvolvimento sustentável.

Os cientistas selecionados participam de um fórum de duas semanas na Alemanha no segundo semestre de 2013, durante o qual fazem visitas a centros de excelência e conhecem especialistas na área.

No próximo ano, os ganhadores têm a oportunidade de voltar à Alemanha para fazer pesquisa em um instituto ou empresa de sua escolha por um período de três meses.

Para participar, é preciso ter menos de 32 anos, ter completado ou fazer parte de um programa de mestrado ou doutorado na área de desenvolvimento sustentável, e ter notas acima da média.
 
Candidatos com passaporte alemão ou com residência na Alemanha não podem participar.
 
As inscrições são aceitas até 9 de junho.
 
Fonte: Green Talents

Com menos de 1,5% do comércio global, Brasil tem 9% das disputas na OMC



Brasil fez o quarto maior número de queixas contra outros países e blocos membros da organização, mas é o oitavo maior alvo de queixas.

As trocas comerciais brasileiras representam menos de 1,5% do comércio global, mas o país está envolvido em 9% das disputas comerciais mediadas pela Organização Mundial do Comércio (OMC).
A partir do dia 1º de setembro, o embaixador brasileiro Roberto Azevêdo ocupará a direção-geral da OMC. Tanto ele quanto o governo brasileiro afirmam, porém, que ele não usará sua posição para defender as posições brasileiras.

Segundo levantamento feito pela BBC Brasil com base nos dados da organização, o Brasil tem um total de 40 disputas na OMC, sexto maior número entre os países ou blocos membros, entre um total de 458 disputas.

Os países ou blocos com maior número de disputas são Estados Unidos (224), União Europeia (160), Canadá (50), Índia (43) e China (41). A Argentina tem o mesmo número de disputas que o Brasil.

Entretanto, quando analisadas as disputas nas quais o Brasil aparece como reclamante, o país tem o quarto maior número de disputas, com 26, atrás somente de Estados Unidos, União Europeia e Canadá, mas é alvo de 14 queixas, apenas o oitavo maior número.

Entre os países que são alvos de mais queixas que o Brasil estão a Argentina (22 queixas), a China (30) e a Índia (22).

Alvos brasileiros

Os Estados Unidos são o principal alvo das queixas feitas pelo Brasil à OMC, com dez disputas. Entre elas está a queixa brasileira sobre os subsídios americanos à produção de algodão, após a qual o Brasil ganhou o direito - até hoje não exercido, após um acordo entre os países - de adotar retaliações comerciais contra os Estados Unidos no valor de até US$ 829 milhões.

A disputa sobre o algodão, na qual Azevêdo teve participação como representante da missão permanente do Brasil na OMC, é considerada um dos casos mais importantes já mediados pela organização.

A União Europeia é alvo do segundo maior número de queixas feitas pelo Brasil, com sete disputas no total, em sua maioria relacionadas a produtos agrícolas.

O caso de maior repercussão com a União Europeia, no qual Azevêdo também teve participação importante, foi a contestação brasileira aos subsídios europeus à produção de açúcar, que violariam as regras internacionais de comércio e distorceriam o mercado internacional do produto.

A OMC deu ganho de causa em 2004 ao Brasil e a outros dois países coautores da queixa (Tailândia e Austrália).

Outro caso de destaque do Brasil na OMC foi a disputa com o Canadá envolvendo os subsídios à produção de aeronaves, alvos de três queixas do Brasil contra o Canadá e de uma do Canadá contra o Brasil.

Estados Unidos e União Europeia tiveram o maior número de queixas contra o Brasil, quatro cada um.
G1

Microsoft nomeia primeira diretora financeira mulher





SÃO FRANCISCO - A Microsoft nomeou sua primeira diretora financeira mulher, colocando Amy Hood, uma veterana de dez anos, no comando das finanças e dívidas da fabricante de software, assolada por uma demanda em queda por computadores pessoais.

Amy, 41, assume o cargo imediatamente, substituindo Peter Klein, de acordo com um comunicado da empresa. Segundo pessoas com conhecimento do processo, a escolha ficou entre Amy, responsável pelas finanças da divisão de negócios, e Tami Teller, da unidade de Windows.

Como diretora financeira da divisão de negócios, Amy teve um papel central na aquisição de empresas como o Skype, e cuidou das finanças da maior unidade da empresa em lucros de vendas e operações. Como diretora financeira da organização, ela será essencial para administrar os US$ 74,5 bilhões em dinheiro e investimentos da Microsoft, ao mesmo tempo em que vai ajudar o executivo-chefe Steve Ballmer a superar as dificuldades que enfrenta para ganhar participação no mercado de smartphones e tablets.

"Amy sempre me impressionou com sua mente analítica combinada a um entendimento de estratégia de negócios, e sua disposição para assumir riscos calculados", disse o CEO da Nokia, Stephen Elop, que foi chefe de Amy quando estava na Microsoft.

A divisão de negócios, a maior da empresa, inclui os programas Office e gerou US$ 24 bilhões em vendas e US$ 15,7 bilhões em lucros operacionais no ano fiscal de 2012. O departamento recebeu elogios de analistas por gerar crescimento por meio de aquisições e novas áreas de produto, como telefonia corporativa e colaboração em softwares.

O desafio de Amy será ajudar a guiar uma empresa cambaleando na maior queda em vendas de computadores pessoais, no período que terminou em março. Ela também será responsável pela equipe que lida com as vendas de dívidas, atualmente em US$ 16,9 bilhões, de acordo com dados compilados pela "Bloomberg".

Amy tem um estilo direto e brusco, afinado ao longo de oito anos no banco de investimento Goldman Sachs. Ela não tem medo de dizer a executivos seniores, mesmo Ballmer, que discorda de uma ideia, diz uma pessoa que já trabalhou com a executiva. Ela também tem o respeito da comunidade de analistas, diz Brent Thill, analista do UBS. "Ela é super amigável com acionistas", diz ele. "Ela é bastante acessível, aberta e fácil de trabalhar."

Klein, o diretor financeiro anterior, anunciou no mês passado que iria deixar o cargo para passar mais tempo com sua família, e a empresa disse que procuraria um candidato interno para substituí-lo.

Amy começou a atuar na Microsoft em 2002 na área de relações com investidores, e então trabalhou com Klein, cuidando da área de estratégia de negócios enquanto ele era diretor financeiro da unidade de Office. Além de ajudar com o Skype, a maior aquisição da empresa, Amy também ajudou na compra da Yammer por US$ 1,2 bilhão no ano passado.

Ela tem formação em economia pela Universidadede Duke e MBA por Harvard.

(Bloomberg)