sexta-feira, 19 de julho de 2013

Eike diz se arrepender de abertura de capital

Por Do Rio
Assuntos relacionados

Se pudesse voltar no tempo, o empresário Eike Batista, presidente e controlador do grupo EBX, não recorreria ao mercado de ações. "Eu teria estruturado um 'private equity' que me permitisse criar do zero e desenvolver ao longo de pelo menos dez anos cada companhia. E todas permaneceriam fechadas até que eu estivesse seguro de que havia chegado o momento de abrir o capital", diz o empresário em artigo publicado ontem pelo Valor PRO, no qual pela primeira vez comenta a crise em seus negócios.

Eike diz que mereceu a confiança do mercado porque tinha trajetória de 30 anos de trabalho, "desafios superados, sucesso e uma capacidade comprovada de cumprir compromissos". Segundo ele, a expectativa em torno da OGX era altíssima, baseada em prognósticos de empresas independentes. "Eu estava extasiado com as informações que me chegavam. Podia tê-las guardado para mim?", pergunta. "Eu perdi e venho perdendo bilhões de dólares com a OGX. Alguém que deseja iludir o próximo faz isso a um custo de bilhões?"

Nos casos de MPX, MMX e LLX, "a depreciação do valor de mercado é claramente incompatível com o que têm a oferecer", diz. Na conclusão do artigo, ele afirma que seu obituário empresarial tem ocupado as páginas de blogs, jornais e revistas. "Só posso dizer que me vejo muito longe deste Eike aposentado".

quinta-feira, 18 de julho de 2013

Tarefas de rotina para ministros de Dilma


18 de julho de 2013
Autor: José Nêumanne Pinto

normal grande
Jose NeumannePinto 
 
 
Os ministros da Educação, Aloizio Mercadante, e da Justiça, José Eduardo Martins Cardozo, têm abandonado seus expedientes rotineiros para exercerem os cargos informais de espírito santo de orelha e papagaio de pirata de sua chefe, a presidente Dilma Rousseff. Nessa condição têm produzido sesquipedais ideias de jerico, tais como o golpinho sujo da Constituinte exclusiva para uma reforma política que ninguém pediu e da qual só os políticos, particularmente os petistas, se beneficiariam; e a empulhação do plebiscito prévio com igual objetivo. O máximo que conseguiram até agora foi a adesão da oposição, incompetente e alienada, que aceita a embromação de um referendo.

Melhor seria para os dois, para o governo a que servem, para a presidente a que obedecem e, sobretudo, para a sociedade, que paga com sacrifício seus salários com impostos escorchantes, que eles se dedicassem à rotina comezinha de suas funções públicas. O economista Mercadante, que se recusa a usar o sobrenome do pai, o general Oliva, serviçal da ditadura militar que assolou o país por 21 anos, de 1964 a 1985, faria um bem enorme às gerações futuras de brasileiros se resolvesse uma equação perversa que as condena à ignorância e a perder a competição na guerra planetária pelo conhecimento.

De acordo com levantamento feito pela Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), composta pelos 34 países mais ricos do mundo, o Brasil investe em educação pública 5,8% do produto interno bruto (PIB), praticamente o mesmo que Estados Unidos, Espanha e Coreia do Sul. Mas ocupa o 53º lugar no ranking do desempenho escolar, conforme o Programa Internacional de Avaliação de Alunos (Pisa), exame que avalia habilidades em leitura, matemática e ciências, aplicado pela própria OCDE. Ou seja, embora mais recursos para o setor sejam bem-vindos, estes não são imprescindíveis para aprimorar a educação. Para tanto urge melhorar a gestão, e isso o ministro pode fazer já.

Não será um trabalho fácil. Mas não é uma tarefa impossível. Como difíceis, mas também possíveis, são algumas das missões de que seu colega no primeiro escalão do governo federal petista, o causídico Cardozo, não dá conta. Pode-se dar-lhe o benefício da compreensão das dificuldades que a Polícia Federal (PF), sua subordinada hierárquica, deve enfrentar para ter de desvendar crimes de toda natureza, particularmente os de colarinho branco. Mas tampouco se pode omitir o fato de que a instituição às vezes tem um desempenho exemplar em casos muito mais difíceis do que em outros, na aparência, bem mais simples, mas cuja solução tem sido adiada para as calendas.

Embora mais recursos para o setor sejam bem-vindos, estes não são imprescindíveis para aprimorar a educação. Para tanto urge melhorar a gestão 
 
Um exemplo desse paradoxo é o escabroso caso da compra pela Petrobrás de uma refinaria que pertencia à empresa Astra Oil em Pasadena, no Texas (EUA). Os belgas a adquiriram por US$ 42,5 milhões em 2005. Em 2006 a empresa, presidida por um ex-funcionário da estatal brasileira, vendeu metade do controle acionário dela à Petrobrás por US$ 360 milhões. O convívio entre os sócios foi perturbado pela necessidade de aporte de US$ 1,5 bilhão para a pequena refinaria, com capacidade para ínfimos 150 mil barris/dia, poder refinar o petróleo pesado extraído de poços brasileiros. 

Os belgas processaram a sócia e esta encerrou a questão na Justiça americana desembolsando mais US$ 839 milhões para assumir o controle total da refinaria. Ou seja, a Astra Oil embolsou, ao todo, US$ 1,199 bilhão: US$ 1,154 bilhão e quase 300 vezes mais que os US$ 42,5 milhões pagos por ela oito anos antes. O Ministério Público Federal no Estado do Rio resolveu investigar essa óbvia fraude e talvez a PF, sob as ordens do dr. Cardozo, desse uma extraordinária contribuição à Pátria se, ao cabo de uma investigação rigorosa, descobrisse quem recebeu a bilionária (em dólares) “comissão”.

Outra tarefa rotineira a ser desincumbida pelo causídico Cardozo, se trocar as funções de Richelieu do Planalto por mais assiduidade no expediente no Ministério da Justiça, seria cobrar da PF a apuração rigorosa e imparcial das acusações feitas contra Rosemary Noronha na Operação Porto Seguro, que a própria PF encetou em novembro de 2012. 

Na ocasião, a PF informou ter flagrado as práticas de advocacia administrativa e tráfico de influência em altos escalões do governo federal. Entre os protagonistas do caso teve destaque a figura de Rosemary, dada como amiga muito íntima do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e flagrada interferindo pessoalmente na nomeação de quadrilheiros em cargos importantes da burocracia da União, inclusive uma direção da Agência Nacional de Águas.

A então chefe de gabinete do escritório da Presidência da República em São Paulo, nomeada por Lula e mantida no cargo por Dilma a pedido do padrinho e antecessor, é acusada, entre outros malfeitos, de ter ajudado o ex-senador Gilberto Miranda a obter licenças para usar duas ilhas no litoral paulista. Essa ajuda teria sido recompensada com um cruzeiro (R$ 2.500), uma Mitsubishi Pajero TR4 (R$ 55 mil), uma cirurgia no ouvido (R$ 7.500) e móveis para a filha (R$ 5 mil).

Segundo a “Veja”, o secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho, homem de confiança de Lula, teria tentado atrapalhar a investigação que a presidente mandou a chefe da Casa Civil, Gleisi Hofmann, fazer a respeito de Rosemary. Carvalho tentou se explicar no Senado. Mas a PF teria de investigar por que oligarcas da republiqueta petista foram prestimosos e atenderam aos pedidos de uma secretária de luxo.

A PF poderia ainda investigar denúncia da Folha de S.Paulo de ter a Caixa Econômica Federal liberado sem licença Bolsa Família na véspera da onda de boatos que causou corrida a agências da instituição, pela qual dignitários do governo e do PT, entre eles Dilma, acusaram adversários. É ou não é?

Fonte: O Estado de S. Paulo, 17/07/2013

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Veja como o poder público respondeu aos protestos até agora

 
 
 
 
Por Caio Junqueira, Cristian Klein, Marcos de Moura e Souza, Murillo Camarotto, Paola de Moura e Sérgio Buck Bueno | Valor
BRASÍLIA, SÃO PAULO, RIO, BELO HORIZONTE, PORTO ALEGRE E RECIFE  - 

 Exatamente um mês depois da primeira das grandes manifestações de rua, que levou aproximadamente 1 milhão de pessoas às ruas de várias cidades do país, o balanço das respostas dadas pelo poder público mostra, de um lado, a preponderância da agenda do Congresso sobre o pacto proposto pela presidente Dilma Rousseff.

De outro, o efeito manada dos governantes locais, que reduziram tarifas de transporte, embora com pouca ousadia. Uma das exceções foi o Rio Grande do Sul, onde a proposta de um passe livre estudantil está num impasse.

Já os legislativos estaduais e municipais custaram a responder aos protestos.
A seguir as ações dos governos e dos legislativos entre junho e julho, pelo país.

EXECUTIVOS


Nacional


Elaboração de um pacto baseado em cinco pontos: responsabilidade fiscal, reforma política, transporte, saúde e educação.


Por Estado


São Paulo: redução das tarifas de metrô e trens (de R$ 3,20 para R$ 3); suspensão do reajuste dos pedágios em rodovias; anúncio do enxugamento de R$ 356 milhões em despesas; aumento do auxílio-moradia de R$ 300 para R$ 400 mensais, pagos a 1.761 famílias da região metropolitana cadastradas no Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST).

Rio de Janeiro: redução das tarifas de metrô (de R$ 3,50 para R$ 3,20), trens (de R$ 3,10 para R$ 2,90) e barcas (de R$ 3,30 para R$ 3,10); solicitação de mais verbas federais para novos trechos do metrô.

Minas Gerais: redução das tarifas dos ônibus da região metropolitana (de R$ 3,45 para R$ 3,30).

Rio Grande do Sul: propôs a implantação do passe livre estudantil intermunicipal em 63 cidades de quatro regiões do Estado a partir de 1º de agosto, mas retirou pedido de urgência do projeto de lei enviado à Assembleia Legislativa.

Pernambuco: redução de R$ 0,10 nas tarifas de ônibus de todos os anéis viários do Recife, Olinda e Jaboatão dos Guararapes. 


Municípios


São Paulo: redução da tarifa de ônibus (de R$ 3,20 para R$ 3); cancelamento da licitação das concessões do transporte público da cidade; criação do Conselho Municipal de Transportes; implantação de 220 km de faixas exclusivas de ônibus até dezembro e início de reforma completa dos semáforos de 4,8 mil cruzamentos; apresentação ao Ministério do Planejamento de duas propostas para facilitar a implementação do Plano Nacional de Mobilidade na capital.

Rio de Janeiro: redução da tarifa de ônibus (de R$ 2,90 para R$ 2,75).

Belo Horizonte: redução da tarifa de ônibus (de R$ 2,80 para R$ 2,65). Cidades do interior também adotaram a medida.

Porto Alegre: redução da tarifa de ônibus na capital (de R$ 2,85 para R$ 2,80). Queda maior também ocorreu em pelo menos mais cinco municípios do Estado: Caxias do Sul, Pelotas, Passo Fundo, Esteio e Alvorada, com redução de R$ 0,10 a R$ 0,20.


LEGISLATIVOS


Nacional


Derrubada da PEC 37; aprovação do projeto que qualifica como hediondo o crime de corrupção; arquivamento do projeto que estabelecia a “cura gay”; aceleração da tramitação do projeto que pune empresas corruptoras; redução de dois para um o número de suplentes de senadores e proibição de que sejam parentes ou casados com o titular (precisa passar pela Câmara); aprovação pelas CCJs da Câmara e do Senado de projetos que acabam com o voto secreto; aprovação, no Senado, de proposta que facilita a apresentação de projetos de iniciativa popular; aprovação de requerimento de urgência no Senado para projeto que institui passe livre estudantil no país; na Câmara, aprovação de projeto que dá acesso público às informações utilizadas para a revisão do preço de passagens de transporte público.


Por Estado

São Paulo: partidos passaram a se posicionar contra a PEC 001, que centralizaria poderes no promotor-geral de Justiça, impedindo que os demais promotores processem, por exemplo, deputados, prefeitos, o governador e secretários de Estado.

Minas Gerais: fim do voto secreto aprovado em segundo turno por unanimidade.

Rio Grande do Sul: deputados discutem ampliar o passe livre estudantil intermunicipal proposto pelo governador para além do escopo de 63 cidades.

Municípios

São Paulo: criação da CPI dos Transportes e reunião com representantes do Movimento Passe Livre (MPL).

Porto Alegre: aprovação da proposta da prefeitura que isentou as empresas de transporte do recolhimento de 2,5% de ISSQN.

Recife: criação de corregedoria, ouvidoria e portal da transparência; fim do voto secreto para cassação de mandatos.


(Caio Junqueira, Cristian Klein, Marcos de Moura e Souza, Murillo Camarotto, Paola de Moura e Sérgio Buck Bueno | Valor)

Monsanto consegue a patente do brócolis e revolta ONGs europeias


 
 
 
Em junho, o Escritório Europeu de Patentes, em Munique, concedeu, sob crítica dos parlamentos europeu e alemão, uma patente sobre o cultivo convencional de brócolis, à mSeminis, uma empresa de propriedade da Monsanto, que recebeu a patente (EP 1597965) do brócolis derivado do melhoramento convencional. 
 
As plantas, que se supõe que tenham as colheitas melhoradas, derivam do cruzamento e seleção tradicional. 

A patente abrange as plantas, as sementes e a “cabeça de brócolis cortada”.

A organização Não às patentes sobre sementes!, que se opõe esta última patente da Monsanto, já coletou dois milhões de assinaturas numa petição contra as patentes sobre o cultivo convencional. 

“Fazemos um chamado para demonstrar oposição contra a patente sobre o brócolis. O Escritório Europeu de Patentes e a Monsanto estão em um caminho de confronto com a sociedade europeia”, disse Christoph Then da organização Não às patentes sobre sementes!. “Não vamos deixar que nossa comida seja monopolizada”.

As organizações que integram a coalizão Não às Patentes sobre Sementes! estão muito preocupadas com o fato de que este tipo de patente fomentará  a concentração do mercado, tornando os agricultores e outros atores da cadeia de fornecimento de alimentos ainda mais dependentes de algumas poucas empresas internacionais e, finalmente, reduzindo as opções dos consumidores. 

A coalizão Não às Patentes sobre Sementes! é organizada por Bionext (Países Baixos), Declaração de Berna (Suíça), GeneWatch (Reino Unido), Greenpeace (Alemanha), Misereor (Alemanha), o Fundo de Desenvolvimento (Noruega), Não às Patentes sobre a vida (Alemanha), Rete Semi Rurali (Itália), Rede de Sementes Camponesas (França) e Swissaid (Suíça). 

Fonte:  A reportagem é publicada pelo site La Radio del Sur, 16-07-2013. 
 

Perfil do executivo mais desejado na América Latina destaca engenharia e TI



 
 
Engenheiros e profissionais de TI com formação para atuar na construção civil, indústria e setor de óleo e gás.
 
Que tenham pós-graduação ou MBA; fluência em inglês; além de boa capacidade de relacionamento interpessoal e competências para gerir pessoas. 
 
Esse é o perfil do executivo desejado hoje pelo mercado de trabalho, segundo pesquisa da consultoria Michael Page sobre as demandas do mercado na América Latina.

O estudo considerou 1.580 ofertas de emprego intermediadas pela empresa no Brasil, México, Colômbia, Argentina e Chile no primeiro semestre de 2013. Assim como no Brasil, engenheiros para atuar na área de gestão das empresas são os profissionais mais requisitados na Argentina, Colômbia e Chile. Posições ligadas à administração de empresas também estão no foco das organizações dos cinco países pesquisados (veja detalhes no gráfico).

Segundo o gerente do escritório de Curitiba da Michael Page, Leandro Muniz, existe um movimento das empresas em direção à melhoria de sua eficiência. Mas não se trata necessariamente da abertura de novas posições. 

A maioria delas está apostando em posições relacionadas ao aumento da produtividade e redução dos custos, com investimentos em melhoria de processos, logística, finanças. “As empresas têm buscado um profissional mais caro no mercado esperando retorno para a eficiência do negócio”, 
afirma Muniz.

Em todos os países pesquisados, a exigência do inglês aparece em mais de 50% das vagas abertas no site da consultoria, independentemente da área de atuação. A necessidade de domínio do segundo idioma aumenta nos cargos de gestão que, segundo a pesquisa, valorizam profissionais que deram continuidade aos estudos, principalmente MBA. No Brasil, 10% das vagas publicadas exigem essa formação, no México o número ultrapassa os 15%.

O estudo da Michael Page procurou avaliar as habilidades de comportamento mais valorizadas pelas empresas na hora de contratar os seus profissionais. No Brasil, 43% das vagas mencionam competências em gestão de pessoas e 31% o bom relacionamento interpessoal. As empresas argentinas prezam, principalmente, pela liderança.“Se antes a pessoa era contratada pelos seus conhecimentos e habilidades técnicas e era promovida ou demitida pelo seu comportamento, hoje a parte comportamental dos profissionais é cada vez mais importante para as empresas”, destaca Muniz.

Fonte: Gazeta do Povo (Curitiba) e consultoria Michael Page.

Crise mundial eleva os Brics a uma nova condição, diz Roberto Azevêdo


 
 
 
O diretor-geral da Organização Mundial do Comércio (OMC), Roberto Carvalho de Azevêdo (foto), disse nesta quarta-feira, durante o Seminário Internacional sobre Desenvolvimento, no Palácio Itamaraty, que a crise mundial de 2008 colocou os países emergentes em destaque no cenário mundial. 
 
Segundo ele, isso ajudou o Brasil a se elevar a um novo patamar, junto com outros países emergentes, mas, também, aumentou suas responsabilidades em relação às políticas de desenvolvimento e de cooperação com outros países.

O embaixador brasileiro disse que a atuação do país em todos os foros de governança global deve ser tomada como estratégia de Estado. Segundo ele, o Brics, grupo formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, ainda não está preparado para isso. 

“O Brics não é um grupo que está maduro para, de maneira ágil e rápida, atuar nos foros de governança global. O grupo precisa conversar mais”, disse ele.Azevedo acrescentou que os emergentes são um dos principais pontos de atenção no cenário global e as políticas públicas de desenvolvimento econômico e social vão ser acompanhadas muito de perto.Azevedo falou no evento, que marca os dez anos do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social (CDES), fórum que abrange empresários, governo e representantes da sociedade civil.

Azevêdo acrescentou que, atualmente, em qualquer fórum mundial, as negociações entre países desenvolvidos e o Brasil se dá entre “pares” e que os pedidos de esforços serão cada vez maiores. 
 
Nesse cenário, no entanto, ele ressaltou que as alianças com países em desenvolvimento são, “seguramente”, mais importantes do que eram antes da crise de 2008, o que envolve cooperações técnicas e políticas com esses países.  
Fonte: Agência Brasil

Buscador oferece sócios de vários países para empresários do Brasil 2

Larissa Coldibeli
Do UOL, em São Paulo

  • Divulgação
    Eudes (esq.) e Fabiana encontraram o sócio, Fernando, com ajuda da instituição que trouxe o site ao Brasil Eudes (esq.) e Fabiana encontraram o sócio, Fernando, com ajuda da instituição que trouxe o site ao Brasil

Uma das dificuldades de empresas iniciantes é encontrar um sócio com o perfil certo. O site americano Co-founders Lab estreou no Brasil no mês passado para tentar ajudar nessa tarefa.

A plataforma é um buscador de sócios com 10 mil empresários cadastrados em vários países.
 
O serviço básico é grátis, mas para conseguir acesso pleno é preciso pagar a partir de US$ 9,99 (cerca de R$ 22) por mês
 
É possível selecionar as pessoas de interesse de acordo com vários filtros, como localização e perfil de trabalho.
 
O projeto veio para o Brasil em parceria com a Aceleratech, instituição vinculada à faculdade ESPM.
 
O foco do site e da instituição, que ajuda a desenvolver empresas, são as startups –empresas de tecnologia iniciantes.
 
Antes da parceria, a Aceleratech já ajudava empresários a encontrar sócios para criar ou ampliar o seu negócio. Com o buscador, a instituição pretende ampliar a oferta de parceiros para os empreendedores brasileiros.

Co-Founders Lab

  • 1 O que é

    Site oferece busca de sócios, com 10 mil usuários em todo o mundo. O serviço básico é grátis, mas para conseguir acesso pleno é preciso pagar a partir de US$ 9,99 (cerca de R$ 22) por mês
  • 2 Como se cadastrar

    Informe seu perfil de trabalho, que tipo de sócio procura e a área em que deseja atuar. Se tiver uma ideia de negócio, informe em que nível de desenvolvimento está. Se não tiver, pode se juntar a alguém que tenha
  • 3 Como procurar

    É possível selecionar pessoas de acordo com vários filtros, como localização e experiência profissional, e interagir com outros usuários via chat ou e-mail
Fabiana Rocha, 32, e o marido Eudes Nery Junior, 39, idealizadores da empresa Wiki4fit, por exemplo, contaram com a ajuda da instituição para chegar ao programador Fernando Pauer, 30.

Com a parceria, a empresa criou um aplicativo para celular que ajuda academias e alunos a cuidarem de seus programas de treinamento físico.

"Precisávamos de um técnico para seguir adiante, pois ainda estávamos numa fase muito inicial", declara Rocha.

Os serviços básicos de busca do Co-founders Lab são grátis, mas também é possível pagar mensalidades e ter benefícios como recomendação automática de cadastrados com o perfil procurado e visualização de quem se interessou pelo seu perfil.

Há três opções de assinatura mensal: US$ 9,99 (cerca de R$ 22) por 12 meses de serviço; US$ 16,99 (cerca de R$ 37) por seis meses; e US$ 19,99 (cerca de R$ 44) por três meses.

"Os usuários preenchem um cadastro com sua experiência e de que forma podem contribuir para o negócio –com capital ou trabalho, por exemplo. O site filtra outros cadastrados que podem ser complementares ao seu perfil e permite que entrem em contato por e-mail ou chat", diz Mike Ajnstajn, fundador da Aceleratech.

Segundo Ajnstajn, muitos criadores de startups têm dificuldades em encontrar sócios com os perfis necessários para o negócio.

Ele conta que, para um negócio dar certo na área de tecnologia, a empresa precisa ter um time com talentos variados: alguém com experiência na área comercial, para vender o produto ou serviço; um técnico em programação, para criar o aplicativo ou o site do projeto, por exemplo; e alguém que conheça o mercado de atuação da empresa.
"É difícil encontrar principalmente técnicos, pois os programadores têm salários bons em empresas de tecnologia e dificilmente querem empreender", afirma.
No caso da  Wiki4fit, por exemplo, apenas duas semanas após se conhecerem, os idealizadores da startup definiram a sociedade com Pauer.
"Ele já tinha trabalhado anteriormente em startups e a indicação da aceleradora aumentou nossa confiança. É bom ter alguém ou uma ferramenta que faça uma pré-seleção, pois não é fácil encontrar sócio. Ele ajudou a melhorar nossa ideia em muitos aspectos", afirma Rocha. 
De acordo com Fabio Farina, sócio da consultoria Crowe Horwath Brazil, na hora de procurar um sócio, é mais importante levar em conta o perfil profissional que a empresa precisa do que a afinidade entre os parceiros.
"Busque alguém que compartilhe as mesmas ideias e perspectivas para o negócio, e procure deixar claro o papel de cada um na sociedade, evitando, assim, brigas futuras", recomenda.

Aceleradora ajuda empresário, mas exige participação no negócio

 

Aceleradoras e incubadoras atuam como desenvolvedoras de novas empresas e podem ter fins lucrativos ou não. Mesmo quando não têm fins lucrativos, elas ficam com uma parte do faturamento do negócio para se manter. O valor é definido por cada instituição. 

No caso da Aceleratech, que tem fins lucrativos, ela detém de 10% a 15% das ações das startups que participam do programa. 

"Selecionamos apenas empresas que tenham o time completo (área comercial, tecnológica e com conhecimento de mercado), pois elas já estão mais preparadas para operar", afirma Ajnstajn. 

No caso da Wiki4fit, afirma ele, o trabalho da aceleradora foi conseguir apenas um dos sócios que faltava para o negócio dar certo, o programador. "Agora com o Co-founders Lab isso ficará mais fácil e as empresas chegarão mais estruturadas para a aceleração", diz. 

Aceleratech oferece quatro meses de cursos intensivos para empresas de tecnologia iniciantes.
 
O programa inclui ajuda de custo para despesas iniciais, ferramentas de gestão e controle financeiro, hospedagem de site e e-commerce, monitoramento de mídias sociais, desenvolvimento de executivos, além de aulas com professores de pós-graduação da ESPM.
 
Ampliar

Veja empresas que investiram nas redes sociais7 fotos

1 / 7
A visibilidade das redes sociais levou o sex shop virtual Loja do Prazer a criar uma página no Facebook há dois anos; a empresa percebeu que a rede social poderia fortalecer sua marca e torná-la mais conhecida; nos últimos seis meses, a página da tem conquistado de mil a 1.500 curtidas por mês; não há dados sobre conversão em vendas, mas o número de acessos à loja virtual cresceu 20% desde a entrada da empresa na rede social Leia mais Divulgação